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Edição n.º 1276
31/05 a 01/06/2016
 
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10/05/16 a 01/06/16 - ROSETTA NO RASTO DO COMETA
Nesta exposição temporária, poderá ficar a saber mais sobre os cometas, acompanhando a viagem da sonda Rosetta e do módulo Philae desde o seu lançamento em 2004 até à aproximação ao cometa em 2014, com o objetivo de investigar in loco o cometa 67 P Churyumov-Gerasimenko. A exposição aborda ainda conceitos relativos a outros astros como meteoros, asteroides e a sua importância no Sistema Solar. A exposição é composta por painéis interativos, um jogo multimédia e um modelo do cometa impresso em 3D a partir de dados reais adquiridos pela sonda desde a sua aproximação a 6 de Agosto de 2014. Esta exposição foi produzida pela Cité de l´espace, membro do grupo para o Espaço do Ecsite, a que o Centro Ciência Viva do Algarve também pertence.
Local: CCVAlg
Preço: Gratuito com a compra da entrada no centro
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 

03/06/16 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
21:00 - Este evento inclui uma apresentação sobre o tema - “O tamanho do Sistema Solar”, seguido de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 31/05: 152.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2001, a sonda Cassini completa o veu voo rasante por Júpiter e dirige-se para Saturno.

Imagens de despedida de um eclipse de Io mostram atividade auroral na atmosfera ioniana.
Em 2013, o asteroide 1998 QE2 e a sua lua fazem a maior aproximação da Terra dos próximos dois séculos.
Observações: Ao anoitecer, olhe para sul entre Júpiter e Marte. Uma estrela salta à vista: Espiga, em Virgem. Bem para cima dela está Arcturo, de Boieiro. A metade dessa distância, mas para baixo e para a direita de Espiga, está a constelação de Corvo, tentando "roubar" a espiga de Virgem enquanto esta olha para outro lado.
Trânsito de Io, entre as 23:04 e as 01:23 (já de dia 1).

Dia 01/06: 153.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633 nascia Geminiano Montanari, astrónomo italiano, fabricante de lentes e proponente da abordagem experimental na Ciência.

É mais conhecido pela sua observação, por volta de 1667, que a segunda estrela mais brilhante de Perseu, Algol, variava em brilho.
Observações: Ocultação de Io, entre as 20:21 e as 22:42.
Eclipse de Io, entre as 21:38 e as 23:57.
O seu céu é escuro o suficiente para observar o enxame de Cabeleira de Berenice a olho nu? Depois do anoitecer, olhe cerca de 25º para cima de Júpiter. O enxame é ténue mas grande, com pelo menos 5º de diâmetro, o tamanho de uma bola de golfe à distância de um braço esticado. As suas estrelas mais brilhantes, perto do centro, formam uma espécie de Y invertido. Binóculos ajudam.

Dia 02/06: 154.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, a Surveyor 1 torna-se na primeira sonda americana a aterrar com sucesso noutro mundo, a Lua
Em 1983, era lançada a Venera 15, uma missão dupla (em conjunto com a Venera 16 poucos dias depois) com o objetivo de estudar e mapear a superfície de Vénus.

Em 2003, a sonda Mars Express,carregando o "lander" britânico Beagle 2, é lançada num foguetão russo Soyuz-Fregat, a partir de Baikonur (Cazaquistão) às 17:45 GMT.
Observações: Neptuno na sua quadratura oeste, pelas 03:25.
Ocultação de Europa, entre as 23:11 e as 02:04.
Aproveite a noite para observar Saturno, que está praticamente em oposição.

 
CURIOSIDADES


No equador somos cerca de 3% mais leves do que nos polos, devido à força centrífuga da rotação da Terra.

 
COMETA DA ROSETTA CONTÉM INGREDIENTES DA VIDA
Esta imagem da câmara de navegação da Rosetta mostra o Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e foi obtida no dia 25 de março de 2015 a uma distância de 86,6 km do centro cometário, poucos dias antes de uma passagem rasante que trouxe a Rosetta até cerca de 15 km do cometa. Foi durante este "flyby", no dia 28 de março, que o instrumento ROSINA da Rosetta detetou o aminoácido glicina na atmosfera, ou "cabeleira", do cometa.
A cabeleira é constituída por gases e poeira do núcleo do cometa. O gás é libertado à medida que os gelos são gentilmente aquecidos pelo Sol, arrastando partículas de poeira para o espaço. O estudo da composição química da cabeleira dá aos cientistas, portanto, acesso à composição dos materiais há muito tempo preservados dentro do núcleo cometário.
A imagem tem uma resolução de 7,4 metros por pixel; esta versão processada e cortada tem 6,9 km de comprimento.
Crédito: ESA/Rosetta/NavCam
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A sonda Rosetta, que estuda o seu cometa há já quase dois anos, descobriu ingredientes considerados fundamentais para a origem da vida na Terra.

Estes incluem o aminoácido glicina, que é normalmente encontrado em proteínas, e o fósforo, um componente chave do ADN e das membranas celulares.

Os cientistas há muito tempo que debatem a possibilidade importante de que a água e moléculas orgânicas foram trazidas por asteroides e cometas até à jovem Terra depois de arrefecer após a sua formação, fornecendo alguns dos blocos de construção para a origem da vida.

Embora já se conheçam alguns cometas e asteroides com água numa composição parecida às dos oceanos da Terra, a Rosetta encontrou uma diferença significativa no 67P/C-G - alimentando o debate sobre o papel destes objetos na origem da água da Terra.

Mas os novos resultados revelam que os cometas, no entanto, tinham o potencial de entregar os ingredientes críticos para estabelecer vida como a conhecemos.

Os aminoácidos são compostos orgânicos biologicamente importantes que contêm carbono, oxigénio, hidrogénio e azoto, e formam a base das proteínas.

Pistas do aminoácido mais simples, glicina, foram descobertas em amostras enviadas para a Terra em 2006 a partir do Cometa Wild-2 pela missão Stardust da NASA. No entanto, a possível contaminação terrestre das amostras de poeira tornou a análise extremamente difícil.

Agora, a Rosetta fez deteções diretas e repetidas de glicina na atmosfera difusa, ou "cabeleira", do seu cometa.

"Esta é a primeira deteção inequívoca de glicina num cometa," afirma Kathrin Altwegg, investigadora principal do instrumento ROSINA que fez as medições, e autora principal do artigo publicado na revista Science Advances a semana passada.

"Ao mesmo tempo, nós também detetámos algumas outras moléculas orgânicas que podem ser percursores da glicina, sugerindo várias maneiras possíveis para a sua formação."

As medições foram recolhidas antes do cometa alcançar o seu ponto mais próximo do Sol - periélio - em agosto de 2015 ao longo da sua órbita de 6,5 anos.

A primeira deteção surgiu em outubro de 2014 enquanto a Rosetta estava a apenas 10 km do cometa. A próxima ocasião foi durante um voo rasante em março de 2015, quando estava a 30-15 km do núcleo.

A glicina foi também observada noutras ocasiões associadas com erupções do cometa no mês que antecedeu o periélio, quando a Rosetta estava a mais de 200 km do núcleo, mas cercada por uma grande quantidade de poeira.

O instrumento ROSINA-DFMS, a bordo da Rosetta, detetou ingredientes considerados importantes para a vida como a conhecemos na Terra, na cabeleira do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Uma deteção importante foi a do aminoácido simples glicina (topo, C2H5NO2), um composto orgânico biologicamente importante e normalmente encontrado nas proteínas. O fósforo foi também detetado (em baixo, P), um elemento-chave em todos os organismos vivos. Pode ser encontrado no ADN e no ARN, nas membranas das células e no tritosfato de adenosina (ATP), que transporta energia química dentro das células para o metabolismo.
A variedade de moléculas orgânicas identificadas pela Rosetta confirma a nossa ideia de que os cometas têm o potencial para entregar moléculas-chave para a química pré-biótica da Terra.
Crédito: sonda - ESA/ATG medialab; Cometa - ESA/Rosetta/NavCam; dados - Altwegg et al. (2016)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Vemos uma forte ligação entre a glicina e a poeira, sugerindo que foi provavelmente libertada juntamente com outros voláteis a partir dos mantos gelados dos grãos depois destes terem aquecido na cabeleira," explica Kathrin.

A glicina transforma-se em gás apenas quando atinge temperaturas um pouco abaixo dos 150ºC, o que significa que é libertada a partir da superfície ou subsuperfície do cometa em poucas quantidades devido às baixas temperaturas. Isto explica o facto da Rosetta nem sempre a detetar.

"A glicina é o único aminoácido que se sabe conseguir formar-se sem água líquida, e o facto de que a vemos com moléculas precursoras e poeira sugere que é formada dentro dos grãos gelados de poeira interestelar ou pela irradiação ultravioleta do gelo, antes de se ligar e ficar conservada no cometa durante milhares de milhões de anos," acrescenta Kahtrin.

Outra deteção emocionante feita pela Rosetta e descrita no artigo é a do fósforo, um elemento-chave em todos os organismos vivos conhecidos. Por exemplo, encontra-se no quadro estrutural do ADN e nas membranas celulares, e é usado no transporte de energia química dentro das células para o metabolismo.

"Ainda há muito incerteza sobre a química da Terra primitiva e é evidente que existe uma enorme lacuna evolutiva por preencher entre a entrega destes ingredientes via impactos cometários e a origem da vida," afirma o coautor Hervé Cottin.

"Mas o ponto importante é que os cometas não mudaram muito em 4,5 mil milhões de anos: eles dão-nos acesso direto a alguns dos ingredientes que provavelmente acabaram na sopa pré-biótica que eventualmente resultou na origem da vida na Terra."

"A variedade de moléculas orgânicas já identificadas pela Rosetta, a que agora se juntam as importantes confirmações de ingredientes fundamentais como a glicina e o fósforo, confirmam a nossa ideia de que os cometas têm potencial para entregar moléculas-chave da química pré-biótica," afirma Matt Taylor, cientista do projeto Rosetta da ESA.

"A demonstração de que os cometas são reservatórios de material pristino do Sistema Solar e veículos que podem ter transportado estes ingredientes vitais para a Terra, é um dos principais objetivos da missão Rosetta, e estamos muito satisfeitos com este resultado."

Links:

Cobertura da missão Rosetta pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
12/04/2016 - O cometa que muda de cor
16/02/2016 - Philae enfrenta hibernação eterna
15/01/2016 - Confirma-se que gelo exposto à superfície do cometa da Rosetta é água
03/11/2015 - Resultados da missão Rosetta antes do periélio
30/10/2015 - Primeira deteção de oxigénio molecular num cometa
06/10/2015 - Rosetta espia o lado escuro do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
29/09/2015 - Cometa da Rosetta é um binário de contacto
25/09/2015 - Rosetta revela ciclo de água do Cometa 67P/C-G
14/08/2015 - O grande dia da Rosetta ao Sol
11/08/2015 - "Fogos de artifício" cometários antes do periélio
07/08/2015 - Há um ano que a Rosetta orbita o Cometa 67P/C-G
04/08/2015 - Ciência à superfície do Cometa 67P/C-G
03/07/2015 - Depressões no Cometa 67P/C-G produzem jatos
26/06/2015 - Água gelada exposta, detetada à superfície do Cometa 67P/C-G
19/06/2015 - Despertar do Philae desencadeia intenso esforço de planeamento
16/06/2015 - O módulo de aterragem da Rosetta, Philae, acordou
12/06/2015 - Equipa da Rosetta avista brilho que poderá ser módulo desaparecido
05/06/2015 - Estudo ultravioleta revela surpresas na cabeleira de cometa
17/04/2015 - Rosetta e Philae descobrem que cometa não é magnetizado
24/03/2015 - Sonda Rosetra faz a primeira deteção de nitrogénio molecular num cometa
06/02/2015 - Rosetta "mergulha" para encontro íntimo
27/01/2015 - Rosetta observa cometa a largar o seu revestimento de poeira
23/01/2015 - Dando a conhecer o cometa da Rosetta
12/12/2014 - Rosetta alimenta debate sobre origem dos oceanos da Terra
28/11/2014 - Onde diabos pousou o Philae?
21/11/2014 - Primeiros resultados científicos do Philae
18/11/2014 - Philae completa missão principal antes de hibernar
14/11/2014 - Philae poisa no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
11/11/2014 - Como aterrar num cometa
07/11/2014 - Adeus "J", olá Agilkia
28/10/2014 - O "perfume" do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
17/10/2014 - ESA confirma local de aterragem do Philae
30/09/2014 - Philae com aterragem prevista para 12 de Novembro
16/09/2014 - Está escolhido o local de aterragem do Philae
26/08/2014 - Onde é que o Philae vai aterrar?
08/08/2014 - A nave Rosetta chega ao seu cometa de destino
05/08/2014 - Sonda Rosetta chega a cometa esta semana
01/04/2014 - Philae está acordado!
17/01/2014 - O despertador mais importante do Sistema Solar
13/07/2010 - Rosetta triunfa no asteróide Lutetia
13/11/2009 - Será que o "flyby" da Rosetta indica uma nova física exótica? 
06/11/2009 - Rosetta faz último "flyby" pela Terra a 13 de Novembro 
06/09/2008 - Rosetta passa por Steins: um diamante no céu 
03/09/2008 - Contagem decrescente para "flyby" por asteróide 
28/02/2007 - A semana dos "flybys" 
01/06/2004 - Primeira observação científica da Rosetta 
12/03/2004 - Escolhidos os dois asteróides para aproximação da Rosetta 
09/03/2004 - Sonda Rosetta finalmente lançada

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (Science Advances)
SPACE.com
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COSMOS
Science Alert
ScienceDaily
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Reuters
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Glicina:
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Fósforo:
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Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko:
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ESA

Sonda Rosetta:
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Blog da Rosetta - ESA
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AS MELHORES IMAGENS DA SUPERFÍCIE DE PLUTÃO PELA NEW HORIZONS
As melhores imagens de Plutão, pela New Horizons.
Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Esta é a vista mais detalhada do terreno de Plutão a que teremos acesso durante muito tempo. Esta faixa - que se prolonga por todo o hemisfério virado para a New Horizons quando esta passou por Plutão no dia 14 de julho de 2015 - inclui agora todas as imagens de mais alta-resolução obtidas pela sonda da NASA (clique na imagem para ver o máximo detalhe). Com uma resolução de aproximadamente 80 metros por pixel, o mosaico fornece aos cientistas da New Horizons e ao público em geral a melhor oportunidade para examinar os detalhes dos vários tipos de terreno em Plutão e determinar os processos que os formaram e moldaram.

"Esta novo mosaico é 'magnético'," afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizons do SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder, no estado americano do Colorado. "Faz-me querer voltar para outra missão a Plutão e obter imagens de alta-resolução como estas, mas em toda a superfície."

A vista estende-se desde o "limbo" de Plutão no topo da faixa, quase até ao "terminador" (linha do dia/noite) no sudeste do hemisfério do encontro, visto abaixo. A largura da faixa varia entre os 90 km a norte e os 75 km a sul. A perspetiva muda muito ao longo da faixa: no topo, olhamos quase horizontalmente à superfície, enquanto em baixo, vemos diretamente para baixo até à superfície.

A NASA também divulgou um vídeo que se move pelo mosaico, de cima para baixo, fornecendo novas vistas de paisagens distintas pelo caminho. Começando com terras altas crateradas e acidentadas no topo, o vídeo atravessa cristas paralelas de terreno com uma textura parecida a uma "tábua de lavar", cadeias montanhosas caóticas e angulares, planícies celulares, áreas com depressões de azoto gelado sublimado, zonas de azoto gelado e fino que reveste a topografia e terras altas montanhosas e escuras marcadas por poços profundos.

As imagens no mosaico foram obtidas pelo instrumento LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) da New Horizons, a aproximadamente 15.850 km de Plutão, cerca de 23 minutos antes da maior aproximação da New Horizons.

Links:

Cobertura da missão New Horizons pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
20/05/2016 - Ocultações estelares pela atmosfera de Plutão; primeiros dados científicos de objeto pós-Plutão
10/05/2016 - Hidra, a lua gelada de Plutão
06/05/2016 - Estudo descobre que a interação de Plutão com o vento solar é única
08/04/2016 - New Horizons preenche lacuna nas observações do ambiente espacial
18/03/2016 - Artigos científicos revelam novos aspetos de Plutão e das suas luas
04/03/2016 - Neva metano nos picos de Plutão
01/03/2016 - Os desfiladeiros gelados do polo norte de Plutão
23/02/2016 - Caronte, a Lua "Hulk" de Plutão: um possível antigo oceano?
09/02/2016 - As misteriosas colinas flutuantes de Plutão
22/12/2015 - Novas descobertas da New Horizons moldam o conhecimento de Plutão e das suas luas
08/12/2015 - New Horizons transmite as primeiras das melhores imagens de Plutão
10/11/2015 - Quatro meses depois da passagem por Plutão, continuam as descobertas da New Horizons
20/10/2015 - Novas imagens de Plutão e Caronte
09/10/2015 - New Horizons encontra céus azuis e água gelada em Plutão
02/10/2015 - Caronte, a grande lua de Plutão, revela uma história colorida mas violenta
25/09/2015 - Plutão continua a impressionar
18/09/2015 - Plutão deslumbra em espetacular novo panorama retroiluminado
11/09/2015 - Novas imagens de Plutão pela New Horizons: é complicado
08/09/2015 - New Horizons começou fase intensiva de envio dos dados
01/09/2015 - Equipa da New Horizons escolhe potencial alvo da Cintura de Kuiper para "flyby"
28/07/2015 - New Horizons encontra neblina, "glaciares" em Plutão
24/07/2015 - Nova cadeia montanhosa em Plutão; imagens de Nix e Hidra
21/07/2015 - As planícies geladas e a atmosfera de Plutão
17/07/2015 - New Horizons "telefona"; envia primeiros dados da passagem por Plutão
14/07/2015 - New Horizons passa hoje por Plutão
03/06/2015 - Plutão a cores. Tem manchas, metano e, quem sabe, nuvens
29/05/2015 - New Horizons vê mais detalhes em Plutão 
01/05/2015 - New Horizons deteta características à superfície, possivelmente uma calote polar em Plutão
09/12/2014 - New Horizons acorda para encontro com Plutão 
26/08/2014 - New Horizons passa órbita de Neptuno a caminho de encontro histórico com Plutão 
17/06/2014 - Fracturas em lua de Plutão podem indicar que já teve um oceano subterrâneo
10/06/2014 - Plutão e Caronte podem partilhar atmosfera
25/06/2013 - Equipa da New Horizons mantém plano de voo original para Plutão
29/11/2011 - Luas de Plutão podem significar perigo para a New Horizons 
25/07/2007 - Neva em Caronte
28/02/2007 - A semana dos "flybys"
20/01/2006 - New Horizons partiu
18/06/2004 - New Horizons II - uma missão ao Sistema Solar longínquo

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Ampliação extrema da superfície de Plutão (NASA via YouTube)
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Sistema de Plutão:
Plutão (Wikipedia)
Caronte (Wikipedia)
Nix (Wikipedia)
Hidra (Wikipedia)
Cérbero (Wikipedia)
Estige (Wikipedia)

New Horizons:
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RADAR DA MRO DESCOBRE REGISTO DE IDADE DO GELO NA CALOTE POLAR DE MARTE
As calores polares de Marte são construídas por ciclos climáticos de gelo e poeira, estão após estação, e reduzem periodicamente o seu tamanho quando o clima muda. Esta imagem é uma perpetiva tridimensional simulada, criada com dados de imagem captados pelo instrumento THEMIS a bordo da sonda Mars Odyssey da NASA.
Crédito: NASA/JPL/Universidade Estatal do Arizona, R. Luk
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Usando dados de radar obtidos pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da NASA, os cientistas encontraram um registo da mais recente era glacial marciana gravada na calote polar norte do planeta.

Os novos resultados estão de acordo com os modelos anteriores que indicam que um período glacial terminou há cerca de 400.000 anos atrás, bem como previsões sobre a quantidade de gelo acumulada nos polos desde então.

Publicados na edição de 27 de maio da revista Science, os resultados ajudam a refinar os modelos do clima passado e futuro do Planeta Vermelho, permitindo com que os cientistas determinem como é que os gelos se movem entre os polos e as latitudes médias, e em que volumes.

Marte tem brilhantes calotes polares de gelo que são facilmente visíveis através dos telescópios terrestres. Uma cobertura sazonal de dióxido de carbono gelado e neve pode ser observada por cima dos polos durante o ano marciano. Durante o verão no hemisfério norte do planeta, a totalidade da restante calote polar é água gelada; a calote polar sul é também água gelada, mas permanece coberta por uma camada relativamente fina de dióxido de carbono gelado mesmo até durante o verão no hemisfério sul.

Mas Marte também sofre variações na sua inclinação e na forma da sua órbita ao longo de centenas de milhares de anos. Estas mudanças provocam alterações substanciais no clima do planeta, incluindo idades do gelo. A Terra tem fases parecidas, mas menos variáveis, a que damos o nome ciclos de Milankovitch.

Através da análise de imagens de radar como a no topo desta montagem, os cientistas descobriram evidências de uma idade do gelo na calote polar norte de Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade Sapienza de Roma
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os cientistas usaram dados do instrumento SHARAD (Shallow Subsurface Radar) a bordo da MRO para produzir imagens chamadas radargramas que são como fatias verticais que atravessam as camadas de gelo e poeira que compõem os depósitos polares de gelo marciano. Para o novo estudo, os investigadores analisaram centenas destas imagens para procurar variações nas propriedades das camadas.

Os cientistas identificaram um limite no gelo que se estende por toda a calote polar norte. Acima deste limite, as camadas acumularam-se muito rapidamente e uniformemente, em comparação com as camadas abaixo.

"As camadas nas centenas de metros superiores mostram características indicativas de um período de erosão, seguido por um período de rápida acumulação que ainda ocorre hoje," afirma Isaac Smith, cientista planetário e autor principal do estudo. Smith liderou o trabalho enquanto estava no SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder, Colorado, EUA, mas está agora no Instituto de Ciência Planetária em Tucson, Arizona, EUA.

Na Terra, as idades do gelo surgem quando as regiões polares e altas latitudes tornam-se mais frias do que o normal durante milhares de anos, fazendo com que os glaciares cresçam a latitudes médias. Em contraste, a variedade marciana ocorre quando - como resultado do aumento da inclinação do planeta - os seus polos tornam-se mais quentes do que as latitudes mais baixas. Durante estes períodos, as calotes polares podem recuar e o vapor de água migra para mais perto do equador, formando gelo no solo e glaciares a latitudes médias. À medida que o período polar quente termina, o gelo polar começa a acumular-se novamente, enquanto o gelo desaparece das latitudes médias. Esta retirada e novo crescimento do gelo polar é exatamente o que Smith e colegas viram no registo revelado pelas imagens de radar do SHARAD.

Cientistas usaram esta perspetiva 3-D da calote polar norte de Marte para procurarem sinais de mudanças climáticas. A linha branca realça o nível exato no gelo a uma mudança climática ocorreu. Em Marte, as transferências de gelo, do polo norte para latitudes médias durante uma idade do gelo, deixam para trás evidências de erosão. A acumulação subsequente (acima da linha branca) indica o final da idade do gelo.
Crédito: Fritz Foss e Nathaniel Putzig
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Um aumento no gelo polar, seguido por uma idade do gelo a latitudes médias, é também aquilo esperado a partir de modelos climáticos que mostram como é que o gelo se move com base nas propriedades orbitais de Marte, especialmente a sua inclinação. Estes modelos preveem que a última idade do gelo de Marte terminou há aproximadamente 400.000 anos atrás, à medida que os polos começaram a arrefecer em relação ao equador. Os modelos sugerem que, desde então, os depósitos polares engrossaram cerca de 300 metros.

A unidade superior identificada por Smith e colegas atinge uma espessura máxima de 320 metros por toda a calote polar, o equivalente a uma camada global de gelo com 60 centímetros de espessura. Isto é, essencialmente, o mesmo valor indicado pelas previsões dos modelos feitos por outros investigadores em 2003 e 2007.

"Isto sugere que, de facto, identificámos o registo do mais recente período glacial de Marte e o novo crescimento do gelo polar desde então. Com estas medições, podemos melhorar a nossa compreensão da quantidade de água que se move entre os polos e as outras latitudes, ficando a saber mais sobre o clima marciano," comenta Smith.

Depois de 10 anos em órbita, a sonda MRO e os seus seis instrumentos científicos ainda estão em excelente forma. "A longevidade da missão permitiu-nos a melhor e mais completa cobertura radar dos polos de Marte," explica Richard Zurek, cientista do projeto da missão no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia. "A nossa vida longa em órbita e as ferramentas tridimensionais de análise estão a permitir com que os cientistas desvendem a história climática do passado de Marte."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Astronomy
SPACE.com
redOrbit
spaceref
(e) Science News
Science alert
PHYSORG
UPI

Marte:
Calotes polares de Marte (Wikipedia)
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

MRO:
NASA 
JPL 
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Juno atravessa limite gravitacional Sol/Júpiter (via NASA)
Desde o seu lançamento há cinco anos atrás, que existem três forças que influenciam a sonda Juno da NASA enquanto esta viaja pelo Sistema Solar. O Sol, a Terra e Júpiter. Por vezes, a Terra estava perto o suficiente para ser a mais forte. Mais recentemente, o Sol mostrou o seu poderio gravitacional no que toca à trajetória da Juno. A partir da semana passada, é Júpiter quem induz mais influência gravitacional sobre a sonda. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 5078 e Amigos
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Dietmar Hager, Eric Benson
 
Este campo telescópico contém duas galáxias brilhantes. A galáxia espiral barrada NGC 5101 (topo à direita) e o sistema NGC 5078, visto quase de lado, estão separadas no céu por aproximadamente 0,5 graus ou o diâmetro aparente de uma Lua Cheia. Localizadas dentro dos limites da constelação de Hidra, ambas têm uma distância estimada em mais ou menos 90 milhões de anos-luz e são parecidas em tamanho com a nossa Via Láctea. De facto, se ambas estão à mesma distância, então a sua separação projetada será de apenas 800.000 anos-luz. Este valor é menos de metade da distância entre a Via Láctea e a Galáxia de Andrómeda. NGC 5078 está a interagir com uma galáxia companheira mais pequena, catalogada como IC 879, vista à esquerda do núcleo brilhante da galáxia maior. Pelo campo colorido estão espalhadas galáxias de fundo ainda mais distantes. Algumas são até visíveis através do disco de NGC 5101. Mas as estrelas "pontiagudas" no pano da frente, essas estão bem dentro da nossa própria Via Láctea.
 

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