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Edição n.º 1011
12/11 a 14/11/2013
 
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ACTIVIDADES

29.11.13 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 23:00 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio.
Público: Público em geral, local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu noturno com telescópio (dependente de meteorologia favorável)

30.11.13 - DESCOBRINDO O SOL 15:30 – 16:30 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Observação do Sol em segurança para conhecer um pouco melhor alguns aspectos da nossa estrela. Público: Público em geral, local: CCVAlg

 
EFEMÉRIDES

Dia 12/11: 316.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965, é lançada a sonda Venera 2 (USSR), com objectivo Vénus

Em 1980, a sonda Voyager 1 faz a sua maior aproximação de Saturno.
Em 1981, lançamento STS-2 do vaivém Columbia, marcando a primeira vez que um veículo tripulado é lançado para o espaço duas vezes.
Observações: À medida que a noite avança, aviste Sirius talvez pela primeira vez esta estação! Procure a estrela ao nascer bem para baixo de Orionte, perto do local para onde as estrelas da Cintura de Orionte apontam. Sirius nasce por volta das 22:44.

Dia 13/11: 317.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1833, deu-se a Grande Chuva de Meteoros das Leónidas.

Durante as quatro horas que antecederam o nascer-do-dia, os detritos do cometa Tempel-Tuttle  iluminaram o céu nocturno, causando pânico a quem os observava. 
Em 1999, a falha de um quarto giroscópio deixa em maus lençóis o Telescópio Espacial Hubble até que o encontro SM3A (missão STS-103 do vaivém espacial) o repara a 20 de Dezembro de 1999.
Observações: Trânsito da sombra de Io, entre as 00:59 e as 03:15.
Trânsito de Io, entre as 02:03 e as 04:23.
Trânsito da sombra de Europa, entre as 03:03 e as 05:50.
Trânsito duplo de sombras em Júpiter, entre as 03:08 e as 03:14.
Trânsito de Europa, entre as 05:17 e as 08:07.
Saia à rua muito cedo hoje ou amanhã para tentar avistar os quatro cometas enquanto o céu não tem Lua. À medida que começa a clarear, não perca Mercúrio baixo a Este-Sudeste. Mercúrio, cada dia mais brilhante, está a entrar na sua melhor fase de observação do amanhecer de 2013.

Dia 14/11: 318.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da Apollo 12 às 11:22 EST do Centro Espacial Kennedy. A segunda aterragem lunar teve lugar no Oceano das Tempestades, perto do local de aterragem da Surveyor 3.
Em 1971, programa Mariner: a Mariner 9 chega a Marte, tornando-se na primeira sonda a orbitar outro planeta.  
Em 1999, primeira confirmação de um planeta extrasolar.
Em 2003, os astrónomos Michael E. Brown, Chad Trujillo e David L. Rabinowitz descobrem 9033 Sedna, um objecto trans-Neptuniano.

Observações: Olhe para a esquerda da Lua após o anoitecer em busca das duas ou três estrelas mais brilhantes de Carneiro, alinhadas mais ou menos na horizontal. Bem para cima da Lua e um pouco para a direita está o Grande Quadrado de Pégaso. A Lua propriamente dita encontra-se na constelação de Peixes.

 
CURIOSIDADES


A sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, que orbita o Planeta Vermelho desde 2006, já enviou para a Terra mais de 200 terabits de dados (25 terabytes). Este valor é mais de três vezes o total de dados [recebidos pela rede Deep Space Network da NASA] de todas as outras missões geridas pelo JPL da NASA, ao longo dos últimos 10 anos.

 
VEM AÍ O COMETA ISON

Imediatamente depois da sua descoberta no final do Verão do ano passado, os meios de comunicação sensacionalistas diziam que o ISON seria o cometa do milénio. No momento em que é suposto passar mais próximo do Sol, no dia 28 de Novembro, espera-se que brilhe tanto quanto a Lua Cheia. E mesmo com as mais recentes previsões, o ISON pode ainda proporcionar um espectáculo de luzes bastante razoável em Dezembro.

No início, os dois astrónomos amadores Vitaly Nevsky da Bielorrússia e Artyom Novichonok da Rússia viram apenas um fraco ponto de luz. Foi fotografado através de um telescópio de 40 centímetros da Rede Óptica Científica Internacional (em inglês, International Scientific Optical Network) a 21 de Setembro de 2012. Esta rede combinada, com a sigla ISON, é operada pela Academia Russa de Ciências, compreende observatórios em dez países e a sua tarefa é detectar novos objectos celestes. O ponto de luz avistado a 21 de Setembro acabou por não ser um asteróide, como inicialmente se assumia, mas um cometa. Eventualmente foi-lhe dada a designação oficial C/2012 S1 (ISON).

Quando o ISON foi localizado, situava-se a cerca de mil milhões de quilómetros do Sol, isto é, para lá da órbita do planeta Júpiter. Os astrónomos calcularam a trajectória do cometa a partir de várias das suas posições. Descobriu-se assim que o ISON orbita numa hipérbole; portanto, deve ter sido catapultado das profundezas do espaço até ao interior do sistema planetário, e possivelmente até mesmo orbitando o Sol pela primeira vez.

O Cometa ISON brilha nesta exposição de cinco minutos obtida no Centro Aeroespacial Marshall da NASA no passado dia 8 de Novembro. A imagem tem um campo de visão de aproximadamente 1,5º por 1º e foi capturada usando uma CCD a cores acoplada a um telescópio de 14 polegadas. Nessa noite, o Cometa ISON encontrava-se a 156 milhões de quilómetros da Terra, dirigindo-se para um encontro íntimo com o Sol a 28 de Novembro. Localizado na constelação de Virgem, é agora visível através de um bom par de binóculos.
Crédito: NASA/MSFC/Aaron Kingery
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O facto de o ISON ser um "novato" deverá afectar tanto a sua forma como o seu brilho, pois o seu núcleo pode conter uma grande quantidade de material pristino que liberta gases quando se aproxima do Sol, reflectindo em correspondência muita luz. Em qualquer caso, uma característica especial deste cometa é a sua proximidade com o Sol.

Esta proximidade é evidente pelo facto de que, no dia 28 de Novembro, o ISON passará pelo centro da nossa estrela a uns meros 1,8 milhões de quilómetros. Uma vez que o Sol tem um raio de apenas 700.000 quilómetros, isto significa que o cometa passará pela superfície borbulhante da estrela a uma distância de cerca de um milhão de quilómetros. O seu núcleo de gelo e rocha - os investigadores estimaram o diâmetro entre dois e cinco quilómetros - será submetido a forças de maré gigantescas e a um calor brutal.

O Cometa ISON deve reagir a este "teste de stress" tornando-se muito activo, a superfície do seu núcleo deverá aquecer e deverá sublimar o material gelado (convertendo-o directamente do estado sólido para o estado gasoso), expelindo enormes plumas para o espaço e varrendo uma grande quantidade de poeiras. Como mencionado acima, isto afecta o seu brilho. Os astrónomos estão actualmente especulando sobre o assunto, bem como sobre se o ISON conseguirá sobreviver ao seu encontro ardente com o Sol.

Há um ano atrás, as previsões optimistas assumiam que o seu brilho seria comparável ao da Lua Cheia no dia do periélio, ou seja, a sua maior aproximação com o Sol. Os cientistas pensam agora que é mais provável que seja tão brilhante quanto Vénus, que actualmente é visível como a "estrela da tarde" nos céus para Sudoeste. No entanto, no dia 28 de Novembro, o ISON estará muito perto do Sol no céu diurno - será por isso difícil de observar o seu brilho aparente, não importa quão grande seja.

Posição diária do Cometa ISON até dia 17 de Novembro.
Crédito: Skyhound
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Em meados de Agosto, foram novamente astrónomos amadores os primeiros a obter a primeira foto do ISON à medida que amanhecia. Por volta de 20 de Outubro passou pelo planeta Marte, cuja jornada tinha acompanhado durante algum tempo na constelação de Leão. Encontra-se actualmente com uma cauda claramente pronunciada na constelação de Virgem. O cometa pode já ser visto com binóculos poderosos, e deverá tornar-se visível a olho nu a partir de meados deste mês. Aproxima-se agora rapidamente do Sol. No início das manhãs de 24 e 25 de Novembro, o ISON encontrará o cometa 2P/Encke, a separação entre os dois será de apenas três diâmetros lunares (fase Cheia).

A observação será difícil, pois o céu será banhado pela luz do amanhecer. A Lua Cheia será outro problema, que iluminará o palco do espectáculo. Nos dias que rondam o periélio, as observações serão prerrogativa de especialistas e observatórios espaciais como o STEREO.

Se o ISON sobreviver a passagem pelo periélio a 28 de Novembro, vai passar a mover-se abruptamente na direcção Norte e será visível antes do nascer-do-Sol mesmo por cima do horizonte a Este. A distância ao Sol aumenta a cada dia que passa, a sua cauda deve alcançar o tamanho máximo e surgirá no horizonte mesmo antes do aparecimento da cabeleira do cometa. Entre 1 e 6 de Dezembro será possível observar o cometa ISON por volta das 7 da manhã.

A partir do meio de Dezembro, o cometa aparecerá no céu ao lusco-fusco, muito baixo a Noroeste após o pôr-do-Sol. A sua cauda será agora muito achatada, quase paralela em relação ao horizonte, e o seu brilho decresce cada vez mais. É improvável que desempenhe o papel da impressionante "estrela de Belém", e na véspera de Natal o ISON tornar-se-á novamente um objecto para binóculos - embora no dia 27 de Dezembro o cometa atinja o seu ponto de maior aproximação com a Terra, passando a uma distância de 64 milhões de quilómetros. A assinalar a passagem de ano, chegará ao fim o impressionante desempenho deste vagabundo do espaço exterior.

Links:

Notícias relacionadas:
Instituto Max Planck (comunicado de imprensa)
NASA
Sky & Telescope
Skyhound

Cometa ISON:
Wikipedia
Centro de Planetas Menores da UAI
Gary W. Kronk's Cometography
Stereo Science Center

Cometa 2P/Encke:
Wikipedia
Centro de Planetas Menores da UAI
Gary W. Kronk's Cometography

Cometas:
Wikipedia
NASA

 
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Cometa Lovejoy e M44
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Damian Peach
 
Enquanto esperamos ansiosamente para que o Cometa ISON aumente ainda mais de brilho à medida que se aproxima do Sol, os observadores norte podem também encontrar outros três cometas a Este antes do amanhecer. De facto, o Cometa Lovejoy C/2003 R1 é actualmente o mais brilhante. Descoberto apenas em Setembro passado, este Cometa Lovejoy aproxima-se do limite de visibilidade a olho nu e pode ser avistado a partir de locais com céus muito escuros. Ostentando uma cabeleira esverdeada e cauda nesta imagem telescópica obtida no passado dia 7 de Novembro, o Cometa Lovejoy encontra-se a cerca de 0,5 UA do nosso planeta e a 1,2 UA do Sol. O cometa tem aqui na imagem um fotogénico momento Messier, passando pelo bem conhecido enxame M44, o enxame do Presépio em Caranguejo. A estrela brilhante e amarelada Delta Cancri encontra-se na parte de baixo da fotografia.
 

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