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Edição n.º 1336
27/12 a 29/12/2016
 
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EFEMÉRIDES

Dia 27/12: 362.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1571, nascia Johannes Kepler, astrónomo e matemático alemão. Foi uma figura-chave na revolução científica do século XVII, conhecido principalmente pelas suas leis do movimento planetário

Em 1968, a Apollo 8 aterra no Oceano Pacífico, terminando a primeira missão tripulada à Lua.
Em 2004, radiação de uma explosão no magnetar SGR 1806-20 alcança a Terra. É o evento extrasolar mais brilhante alguma vez observado.
Observações: Vénus fica agora visível bastante tempo após o pôr-do-Sol (até cerca das 21 horas), assumindo que tem o horizonte a oeste-sudoeste limpo. Por isso, tem tempo esta noite para notar que para a esquerda de Vénus está a ténue Delta Capricorni, de magnitude 2,8. Estão separados por 1,1º. E por baixo de Vénus, a cerca de 1,4º, está a ainda mais ténue Gamma Cap, de magnitude 3,6.

Dia 28/12: 363.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1612, Galileu Galilei torna-se no primeiro astrónomo a observar o planeta Neptuno, embora o catalogue erradamente como uma estrela fixa.
Em 1798, nascia Thomas Henderson, astrónomo escocês, conhecido por ter sido o primeiro a medir a distância até Alpha Centauro.
Em 1895, Wilhem Röntgen publica um artigo no qual descreve a sua descoberta de um novo tipo de radiação, que mais tarde se veio a chamar raios-X.
Em 1882, nascia Arthur Eddington, astrofísico que confirmaria a previsão de Einstein de encurvamento do espaço-tempo no célebre eclipse de 1919 observado na ilha de Príncipe (território português nessa época).

Foi quem desenvolveu o modelo da pulsação das cefeidas e trabalhou a par de Einstein na tentativa de unificação das forças fundamentais.
Em 1973, o cometa Kohoutek atingia o periélio.
Observações: Mercúrio em conjunção inferior, pelas 19:00.
Depois da hora jantar por esta altura do ano, o Grande Quadrado de Pégaso apoia-se num canto bem alto a oeste. O vasto complexo das constelações de Andrómeda e Pégaso vai desde o zénite (pé de Andrómeda), passa pelo Grande Quadrado (corpo de Pégaso), até razoavelmente baixo a oeste (nariz de Pégaso).

Dia 29/12: 364.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Lua Nova, pelas 06:53. Começa um novo mês lunar. Ao contrário do mês dos calendários, que tem uma média de 30,437 dias, o mês lunar (de Lua Nova a Lua Nova) tem uma média de 29,531 dias. Isto significa que, em média, veremos a Lua na mesma fase cerca de um dia antes a cada mês do calendário.
Orionte está agora a este-sudeste pouco depois do cair da noite, com a sua Cintura quase na vertical. A Cintura aponta para cima, em direção a Aldebarã e, ainda mais alto, em direção a M45. Na outra direção, aponta para o local onde Sirius vai nascer por volta das 19:30 e piscar furiosamente.

 
CURIOSIDADES


A organização METI (Messaging Extra Terrestrial Intelligence) planeia enviar sinais de um "Olá!" até planetas distantes, em vez esperar que sejam "eles" a enviar sinais para o espaço (que o SETI anda a procurar).

 
OSIRIS-REX VAI PROCURAR ASTEROIDES RAROS

A primeira missão da NASA a fazer regressar uma amostra de asteroide à Terra vai fazer "multitasking" durante a sua viagem até ao asteroide Bennu. Entre os dias 9 e 20 de fevereiro de 2017, a nave OSIRIS-REx (Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, and Security– Regolith Explorer) irá ativar a sua câmara e começar uma pesquisa por elusivos asteroides "troianos".

Os troianos são asteroides, companheiros constantes de planetas no nosso Sistema Solar à medida que orbitam o Sol, permanecendo perto de um ponto estável a 60º na frente ou atrás do planeta. Dado que "lideram" ou "seguem" constantemente na mesma órbita, nunca irão colidir com o seu planeta companheiro.

Em fevereiro de 2017, a sonda OSIRIS-REx vai procurar asteroides troianos da Terra enquanto se dirige para o asteroide Bennu. Os troianos são asteroides que partilham uma órbita com a Terra enquanto permanecem perto de um ponto estável 60º à frente ou atrás do planeta.
Crédito: Universidade do Arizona/Heather Roper
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Existem seis planetas no nosso Sistema Solar com asteroides troianos conhecidos - Júpiter, Neptuno, Marte, Vénus, Úrano e, sim, até a Terra. Os troianos da Terra são elusivos; até à data, os cientistas apenas descobriram um asteroide troiano da Terra - 2010 TK7 -, em 2010, graças ao projeto NEOWISE da NASA. No entanto, existem mais de 6000 troianos conhecidos a co-orbitar o Sol junto ao gigante gasoso Júpiter.

Os cientistas preveem que deverão haver mais troianos a partilhar a órbita da Terra, mas estes asteroides são difíceis de detetar porque aparecem perto do Sol a partir do ponto de vista do nosso planeta. No entanto, em meados de fevereiro de 2017, a nave OSIRIS-REx estará posicionada num local ideal para realizar um levantamento.

Ao longo de 12 dias, a pesquisa da OSIRIS-REx por asteroides troianos da Terra irá usar o instrumento MapCam da sonda para metodicamente examinar o espaço onde se espera que estes asteroides existam. Muitas destas observações serão parecidas com as atividades planeadas do MapCam durante a sua pesquisa futura por satélites em redor do asteroide Bennu, de modo que a busca por troianos serve como um ensaio inicial para as operações científicas primárias da missão.

Em fevereiro de 2017, a sonda OSIRIS-REx vai procurar asteroides troianos da Terra enquanto se dirige para o asteroide Bennu. Os troianos são asteroides que partilham uma órbita com a Terra enquanto permanecem perto de um ponto estável 60º à frente ou atrás do planeta.
Crédito: Universidade do Arizona/Heather Roper
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"A pesquisa por asteroides troianos da Terra fornece uma vantagem substancial à missão OSIRIS-REx," comenta Dante Lauretta, investigador principal da missão, da Universidade do Arizona, em Tucson, EUA. "Não só temos a oportunidade de descobrir novos membros de uma classe de asteroides, mas, mais importante, estamos a praticar operações críticas da missão antes da nossa chegada a Bennu, o que acabará por reduzir o risco da missão."

A nave OSIRIS-REx está atualmente numa viagem de sete anos para alcançar, estudar, recolher uma amostra do Bennu e trazê-la para a Terra. Esta amostra de um asteroide primitivo ajudará os cientistas a compreender a formação do nosso Sistema Solar há mais de 4,5 mil milhões de anos atrás.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
06/09/2016 - NASA prepara-se para lançar a sua primeira missão de recolha e envio de amostras de um asteroide

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade do Arizona (comunicado de imprensa)
PHYSORG

Troianos:
Wikipedia

Pontos de Lagrange:
Wikipedia
ESA

OSIRIS-REx:
Página oficial
NASA
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Wikipedia

Asteroide Bennu:
NASA 
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 6357: "País das Maravilhas" Estelar
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Raios-X - NASA/CXC/PSU/L. Townsley et al; Ótico - UKIRT; Infravermelho - NASA/JPL-Caltech
 
Por razões desconhecidas, NGC 6357 está a formar algumas das estrelas mais massivas já descobertas. Este complexo "país das maravilhas" de formação estelar consiste de vários filamentos de gás e poeira em redor de grandes cavidades de enxames estelares massivos. Os padrões intricados são provocados por interações complexas entre ventos interestelares, pressões de radiação, campos magnéticos e gravidade. A imagem acima inclui não apenas a luz visível obtida pelo Telescópio UKIRT no Hawaii (azul) como parte dos Levantamentos SuperCosmos, mas radiação infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer (laranja) e raios-X do Observatório de raios-X Chandra (rosa). NGC 6357 abrange cerca de 100 anos-luz e encontra-se a aproximadamente 5500 anos-luz na direção da constelação de Escorpião. Daqui a 10 milhões de anos, as estrelas mais massivas atualmente observadas em NGC 6357 terão explodido. 
 

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