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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 154
19 de Agosto de 2005
arrow ANÉIS DE SATURNO TÊM ATMOSFERA PRÓPRIA thingy

Os novos dados da sonda Cassini indicam que os anéis de Saturno têm a sua própria atmosfera, separada do gás que circula em torno do planeta.


Espectro dos anéis que revela a existência de uma atmosfera.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/SWRI/UCL
(clique na imagem para ver versão maior)

Durante os vôos de aproximação aos anéis, os instrumentos da sonda Cassini detectaram um ambiente gasoso em torno dos anéis. Curiosamente, e o que torna tudo mais interessante, este ambiente é rico em oxigénio molecular - dois átomos de oxigénio ligados covalentemente entre si - a mesma substância que existe na atmosfera da Terra e que permite a respiração dos animais.

O gelo que constitui os anéis de Saturno é também a fonte donde provém esta atmosfera.

"À medida que a água se liberta dos anéis, as suas ligações são partidas pelos raios solares; o hidrogénio e oxigénio atómicos resultantes são então perdidos, daí resultando oxigénio molecular," disse o investigador da missão Cassini Andrew Coates, que pertence ao Mullard Space Science Laboratory da University College de Londres.

Os anéis de Saturno são feitos sobretudo de água gelada misturada com pequenas quantidades de poeiras e pedras. Os raios ultravioleta do Sol incidem sobre as moléculas de água libertadas pelos anéis, provocam a sua fotólise, reduzindo-as aos seus blocos constituíntes, o hidrogénio e duas formas de oxigénio.

A atmosfera dos anéis é provavelmente mantida devido às forças gravitacionais, diz Coates. O balanço de massas entre o que é formado e o que é perdido também ajuda à sua manutenção em torno dos anéis.

Embora os anéis tenham cerca de 250,000 quilómetros de diâmetro, têm uma espessura muito fina, de menos de 1.5 quilómetros. E embora pareçam gigantescos eles não constituem uma quantidade de matéria apreciável comparada com a massa de Saturno. Na realidade se os anéis fosse totalmente comprimidos de forma a obter-se um asteróide totalmente sólido, este asteróide não teria mais de 100 km de diâmetro.

Os astrónomos amadores têm observado os anéis de Saturno desde há séculos, ma a origem dos anéis é ainda um mistério por desvendar. Inicialmente os cientistas pensavam que os anéis se teriam formado a partir de nuvens geladas de gás que rodavam em torno do planeta gigante em formação, há cerca de 4 mil e quinhentos milhões de anos. A crença actual é de que terão apenas algumas centenas de milhões de anos. Outra teoria sugere que os anéis são formados pelas colisões de asteróides com as luas de Saturno.

Sabe-se, no entanto, que os anéis não são estáveis e que estão constantemente a ser regenerados, provavelmente devido a rupturas nos satélites de Saturno.

O sistema atmosférico rico em oxigénio difere drasticamente da própria atmosfera de Saturno que contém mais de 91% em massa de hidrogénio.

Os instrumentos a bordo da Cassini que registaram a atmosfera dos anéis estavam montados no Espectrómetro de Massa Neutro e Iónico que é operado pelos Estados Unidos e pela Alemanha, e ainda pelo Espectrómetro de Plasma Cassini que é operado pelos Estados Unidos, Finlândia, França, Hungria, Noruega e pelo Reino Unido.

Links:

Space.com:
http://www.space.com/scienceastronomy/050817_ring_atmosphere.html

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     

Foto

 
NGC 1 e NGC 2 -Crédito: R Jay GaBany( Cosmotography.com )
As belas nebulosas, enxames e galáxias que brilham no céu nocturno observável da Terra são muitas vezes conhecidas pelo seu número NGC, que significa New General Catalog. Este catálogo clássico foi compilado por John Louis Emil Dreyer que foi director do Observatório Armagh desde 1882 a 1916. NGC 2266, por exemplo, é o objecto 2,266 no seu New General Catalog de Nebulosas e Enxames de Estrelas. O astrónomo Jay GaBany apresenta nesta imagem os dois primeiros objectos do catálogo, localizados na constelação de Perseu. Estas duas galáxias espirais são mais ou menos típicas (50-100 anos-luz de diâmetro) encontrando-se a NGC 1 (cima) a cerca de 150,000 anos-luz e a NGC 2 (baixo) sensivelmente ao dobro da distância. A ordem dos objectos NGC foi baseado no sistema de coordenadas astronómicas, pelo que estes objectos são os primeiros porque são os que têm a menor coordenada de ascensão recta do catálogo.
Ver imagem em alta-resolução
     
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Observações na açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve, de 23 a 30 de Julho, de 2 a 30 de Agosto e de 1 a 24 de Setembro, todos os dias a partir das 21h 30m, excepto à 2ª feira.
Entrada pelo portão do jardim. Acesso gratuito.
Dia 22 de Agosto, a partir das 22:00, na Fortaleza de Portimão.
Observações dependentes das condições atmosféricas

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 19/08: 231º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1960, os cães espaciais russos Belka ("Squirrel") e Strelka ("Little Arrow") começaram a orbitar a Terra a bordo do satélite Korabl-Sputnik-2. Iam também na missão 40 ratos brancos, 2 ratos de esgoto e diversas qualidades de plantas. No dia seguinte todos foram recuperados em perfeitas condições.
Observações: A Lua Cheia (18h locais) coincide hoje com o perigeu, pelo que Lua estará ligeiramente maior que o normal.

Dia 20/08: 232º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1975, os Estados Unidos lançavam a sonda Viking1 para Marte.
Em 1977, os Estados Unidos lançavam a sonda Voyager 2 .
Observações: O grande Quadrado de Pégaso surge a Leste pouco tempo após o pôr do Sol, seguido passado algum tempo pela Galáxia de Andrómeda. Aproveite a noite para observar esta galáxia com uns binóculos.

Dia 21/08: 233º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1993, a NASA perdia o contacto com a sonda Mars Observer.
Observações: Aproveite para observar com uns binóculos os objectos Messier que são observáveis nas constelações de Escorpião e Sagitário.

Dia 22/08: 234º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1989 era descoberto o primeiro anel de Neptuno.
Observações: Aproveitando a Astronomia no Verão, venha esta noite (ou noutra qualquer) à açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve observar os "objectos de céu profundo de Verão". Poderá observar M4, M6, M7, M8, M11, M13, M22, M27, M31, M57, M81 e M82 através de um telescópio (alguns destes objectos só são visíveis nas noites em que não há Lua, e o ar está límpido). Poderá também observar Júpiter, a Lua, as estrelas múltiplas Albireu, epsilon-LIra e zeta-Lira.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 

A razão porque a Via Láctea é mais visível no início das noites de Verão, está associada ao facto de nesta altura do ano estarmos voltados para o Centro da Galáxia que fica entre as constelações de Escorpião e Sagitário.

 
 
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