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Edição n.º 1115
14/11 a 17/11/2014
 
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28/11/14 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 22:30 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922

 
EFEMÉRIDES

Dia 14/11: 318.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da Apollo 12 às 11:22 EST do Centro Espacial Kennedy. A segunda aterragem lunar teve lugar no Oceano das Tempestades, perto do local de aterragem da Surveyor 3.
Em 1971, programa Mariner: a Mariner 9 chega a Marte, tornando-se na primeira sonda a orbitar outro planeta.  
Em 2003, os astrónomos Michael E. Brown, Chad Trujillo e David L. Rabinowitz descobrem 9033 Sedna, um objecto trans-Neptuniano.

Observações: Júpiter na sua quadratura Oeste, pelas 02:53.
Trânsito da sombra de Europa, entre as 04:24 e as 07:21.
Lua em Quarto Minguante, pelas 15:16. A Lua nasce por volta da meia-noite (já dia 15), com Júpiter para cima. Para a sua esquerda, está Régulo.

Dia 15/11: 319.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1738, nascia William Herschel.

Foi o primeiro astrónomo a fazer observações sistemáticas do espaço para além do nosso Sistema Solar. Descobriu Urano(1781), o movimento do Sol na Via Láctea (1785), a companheira do binário de Castor (1804, e de acordo com as leis de Kepler), e a radiação infravermelha. Herschel também descobriu muitos enxames, nebulosas e galáxias enquanto observava o céu nocturno e compilou catálogos cujos dados básicos são ainda hoje utilizados.
Em 1966, a Gemini 12 regressa à Terra caindo no Atlântico em segurança.
Em 1988, a União Soviética lança o seu primeiro e último vaivém espacial, o Buran.
Em 1990, o vaivém espacial Atlantis é lançado na missão STS-38.
Observações: Marte está mesmo por cima da "pega" do "Bule de Chá" de Sagitário ao anoitecer. Binóculos ajudam.

Dia 16/11: 320.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1852, o astrónomo inglês John Russell Hind descobre o asteróide 22 Kalliope.
Em 1965, lançamento da sonda soviética Venera 3, cujo objectivo era estudar a atmosfera de Vénus. As comunicações falharam mesmo antes da entrada na atmosfera. Colidiu com Vénus.
Em 1973, a NASA lança o Skylab 4 com uma tripulação de 3 astronautas, numa missão com a duração de 84 dias.

Em 1974, a nova superfície do rádio-telescópio gigante de 1000 pés em Arecibo, Porto Rico, dedica-se ao envio de uma breve mensagem na direcção do enxame globular M13
Observações: Ocultação de Europa, entre as 01:52 e as 04:50.
Trânsito da sombra de Io, entre as 04:10 e as 06:29.
Trânsito de Io, entre as 05:24 e as 07:46.

Dia 17/11: 321.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1970, a União Soviética aterra o Lunokhod 1 em Mare Imbrium, na Lua. É o primeiro robot controlado remotamente a aterrar noutro mundo, tranportado pela Luna 17.

Observações: Eclipse de Io, entre as 01:17 e as 03:41.
Ocultação de Io, entre as 02:34 e as 04:58.
Pico da chuva de meteoros das Leónidas, infelizmente com a presença de uma fina Lua minguada antes do amanhecer de hoje e amanhã.

 
CURIOSIDADES


Sabia que o Cometa 67P/C-G "canta"? Ouça a sua "voz" aqui.

 
PHILAE POUSA NO COMETA 67P/CHURYUMOV-GERASIMENKO
Impressão de artista do Philae à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Crédito: ESA/ATG medialab
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A missão da ESA, Rosetta, poisou o seu módulo Philae num cometa, a primeira vez na história que se consegue um feito tão extraordinário.

A largada foi confirmada às 09:03 GMT a uma distância de 22,5 km do centro do cometa. Durante a descida de sete horas, que foi feita sem propulsão ou condução, o Philae captou imagens e guardou informações acerca do ambiente no cometa. A câmara da Rosetta, por outro lado, também capturou imagens à medida que o Philae descia lentamente.

Depois da tensa espera de sete horas, durante a descida à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, o sinal a confirmar o sucesso chegou à Terra às 16:03 GMT.

Série de imagens do instrumento OSIRIS da Rosetta que mostra a descida do Philae até à superfície do cometa.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
 

Esta confirmação veio através da nave Rosetta e foi captada em simultâneo pelas estações da ESA na Terra, em Malargüe, Argentina, e da NASA, em Madrid, Espanha. O sinal foi confirmado imediatamente pelo Centro de Operações Espaciais da ESA, o ESOC, em Darmstadt, e pelo centro de controlo da DLR, em Colónia, ambos na Alemanha.

Os primeiros dados dos instrumentos do "lander" foram transmitidos ao Centro de Operações da Agência Espacial Francesa, CNES, em Toulouse, França.

No entanto, a descida do Philae não correu como se esperava. O cometa tem uma gravidade muito fraca, aproximadamente 1/10.000 da da Terra, e a sua velocidade de escape ronda os 0,5 m/s. O Philae aterrou ao dobro desta velocidade, pelo que os ressaltos eram uma preocupação.

A telemetria mostrou pouco tempo depois que um par de arpões, desenhados para ancorar o módulo imediatamente após o poiso, não foram activados como se planeava. E um pequeno propulsor, cuja única função era fornecer uma ligeira força descendente para manter o Philae no chão, não disparou.

A superfície do cometa 67P/C-G, pela câmara ROLIS do Philae, a 40 metros de altitude (em Agilkia).
Crédito: ESA/Rosetta/Philae/ROLIS/DLR
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Ninguém se apercebeu na altura, mas os dados do módulo e particularmente as medições do instrumento ROMAP, que mede o campo magnético, mostraram que o Philae, de facto, ressaltou após o poiso - não uma, mas duas vezes!

A primeira recuperação durou cerca de duas horas, durante as quais o Philae girou lentamente e vagueou talvez até 1 km acima do cometa antes de pousar novamente às 18:26 GMT. O segundo ressalto foi mais breve, terminando às 18:33.

Por isso, o Philae pousou não uma, não duas, mas três vezes no cometa. Estas aterragens inesperadas explicam o porquê da intermitência do contacto de rádio e o porquê da energia recolhida pelos painéis solares ter flutuado durante algum tempo.

Numa conferência de imprensa que teve lugar ontem, os cientistas da missão acrescentam que devido aos ressaltos e ao tempo que demorou a assentar, o Philae provavelmente não estará no local desejado, conhecido como Agilkia. O primeiro poiso foi quase ao centro desta região, mas nas horas que o Philae demorou a fazer a sua descida derradeira, o cometa girou.

Ainda não sabem exactamente onde está, mas pensam que não está muito longe do local escolhido. Em Agilkia esperavam 6-7 horas de luz solar, a fim de recarregar a bateria secundária do Philae e assim prolongar a sua missão científica. No local onde se encontra, o Philae recebe cerca de hora e meia de luz (a cada 12 horas), complicando as hipóteses de uma missão mais longa.

Primeiro panorama do sistema de imagem CIVA-P do Philae, com um esboço do Philae sobreposto.
Crédito: ESA/Rosetta/Philae/CIVA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os cientistas também explicaram que duas das três pernas estão no chão, a terceira encontra-se no "ar". O Philae está por isso numa posição inclinada e parece que parcialmente à sombra. Felizmente, a sua antena está a apontar para cima e não existem problemas de comunicação com a Rosetta.

Entretanto, oito dos dez instrumentos do Philae estão a trabalhar. Os outros dois - o APXS (Alpha Proton X-ray Spectrometer) e o sistema de perfuração - foram temporariamente desligados porque ambos envolvem contacto com a superfície e os engenheiros estão preocupados em desestabilizar a orientação aparentemente precária do módulo.

"A nossa ambiciosa missão Rosetta assegurou um lugar nos livros de história: não só como o primeiro rendez-vous com um cometa em órbita, mas também como a primeira missão a colocar um módulo na superfície de um cometa," notou Jean-Jacques Dordain, Director-Geral da ESA.

"Com a Rosetta estamos a abrir as portas à origem do planeta Terra e permitindo uma melhor compreensão do nosso futuro. A ESA e os seus parceiros da missão Rosetta atingiram algo extraordinário hoje."

"Depois de mais de 10 anos a viajar pelo espaço, estamos agora a fazer a melhor análise científica alguma vez feita aos resquícios do nosso Sistema Solar," disse Alvaro Giménez, Director de Exploração Científica e Robótica da ESA.

"Estamos muito aliviados por termos poisado na superfície de um cometa, principalmente dado os desafios extra que enfrentamos relativamente ao estado do 'lander'," disse Stephan Ulamec, responsável pelo módulo de aterragem Philae, no Centro Aeroespacial Alemão, DLR.

A Rosetta foi lançada em Março de 2004 e viajou 6,4 mil milhões de quilómetros através do Sistema Solar, antes de chegar ao cometa a 6 de Agosto de 2014.

"A viagem da Rosetta foi um contínuo desafio operacional, exigindo uma aproximação inovadora, precisão e uma longa experiência," disse Thomas Reiter, director da ESA para os Voos Tripulados e Operações.

"Este sucesso é a prova de um incrível trabalho de equipa e do conhecimento único em operações de uma nave, adquirido pela Agência Espacial Europeia ao longo de décadas."

Links:

Cobertura da missão Rosetta pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
11/11/2014 - Como aterrar num cometa
07/11/2014 - Adeus "J", olá Agilkia
28/10/2014 - O "perfume" do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
17/10/2014 - ESA confirma local de aterragem do Philae
30/09/2014 - Philae com aterragem prevista para 12 de Novembro
16/09/2014 - Está escolhido o local de aterragem do Philae
26/08/2014 - Onde é que o Philae vai aterrar?
08/08/2014 - A nave Rosetta chega ao seu cometa de destino
05/08/2014 - Sonda Rosetta chega a cometa esta semana
01/04/2014 - Philae está acordado!
17/01/2014 - O despertador mais importante do Sistema Solar
13/07/2010 - Rosetta triunfa no asteróide Lutetia
13/11/2009 - Será que o "flyby" da Rosetta indica uma nova física exótica? 
06/11/2009 - Rosetta faz último "flyby" pela Terra a 13 de Novembro 
06/09/2008 - Rosetta passa por Steins: um diamante no céu 
03/09/2008 - Contagem decrescente para "flyby" por asteróide 
28/02/2007 - A semana dos "flybys" 
01/06/2004 - Primeira observação científica da Rosetta 
12/03/2004 - Escolhidos os dois asteróides para aproximação da Rosetta 
09/03/2004 - Sonda Rosetta finalmente lançada

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
NASA (comunicado de imprensa)
Universe Today
Astronomy
SPACE.com
PHYSORG
Sky & Telescope
redOrbit
EarthSky
NewScientist
Discovery News
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Philae (Wikipedia)

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Descida até um Cometa
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: ESA/Rosetta/Philae/ROLIS
 
Anteontem ocorreu o primeiro pouso suave num cometa a cerca de 500 milhões de quilómetros do planeta Terra, quando o módulo Philae da missão Rosetta aterrou no núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. O local escolhido, denominado Agilkia, está localizado perto do centro desta espantosa imagem capturada pelo instrumento ROLIS (ROsetta Lander Imaging System) do Philae. A aproximadamente 3 km de distância, a imagem tem uma resolução de cerca de 3 metros por pixel à superfície. Após a libertação do Philae, a sua longa descida de sete horas foi feita sem propulsão ou navegação. Embora os seus arpões não tenham disparado, o módulo está à superfície. O lander está a recolher dados científicos com os seus instrumentos e a enviar também imagens.
 

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