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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 150
5 de Agosto de 2005
arrow CIENTISTAS NÃO ENCONTRAM METANO LÍQUIDO EM TITÃ thingy



Características escuras e sinuosas de Titã que podem ter sido formadas por rios de hidrocarbonetos líquidos - traçado a vermelho à direita.
Crédito: NASA/JPL/SSI

De acordo com novas imagens de infravermelho obtidas na Terra, a lua de Saturno, Titã, é tão seca como um osso na maioria da sua superfície.

O estudo suporta observações similares a partir da sonda Cassini, em órbita do "Senhor dos Anéis". E sugere que os prévios estudos terrestres de radar - que indicavam que a lua gigante estava coberta por mares de metano líquido - estão na realidade a detectar sinais de líquido há muito desaparecido.

As sondas gémeas da NASA, as Voyager, descobriram em 1980 e 1981 que o metano era uma parte relativamente grande da espessa atmosfera de Titã. Isto levou à especulação que o gás estava constantemente a ser reabastecido a partir dos mares de metano líquido, pois pensa-se que a radiação ultravioleta destrua o gás em 10 milhões de anos - apenas uma pequena fracção da história com 4.5 mil milhões de anos de Titã.

Dados de radar usando o Observatório de Arecibo em Porto Rico em 2003 suportam ainda mais esta hipótese. Em 12 dos 16 locais estudados, a superfície aparecia muito lisa - numa escala de ondas de rádio com 13 cm - com propriedades reflectivas que indicavam que essas áreas estavam cobertas por líquido.

A sonda Cassini também observou características intrigantes relacionadas com líquido. Detectou canais escuros desde que se aproximou da Lua em 2004. E a sonda Huygens, que aterrou na superfície, enviou de volta fotos detalhadas dos canais perto do seu local de aterragem.

Mas as câmaras da Cassini, no visível e no infravermelho, não encontraram quaiquer reflexos esperados de uma superfície líquida. Estes instrumentos medem comprimentos de onda de luz que variam entre 0.25 e 5 micrómetros.

Agora, os astrónomos observando luz infravermelha com 2.1 micrómetros no Observatório Keck no Hawaii, registaram achados similares. "[Antes da Cassini] esperávamos ver uma grande quantidade de líquido na superfície - talvez como uma média de 100 metros de profundidade," disse o Robert West, um cientista planetário do Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA. "Só que não o vemos. É difícil de compreender."

O estudo oferece várias explicações para as observações em conflito de líquido em Titã. "A uma dada altura, talvez água líquida e uma mistura de amoníaco corriam à superfície e congelaram," disse West. "Isto pode ser liso à escala de radar, mas áspero à escala em que vemos."

Alternativamente, o radar pode ter sido apontado para uma camada relativamente lisa de material orgânico deixada para trás depois dos rios ou mares líquidos de hidrocarbonetos se terem evaporado. "Isto poderia explicar as áreas escuras em Titã," diz West.

Uma terceira possibilidade explica que as partículas orgânicas na neblina de Titã assentaram a partir da atmosfera e foram afastadas pelo vento até áreas baixas, formando superfícies lisas.

Mas a falta de metano líquido global levanta questões acerca da fonte do gás na atmosfera da lua. West explica que actividade geotérmica à subsuperfície poderá aquecer a lua gelada e pode fazer com que o gás se espalhe continuamente até à atmosfera.

Diz que outro cenário, se bem que menos provável, poderá ser o de um "evento de libertação gasosa" - possivelmente um grande impacto - que aqueceu o interior de Titã nos últimos 10 milhões de anos e libertou metano ali preso no gelo. Talvez até menos provável ainda seja a hipótese do metano estar a ser gerado por vida - Titã é extremamente frio.

Links:

Notícias relacionadas:
http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/4745009.stm
http://www.sunherald.com/mld/sunherald/business/technology/12302136.htm
http://www.kpua.net/news.php?id=5896
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/08/03/AR2005080301152.html
http://seattletimes.nwsource.com/html/nationworld/2002419620_saturn04.html
http://www.usatoday.com/tech/science/space/2005-08-03-titan-dry_x.htm

Titã:
http://www.ccvalg.pt/astronomia/astronline/tita.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Titan_%28moon%29
http://www2.keck.hawaii.edu/science/titan/index.html

Sonda Cassini:
http://saturn.jpl.nasa.gov/home/index.cfm

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arrow CAMPANHA DE LANÇAMENTO DA VENUS EXPRESS COMEÇA thingy

A sonda Venus Express da ESA completou a sua última fase de testes na Europa e está pronta a ser enviada para o seu local de lançamento no Cósmodromo de Baikonur no Cazaquistão.

Cerca de um ano e meio depois da sua sonda-irmã, Mars Express, ter alcançado Marte, a nave planetária europeia mais recente está pronta a partir para a sua primeira parte da viagem até ao próprio irmão da Terra, o misterioso Vénus.

A Venus Express foi proposta em 2001, como um conceito que se baseava o máximo possível no desenho da Mars Express e seria usada noutra missão planetária.


Impressão de artista da sonda Venus Express.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)

A missão a Vénus foi oficialmente aprovada em 2002 pelo Comité de Programas Científicos da ESA, e a proposta industrial de construir a sonda foi atribuida em Outubro de 2002 à empresa EADS Astrium, liderando uma equipa de 25 sub-contratos de 14 países europeus.

A sonda encontra-se actualmente no complexo Intespace da Astrium em Toulouse, França, onde tem sido intensamente testada desde Outubro de 2004.

"A sonda certamente merece o seu nome, pois nunca antes tinha uma missão científica da ESA sido desenvolvida tão depressa!" disse Don McCoy, líder do projecto Venus Express da ESA. A missão na realidade demorou apenas 4 anos, desde a ideia até ao lançamento.

O trabalho na Venus Express começou cerca de 8 meses antes da Mars Express ter sido lançada. Isto implicou uma certa continuidade nos programas e o consórcio industrial não sofreu quase qualquer alteração. Trinta e quatro meses depois, a sonda passou a sua Análise de Aprovação de Voo, e está pronta para ser enviada.

"Estamos orgulhosos deste feito que foi possível através de uma cooperação com a ESA e com a comunidade industrial e científica," disse Don McCoy.

Construída pela Alenia Spazio de Turim, Itália, a sonda foi trazida para Toulouse com os seus sete instrumentos científicos, na sua maioria herdados das missões Mars Express e Rosetta, já integrados. Estes instrumentos irão providenciar novas pistas acerca das características peculiares do planeta, que permanecem ainda sem explicação, mesmo após mais de 20 sondas americanas e russas terem visitado Vénus desde 1964.


Venus Express a ser transportada de Turim, Itália, até Toulouse, França, para os testes finais em Outubro de 2004. Estes foram concluídos em Julho de 2005.
Crédito: ESA/EADS Astrium
(clique na imagem para ver versão maior)

A missão irá também levar a cabo o maior estudo compreensivo jamais feito da atmosfera Venusiana. Investigará os seus mistérios, tal como a inexplicada rápida rotação atmosférica de quatro dias em torno do planeta e dos seus vértices polares.

Irá estudar o balanço térmico global e o papel do mais forte 'efeito de estufa' do Sistema Solar, bem como a estrutura e dinâmica das nuvens e as misteriosas marcas ultravioletas detectadas acima da cobertura de nuvens.

Em Toulouse, a sonda passou por duas rondas de testes a nível de sistemas e subsistemas antes e depois de diagnósticos ambientais. Este último incluia testes vibratórios e acústicos, necessários para verificar que conseguia sobreviver o lançamento.

Também foram incluídos testes térmicos em vácuo, de modo a certificar que a sonda consegue resistir o frio do espaço, e um conjunto especial de testes simulados de iluminação solar, para ter a certeza que consegue ultrapassar as duras condições térmicas criadas pela vizinhança de Vénus com o Sol.


A sonda Venus Express, passando por testes térmicos com exposições simuladas ao Sol, em Toulouse.
Crédito: ESA/EADS Astrium
(clique na imagem para ver versão maior)

A sonda é bastante semelhante com a Mars Express, mas foi redesenhada com algumas grandes modificações para permitir aguentar-se num ambiente bem diferente em torno de Vénus. A Venus Express tem aperfeiçoamentos nos sistemas de controlo térmico, para sustentar um aquecimento em Vénus quatro vezes maior que em Marte.

Dado que a sonda irá estar bem mais perto do Sol do que a Mars Express, e por isso existirá uma maior quantidade de radiação solar a atingir a nave, os painéis solares são mais pequenos que os da Mars Express. A sua tecnologia com base em gálio-arsenite é mais tolerante a altas temperaturas.

Outro aspecto diferente da Mars Express, é que em vez de uma antena de alto-ganho, a Venus Express tem duas - apontadas em direcções opostas. De facto, vista de Vénus, a Terra é um planeta exterior e pode encontrar-se em qualquer direcção em relação ao Sol. Estas duas antenas irão permitir à nave comunicar com a nave em qualquer configuração, tendo sempre o lado dos instrumentos protegido do Sol.

Agora que a Venus Express se encontra no seu contentor, irá ser movida por camião até ao aeroporto de Toulouse-Blagnac, e daí até Baikonur. A Venus Express viajará via Moscovo a bordo de um avião de carga comercial Antonov 124, chegando ao seu local de lançamento no Domingo, dia 7 de Agosto. O lançamento está previsto para Outubro.

Links:

Notícias relacionadas:
http://www.physorg.com/news5613.html
http://www.innovations-report.com/html/reports/physics_astronomy/report-47410.html
http://www.universetoday.com/am/publish/venus_express_launch_campaign_starts.html?382005
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1229845&idCanal=10

Venus Express:
http://sci.esa.int/science-e/www/area/index.cfm?fareaid=64
http://en.wikipedia.org/wiki/Venus_Express

Planeta Vénus:
http://en.wikipedia.org/wiki/Venus_%28planet%29
http://www.ccvalg.pt/astronomia/astronline/venus.htm

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arrow DEBATE ACERCA DO TERMO "PLANETA" AQUECE thingy


Impressão de artista do objecto 2003 UB313.
Crédito: M. Brown (Caltech), C. Trujillo (Gemini), D. Rabinowitz (Yale), NSF, NASA
(clique na imagem para ver versão maior)

"A palavra planeta não é simplesmente um termo científico, é um termo cultural."
- Mike Brown, líder da equipa que descobriu o "10.º planeta"

A reinvindicação de Sexta-feira passada, acerca da descoberta de um décimo planeta no nosso Sistema Solar, levantou um debate aceso e internacional com vista a definir o mais incómodo termo astronómico: a palavra "planeta."

Um proposta formal poderá vir dentro de uma ou duas semanas. Mas alguns astrónomos não vêm uma resolução fácil para este caso.

Agora, o cientista que levantou toda esta questão está a tentar "testar" todo este debate ao reposicionar a palavra planeta como um termo cultural que já não tem qualquer significado científico.

"A maioria dos cientistas ainda não chegou à conclusão que o termo planeta já não lhes pertence," disse Mike Brown, que liderou a descoberta do novo objecto, maior que Plutão.

A nova visão de Brown vem depois de contemplar seis anos dos mais improdutivos argumentos científicos que começaram quando o público se indignou acerca de um rumor, que dizia que os cientistas planeavam destituir Plutão da categoria de planeta, um rumor já tão enraizado, que de facto alguns astrónomos deixaram de chamar planeta a Plutão nos finais dos anos 90.

"Finalmente compreendi o erro que nós, astrónomos, temos feito," disse Brown. "A palavra planeta já não tem simplesmente um significado científico, é já um termo cultural. Uma vez que se ultrapasse essa armadilha, o resto torna-se fácil."

O problema

No centro do problema está um pequeno mundo que não deveria sequer ter sido chamado de 9.º planeta quando foi descoberto há 75 anos atrás.

Plutão é pequeno, a sua órbita é muito excêntrica, e viaja 17º para lá do plano principal do Sistema Solar, onde todos os outros planetas se encontram. Em anos mais recentes, vários outros mundos redondos com pelo menos metade do tamanho de Plutão foram encontrados em tais recônditos locais, incluindo dois anunciados na semana passada em adição a 2003 UB313, cuja órbita está inclinada uns bons 45 graus.

A maioria dos astrónomos vê-os todos, e também Plutão, como membros da Cintura de Kuiper (outros termos são também usados para descrever o cada vez mais complexo Sistema Solar exterior).

O recém-descoberto objecto, temporariamente chamado 2003 UB313, tem talvez 1.5 vezes o diâmetro de Plutão e parece ter uma superfície semelhante, rica em metano gelado. Por isso Brown chamou-o de 10.º planeta numa teleconferência organizada à pressa na passada noite de Sexta-feira, dia 29 de Julho.


Comparação entre o tamanho de vários objectos do Sistema Solar.
Crédito: BBC News

A NASA, que suportou os custos da pesquisa, parece concordar com o título ao usar a terminologia de Brown no seu comunicado de imprensa oficial.

Mas já nesta Quarta, Paul Hertz da NASA disse: "Não é a função da NASA decidir o que é e o que não é um planeta." Hertz, líder científico da Direcção de Missões Científicas da agência, reconheceu que esta tarefa pertence à União Astronómica Internacional (UAI).

"Nós antecipámos que haveria uma diferença de opiniões," disse Hertz.

E afinal há, e bem diferente.

Se 2003 UB313 for considerado um planeta, diz um dos argumentos, então todos os outros objectos redondos no Sistema Solar exterior também o serão. Por isso novo "vizinho do bairro" terá que ir para o fim da fila, numericamente. Pode muito bem ser o n.º 12 ou o n.º 24, dependendo do esquema que se utilize.

Uma proposta, brevemente?

Já há anos que se arrastam esforços para solidificar uma definição oficial do termo «planeta».

A UAI, organização responsável para a nomenclatura de todos os objectos para lá da Terra, tem adiado a definição oficial de planeta desde pelo menos 1999. Um Grupo de Trabalho da UAI, especificamente organizado para desenvolver uma recomendação, tem estado parado nos últimos seis meses.

Mas a maioria da dúzia de membros do grupo tem "trocado muitos e-mails esta semana," disse Alan Stern do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, que faz parte do comité.

Os membros têm afirmado que "querem algo feito, rapidamente", disse Stern. É possível que uma proposta seja finalizada num semana ou duas, e depois tornada pública. Mesmo assim, os membros do grupo têm claramente diferentes ideias em mente.

Um resumo do pensamento de Stern:

Um planeta é um corpo que directamente orbita uma estrela, que é grande o suficiente para ser redondo devido à sua própria gravidade, mas não grande o suficiente para despoletar a fusão nuclear no seu interior.

"Penso que existe um consenso movendo-se nesta direcção," disse Stern.

A definição actual será, pelo menos, mais complexa. Stern favorece a nomeação dos objectos mais pequenos como "planeta-anão", por exemplo. Outros astrónomos preferem o termo "planeta menor". Outro termo poderá ser "planetas da Cintura de Kuiper". Alguns nem sequer apreciam a ideia de aplicar o rótulo "planeta" a estes objectos.


Comparação entre as órbitas de Plutão e 2003 UB313 (a vermelho) e os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. O ponto amarelo é o Sol.
Crédito: Mike Brown

Que sejam 8

Brian Marsden, que também pertence ao Grupo de Trabalho da IAU e que chefia o Centro de Planetas Menores, onde dados sobre objectos deste género são armazenados, diz que uma simples definição como a de Stern faz sentido, a partir de um ponto de visto teórico.

Se for adoptado, a expressão levaria a que o número de planetas conhecidos aumentasse até cerca de duas dúzias, disse Marsden.

Mas falando na prática, Marsden, que espera que demore "uma ou duas semanas até alcançar uma certa orientação", prefere outra aproximação.

"A única solução sensível é aceitar que o Sistema Solar contém os oito planetas conhecidos há cerca de um século atrás," disse Marsden, "e adicionar novos membros se forem apenas maiores que, digamos, Marte -- ou talvez que a Terra."

(Stern e outros estão de acordo que tais grandes mundos estão só à espera de serem descobertos.)

A descoberta de 2003 UB313 apresenta-se como "a melhor hipótese de resolver o problema," disse Marsden. "Eu duvido que todos os astrónomos fiquem felizes com o resultado, mas espero que o quer que seja decidido, seja o suficiente para que a maioria fique."

Esqueçamos a Ciência

Mike Brown tentou na passada Segunda-feira afastar todo o debate da Ciência.

Segundo Brown -- e ele admite ter mudado de ideias recentemente -- Plutão está demasiado enraizado na nossa cultura, desde tapetes à entrada das nossas casas até postais de correio, para lhe ser retirado o título de planeta.

"Alguns astrónomos têm desesperadamente tentado arranjar soluções para que Plutão continuasse como planeta, mas nenhuma destas foi satisfatória, pois também requer que dúzias de outros objectos sejam também considerados planetas," escreveu Brown no seu website esta semana. "Enquanto que as pessoas estão mais ou menos preparadas para ir de 9 para 10 planetas quando algo anteriormente desconhecido é descoberto, parece pouco provável que muita gente ficasse contente se os astrónomos de repente dissessem, 'decidimos, de facto, que existem 23 planetas, e decidimos afirmá-lo publicamente agora.'"

A equipa de Brown está a tomar uma posição.

"Nós declaramos que o novo objecto, com um tamanho maior que Plutão, é de facto um planeta," escreveu Brown. "Um planeta cultural, um planeta histórico. Não vou dizer se é um planeta científico, pois não existe nenhuma definição científica exacta que encaixe no nosso Sistema Solar e na nossa cultura, e decidi deixar a cultura ganhar esta ronda."

Ele aconselha o público a "ignorar os debates confusos" dos cientistas.

Parece claro que o Grupo de Trabalho da UAI planeia ignorar Brown, pelo menos até que se esclareça uma definição científica.

Mesmo assim, não obstante o que o Grupo decida, podemos apostar que este debate durará pelo menos mais um ano. Para que uma definição se torne oficial, terá que ser votada numa reunião da Assembleia Geral da UAI. A próxima é em Praga, em Agosto de 2006.

Links:

Notícias relacionadas:
http://www.nature.com/news/2005/050801/full/050801-2.html
Notícia do "Toronto Star", Canadá
The Telegraph
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/magazine/4737647.stm
http://www.iht.com/articles/2005/08/03/opinion/edpluto.php
http://msnbc.msn.com/id/8800646/
http://www.outsidethebeltway.com/archives/11503
http://www.ccvalg.pt/astronomia/astronline/astro_news/2003_ub313_050730.htm

Comunicado de Mike Brown:
http://www.gps.caltech.edu/~mbrown/planetlila/#planet

2003 UB313:
http://www.gps.caltech.edu/~mbrown/planetlila/
http://en.wikipedia.org/wiki/2003_UB313

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
O activo centro da Nebulosa da Lagoa - Crédito: Michael Sherick
As estrelas estão combatendo gás e poeira na Nebulosa da Lagoa, mas são os fotógrafos quem mais ganham. Também conhecida como M8, esta fotogénica nebulosa é visível até à vista desarmada na direcção da constelação de Sagitário. Os processos energéticos de formação estelar criam não apenas a cor, mas também o caos. Os tons avermelhados resultam da luz altamente energética das estrelas que intercepta o hidrogénio. Os filamentos escuros de poeira que entrelaçam M8 foram criados nas atmosferas de estrelas gigantes e frias e por entre os detritos de explosões de supernova. Esta espectacular porção da Nebulosa da Lagoa foi criada com cores atribuídas cientificamente a partir da luz emitida em diferentes tons pelo hidrogénio, silício e oxigénio. A luz de M8 que vemos hoje deixou a nebulosa há cerca de 5000 anos atrás. A luz demora aproximadamente 50 anos a atravessar esta secção de M8.
Ver imagem em alta-resolução
     
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Programa "Astronomia no Verão"
 

Observações na açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve, de 2 a 30 de Agosto e de 1 a 24 de Setembro, todos os dias a partir das 21h 30m, excepto à 2ª feira.
Entrada pelo portão do jardim. Acesso gratuito.
Dia 8 de Agosto, a partir das 22:00, no Forte de Lagos.
Observações dependentes das condições atmosféricas.

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 05/08: 217º dia do  calendário gregoriano.
História: 
Em 1864 Giovanni Donati faz as primeiras observações espectroscópicas de um cometa (Tempel, 1864 II) e vê o que é agora conhecido como as bandas Swan (3 delas), devido ao carbono molecular (C2).
Em 1930 nascia Neil Armstrong, o primeiro ser humano na Lua.
Em 1969 a sonda americana Mariner 7 passa por Marte a 3518 km, enviando de volta 125 imagens.
Em 1973 é lançada a sonda soviética Mars 6. A 12 de Março de 1974, a Mars 6 aterra suavemente em Marte a 24º S, 25º O. Enviou dados atmosféricos durante a descida.
Em 2000, a quebra do cometa Linear 1999/S4 é capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Esta imagem dá aos astrónomos uma excelente visão do que podem ser os mais pequenos blocos de núcleo cometário.
Observações: Falta ainda uma semana para o pico das Perseídas, mas já se deverá conseguir observar de vez em quando vários meteoros pertencentes à chuva.

Dia 06/08: 218º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1961 era lançada a Vostok 2 pela União Soviética, levando a bordo o cosmonauta Gherman Titov, o primeiro voo soviético com a duração de um dia.
Observações: Pouco depois do pôr-do-Sol, use binóculos para encontrar a finíssima Lua Crescente mesmo acima do horizonte a Oeste. Está para baixo e para a direita de Vénus.

Dia 07/08: 219º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1959 o Explorer 6 com uma massa de 64.4 kg, torna-se no primeiro satélite a enviar fotos da Terra de órbita.
1996 - Vida em Marte? Uma equipa de cientistas da NASA a trabalhar no Centro Espacial Johnson e na Universidade de Stanford anunciaram as suas descobertas de provas que sugerem fortemente que vida primitiva possa ter existido em Marte há mais de 3.6 mil milhões de anos. A investigação de dois anos foi co-dirigida pelos cientistas planetários Dr. David McKay, Dr. Everett Gibson e Kathie Thomas-Keprta da Lockheed-Martin, todos do JSC, com a colaboração de uma equipa de Stanford liderada pelo professor de Química Dr. Richard Zare, bem como outros 6 colegas de pesquisa e da NASA. O meteorito, chamado ALH84001, foi encontrado em 1984 no campo de gelo de Allan Hills, Antárctica, por uma expedição anual da Fundação Científica Nacional do Programa Meteorito Antárctico. "Não existe nenhum prova que nos leve a acreditar que haja vida em Marte. É mais uma combinação de muitas coisas que encontrámos," disse McKay. "Inclui a detecção de um padrão único de moléculas orgânicas, compostos de carbono que são a base da vida. Também encontrámos algumas fases minerais raras que se sabe serem produtos de organismos primitivos na Terra. Estes achados podem indicar fósseis microscópicos. A relação entre todos estes dados em termos de localização - a menos de umas quantas centenas de milésimas de polegadas entre si - é a prova mais forte." (NASA)
Em 2000, astrónomos da Universidade do Texas no Observatório Austin's McDonald e outros membros de uma equipa internacional de pesquisa planetária, descobrem um novo planeta gasoso num sistema solar a apenas 10.5 anos-luz da Terra, orbitando uma estrela chamada Epsilon Eridani.

Dia 08/08: 220º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1989 era lançado o STS-28. A quarta missão secreta do Departamento de Defesa americano. Tempo de duração: 5 dias, 1 hora, 0 minutos e 8 segundos.
Observações: Aproveite o início da noite para observar o planeta Vénus, a cerca de 6º da Lua.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
Astrofobia - medo das estrelas e do espaço celestial.
 
 
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