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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 123
6 de Maio de 2005
arrow BALANÇO DA MISSÃO CASSINI thingy


A sonda Cassini.
Crédito: NASA/JPL

Após uma viagem épica de sete anos em que percorreu 3.5 mil milhões de quilómetros, a sonda Cassini entrou na órbita de Saturno a 1 de Junho de 2004. A missão de 4 anos pretende clarificar alguns dos aspectos menos conhecidos de Saturno, o seu sistema de anéis, campo magnético e sete das suas 33 luas conhecidas (incluindo Titã e Febe).

Lançada a 15 de Outubro de 1997 a missão conjunta Cassini-Huygens (NASA/ESA) constituiu a maior e mais sofisticada construída até hoje e é a primeira a orbitar um planeta tão longínquo da Terra. A sonda Cassini pesa 5,712 kg, ou seja, tanto como um elefante macho adulto, e tem 6.70 m de altura por 4.0 m de diâmetro, o que é mais ou menos a dimensão de um autocarro escolar de 30 lugares. Tem as suas necessidades eléctricas asseguradas por geradores termonucleares alimentados por 30 kg de plutónio.

Nenhuma nave espacial havia estado tão próxima do segundo maior planeta do Sistema Solar desde as passagens da Voyager na década de 1980.

O enorme planeta gasoso Saturno, os seus anéis misteriosos e as suas 33 luas (15 descobertas depois do lançamento da sonda Cassini) serve como um modelo em miniatura do disco de gás e poeiras que rodeou o Sol primitivo. Nos sete meses desde que chegou próximo de Saturno, Cassini não tem parado de nos surpreender com descobertas de novas luas e anéis. Os cientistas têm também esperanças que ao compreenderem a dinâmica deste sistema possam obter pistas que sejam generalizáveis no sentido de compreender como evoluiu o próprio Sistema Solar.

A sonda Cassini temn feito descobertas notáveis no que diz também respeito a pequenos satélites.

Nesta missão a sonda Cassini já permitiu obter evidências da existência de um caldo molecular em Titã, semelhante aquele que terá existido na própria Terra primitiva, com muitos percursos de biomoléculas. A sonda detectou também uma actividade geológica pouco esperada em Titã. Espera-se que as 39 passagens que a sonda vai fazer àquela lua de Saturno permitam averiguar muito mais. Pela primeira vez, graças à sonda Huygens que viajou com a Cassini, foi possível ver imagens da superfície de Titã.

A passagem por Encelado foi também um sucesso tendo descoberto uma atmosfera com água neste satélite. As imagens de Encelado revelaram um autêntico paraíso geológico.


Enceladus
Crédito:NASA/JPL

Recentemente a passagem por Epimeteu, permitiu imagens com uma pormenorização nunca antes vistas desta lua cuja superfície parece o interior de um queijo suiço.

A quantidade de imagens de luas que chega da missão é enorme e demorará décadas para que toda a informação nelas contida possa ser analisada. Nem os três instrumentos que começam a dar sinais de algum desgaste (dos doze que transporta) podem pôr em perigo o sucesso já alcançado por esta missão.

Links:

Cassini, NASA:
http://www.nasa.gov/mission_pages/cassini/main/index.html

Cassini-Huygens ESA:
http://www.esa.int/SPECIALS/Cassini-Huygens/index.html

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
 
Mira: a estrela maravilhosa - Crédito: CHANDRA, NASA
Para os astrónomos do século XVII, Omicron Ceti ou Mira era conhecida como uma estrela maravilhosa, pois podia mudar de brilho dramaticamente a cada 11 meses. Os astrónomos modernos reconhecem um tipo de estrelas variáveis de periodo longo como estrelas variáveis do tipo Mira, que são variáveis gigantes vermelhas com cerca de 700 vezes o diâmetro do Sol. A apenas 420 anos-luz de nós, Mira (Mira A, à direita na imagem) orbita em torno do centro de massa entre ela e uma companheira anã branca (Mira B). Mira B está rodeado por um disco de material removido da gigante vermelha pulsante. Num sistema deste tipo o disco de acreção da anã branca era esperado que produzisse raios-X. Mas a imagem de raios-X do Chandra revela que a gigante vermelha fria também emite radição X, claramente separada da emissão de raios-X do disco de acreção da companheira quente. A imagem do lado direito é uma impressão de artista do que é observado nos raios-X; pelo telscópio espacial Chandra.
Ver imagem em alta-resolução
     
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  ESPAÇO ABERTO  
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Observação astronómica, dia 14 de Maio, na açoteia do CCVAlg, às 21:30. Observação dependente das condições atmosféricas.

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 06/05: 126º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Olhe para Norte para a Ursa Maior. Veja próximo de Mizar (a segunda estrela a partir da cauda) se consegue encontrar uma ténue estrela, de nome Alcor.

Dia 07/05: 127º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1992, era lançado o Space Shuttle Endeavour.
Observações: Às 03h24 (hora local) começa a ver-se a travessia do grande olho vermelho de Júpiter. As duas estrelas variáveis vermelhas de longo período R Lyncis e RS Librae estarão a atingir o seu brilho máximo (7.ª ou 8.ª magnitude).

Dia 08/05: 128º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Lua Nova, às 09h45 (hora local). O asteróide Ceres estará em oposição às 19h00 (hora local).

Dia 09/05: 122º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Logo após o pôr-do-sol, por cima de Vénus é possível ver um ténue crescente da Lua.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
Mizar e Alcor eram usadas como teste de acuidade visual nas inspecções militares da antiguidade.
 
 
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