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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 159
6 de Setembro de 2005
arrow VIDA DO HUBBLE TORNA-SE MAIS LONGA E COMPLICADA thingy


O Telescópio Espacial Hubble, visto do vaivém Discovery, durante a segunda missão de reparação, STS-82.
Crédito: NASA/JPL, STS-82
(clique na imagem para ver versão maior)

A NASA desligou um dos giroscópios de alinhamento do Telescópio Espacial Hubble a semana passada, de modo a manter o observatório vivo durante mais uns oito meses extra. O cada vez mais diminuto modo de operação poderá extender o tempo de vida do telescópio até meados de 2008 mas terá um impacto na capacidade do telescópio calendarizar observações.

O Hubble foi originalmente construído para usar três dos seus seis giroscópios para apontar e estabilizar-se a si próprio no espaço. Mas estes falham regularmente, e os astronautas já os substituíram duas vezes. Actualmente, dois estão avariados - aparentemente porque pedaços de lubrificante ou pequenas partículas estão a impedir que girem suavemente.

Por isso, o observatório com 15 anos está apenas a usar três giroscópios, com outro em modo de "standby" em caso de outra falha. Espera-se que a configuração actual dos giroscópios o mantenha operacional até 2007.

Mas os engenheiros da NASA acreditam que o telescópio sobreviverá até meados de 2008, agora que puseram outro giroscópio em modo de "standby". Neste cenário, o telescópio operará com apenas dois, e se um falhar, a NASA poderá intercalá-lo com um dos dois em hibernação, repetindo o processo se falhar um segundo.

Espera-se que esta mudança não afecte directamente a qualidade das célebres imagens do Hubble. Vários testes a este modo, nos quais computadores a bordo usaram apenas dados de dois giroscópios, mostraram que as imagens resultantes eram quase idênticas àquelas tiradas com três.

"Não haverá qualquer diferença entre a soberba ciência com dois ou três giroscópios a que nos habituámos ao longo dos anos," diz o cientista do Hubble, David Leckrone, do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA.

Mas a qualidade da pesquisa astronómica levada a cabo pelo Hubble poderá sofrer um impacto. Sem um terceiro giroscópio, o Hubble terá que usar as suas câmaras de seguimento estelar para se orientar. Estas observam numa direcção diferente do tubo do telescópio, por isso o Hubble não poderá fazer observações quando a Terra estiver no campo de visão das mesmas.

Isto diminuirá provavelmente para metade o número de dias que o telescópio poderá observar qualquer objecto, o que reduzirá significativamente a flexibilidade da calendarização observacional.

Esta manobra infelizmente é crucial, dado que a NASA não se compromete a enviar astronautas para reparar o telescópio até que o próximo vaivém regresse em segurança à sua actividade. Os vaivéns não podem actualmente seguir para o espaço pelo menos até Março de 2006, e esta data poderá mesmo até ser adiada, porque o Furacão Katrina danificou a fábrica que produz os tanques externos do vaivém no Louisiana, EUA.

Links:

Notícias relacionadas:
Hubblesite
MSNBC
SPACE.com
Universe Today
Planetary Society
PhysOrg.com
USA Today
Science Daily

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA
STScI
Modo de operação por dois giroscópios, STScI
Wikipedia

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
47 Tuc, pelo SALT - Crédito: South African Astronomical Observatory
As estrelas vêm em grupos. Dos mais de 200 enxames globulares que orbitam o centro da Via Láctea, 47 Tucano é o segundo mais brilhante, logo atrás de Omega Centauri. Mais conhecido por 47 Tuc ou NGC 104, é apenas visível do Hemisfério Sul da Terra. Foi por isso um alvo a preceito para as primeiras observações do novo telescópio de 10-metros, South African Large Telescope (SALT), esta semana passada. A imagem resultante é a que temos no lado. A luz demora cerca de 20,000 anos a chegar desde 47 Tuc até à Terra, que pode ser observado perto da Pequena Nuvem de Magalhães, na direcção da constelação do Tucano. A dinâmica das estrelas perto do centro de 47 Tuc ainda não é bem compreendida, particularmente o porquê de haverem lá tão poucos sistemas binários.
Ver imagem em alta-resolução
     
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Programa "Astronomia no Verão"
 

Observações na açoteia do Centro Ciência Viva do Algarve, de 1 a 24 de Setembro, todos os dias a partir das 21h 30m, excepto à 2ª feira.
Entrada pelo portão do jardim. Acesso gratuito.
Observações dependentes das condições atmosféricas.

 
 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 06/09: 249º dia do  calendário gregoriano.
História: 
Em 1899, era fundada a Sociedade Astronómica e Astrofísica da América, agora com o nome Sociedade Astronómica Americana.
Observações: A fina Lua Crescente brilha perto de Vénus, Júpiter e Espiga um pouco depois do pôr-do-Sol. Procure-os perto do horizonte a Oeste-Sudoeste, e traga binóculos, especialmente se houver um pouco de neblina.

Dia 07/09: 250º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1997 era descoberta a primeira lua irregular de Urano, Caliban, por Brett J. Galdman (Instituto Canadiano para a Astrofísica Teórica), Philip D. Nicholson (Universidade de Cornell), Joseph A. Burns (Universidade de Cornell) e JJ Kavelaars (Universidade McMaster). Estavam usando o telescópio Hale de 5 metros do monte Palomar. Urano tem 27 luas.
Observações: A Lua hoje alinha-se para a esquerda de Vénus e Júpiter ao lusco-fusco.

Dia 08/09: 251º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1966 estreia a série televisiva "Star Trek", inspirando o interesse de uma geração pelo espaço, astronomia, tecnologia, efeitos especiais e sistemas sociais alternativos.
Em 1999, passagem mais próxima do asteróide 699 Hela pela Terra (0.644 UA).
Observações: Para os observadores a latitudes médias Norte, a brilhante estrela quase no zénite ao início da noite é Vega, a 25 anos-luz de distância. Pela meia-noite, outra estrela toma o seu lugar: a mais ténue Deneb, uma supergigante branca a cerca de 1,500 anos-luz.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
Se um asteróide atingisse a Terra, o efeito seria semelhante à detonação de TODAS as armas nucleares do mundo ao mesmo tempo e no mesmo local.
 
 
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