Banner
Fórum de Astronomia
menu Núcleo de Astronomia Observações astronómicas Arquivo das newsletters Fórum de Astronomia CCVAlg.pt
NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 152
12 de Agosto de 2005
arrow CIENTISTAS DESCOBREM PRIMEIRO ASTERÓIDE TRIPLO thingy


Impressão de artista do trio de asteróides, com o Sol no pano de fundo distante.
Crédito: ESO
(clique na imagem para ver versão maior)

Foi descoberto o primeiro asteróide triplo do Sistema Solar, suportando as previsões que tais sistemas resultam de colisões entre asteróides.

Cerca de 20 asteróides "binários" - compostos por dois asteróides orbitando-se um ao outro - foram descobertos na cintura de asteróides entre Marte e Júpiter. Agora, um terceiro objecto foi avistado em torno de um destes pares, que inclui um dos maiores asteróides da cintura.

De nome 87 Sylvia, um asteróide em forma de batata com 280 km de comprimento, situa-se a cerca de 3.5 UA do Sol. Os astrónomos descobriram uma lua com 18 km orbitando este último a uma distância de aproximadamente 1360 km em 2001. A recém-descoberta lua situa-se a cerca de metade desta distância, mais ou menos 710 km, e mede apenas 7 km de comprimento.


Imagem do asteróide Sylvia e das suas pequenas luas.
Crédito: Franck Marchis et al., UC Berkeley, ESO

A equipa de cientistas, liderada por Franck Marchis da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA, descobriu a pequena lua usando uma câmara de infravermelhos e ópticas adaptivas em um de quatro telescópios de 8 metros que compõem o Very Large Telescope (VLT) no Chile. Ópticas adaptivas é uma técnica usada para corrigir a turbulência atmosférica da Terra.

"Há muito que se procura por sistemas de asteróides múltiplos, devido aos asteróides binários serem comuns," diz Marchis. "Nem conseguia acreditar que tínhamos descoberto um."

Deram o nome Remo à nova lua e Rómulo à previamente conhecida, os nomes dos gémeos mitológicos que fundaram Roma antiga. 87 Sylvia já tinha nome, Rhea Sylvia, a mãe dos gémeos.

As órbitas das luas permitiram à equipa calcular a massa e densidade de Sylvia, que é aproximadamente 20% maior do que a da água. É provavelmente constituída por uma mistura de água gelada e rocha, e parece conter entre 25% e 60% de espaço vazio.


Uma série de imagens indica o percurso dos dois asteróides em órbita de Sylvia.
Crédito: Marchis et al., UC Berkeley, ESO
(clique na imagem para ver versão maior)

Isto sugere que Sylvia é um amontoado frouxo de detritos, resultantes de uma colisão de asteróides. As duas luas orbitam Sylvia no mesmo plano e na mesma direcção, sugerindo que são provavelmente também detritos da mesma colisão. Podem ter-se acomodado nestas órbitas depois da coalescência de Sylvia - um cenário anteriormente previsto por teóricos e observado em modelos computacionais.

"A maioria dos asteróides da cintura principal com companheiros têm uma estrutura não muito firme," diz Marchis. "Devido aos cenários das suas formações, contamos encontrar mais asteróides múltiplos como este."

A equipa espera conseguir obter imagens do sistema triplo com os poderosos telescópios Keck e Gemini no Hawaii para observar a evolução do sistema com o passar do tempo. Já observaram a oscilação das órbitas das luas, devido à forma não-esférica de Sylvia.

Links:

Notícias relacionadas:
http://news.nationalgeographic.com/news/2005/08/0810_050810_tripleasteroid.html
http://www.physorg.com/news5735.html
http://www.space.com/scienceastronomy/050810_asteroid_trio.html
http://washingtontimes.com/upi/20050810-032734-5709r.htm
http://www.abc.net.au/news/newsitems/200508/s1435201.htm
http://msnbc.msn.com/id/8893896/
http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2005/08/10_sylvia.shtml
http://dsc.discovery.com/news/briefs/20050808/tripleasteroid.html
http://www.usatoday.com/tech/science/space/2005-08-10-triple-asteroid-combo_x.htm

Franck Marchis:
http://astron.berkeley.edu/~fmarchis/

Asteróides:
http://en.wikipedia.org/wiki/Asteroid
http://www.solarviews.com/eng/asteroid.htm
http://www.nineplanets.org/asteroids.html
http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/planets/asteroidpage.html

separator
 
arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
A Cintura de vénus - Crédito: Russell Cockman
Embora de certeza que já a tenha observado, pode nem sequer ter reparado na sua existência. Durante um lusco-fusco sem nuvens, mesmo antes do nascer-do-Sol ou depois do pôr-do-Sol, parte da atmosfera acima do horizonte tem um tom de cor diferente, mais para o cor-de-rosa. De nome Cintura de Vénus, esta banda colorida entre o céu escuro e o céu azul pode ser visto praticamente em todas as direcções incluíndo a oposta ao Sol. Mesmo acima, o céu azul é luz solar normal reflectida a partir da atmosfera. Na Cintura de Vénus, no entanto, a atmosfera reflecte a luz do pôr (ou nascer)-do-Sol, que aparece mais vermelho. A Cintura de Vénus pode ser vista a partir de qualquer local com um horizonte limpo. Na imagem do lado, a Cintura de Vénus foi fotografada em Melbourne, Austrália. A cintura é frequentemente capturada por acidente em outras fotografias.
Ver imagem em alta-resolução
     
separator
 
Programa "Astronomia no Verão"
 

Observações na açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve, de 2 a 30 de Agosto e de 1 a 24 de Setembro, todos os dias a partir das 21h 30m, excepto à 2ª feira.
Entrada pelo portão do jardim. Acesso gratuito.
Dia 15 de Agosto, a partir das 22:00, no Parque Lúdico de Albufeira.
Observações dependentes das condições atmosféricas.

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 12/08: 224º dia do  calendário gregoriano.
História: 
Em 1960 era lançado o Echo 1. O primeiro satélite experimental de comunicações é usado para redireccionar chamadas telefónicas transcontinentais e intercontinentais, rádio e sinais de televisão.
Em 1999, a porta do Observatório de Raios-X Chandra, que protege os seus espelhos, abre-se e o Chandra começa a sua exploração do Universo de alta energia.
Observações: Pico da chuva de meteoros Perseídas. Aproveite esta e as seguintes noites para observar esta espectacular chuva.

Dia 13/08: 225º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1596 era descoberta a primeira estrela variável, Mira, por David Fabricius.
Em 1998 tinha lugar a Convenção de Fundação da Sociedade de Marte, entre 13 e 16 de Agosto, na Universidade do Colorado em Boulder, Colorado, EUA.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 03:38.

Dia 14/08: 226º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 2000, aproximação da Terra pelo asteróide 4486 Mithra (0.0466 UA); aproximação da Terra pelo asteróide 2000 OK8 (0.158 UA); aproximação da Terra pelo asteróide 2000 OG (0.367 UA); passagem mais próxima da Terra do asteróide 2000 OY21 (0.711 UA); passagem mais próxima da Terra do asteróide 1999 XM141 (0.772 UA).
Observações: Aproveite a noite para observar a Lua Crescente, perto de Antares (4.3º para a esquerda).

Dia 15/08: 227º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Quando Vega se encontra na sua altura máxima, como o é estas noites (para observadores no Hemisfério Norte), sabemos que o bule de chá do Sagitário também se encontra na sua altura máxima, baixo no Sul. Sagitário tem muitos enxames globulares. Experimente procurá-los com uns binóculos.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
A Galáxia de Andrómeda (M31, objecto mais distante visível a olho nu) tem um desvio para o azul espectralmente. Isto significa que a Via Láctea e Andrómeda estão a aproximar-se. Ainda mais, sabe-se que irão colidir num futuro muito distante.
 
 
Fórum de Astronomia
 
  PERGUNTE AO ASTRÓNOMO:  
 
Tem alguma dúvida sobre Astronomia no geral que gostaria de ver esclarecida? Pergunte-nos! Tentaremos responder à sua questão da melhor maneira possível.
 
 
Download Firefox! Download Thunderbird! 
Este é um boletim informativo. Por favor, não responda ao e-mail.
Compilado por: Miguel Montes e Alexandre Costa
Consulte o nosso sítio em: http://www.ccvalg.pt/astronomia
Para sair da nossa lista, carregue aqui.
Ccvalg.pt