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Edição n.º 1058
29/04 a 01/05/2014
 
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02.05.2014 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20h30 – 23h00
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/estudantes/reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922
Apresentação às estrelas inclui uma apresentação sobre um tema de astronomia seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).

31.05.14 - DESCOBRINDO O SOL
15h00 – 16h00 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
A actividade consiste na observação do Sol em segurança, e tem por objectivo dar algumas características da nossa estrela, podendo incluir outras actividades relacionadas com o Sol e o aproveitamento da energia solar.

 
EFEMÉRIDES

Dia 29/04: 119.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1715, John Flamsteed observa Urano pela sexta vez.

Em 1861, R. Luther descobre o asteroide Leto (68).
Em 1902, M. Wolf descobre o asteroide Pittsburghia (484).
Em 1921, B. Jekhovsky descobre o asteroide Painleva (953).
Em 1930, C. Jackson descobre o asteróide Libya (1268).
Observações: Lua Nova, pelas 07:14. Ocorre um eclipse solar parcial na Austrália, e o eclipse é anular no horizonte em partes da Antárctica.

Dia 30/04: 120.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1913, Neujmin e Belyavskij descobrem os asteróides Sulamitis (752) e Tiflis (753).
Em 1935, C. Jackson descobre o asteroide Magoeba (1355) eNumidia (1368).
Observações: Consegue ver a finíssima Lua, baixa a Oeste ao lusco-fusco? Está 11,5º para baixo e um pouco para a direita de Aldebarã. Binóculos podem ajudar. E consegue ver as Plêiades?

Dia 01/05: 121.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1006, a mais brilhante supernova é observada pelos Chineses e Egípcios na constelação do Lobo (Lupus).

Em 1930, o planeta anão Plutão recebe o seu nome oficial.
Em 1949, Gerard Kuiper descobria Nereida. É o segundo satélite de Neptuno a ser descoberto, e o terceiro maior dos satélites conhecidos deste planeta. 
Observações: Procure Aldebarã agora por baixo da Lua Crescente, ao anoitecer. Para a esquerda do nosso satélite natural, Orionte começa a despedir-se dos nossos céus primaveris.
Trânsito de Io, entre as 22:40 e as 00:59 (já de dia 2).

 
CURIOSIDADES


Os quasares (fontes de rádio quasi-estelares) são núcleos galácticos activos, muito energéticos, muito distantes e com um buraco negro supermassivo no seu centro. São dos objectos mais luminosos do Universo. Pensa-se que a "colisão" da Via Láctea com a Galáxia de Andrómeda, num futuro muito distante, possa formar um quasar.

 
SPITZER E WISE ENCONTRAM FRIO VIZINHO DO SOL
Esta impressão de artista mostra o objecto chamado WISE J085510.83-071442.5, a anã castanha mais fria conhecida. As anãs castanhas são corpos ténue e parecidos a estrelas que não têm massa suficiente para queimar combustível nuclear como as estrelas.
Crédito: Universidade Penn State/NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) e o Telescópio Espacial Spitzer descobriram o que parece ser a "anã castanha" mais fria - um corpo ténue, parecido a uma estrela que, surpreendentemente, é tão gelado como o Pólo Norte da Terra.

As imagens dos telescópios espaciais também determinaram a distância do objecto, 7,2 anos-luz, o que o torna o quarto sistema mais próximo do Sol. O sistema mais próximo, o trio de estrelas de Alpha Centauri, fica a cerca de 4 anos-luz de distância.

"É muito emocionante descobrir um novo vizinho tão perto do nosso Sistema Solar," afirma Kevin Luhman, astrónomo do Centro para Exoplanetas e Mundos Habitáveis da Universidade Estatal da Pennsylvania. "E dada a sua temperatura extrema, deve dizer-nos muito sobre as atmosferas de planetas, que muitas vezes têm temperaturas frias semelhantes."

As anãs castanhas começam as suas vidas como estrelas, como bolas de gás colapsado, mas não têm massa suficiente para queimar combustível nuclear e irradiar luz estelar. A anã castanha recém-descoberta tem o nome WISE J085510.83-071442.5. Tem uma fria temperatura que varia entre os -48 e os -13 graus Celsius. A recordista anterior para anã castanha mais fria, também descoberta pelo WISE e pelo Spitzer, tinha mais ou menos a temperatura ambiente.

Esta animação mostra a anã castanha mais fria conhecida, o quarto sistema mais próximo do Sol.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Penn State
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O WISE foi capaz de avistar o objecto raro porque examinou o céu inteiro duas vezes no infravermelho, observando algumas áreas até três vezes. Os objectos frios como as anãs castanhas podem ser invisíveis quando vistos em telescópios ópticos, mas o seu brilho térmico - mesmo fraco - destaca-se no infravermelho. Em adição, quando mais perto está o corpo, mais parece mover-se em imagens obtidas com meses de diferença. Os aviões são um bom exemplo deste efeito: um avião que voe mais baixo, parece deslocar-se mais rapidamente do que um que voe mais alto.

"Este objecto parecia mover-se muito rapidamente nos dados do WISE," afirma Luhman. "E como tal parecia ser especial."

Depois de perceber o movimento veloz de WISE J085510.83-071442.5 em Março de 2013, Luhman passou tempo a analisar imagens adicionais obtidas pelo Spitzer e pelo Telescópio Gemini Sul em Cerro Pachon, Chile. As observações infravermelhas do Spitzer ajudaram a determinar a temperatura gelada da anã castanha. As detecções combinadas do WISE e Spitzer, recolhidas em diferentes posições em torno do Sol, permitiram a medição da sua distância através do efeito de paralaxe. Este é o mesmo princípio que explica porque o seu dedo, quando colocado à sua frente, parece saltar de um lado para o outro quando fecha o olho esquerdo e o olho direito alternadamente.

Este diagrama ilustra as localizações dos sistemas estelares mais próximos do Sol. O ano em que a distância de cada sistema foi estimada encontra-se depois do seu nome.
Crédito: Penn State
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"É notável que, mesmo depois de muitas décadas de estudo do céu, ainda não temos um inventário completo dos vizinhos mais próximos do Sol," comenta Michael Werner, cientista do projecto Spitzer no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. O JPL administra e opera o Spitzer. "Este novo resultado demonstra o poder de explorar o Universo com novas ferramentas, como os olhos infravermelhos do WISE e do Spitzer."

WISE J085510.83-071442.5 tem uma massa estimada entre 3 e 10 vezes a massa de Júpiter. Com uma massa assim tão pequena, pode também ser um gigante gasoso semelhante a Júpiter expulso do seu sistema estelar. Mas os cientistas estimam que é provavelmente uma anã castanha em vez de um planeta porque as anãs castanhas são bastante comuns. Se assim for, é uma das anãs castanhas menos massivas.

Em Março de 2013, a análise das imagens do WISE por Luhman revelou um par de anãs castanhas muito mais amenas a uma distância de 6,5 anos-luz, tornando esse sistema o terceiro mais próximo do Sol. A sua busca por corpos velozes também demonstrou que o Sistema Solar exterior provavelmente não contém um planeta grande ainda por descobrir, por vezes chamado "Planeta X" ou Némesis".

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
12/03/2013 - Descoberto sistema estelar mais próximo desde 1916

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
redOrbit
PHYSORG
io9
AstroPT

WISE J085510.83-071442.5:
Wikipedia

Anãs castanhas:
Wikipedia
NASA
Andy Lloyd's Dark Star Theory

WISE:
Wikipedia
NEOWISE (NASA)
U. Berkeley

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - M5 pelo Hubble
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: HSTESANASA
 
"Linda nebulosa descoberta entre Balança e Serpente..." É assim que começa a descrição do quinto objecto do famoso catálogo de nebulosas e enxames estelares do astrónomo do século XVIII, Charles Messier. Embora a Messier parecesse redondo, nublado e sem estrelas, sabe-se agora que M5 é um enxame globular, com 100.000 estrelas ou mais, agrupadas pela força da gravidade numa região com mais ou menos 165 anos-luz em diâmetro. Encontra-se a cerca de 25.000 anos-luz de distância. Percorrendo o halo da nossa Galáxia, os enxames globulares são membros antigos da Via Láctea. M5 é um dos enxames globulares mais velhos, pois as suas estrelas têm uma idade estimada em quase 13 mil milhões de anos. Este esplêndido enxame é um alvo popular para os telescópios terrestres. Claro, o Telescópio Espacial Hubble também capturou a sua própria imagem detalhada que se estende por cerca de 20 anos-luz perto da região central de M5. Mesmo perto do seu núcleo denso à esquerda, as estrelas gigantes vermelhas e azuis do enxame, bem como as rejuvenescidas estrelas retardatárias azuis, destacam-se em tons de amarelo e azul na nítida imagem.
 

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