Uma estrela explode mais ou menos em cada segundo, algures no Universo. É assim que morrem, e os astrónomos chamam a este evento uma supernova.
Embora já se tenha aprendido muito nas últimas décadas, as supernovas permanecem algo elusivas. Um dos aspectos mais complicados no seu estudo é encontrar uma estrela explodindo e saber qual o seu tipo antes de ter sido despoletada.
Um novo estudo de imagens do Telescópio Espacial Hubble revela apenas o sexto exemplo de uma estrela que foi identificada antes e depois de ter entrado na sua fase de supernova.
O problema, em parte, é que a grande maioria das supernovas que se descobrem existem para lá da nossa Via Láctea. Enquanto que as supernovas ficam brilhantes e relativamente óbvias, é um desafio resolver imagens de estrelas regulares individuais noutras galáxias.
Quando uma supernova na galáxia do Catavento (M51) foi avistada no final de Junho, foram feitos planos para o Hubble a observar. A imagem foi registada a 11 de Julho.
Imagem da supernova (antes e 12 dias depois)
SN 2005cs.
Crédito:
NASA, ESA, W. Li e A. Filippenko (Universidade da Califórnia, Berkeley), S. Beckwith (STScI), e The Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
(clique na imagem para ver versão maior)
Numa imagem de arquivo do Hubble de M51, tirada em Janeiro, os astrónomos foram capazes de encontrar a estrela progenitora da supernova no mesmo local.
Os astrónomos podem agora dizer que a estrela era uma supergigante vermelha com uma massa entre 7 e 10 vezes a do Sol.
A supernova tem o nome de SN 2005cs.
SN 2005cs pertence a uma classe de explosão estelar chamada "Tipo II-planalto". Um supernova deste tipo resulta do colapso e subsquente explosão de uma estrela massiva cuja luz permanece com um brilho constante (um "planalto") durante um certo período de tempo.
A descoberta é consistente com a ideia que as progenitoras das explosões de supernova são supergigantes vermelhas com massas entre 8 e 15 vezes a massa do Sol.
A descoberta "reforça a noção que o Tipo II-planalto vem de estrelas massivas com um fim de baixa massa", disse Alex Filippenko, cientista na Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Ainda não havia muitas provas para esta teoria."
Estrelas com massas menores que 8 vezes a do Sol não podem explodir, dizem os cientistas. Ao invés, contraiem para formar anãs brancas e libertam as suas camadas exteriores.
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http://www.physorg.com/news5519.html
http://internationalreporter.com/news/read.php?id=677
SN 2005cs:
http://hubblesite.org/newscenter/newsdesk/archive/releases/2005/21/image/d
http://www.astrosurf.com/snweb2/2005/05cs/05csHome.htm
http://www.rochesterastronomy.org/sn2005/sn2005cs.html
http://www.skyinsight.net/wiki/index.php?title=Supernova_SN_2005cs_in_M51
M51:
http://www.google.com/url?sa=U&start=1&q=http://www.seds.org/messier/m/m051.html&e=747
http://en.wikipedia.org/wiki/Whirlpool_Galaxy |