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Edição n.º 1232
29/12 a 31/12/2015
 
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29/01/16 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:00 – 22:00 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: consultar este link
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 29/12: 363.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Maior elongação este de Mercúrio, pelas 05:45.
Sirius, a estrela alfa de Cão Maior, brilha baixa a este-sudeste depois da hora de jantar. Procyon, a estrela alfa de Cão Menor, brilha para este a cerca de dois punhos à distância do braço esticado. Para observadores à latitude 30º, estas duas estrelas caninas estarão praticamente à mesma altura acima do horizonte pouco depois de nascerem. Para observadores acima dessa latitude, Procyon estará mais alta. Para observadores abaixo dessa latitude, Sirius é que está mais alta no céu.

Dia 30/12: 364.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1924, Edwin Hubble anuncia a existência de outras galáxias.
Em 2000, dá-se a passagem das sondas acopladas Cassini-Huygens por Júpiter.

Passam a 9.721.846 km do topo das nuvens de Júpiter à medida que recebem um impulso gravitacional para a última parte da viagem até Saturno.
Observações: A Lua, quase em quarto minguante, nasce a este pelas 23 horas. Júpiter segue os passos do nosso satélites natural cerca de 25 minutos depois. Continuam a subir no céu durante o resto da noite. Estes dois astros estarão bem altos a sul, por baixo de Denébola, antes do amanhecer de dia 31.

Dia 31/12: 365.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2011, a NASA consegue colocar em órbita lunar a primeira das duas sondas GRAIL.

Observações: Depois do ruído e dos festejos da meia-noite, saia à rua. A Lua, quase em quarto minguante, deverá estar a nascer a este. Júpiter brilha um pouco acima.
Mais alta a sul, Sirius brilha intensamente. É agora o ponto que balança a parte de baixo do Triângulo de Verão. As outras duas estrelas do triângulo são Betelgeuse, no ombro de Orionte e situada para cima e para a sua direita, e Procyon igualmente à mesma distância mas para cima e para a esquerda.

 
CURIOSIDADES


Segundo uma teoria publicada na revista Scientific American, as super-Terras com o dobro da massa do nosso planeta podem ser ainda mais hospitaleiras à vida que até a própria Terra (artigo PDF).

 
SUBSTÂNCIAS "PROIBIDAS" PODEM AUMENTAR TRANSFERÊNCIAS DE CALOR E FORTALECER CAMPOS MAGNÉTICOS NAS SUPER-TERRAS
Impressão de artista da super-Terra Gliese 832c, em comparação com o planeta Terra.
Crédito: PHL@UPR Arecibo
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Usando modelos matemáticos, cientistas "olharam" para o interior de super-Terras e descobriram que podem conter compostos proibidos pelas regras da química clássica - e a presença destas recém-previstas substâncias pode aumentar a taxa de transferência de calor e fortalecer o campo magnético destes planetas. Os resultados foram divulgados num artigo publicado na revista Scientific Reports.

Os autores do artigo são um grupo de investigadores do Instituto de Física e Tecnologia de Moscovo, liderados por Artem R. Oganov, professor do Instituto de Ciência e Tecnologia de Skolkovo. Em estudos anteriores, Oganov e colegas usaram o algoritmo USPEX para identificar novos compostos de sódio e de cloro, bem como outras substâncias exóticas.

No seu artigo mais recente, os investigadores tentaram descobrir quais os compostos que, a altas pressões, podem ser formados por silício, oxigénio e magnésio. Estes elementos, em particular, não foram escolhidos ao acaso.

"Os planetas parecidos com a Terra consistem de uma crosta fina de silicatos, de um manto de silicatos e óxidos - que perfaz aproximadamente 7/8 do volume da Terra e consiste de mais de 90% de silicatos e óxido de magnésio - e um núcleo de ferro. Podemos dizer que o magnésio, o oxigénio e o silício formam a base da química da Terra e dos planetas parecidos com a Terra," comenta Oganov.

Usando o algoritmo USPEX, os investigadores exploraram todos os compostos possíveis de Mg-Si-O que podem ocorrer a pressões que variam entre as 5 e as 30 milhões de atmosferas. Tais pressões existem no interior das super-Terras - planetas rochosos com uma massa várias vezes superior à da Terra. Não existem planetas como este no Sistema Solar, mas os astrónomos conhecem vários planetas em redor de outras estrelas que não são tão pesados quanto os gigantes gasosos, mas consideravelmente mais massivos que a Terra. A estes chamamos super-Terras. Estes planetas incluem o recentemente descoberto Gliese 832c, com cinco vezes a massa da Terra, ou a mega-Terra Kepler-10c, com 17 vezes a massa da Terra.

Os resultados da modelação computacional mostram que o interior destes planetas pode conter compostos "exóticos" como MgSi3O12 e MgSiO6. Têm muitos mais átomos de oxigénio do que o elemento MgSiO3, o composto mais abundante no interior da Terra.

Além disso, MgSi3O12 é metálico, ao passo que outras substâncias que consistem em átomos de Mg-Si-O são isoladoras ou semicondutoras.

"As suas propriedades são muito diferentes dos compostos normais de magnésio, oxigénio e silício - muitos deles são metais ou semicondutores. Isto é importante para gerar campos magnéticos nestes planetas. Dado que os campos magnéticos são produzidos por convecção de interiores planetários eletricamente condutores, a alta condutividade poderá significar um campo magnético significativamente mais poderoso," explica Oganov.

Um campo magnético mais forte significa uma proteção poderosa contra a radiação cósmica, favorável aos organismos vivos. Os investigadores também previram novos óxidos de magnésio e de silício que não encaixam com as regras da química clássica - SiO, SiO3 e MgO3, além dos óxidos MgO2 e Mg3O2 anteriormente previstos por Oganov a pressões mais baixas.

O modelo computacional também permitiu com que os investigadores determinassem as reações de decomposição que o MgSiO3 sofre a pressões ultra-elevadas nas super-Terras - pós-perovskita.

"Isto afeta os limites das camadas no manto e a sua dinâmica. Por exemplo, uma mudança de fase exotérmica acelera a convecção do manto e a transferência de calor dentro do planeta, e uma transformação endotérmica abranda-as. Isto quer dizer que a velocidade do movimento das placas litosféricas no planeta pode ser mais elevada," comenta Oganov.

A convecção, que determina as placas tectónicas e a mistura do manto, pode ser ou mais rápida (acelerando a mistura do manto e a transferência de calor) ou mais lenta. Na transformação endotérmica, um possível cenário é a formação de várias camadas convectivas independentes dentro do planeta. O facto de que os continentes da Terra estão em constante movimento, "flutuando" à superfície do manto, é o que dá azo ao vulcanismo e a uma atmosfera.

Links:

Notícias relacionadas:
Instituto de Física e Tecnologia de Moscovo (comunicado de imprensa)
Scientific Reports
Artigo científico (arXiv.org)
PHYSORG

Super-Terra:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Algoritmo USPEX:
Laboratório de Oganov

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
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