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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 158
2 de Setembro de 2005
arrow O NASCIMENTO ESTELAR TEM QUE SER REVISTO thingy

As estrelas mais massivas da Galáxia, formadas de uma forma muito semelhante à que criou o nosso Sol, não podem ser formadas pela canibalização de estrelas jovens, mais pequenas como era anteriormente pensado.


Formação de uma protoestrela (impressão de artista).
Crédito: Dejan Vinkovic
(clique na imagem para ver versão maior)

A teoria em causa foi publicada na revista Nature do dia 1 de Setembro de 2005.

As estrelas em questão são gigantes entre gigantes, estrelas massivas que pesam tanto como 100 estrelas pequenas como o Sol, mas que são tão raras e evoluem tão rapidamente que os cientistas estavam inseguros sobre a forma como atingem as suas dimensões colossais.

Uma teoria popular era que elas devoravam formas estelares pequenas e imaturas, chamadas protoestrelas que se aglomeram em enxames estelares, mas os astrónomos observaram recentemente o nascimento de uma destas estrelas.

As observações sugerem que está a desenvolver-se através de colapso gravitacional, através do mesmo processo gradual com que se terá formado o Sol.

Usando um radiotelescópio chamado Submillimeter Array (SMA) no Hawai, os astrónomos detectaram um disco gasoso envolvendo a protoestrela massiva HW2, localizada a 2,000 anos-luz na direcção da constelação de Cefeu.

O disco contém 1 a 8 vezes a quantidade de gás contida no Sol e um diâmetro de cerca de 45 mil milhões de quilómetros, ou seja, 8 vezes a distância do Sol a Plutão. A Terra e os outros planetas são supostos ter nascido numa nuvem de gás deste tipo há cerca de 4.5 mil milhões de anos.

Os astrónomos detectaram ainda jactos bipolares de gás saindo de dois lados opostos do disco circumestelar de HW2, um fenómeno observado apenas na formação de estrelas de pequena massa, como o Sol.

"A fusão de estrelas pequenas não formaria um disco circumestelar e jactos bipolares", diz Salvador Curiel, um astrónomo da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) e autor do estudo.

Se a teoria da canibalização de pequenas estrelas estivesse correcta, os jactos e o disco circumestelares seriam destruídos à medida que as estrelas fossem sendo engolidas, garante Curiel.

Links:

Revista Nature (requer assinatura):
http://www.nature.com/nphys/index.html

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arrow VEM AÍ O ECLIPSE ANULAR thingy

No dia 3 de Outubro vai ocorrer um eclipse anular do Sol. Ele será visível no Norte de Portugal, na região de Trás-os-Montes, numa faixa que atravessa toda a Espanha, desde a Galiza até Valência e no Norte de África. No entanto, o eclipse será apenas parcial para a maior parte dos observadores que não estarão colocados na estreita faixa geográfica percorrida pelo eclipse. O eclipse anular do Sol é um tipo especial de eclipse parcial. Durante um eclipse anular a Lua passa em frente ao Sol, mas acaba por não tapar completamente o disco solar. O eclipse começará em Portugal cerca das 08h51 (TU), ou seja, 09h51 (hora local). No máximo do eclipse, a Lua cobrirá mais de 90% da superfície do Sol.


Trajectória do eclipse anular.
Crédito: Fred Espenak
(clique na imagem para ver versão maior)

Embora o Sol seja cerca de 400 vezes maior que a Lua, também se encontra cerca de 400 vezes mais afastado. Do nosso ponto de vista, o diâmetro angular da Lua o do Sol é praticamente o mesmo - cerca de 0.5º. É por esta razão que a Lua parece "caber" perfeitamente no disco solar durante um eclipse total, tapando o brilhante disco, permitindo ver a atmosfera exterior do nossa estrela, a chamada coroa ou corona solar, durante os preciosos momentos de totalidade.


Sequência de seis exposições obtidas por Dennis de Cicco na Costa Rica durante o eclipse anular de 24 de Dezembro de 1974.
Crédito: Dennis de Cicco

Normalmente quando ocorre o alinhamento perfeito entre o Sol, a Lua e a Terra, ocorre um eclipse total de Sol, mas devido à órbita elíptica da Lua por vezes a distância a que a a Lua se encontra da Terra é maior que aquela que permitira tapar totalmente o Sol pelo que há um anel de Sol que fica visível em torno da silhueta da Lua: dá-se o eclipse anular de Sol.


Sequência de exposições obtidas por Dan Folz a 10 de Maio de 1994.
Crédito: Dan Folz

Em Portugal haverá observações um pouco por todo o país para observar o eclipse. Por possuir uma grande variedade de actividades relacionadas com a astronomia, desde já apresentamos a actividade que será desenvolvida pelo NUCLIO (Núcleo Interactivo de Astronomia) nos dias 1, 2 e 3 de Outubro, em Bragança, e que permitirá observar o fenómeno no seu máximo esplendor, caso as condições meteorológicas o permitam.

Ao longo das próximas semanas iremos acrescentando na barra do lado direito da newsletter links para os principais eventos promovidos. Todas as instituições interessadas em divulgar gratuitamente o evento deverão contactar Alexandre Costa ou Miguel Montes, para o efeito.

Links:

NUCLIO :
http://www.nuclio.pt/eclipse2005/

Página de Fred Espenak :
http://www.nature.com/nphys/index.html

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
NGC 281: A Nebulosa PACMAN - Crédito: Steve Cannistra (StarryWonders)
NGC 281é uma fábrica estelar de alta produtividade. Algumas particularidades evidentes incluem um pequeno enxame aberto de estrelas, uma nebulosa de emissão de brilho avermelhado e difuso, grandes linhas escuras de gás e poeiras, e núcleos densos de poeiras e gás onde podem ainda estar a formar-se novas estrelas. O enxame aberto de estrelas IC 1590 que é visível próximo do centro formou-se apenas nos últimos milhões de anos. O membro mais brilhante deste enxame é um sistema estelar múltiplo que emite luz que ajuda a ionizar a o gás da nebulosa, causando o brilho vermelho que nos é transmitido. As linhas de poeira visíveis à esquerda do centro são provavelmente berços de formação estelar. O que é particularmente evidente na imagem são os escuros glóbulos de Bok visíveis em contraste com a nebulosa. O sistema NGC 281 que recebeu a alcunha de Nebulosa Pacman pelo seu aspecto global localiza-se a cerca de 10,000 anos-luz de distância da Terra.
Ver imagem em alta-resolução
     
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Programa "Astronomia no Verão"
 

Observações na açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve, de 2 a 30 de Agosto e de 1 a 24 de Setembro, todos os dias a partir das 21h 30m, excepto à 2ª feira.
Entrada pelo portão do jardim. Acesso gratuito.
Observações dependentes das condições atmosféricas.

 
 
Banner Espaço Aberto
 

Dia 3 de Outubro teremos um eclipse anular de Sol, um evento que não era visível em Portugal. O NUCLIO organizou toda uma panóplia de actividades em Bragança, associada a uma "caçada" ao eclipse para observar o fenómeno.
Clique aqui para saber mais

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 02/09: 245º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Não será possível ver a conjugação de Vénus e Júpiter quando esta ocorre durante a manhã mas, se olhar para o por-do-Sol nos próximos dias, verá Vénus muito próximo de Júpiter.

Dia 03/09: 246º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1976, a sonda Viking 2, aterrava na Planície Utopia, em Marte.
Observações: Lua Nova às 20h (hora local).

Dia 04/09: 247º dia do  calendário gregoriano.
Observações: Não será visível a conjugação de Mercúrio, 1.1º a norte de Régulo (constelação de Leão), que ocorre às 12h (hora local).

Dia 05/09: 248º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1977 arrancava o programa Voyager com o lançamento da sonda Voyager 1.
Em 1984, O Space Shuttle Discovery fazia o seu voo inaugural.
Observações: Vénus em conjugação com Spica (Espiga da Constelação de Virgem), encontrando-se 1.8º a Norte da estrela (22h, hora local).

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
A atmosfera da Terra permite, devido ao efeito de Bernoulli produzir efeitos nos remates de futebol e o top-spin no ténis e no ping-ping.
Na Lua nada disto seria possível.
Ver um filme explicativo da NASA
 
 
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