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Edição n.º 1290
19/07 a 21/07/2016
 
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29/07/16 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS + OBSERVAÇÃO COM TELESCÓPIO
21:00 - Este evento inclui uma apresentação sobre um tema a determinar, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 19/07: 201.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1846 nascia Edward Pickering, espectroscopista americano pioneiro e diretor do Observatório da Universidade de Harvard entre 1876 e 1919.

Esta foi a era da introdução da fotografia na Astronomia e a coleção de chapas fotográficas iniciada durante o tempo de Pickering é ainda uma valiosa fonte de dados.
Em 1912, um meteorito com uma massa estimada de 190 kg explode sobre a cidade de Holbrook, no estado americano do Arizona, provocando a queda de aproximadamente 16.000 fragmentos de detritos. 
Em 1985, o Presidente George H. W. Bush decide mandar pela primeira vez um professor para o espaço. A professora Christa McAuliffe seria a primeira a bordo do vaivém espacial Challenger na missão STS-51-L, que a 28 de Janeiro de 1986 explodiria 73 segundos após o lançamento.
Observações: Lua Cheia, pelas 23:57. A Lua nasce ao pôr-do-Sol. À medida que sobe e as estrelas começam a aparecer, procure Altair bem para cima e para a sua esquerda.

Dia 20/07: 202.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969 os primeiros humanos aterram na Lua: a missão Apollo 11 com os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin.

A maioria das pessoas não sabe que as famosas palavras de Armstrong eram para ser: "Um pequeno passo para um homem. Um grande salto para a Humanidade."
Em 1976 a sonda Viking 1 aterra em Marte e são tiradas as primeiras imagens da sua superfície.
Em 1994, o fragmento Q1 do Cometa Shoemaker-Levy 9 atinge Júpiter
Em 1999 a sonda Liberty Bell 7 do programa Mercúrio era retirada do Oceano Atlântico.
Observações: O verão ainda vai a um-terço, mas já a constelação em forma de W, Cassiopeia, constelação esta das noites de outono e inverno, sobe a norte-nordeste com o avançar da noite. E o Grande Quadrado de Pégaso, emblema de outono, aparece para ficar apoiado num canto mesmo acima do horizonte a este.

Dia 21/07: 203.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1620, nascia Jean Picard, astrónomo francês, o primeiro a medir o raio da Terra com um grau de precisão razoável (6328,9 km, 0,44% mais pequeno que o valor moderno).
Em 1961, Gus Grissom, pilotando a cápsula Liberty Bell 7 da Mercury 4, torna-se o segundo americano a entrar em órbita à volta da Terra.
Em 1969, Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin tornam-se nos primeiros humanos a andar na Lua, durante a missão Apollo 11 (20 de julho na América do Norte).

No mesmo dia, a sonda soviética Luna 15 colide com a superfície da Lua ao tentar aterrar. 
Em 1973 era lançada a sonda soviética Mars 4. Alcança Marte em fevereiro de 1974. No entanto, a sonda falha a entrada em órbita. Mesmo assim, consegue enviar alguns dados e imagens.
Em 1998, morria o astronauta Alan Shepard.
Em 2011, termina o programa do Vaivém Espacial da NASA, com a aterragem do vaivém Atlantis durante a missão STS-135.
Observações: A cauda de Escorpião está a sul logo após o anoitecer. Quão baixa, depende de quão para norte ou sul está o observador: quanto mais para sul, mais alta. Procure as duas estrelas especialmente próximas uma da outra na sua cauda. Estas são Lambda e a mais ténue Upsilon Scorpii, conhecidas como os "Olhos de Gato". As estrelas "Ohos de Gato" apontam para oeste na direção de Mu Scorpii, um par ainda mais íntimo conhecido como os "Olhos do Gato Pequeno". É necessário ter uma excelente visão para resolver as estrelas Mu sem binóculos.

 
CURIOSIDADES


O próximo rover da NASA a Marte será o primeiro passo de uma campanha de várias missões com o objetivo de selecionar e recolher amostras de rochas e solo, para enviar para a Terra.

 
MISSÃO K2 DO KEPLER CONFIRMA MAIS DE 100 NOVOS EXOPLANETAS
Impressão de artista do telescópio Kepler.
Crédito: NASA/JPL
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Uma equipa internacional de astrónomos descobriu e confirmou novos mundos usando a missão K2 do telescópio Kepler da NASA. Entre as descobertas, que totalizaram 197 candidatos iniciais a planeta, cientistas confirmaram 104 exoplanetas. Entre os confirmados está um sistema planetário composto por quatro planetas, planetas estes que poderão ser rochosos.

Os planetas, todos entre 20 e 50 por cento maiores do que a Terra em diâmetro, orbitam a anã M K2-72, a 181 anos-luz de distância na direção da constelação de Aquário. A estrela hospedeira tem menos de metade do tamanho do Sol e é menos brilhante. Os períodos orbitais dos planetas variam entre 5,5 e 24 dias, e dois deles podem ter níveis de irradiação [da sua estrela] comparáveis aos da Terra. Apesar das suas órbitas íntimas - mais perto da estrela do que Mercúrio está do Sol - de acordo com o autor principal Ian Crossfield, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, a possibilidade de que a vida possa surgir num planeta em torno de uma estrela deste género não pode ser descartada.

Os investigadores atingiram este grupo extraordinário de exoplanetas através da combinação de dados com observações de acompanhamento por telescópios terrestres, incluindo o telescópio Gemini Norte e o Observatório W. M. Keck no Hawaii, o APF (Automated Planet Finder) dos Observatórios da Universidade da Califórnia e o LBT (Large Binocular Telescope) operado pela Universidade do Arizona. As descobertas foram publicadas online na Série de Suplementos da revista The Astrophysical Journal.

Tanto o Kepler como a sua missão K2 descobrem novos planetas através da medição da queda subtil no brilho de uma estrela, queda esta provocada pela passagem de um planeta em frente da sua estrela. Na sua missão inicial, o Kepler investigou apenas uma zona do céu no hemisfério norte, determinando a frequência de planetas cujo tamanho e temperatura podem ser semelhantes à da Terra em órbita de estrelas parecidas com o nosso Sol. Durante a missão prolongada, em 2013, perdeu a sua capacidade de olhar permanentemente para a sua área de estudo original, mas uma brilhante solução deu nova vida ao telescópio, vida esta que está a provar ser cientificamente frutífera.

Depois da correção, o Kepler começou a sua missão K2, que tem proporcionado um campo de visão eclíptico com maiores oportunidades para observatórios terrestres tanto no hemisfério norte como no sul. Adicionalmente, a missão K2 é inteiramente conduzida pela comunidade, ou seja, todos os alvos são propostos pela comunidade científica.

Dado que abrange mais do céu, a missão K2 é capaz de observar uma maior fração de estrelas mais frias e pequenas. E tendo em conta que as anãs vermelhas são muito mais comuns na Via Láctea do que as estrelas parecidas com o Sol, as estrelas nas proximidades são predominantemente anãs vermelhas.

"Uma analogia seria dizer que o Kepler realizou um estudo demográfico, ao passo que a missão K2 foca-se nas estrelas brilhantes e próximas com tipos diferentes de planetas," afirma Crossfield. "A missão K2 permite-nos aumentar o número de estrelas pequenas e vermelhas por um factor de 20, aumentando significativamente o número de 'estrelas de cinema' astronómicas que perfazem os melhores sistemas para um estudo mais aprofundado."

Para validar os candidatos a planeta identificados pela missão K2, os investigadores obtiveram imagens de alta-resolução das estrelas hospedeiras, bem como espectroscopia ótica de alta-resolução. Ao dispersar a luz estelar como um prisma, os espectrógrafos permitem aos cientistas inferirem as propriedades física de uma estrela - como massa, raio e temperatura - a partir das quais as propriedades de quaisquer planetas em órbita podem ser, também elas, inferidas.

Estas observações representam um salto natural da missão K2 para as outras missões exoplanetárias no futuro da agência espacial norte-americana, como o TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) e o Telescópio Espacial James Webb.

"Esta lista de exoplanetas validados da missão K2 destaca o facto de que o estudo alvo de estrelas brilhantes e próximas, ao longo da eclíptica, está a fornecer muitos planetas novos e interessantes," afirma Steve Howell, cientista do projeto da missão K2 no Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano da Califórnia. "Estes alvos permitem com que a comunidade científica faça acompanhamento e caracterização, fornecendo algumas joias para o primeiro estudo pelo Telescópio Espacial James Webb, que talvez nos possa dizer mais sobre as atmosferas dos planetas."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Observatório Gemini (comunicado de imprensa)
Observatório W. M. Keck (comunicado de imprensa)
UC Santa Cruz (comunicado de imprensa)
Artigo científico (PDF)
ScienceDaily
PHYSORG
(e) Science News

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
K2 (NASA
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Wikipedia

Observatório Gemini:
Página oficial
Wikipedia

Observatório W. M. Keck:
Página oficial
Wikipedia

APF (Automated Planet Finder):
Observatório Lick
Wikipedia

LBT (Large Binocular Telescope):
LBTO
Wikipedia

TESS:
NASA/Goddard
Wikipedia

JWST (Telescópio Espacial James Webb):
NASA
STScI
ESA
Wikipedia

 
SUPERFÍCIE DE VÉNUS REVELADA ATRAVÉS DAS NUVENS

Usando observações do satélite Venus Express da ESA, cientistas demonstraram pela primeira vez como os padrões climáticos observados nas espessas camadas de nuvens de Vénus estão diretamente ligados com a topografia da superfície por baixo. Ao invés de agir como uma barreira às observações, as nuvens de Vénus fornecem uma visão sobre o que está por baixo.

Ondas de gravidade em Vénus.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Vénus é notoriamente quente, devido a um extremo efeito de estufa que aquece a sua superfície até temperaturas tão elevadas quanto 450 graus Celsius. O clima à superfície é opressivo; além de ser quente, o ambiente superficial é pouco iluminado, devido a uma espessa camada de nuvens que envolve completamente o planeta. Os ventos ao nível do solo são lentos, movendo-se pelo planeta a velocidades de aproximadamente 1 metro por segundo - não mais do que um passeio calmo.

No entanto, não é o que vemos quando observamos o "gémeo da Terra" de cima. Em vez disso, espiamos um revestimento liso e brilhante de nuvens. Vemos uma camada que mede 20 km de espessura situada entre os 50 e os 70 km acima da superfície que é, portanto, muito mais fria do que mais abaixo, com temperaturas que rondam os -70º C - idênticas às temperaturas encontradas no topo das nuvens cá na Terra. A camada superior de nuvens também abriga um clima extremo, com ventos que sopram centenas de vezes mais depressa do que aqueles na superfície (e mais rápidos que a própria rotação de Vénus, um fenómeno apelidado de "super-rotação").

Apesar destas nuvens normalmente esconderem a superfície de Vénus da nossa observação, o que significa que só podemos espreitar por baixo usando radar ou radiação infravermelha, podem na verdade ser a chave para explorar alguns dos segredos de Vénus. Os cientistas suspeitavam que os padrões climáticos que ondulavam no topo das nuvens fossem influenciados pela topografia do terreno por baixo. Encontraram indícios disto no passado, mas não tinham uma imagem completa de como isto podia funcionar - até agora.

Os cientistas, por meio de observações com a Venus Express da ESA, melhoraram em muito o nosso mapa do clima de Vénus, explorando três aspetos do tempo nublado do planeta: a rapidez com que os ventos circulam, a quantidade de água nas nuvens e quão brilhantes são estas nuvens em todo o espectro (especificamente no ultravioleta).

Imagem a cores falsas de características climatéricas em Vénus pelo instrumento VMC a bordo da Venus Express. A imagem foi obtida a 30.000 km no dia 8 de dezembro de 2011.
Crédito: ESA/MPS/DLR/IDA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os nossos resultados mostraram que todos estes aspetos - os ventos, o conteúdo de água e a composição das nuvens - estão de alguma forma ligados às propriedades da própria superfície de vénus," afirma Jean-Loup Bertaux do LATMOS (Laboratoire Atmosphères, Milieux, Observations Spatiales), perto de Versalhes, França, e autor principal do novo estudo da Venus Express. "Nós usámos observações da Venus Express abrangendo um período de seis anos, de 2006 a 2012, o que nos permitiu estudar padrões climáticos de longo prazo do planeta."

Embora Vénus seja, comparativamente com a Terra, muito seco, a sua atmosfera contém um pouco de água sob a forma de vapor, particularmente por baixo da sua camada de nuvens. Bertaux e colegas estudaram o topo das nuvens de Vénus na zona infravermelha do espectro, o que permitiu com que captassem a absorção de luz solar pelo vapor de água e com que detetassem a quantidade presente em cada local do topo das nuvens (70 km de altitude).

Eles descobriram que uma área particular de nuvens, perto do equador de Vénus, contém mais vapor de água do que os seus arredores. Esta região "húmida" está localizada mesmo acima de uma montanha com 4500 metros de altitude na região chamada Aphrodite Terra. Este fenómeno parece ser provocado pelo ar, rico em água, da atmosfera interior, que é forçado para cima das montanhas em Aphrodite Terra, o que levou os investigadores a dar à característica a alcunha "fonte de Afrodite".

"Esta 'fonte' estava trancada dentro de um redemoinho de nuvens fluindo a jusante, deslocando-se de este para oeste através de Vénus," afirma Wojciech Markiewicz do Instituto Max-Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Gotinga, Alemanha. "A nossa primeira pergunta foi, 'Porquê?' Porque é que toda esta água está neste lugar?"

Em paralelo, os cientistas usaram a Venus Express para observar as nuvens no ultravioleta e para acompanhar as suas velocidades. Eles descobriram que as nuvens a jusante da "fonte" refletiam menos radiação ultravioleta do que em todos outros lugares, e que os ventos por cima da montanhosa região Aphrodite Terra eram cerca de 18 por cento mais lentos do que em regiões vizinhas.

Todos estes três fatores podem ser explicados por um único mecanismo provocado pela espessa atmosfera de Vénus, propõem Bertaux e colegas.

"Quando os ventos se deslocam, lentamente, pelas encostas montanhosas à superfície, geram algo conhecido como ondas de gravidade," acrescenta Bertaux. "Apesar do nome, estas nada têm a ver com as ondas gravitacionais, que são ondulações no espaço-tempo - ao invés, as ondas de gravidade são um fenómeno atmosférico que vemos muitas vezes nas partes montanhosas da superfície da Terra. Grosseiramente falando, formam-se quando o ar ondula sobre superfícies acidentadas. As ondas propagam-se verticalmente para cima, com amplitudes cada vez maiores, até que se quebram logo abaixo do topo das nuvens, como as ondas do mar numa linha costeira."

À medida que as ondas se quebram, empurram os velozes ventos de alta altitude e fazem com que diminuam de velocidade, o que significa que os ventos acima das terras altas de Vénus são persistentemente mais lentos do que noutros lugares.

No entanto, estes ventos reaceleram para velocidades habituais a jusante de Aphrodite Terra - e este movimento funciona como uma bomba de ar. A circulação de vento cria um movimento para cima na atmosfera de Vénus e transporta ar rico em água e material escuro no ultravioleta de baixo até ao topo das nuvens, trazendo-a até à superfície da camada de nuvens e criando tanto a "fonte" observada como uma pluma estendida de vapor.

"Sabemos há décadas que a atmosfera de Vénus contém um misterioso absorvente ultravioleta, mas ainda não sabíamos a sua identidade," acrescenta Bertaux. "Esta descoberta ajuda-nos a entender um pouco mais sobre ele e sobre o seu comportamento - por exemplo, que é produzido por baixo do topo das nuvens e que o material escuro no ultravioleta é forçado para cima até ao topo das nuvens de Vénus pela circulação do vento."

Impressão de artista da Venus Express.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os cientistas já suspeitavam da existência de movimentos ascendentes na atmosfera de Vénus ao longo do equador, provocados pelos altos níveis de aquecimento solar. Esta descoberta revela que a quantidade de água e material escuro no ultravioleta, encontrados nas nuvens de Vénus, é também fortemente reforçada em determinados lugares ao redor do equador do planeta. "Isto é provocado pelas montanhas à superfície de Vénus, que desencadeiam o aumento das ondas e ventos circulatórios que desenterram material de baixo," explica Markiewicz.

Além de ajudar a compreender mais sobre Vénus, a descoberta de que a topografia da superfície pode afetar significativamente a circulação atmosférica tem consequências para a nossa compreensão da super-rotação planetária e do clima em geral.

"Isto certamente desafia os nossos modelos atuais de circulação," comenta Håkan Svedhem, cientista do projeto Venus Express da ESA. "Enquanto os nossos modelos reconhecem uma relação entre a topografia e o clima, não costumam produzir padrões climáticos persistentes ligados a características topográficas da superfície. Esta é a primeira vez que esta ligação foi demonstrada claramente em Vénus - é um grande resultado."

A Venus Express operou em Vénus desde 2006 até 2014, quando a sua missão terminou e a sonda começou a sua descida pela atmosfera de Vénus.

O estudo realizado por Bertaux e colegas usou vários anos de observações da Venus Express recolhidas pelo instrumento VMC (Venus Monitoring Camera) - para explorar as velocidades dos ventos e o brilho ultravioleta das nuvens - e o espectrómetro SPICAV (Spectroscopy for Investigation of Characteristics of the Atmosphere of Venus) - para estudar a quantidade de vapor de água das nuvens.

"Esta pesquisa não teria sido possível sem a monitorização fiável e de longo prazo da Venus Express em várias partes do espectro. Os dados usados no estudo foram recolhidos ao longo de muitos anos," acrescenta Svedhem. "Fundamentalmente, se soubermos mais sobre os padrões de circulação de Vénus, podemos restringir a identidade do misterioso absorvente ultravioleta do planeta e assim aprender mais sobre a atmosfera e sobre o clima como um todo."

Links:

Cobertura da missão Venus Express pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
28/06/2016 - Vénus tem potencial - mas não para água
22/04/2016 - Experiência final da Venus Express lança luz sobre atmosfera polar de Vénus
19/12/2014 - Venus Express cai suavemente na noite
20/05/2014 - Venus Express prepara-se para dar mergulho atmosférico 
21/06/2013 - Os velozes ventos de Vénus estão ficando mais rápidos
24/09/2010 - Relâmpagos em Vénus semelhantes aos da Terra
31/07/2009 - Descoberta mancha brilhante em Vénus
15/07/2009 - Novo mapa aponta para passado vulcânico e molhado de Vénus
17/05/2008 - Importante molécula descoberta na atmosfera de Vénus
23/02/2008 - A luz e escuridão de Vénus
01/12/2007 - Vénus: irmão gémeo da Terra?
05/09/2007 - 500 dias em Vénus
11/04/2007 - Atmosfera de Vénus é mais caótica do que se pensava
12/05/2006 - Venus Express entra na sua órbita final
14/04/2006 - Venus Express já orbita Vénus
04/04/2006 - Venus Express quase no seu destino
05/08/2005 - Campanha de lançamento da Venus Express começa

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Journal of Geophysical Research
Astronomy
PHYSORG

Ondas de gravidade:
Wikipedia
Exemplo atmosférico de ondas de gravidade (YouTube)

Venus Express:
ESA 
NASA
Wikipedia

Vénus:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg 
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Próximo rover marciano da NASA tem lançamento previsto para 2020 (via NASA)
Após um extenso processo de revisão e após passar um marco importante do desenvolvimento, a NASA está pronta para prosseguir com o projeto final e contrução do seu próximo rover marciano, atualmente com lançamento previsto para o verão de 2020 e chegada ao Planeta Vermelho em fevereiro de 2021. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 2736: A Nebulosa do Lápis
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Howard Hedlund e Dave JurasevichObs. Las Campanas
 
Movendo-se de cima para baixo perto do centro desta composição colorida detalhada, os finos e brilhantes filamentos trançados são na realidade ondas longas numa folha de gás brilhante visto quase de lado. A onda de choque interestelar viaja pelo espaço a mais de 500.000 km/h. Catalogada como NGC 2736, a sua aparência alongada sugere o seu nome popular, a Nebulosa do Lápis. A Nebulosa do Lápis mede cerca de 5 anos-luz de comprimento e está a 800 anos-luz de distância, mas representa apenas uma pequena parte do remanescente de supernova da Vela. O próprio remanescente de supernova da Vela mede cerca de 100 anos-luz em diâmetro, uma nuvem de detritos em expansão de uma estrela que explodiu há cerca de 11.000 anos atrás. Inicialmente, a onda de choque movia-se a milhões de quilómetros por hora mas diminuiu consideravelmente de velocidade, varrendo o material interestelar circundante. Nesta imagem de campo-largo, mas de banda estreita, as cores vermelhas e azul-esverdeadas traçam o brilho característico dos átomos de hidrogénio ionizado e de oxigénio.
 

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