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Edição n.º 1194
18/08 a 20/08/2015
 
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EFEMÉRIDES

Dia 18/08: 230.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1814 nascia Anders Jonas Angström, físico sueco e um dos fundadores da ciência da espectroscopia.
Em 1868, Pierre Janssen em conjunto com Norman Lockyer observam pela primeira vez hélio no espectro do Sol.
Em 1877 a lua de MarteFobos, é observada pela primeira vez por Asaph Hall no Observatório Naval dos EUA.
Em 1985 era lançado o Suisei, a segunda missão japonesa a estudar o cometa Halley.

Detetou água cometária, monóxido de carbono e iões de dióxido de carbono
Observações: À medida que anoitece, olhe para a esquerda da Lua à procura de Espiga. Bem alto acima da Lua brilha Arcturo.

Dia 19/08: 231.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1646 nascia John Flamsteed, astrónomo inglês, o primeiro Astrónomo Real. Catalogou mais de 3000 estrelas.
Em 1924 nascia Willard Boyle, físico canadiano que recebeu o prémio Nobel da Física pela invenção do CCD
Em 1960, os cães espaciais russos Belka ("Squirrel") e Strelka ("Little Arrow") começaram a orbitar a Terra a bordo do satélite Korabl-Sputnik-2.

Iam também na missão 40 ratos brancos, 2 ratazanas e diversas qualidades de plantas. No dia seguinte todos foram recuperados em perfeitas condições.
Em 1964, lançamento do Syncom 3, o primeiro satélite de comunicações geoestacionário.
Observações: A Lua está hoje para cima de Espiga.

Dia 20/08: 232.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1719, nascia Christian Mayer, astrónomo checo pioneiro no estudo das estrelas binárias.
Em 1975, a NASA lança a sonda Viking 1 para Marte.
Em 1977, a NASA lança a sonda Voyager 2.

Em 1999, o Telescópio Espacial de Raios-X Chandra, lançado a 23 de Julho de 1999, revela características ainda não observadas nos remanescentes de três explosões de supernovas.
Observações: Continuando o seu percurso, a Lua está hoje quase a meio de caminho entre Espiga (para baixo e para a sua direita) e Saturno (para cima e para a sua esquerda).

 
CURIOSIDADES


A missão LADEE foi lançada no dia 7 de setembro de 2013 e teve uma duração de sete meses. Terminou no dia 18 de abril de 2014, quando os controladores fizeram intencionalmente a nave despenhar-se no lado oculto da Lua, receando a possibilidade de danificarem locais potencialmente históricos como os locais de aterragem das Luna e Apollo.

 
SONDA LADEE DESCOBRE NÉON NA ATMOSFERA DA LUA

A fina atmosfera da Lua contém néon, um gás frequentemente usado na sinalização publicitária devido ao seu brilho intenso. Embora os cientistas já especulem sobre a presença de néon na atmosfera lunar há décadas, a sonda LADEE (Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer) confirmou pela primeira vez a sua existência.

Impressão de artista da sonda LADEE (Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer) em órbita da Lua.
Crédito: NASA Ames/ Dana Berry
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"A presença de néon na exosfera da Lua tem sido um assunto de especulação desde as missões Apollo, sem a existência de deteções credíveis," afirma Mehdi Benna do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland e da Universidade de Maryland, Baltimore County. "Ficámos muito satisfeitos por não só confirmar a sua presença, mas por mostrar que é relativamente abundante." Benna é o autor principal de um artigo que descreve as observações do instrumento NMS (Neutral Mass Spectrometer) do LADEE, publicado dia 28 de maio na revista Geophysical Research Letters.

Não há néon suficiente para fazer a Lua brilhar porque a atmosfera da Lua é extremamente ténue, cerca de 100 biliões de vezes menos densa que a da Terra ao nível do mar. Uma atmosfera densa como a da Terra é relativamente rara no nosso Sistema Solar porque um objeto tem que ser suficientemente massivo para ter gravidade suficiente para a segurar.

O comportamento de uma atmosfera densa é impulsionado por colisões entre os seus átomos e moléculas. No entanto, a atmosfera da Lua é tecnicamente referida como exosfera por ser tão fina que os seus átomos raramente colidem. As exosferas são o tipo mais comum de atmosfera no nosso Sistema Solar. Assim sendo, os cientistas estão interessados em aprender mais sobre elas. "É muito importante aprender mais sobre a exosfera lunar antes que a exploração humana sustentada a altere substancialmente," comenta Benna. Tendo em conta que a atmosfera da Lua é muito fina, o escape dos foguetões e a libertação de gases das sondas podem facilmente mudar a sua composição.

A maioria da exosfera lunar vem do vento solar, uma corrente de gás eletricamente carregado soprado a partir da superfície do Sol para o espaço a cerca de 1,6 milhões de quilómetros por hora. A maioria do vento solar é hidrogénio e hélio, mas contém muitos outros elementos em pequenas quantidades, incluindo néon. Todos estes elementos impactam na Lua, mas apenas o hélio, o néon e o árgon são suficientemente voláteis para serem devolvidos de volta ao espaço. Os restantes elementos ficam por tempo indeterminado na superfície da Lua.

O instrumento NMS da LADEE confirma que a exosfera da Lua é composta principalmente de hélio, árgon e néon. A sua abundância relativa depende da hora do dia lunar - o árgon atinge o pico ao nascer do Sol, o néon às 4 da manhã e o hélio à 1 da manhã. O instrumento realizou medições sistemáticas destes gases durante sete meses, o que permitiu à equipa compreender como é que estes gases são fornecidos à exosfera e, em última análise, perdidos para o espaço.

Enquanto a maioria da exosfera lunar vem do vento solar, o NMS mostrou que algum gás vem das rochas lunares. O árgon-40 resulta do decaimento do radioativo potássio-40, que ocorre naturalmente, elemento este que pode ser encontrado nas rochas de todos os planetas terrestres como "restos" da sua formação.

"Também ficámos surpresos ao descobrir que o árgon-40 cria uma protuberância local acima de um local invulgar à superfície da Lua, a região que contém Mare Imbrium (Mar de Chuvas) e Oceanus Procellarum (Oceano das Tormentas)," explica Benna. Apesar da razão para este crescimento local não ser ainda compreendida, "não podemos deixar de notar que esta região é o local onde o potássio-40 é mais abundante à superfície. Por isso, pode haver uma ligação entre o árgon atmosférico, o potássio superficial e as fontes interiores profundas," comenta.

Um segundo comportamento surpreendente do árgon, é que a quantidade global de árgon na exosfera lunar não é constante ao longo do tempo. Em vez disso, aumentou e diminuiu em cerca de 25% durante o curso da missão da LADEE. Segundo Benna, esta fonte transiente de árgon pode ser o resultado de uma maior saída do gás a partir da superfície que é acionada pelo stress de marés na Lua.

O NMS também revelou uma fonte inesperada de parte do hélio na exosfera da Lua. "Cerca de 20% do hélio é proveniente da própria Lua, provavelmente como resultado do decaimento radioativo do tório e do urânio, também encontrados nas rochas lunares," afirma Benna. Este hélio está a ser produzido a uma taxa equivalente a cerca de sete litros por segundo a uma pressão atmosférica normal."

"Os dados recolhidos pelo NMS abordam as questões de longa data relacionadas com as fontes e depósitos do hélio e árgon exosféricos que permaneciam sem resposta há quatro décadas," afirma Benna. "Estas descobertas destacam as limitações dos modelos exosféricos atuais e a necessidade de modelos mais sofisticados no futuro."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Geophysical Research Letters
PHYSORG

Lua:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

LADEE:
NASA
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Anunciando o Cometa Catalina
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ian Sharp
 
Será que o Cometa Catalina vai ficar visível a olho nu? Dada a imprevisibilidade dos cometas, ninguém pode ter a certeza, mas parece ser uma boa aposta. O cometa foi descoberto em 2013 graças a observações do Catalina Sky Survey. Desde aí, o Cometa C/2013 US10 (Catalina) tem vindo a aumentar de brilho e está atualmente com magnitude 7, o que o torna observável com binóculos e em imagens de longa exposição. À medida que o cometa se aproxima ainda mais do Sistema Solar interior, irá certamente continuar a intensificar-se, possivelmente tornando-se num objeto discernível à vista desarmada em meados de outubro e atingindo o seu pico no final de novembro. O cometa irá residir principalmente nos céus do hemisfério sul até meados de dezembro, altura em que a sua órbita altamente inclinada o levará rapidamente até aos céus do hemisfério norte. Esta foto do Cometa Catalina foi obtida a semana passada e mostra uma cabeleira esverdeada e duas caudas em crescimento.
 

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