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Edição n.º 1375
12/05 a 15/05/2017
 
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EFEMÉRIDES

Dia 12/05: 132.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965, a sonda soviética Luna 5 colide com a Lua.

Observações: Três estrelas de magnitude zero brilham após o anoitecer durante o mês de maio: Arcturo alta a sudeste, Vega muito mais baixa a nordeste e Capella a noroeste. Parecem muito luminosas porque cada uma é pelo menos 60 vezes mais luminosa que o Sol, e porque estão relativamente perto: 37, 25 e 42 anos-luz, respetivamente.
Ocultação de Io, entre as 23:21 e as 01:38 (já de dia 13).

Dia 13/05: 133.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1713, nascia Alexis Claude Clairaut, astrónomo, matemático e geofísico francês, conhecido pelo seu teorema de Clairaut e pela sua co-computação do regresso do Halley em 1759, entre outros.
Em 1733, num registo de um eclipse solar transmitido para a Sociedade Real, o astrónomo sueco Bigerus Vassenius torna-se na primeira pessoa a notar o brilho da Terra na Lua durante a totalidade.

Ele escreve que o seu telescópio, com um diâmetro focal de 6,4 metros, consegue observar algumas das principais características da Lua durante a obscuridade total.
Em 1861, o Grande Cometa de 1861 é descoberto por John Tebbutt em Windsor, Nova Gales do Sul, Austrália.
Observações: Eclipse de Europa, entre as 19:23 e as 21:58.
Trânsito da sombra de Io, entre as 21:26 e as 23:40.
A brilhante estrela Arcturo domina o céu a este por estas noites. É uma estrela tão familiar, mas na realidade é quase uma desconhecida. Está apenas a 37 anos-luz de distância, mas a sua alta velocidade, em comparação com a maioria das estrelas na nossa vizinhança, significa que está apenas a passar pela nossa região da Galáxia. De facto, Arcturo parece fazer parte de uma corrente estelar dispersa e de alta-velocidade, o último elemento identificável de uma antiga galáxia anã que se fundiu com a Via Láctea.

Dia 14/05: 134.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1674, nascia Peder Horrebow, astrónomo holandês que inventou um método de determinar a latitude de um local a partir das estrelas, agora conhecido como Método Horrebow-Talcott.
Em 1861, um meteorito condrito de 859 gramas atinge a Terra perto de Barcelona e é apelidado de meteorito Canellas.
Em 1973, lançamento da primeira estação espacial americana, a Skylab.

É a última descolagem do foguetão Saturno V.
Observações: Aproveite a madrugada de dia 14, até ao amanhecer, para observar a Lua. O ponto brilhante ara a direita do nosso satélite natural é o planeta Saturno.

Dia 15/05: 135.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1618, Johannes Kepler confirma a sua descoberta, previamente rejeitada, da terceira lei do movimento planetário (descobriu-a primeiro a 8 de março mas rejeitou a ideia após ter feito alguns cálculos iniciais).
Em 1836, Francis Baily, um explorador e corretor de bolsa Britânico virado para a Astronomia aos 50 anos, observa na Escócia um eclipse total do Sol, no qual explica o fenómeno que ocorre no princípio e no fim da totalidade, agora conhecido como Contas de Baily. Baily ajudou a fundar a Real Sociedade de Astronomia em Londres, reviu catálogos estelares e estudou meteorologia. Morreu a 30 de agosto de 1844.
Em 1857, nascia Williamina Fleming, astrónoma escocesa que ajudou a desenvolver uma designação comum para as estrelas e catalogou milhares de estrelas e outros fenómenos astronómicos.

É especialmente famosa pela sua descoberta da Nebulosa Cabeça de Cavalo em 1888. 
Em 1859, nascia Pierre Curie, físico francês, pioneiro na cristalografiamagnetismo,
piezoelectricidade e radioatividade. Em 1903, recebeu o Prémio Nobel da Física, juntamente com a sua mulher (Marie Curie) e Henri Becquerel.
Em 1958, lançamento do Sputnik 3.
Em 1960, a União Soviética lança o Sputnik 4
Em 1963, lançamento da última missão do programa Mercury, o Mercury-Atlas 9 com o astronauta L. Gordon Cooper a bordo. Torna-se no primeiro americano a ficar mais de um dia no espaço.
Observações: Olhe para norte ao caír da noite, bem alto, quase no zénite. Aí encontra-se a Ursa Maior, flutuando de cabeça para baixo. A estrela do meio da sua "pega" é Mizar; consegue ver a pequena Alcor lá bem perto? Para descobrir para que lado de Mizar se encontra Alcor, note que Vega está a subir a nordeste. Uma linha de Mizar, através de Alcor, passa sempre por Vega.

 
CURIOSIDADES


Sabia que já se gravou um videoclip musical no espaço? Veja-o aqui.

 
UM INCRÍVEL RETRATO DA NEBULOSA DO CARANGUEJO
Animação da composição da nova imagem da Nebulosa do Caranguejo, obtida através da combinação de dados de cinco telescópios que abrangem quase todo o espectro eletromagnético: o VLA, o Telescópio Espacial Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble, o Observatório XMM-Newton e o Observatórios de raios-X Chandra.
Crédito: NASA, ESA, NRAO/AUI/NSF e G. Dubner (Universidade de Buenos Aires)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Astrónomos produziram uma imagem altamente detalhada da Nebulosa do Caranguejo, combinando dados de telescópios que abrangem quase toda a amplitude do espectro eletromagnético, desde ondas de rádio vistas pelo VLA (Karl G. Jansky Very Large Array) até ao poderoso brilho de raios-X visto pelo Observatório Chandra. E, entre essa gama de comprimentos de onda, a nítida visão ótica do Telescópio Espacial Hubble e a perspetiva infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer.

A Nebulosa do Caranguejo, o resultado de uma brilhante explosão de supernova vista pelos chineses e outros astrónomos no ano 1054, está a 6500 anos-luz da Terra. No seu centro está uma estrela de neutrões superdensa, completando uma rotação a cada 33 milissegundos, disparando faróis giratórios de ondas de rádio e luz - um pulsar (o ponto brilhante no centro da imagem). A forma intricada da nebulosa é provocada por uma interação complexa do pulsar, um vento veloz de partículas oriundas do pulsar, e material originalmente expelido pela supernova e pela própria estrela antes de explodir.

Esta composição da Nebulosa do Caranguejo, um remanescente de supernova, foi composto através da combinação de dados de cinco telescópios que abrangem quase todo o espectro eletromagnético: o VLA, o Telescópio Espacial Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble, o Observatório XMM-Newton e o Observatórios de raios-X Chandra.
Crédito: NASA, ESA, NRAO/AUI/NSF e G. Dubner (Universidade de Buenos Aires)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Esta imagem combina dados de cinco telescópios diferentes: o VLA (rádio) em vermelho; o Telescópio Espacial Spitzer (infravermelho) em amarelo; o Telescópio Espacial Hubble (visível) em verde; o XMM-Newton (ultravioleta) em azul; e o Observatório de raios-X Chandra (raios-X) em roxo.

As novas observações do VLA, do Hubble e do Chandra foram todas obtidas quase na mesma altura em novembro de 2012. Uma equipa de cientistas, liderada por Gloria Dubner do IAFE (Institute of Astronomy and Physics), do CONICET (National Council of Scientific Research) e da Universidade de Buenos Aires, Argentina, fez então uma análise completa dos detalhes recentemente revelados com o objetivo de recolher novas informações sobre a física complexa do objeto. Os seus achados foram publicados na revista The Astrophysical Journal.

"A comparação destas novas imagens, obtidas em diferentes comprimentos de onda, está a fornecer-nos novos detalhes sobre a Nebulosa do Caranguejo. Embora já seja estudada extensivamente há décadas, ainda temos muito a aprender sobre ela." comenta Dubner.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Composição da imagem da Nebulosa do Caranguejo (NASA via YouTube)
Artigo científico (arXiv.org)
The Astrophysical Journal
SPACE.com
Universe Today
COSMOS
PHYSORG
Popular Mechanics
UPI
AstroPT
ZAP.aeiou

Nebulosa do Caranguejo:
SEDS
Wikipedia

Supernovas:
Wikipedia 
História da observação de supernovas (Wikipedia)

VLA:
Página oficial
Wikipedia

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Observatório XMM-Newton:
ESA
Wikipedia

Observatório Chandra:
Página oficial (Harvard)
Página oficial (NASA)
Wikipedia

 
GALÁXIAS EM FUSÃO TÊM BURACOS NEGROS ENVOLTOS
Esta ilustração compara o crescimento de buracos negros supermassivos em dois tipos diferentes de galáxias. Um buraco negro supermassivo em crescimento, numa galáxia normal, teria gás e poeira numa estrutura em forma de donut em seu redor (esquerda). Numa galáxia em fusão, uma esfera de material obscurece o buraco negro (direita).
Crédito: NAOJ
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os buracos negros têm uma má reputação na cultura popular pois engolem tudo o que conseguem apanhar. Na realidade, as estrelas, gases e poeiras podem orbitar os buracos negros durante longos períodos de tempo, até que uma grande perturbação empurra esse material.

A fusão entre duas galáxias é uma dessas perturbações. À medida que as galáxias se combinam e os seus buracos negros centrais se aproximam, o gás e a poeira nas proximidades são empurrados para os seus respetivos buracos negros. É libertada uma quantidade enorme de radiação altamente energética à medida que o material espirala rapidamente em direção ao buraco negro faminto, que se torna no que os astrónomos chamam de núcleo galáctico ativo (NGA).

Usando o telescópio NuSTAR da NASA, um estudo mostra que nos estágios finais de fusões galácticas, cai tanto gás e poeira, em direção ao buraco negro, que o NGA extremamente brilhante fica envolto. O efeito combinado da gravidade das duas galáxias diminui as velocidades de rotação do gás e da poeira que, de outra forma, estariam orbitando livremente. Esta perda de energia faz com que o material caia sobre o buraco negro.

"Quanto mais desenvolvida estiver a fusão, mais encoberto estará o NGA," comenta Claudio Ricci, autor principal do estudo publicado na revista Monthly Notices Royal Astronomical Society. "As galáxias que estão numa fase adiantada deste processo de fusão têm os seus buracos negros completamente cobertos por um casulo de gás e poeira."

Ricci e colegas observaram a emissão penetrante de raios-X altamente energéticos de 52 galáxias. Cerca de metade delas estavam nos estágios finais da fusão. Dado que o NuSTAR é muito sensível à deteção dos raios-X mais energéticos, foi fundamental para estabelecer a quantidade de luz que escapa da esfera de gás e poeira que cobre um NGA.

Os cientistas compararam observações de galáxias pelo NuSTAR com dados do Swift e Chandra, também da NASA, e do XMM-Newton da ESA, que observam componentes menos energéticos do espectro de raios-X. Se se detetam raios-X altamente energéticos de uma galáxia, mas não raios-X de baixa energia, isso é sinal de um NGA altamente obscurecido.

O estudo ajuda a confirmar a ideia de longa data de que o buraco negro de um NGA faz a maior parte da sua alimentação enquanto está envolto durante os últimos estágios de uma fusão.

"Um buraco negro supermassivo cresce rapidamente durante estas fusões," comenta Ricci. "Os resultados avançam a nossa compreensão das misteriosas origens da relação entre um buraco negro e a sua galáxia hospedeira."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Astronomy
PHYSORG

Fusões galácticas:
Wikipedia

Buraco negro supermassivo:
Wikipedia

Núcleo galáctico ativo (NGA):
Wikipedia

NuSTAR:
NASA
Caltech
Wikipedia

Telescópio Swift:
NASA
Wikipedia

Observatório Chandra:
Página oficial (Harvard)
Página oficial (NASA)
Wikipedia

Observatório XMM-Newton:
ESA
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Achado no Universo jovem é enigma para o puzzle do crescimento dos buracos negros (via Instituto Max Planck para Astronomia)
Astrónomos descobriram quasares extremamente jovens com uma propriedade intrigante: têm uma massa equivalente a mil milhões de sóis, no entanto recolhem matéria há menos de 100.000 anos. A sabedoria convencional diz que quasares com esta massa deviam acumular matéria durante mil vezes mais tempo - um enigma cósmico. Ler fonte
     
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - UGC 1810: Galáxias em Interação Selvagem
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESAHubbleHLA; Processamento e Direitos de Autor: Domingo Pestana
 
O que é que está a acontecer nesta galáxia espiral? Embora os detalhes permaneçam incertos, certamente tem a ver com uma batalha constante com a sua galáxia vizinha mais pequena. A galáxia principal é UGC 1810 mas, juntamente com a sua parceira colisional, são conhecidas como Arp 273. A forma geral de UGC 1810 - em particular o seu anel exterior azulado - é provavelmente o resultado de interações gravitacionais selvagens e violentas. A cor azul deste anel é causada por estrelas massivas azuis, quentes e que se formaram apenas nos últimos milhões de anos. A parte mais interna da galáxia parece mais velha, mais vermelha e contornada com poeira filamentar mais fria. No plano da frente são visíveis algumas estrelas brilhantes, sem relação com UGC 1810, e no plano de trás, algumas galáxias de fundo. Arp 273 situa-se a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Andrómeda. Muito provavelmente, UGC 1810 irá devorar a sua companheira galáctica ao longo dos próximos milhares de milhões de anos e assentar numa forma espiral clássica.
 

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