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  Astroboletim #1627  
  11/10 a 14/10/2019  
     
 
Efemérides

Dia 11/10: 284.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1758, nascia Heinrich Wilhelm Matthias Olbers, astrónomo e físico alemão, descobridor de Pallas e Vesta.
Em 1958, lançamento da sonda Pioneer 1 (a sonda cai para a Terra e é destruída).
Em 1968, lançamento da Apollo 7, a primeira missão tripulada do programa Apollo.
Em 1984, a astronauta Kathryn D. Sullivan, da missão STS-41G, torna-se na primeira mulher a fazer um passeio espacial.

Em 2000, lançamento da missão STS-92 do vaivém Discovery, a centésima do programa dos vaivéns espaciais.
Em 2018, a Soyuz MS-10, que lançava uma tripulação para a ISS, sofre problemas durante a ida. A tripulação aterra em segurança.
Observações: Trânsito de Ganimedes, entre as 19:36 e as 22:32.
Pouco depois do anoitecer, encontrará a estrela de magnitude 0, Arcturo, baixa a oeste-noroeste e à mesma altura que a estrela de magnitude 0, Capella, a nordeste. Quando isto acontece, vire-se para sul-sudeste, e aí estará a estrela de 1.ª magnitude, Fomalhaut, à mesma altura - se estiver a 43º N, isto é. Para sul desta latitude, Fomalhaut estará mais alta; para norte, estará mais baixa. E, independentemente da sua latitude, a sudoeste, nessa altura, encontrará o brilhante planeta Júpiter mais ou menos à mesma altura que Fomalhaut.

Dia 12/10: 285.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1964, lançamento do Voskhod 1, a primeira missão com uma tripulação de várias pessoas e o primeiro voo sem fatos espaciais. 

Em 1994, destruição da Magalhães na atmosfera de Vénus
Em 2005, segundo voo espacial da China. O Shenzhou 6 transportou dois astronautas durante cinco dias em órbita.
Observações: Esta noite, olhe para cima da Lua quase Cheia para encontrar o Grande Quadrado de Pégaso através do lunar. Está apoiado num canto, e o seu punho à distância do braço esticado cabe no meio. Para a localização do observador, quando é que está exatamente balançado? Isto é, quando é que o canto superior está exatamente por cima do seu canto inferior? Será provavelmente depois do cair da noite, dependendo da sua latitude. Tente alinhar as estrelas com o lado de um prédio.

Dia 13/10: 286.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1773, Charles Messier descobria a Galáxia do Rodamoinho (M51).

Em 1884, Greenwich, em Londres, Inglaterra, é estabelecida como o meridiano de longitude para a Hora Universal
Em 1892 (noite de 13 para 14), Edward Emerson Barnard descobre D/1892 T1, o primeiro cometa descoberto por meios fotográficos. 
Em 1933, criação da Sociedade Interplanetária Britânica.
Observações: Estamos a meio do mês de outubro e Deneb já substituiu Vega como a estrela mais próxima do zénite após o cair da noite (para observadores a latitudes médias norte) - e, assim sendo, Capricórnio substitui Sagitário como a mais notável constelação a sul.
Lua Cheia, pelas 22:08.

Dia 14/10: 287.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1960, a sonda soviética Mars 1960B falha a inserção na órbita da Terra. 
Em 1968 tem lugar a primeira transmissão televisiva em direto de uma nave espacial, a Apollo 7.
Em 2012, Felix Baumgartner salta da estratosfera e quebra o recorde de maior queda livre, a uma altitude de 39.068 metros. É também a primeira pessoa a quebrar a barreira do som sem recurso a um veículo.

Observações: Plutão na sua quadratura este, pelas 08:28.
Vega é a estrela mais brilhante a oeste por estas noites. Mais baixa a sudoeste, Altair, não tão brilhante. Logo para cima e para a direita de Altair, a um dedo à distância do braço esticado, está a alaranjada Tarazed (Gamma Aquilae). Para baixo de Tarazed encontra-se a figura da constelação de Águia.

 
     
 
Curiosidades


O concurso para dar nomes às 20 novas luas de Saturno teve início no dia 7 de outubro de 2019 e termina no dia 6 de dezembro de 2019. Para saber como submeter um nome e para ler as regras de nomenclatura, visite o website do concurso.

 
 
   
Saturno ultrapassa Júpiter após descoberta de 20 novas luas!

Uma equipa liderada por Scott S. Sheppard, de Carnegie, encontrou 20 novas luas em órbita de Saturno. Isto eleva o número total de satélites do planeta para 82, ultrapassando Júpiter, que tem 79. A descoberta foi anunciada na passada segunda-feira pelo Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional.

Cada uma das recém-descobertas luas tem cerca de cinco quilómetros em diâmetro. Dezassete delas orbitam o planeta para trás, numa direção retrógrada, o que significa que o seu movimento é oposto à rotação do planeta em torno do seu eixo. As outras três luas orbitam na mesma direção que a rotação do planeta.

Duas das luas prógradas estão mais próximas do planeta e levam cerca de dois anos a completar uma volta em torno de Saturno. As mais distantes luas retrógradas e a outra lua prógrada levam mais de três anos a completar uma órbita.

 
Imagens da descoberta de uma nova lua prógrada de Saturno, muito distante do planeta. Foram obtidas pelo Telescópio Subaru com uma hora de diferença. O plano de fundo de estrelas e galáxias não se move, enquanto a recém-descoberta lua de Saturno, realçada pela barra laranja, mostra movimento entre as duas imagens.
Crédito: Scott Sheppard
 

"O estudo das órbitas destas luas pode revelar as suas origens, bem como informações sobre as condições que rodearam Saturno no momento da sua formação," explicou Sheppard.

As luas exteriores de Saturno parecem estar agrupadas em três grupos diferentes em termos das inclinações dos ângulos a que orbitam o planeta. Duas das recém-descobertas luas prógradas encaixam com um grupo de luas exteriores com inclinações de cerca de 46º, de nome grupo Inuíte, assim chamado em homenagem à mitologia Inuíte. Estas luas podem ter feito parte de uma maior lua que foi fragmentada no passado distante. Da mesma forma, as recém-anunciadas luas retrógradas têm inclinações semelhantes às de outras luas retrógradas anteriormente conhecidas, indicando que também são provavelmente fragmentos de uma lua-mãe anterior. Estas luas retrógradas pertencem ao grupo Nórdico, cujos nomes vêm da mitologia nórdica. Uma das luas retrógradas recém-descobertas é a lua mais distante conhecida em torno de Saturno.

"Este tipo de agrupamento de luas externas também existe em torno de Júpiter, indicando colisões violentas ocorridas entre luas no sistema de Saturno ou com objetos externos, como asteroides ou cometas," explicou Sheppard.

A outra lua prógrada recém-descoberta tem uma inclinação próxima dos 36º, semelhante a outro grupo de luas prógradas interiores em torno de Saturno chamado grupo Gaulês. Mas esta nova lua orbita muito mais longe de Saturno do que qualquer outra prógrada, indicando que poderá ter sido puxada para fora com o passar do tempo ou que pode não estar associada com o grupo mais interior de luas prógradas.

Caso estivesse presente uma quantidade significativa de gás ou poeira quando uma lua se fragmentasse, e criasse estes aglomerados de fragmentos menores, teriam havido fortes interações de atrito entre as luas menores e o gás e a poeira, fazendo com que espiralassem para o planeta.

 
Impressão de artista das 20 recém-descobertas luas de Saturno. Estas descobertas elevam o total de luas conhecidas para 82, ultrapassando Júpiter, que tem 79. O estudo das órbitas destas luas pode revelar as suas origens, bem como informações sobre as condições que rodearam Saturno no momento da sua formação.
Crédito: Instituto Carnegie para Ciência; imagem de Saturno - NASA/JPL-Caltech/SSI; fundo estelar - Paolo Sartorio/Shutterstock
 

"No Sistema Solar jovem, o Sol estava rodeado por um disco giratório de gás e poeira a partir do qual os planetas nasceram. Pensa-se que um disco semelhante de gás e poeira tenha cercado Saturno durante a sua formação," disse Sheppard. "O facto de que estas recém-descobertas luas conseguiram continuar a orbitar Saturno depois das suas luas-mãe terem sido destruídas indica que estas colisões ocorreram após o processo de formação planetária, quando o disco já não era um fator."

As novas luas foram descobertas usando o Telescópio Subaru no topo do Mauna Kea no Hawaii. A equipa de observação incluía Sheppard, David Jewitt da UCLA e Jan Kleyna da Universidade do Hawaii.

"Usando alguns dos maiores telescópios do mundo, estamos agora a concluir o inventário de pequenas luas em torno dos planetas gigantes," disse Scott Sheppard. "Desempenham um papel crucial para ajudar a determinar como os planetas do nosso Sistema Solar se formaram e evoluíram."

No ano passado, Sheppard descobriu 12 novas luas em órbita de Júpiter e Carnegie organizou um concurso online para dar nome a cinco delas.

"Fiquei tão emocionado com a resposta do público durante o concurso dos nomes das luas de Júpiter que decidimos fazer outro para dar nome a estas recém-descobertas luas de Saturno," comentou Sheppard. "Desta vez, as luas devem ter o nome de gigantes da mitologia nórdica, gaulesa ou inuíte."

// Carnegie Science (comunicado de imprensa)
// Alerta de novas luas: Saturno tem 20 luas novas! (Lunartic via YouTube)

 


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CCVAlg - Astronomia:
20/07/2018 - Descobertas doze novas luas de Júpiter, incluindo uma "excêntrica"

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Saturno:
Solarviews
Wikipedia
Luas de Saturno (Wikipedia)
Grupo Inuíte (Wikipedia)
Grupo Gaulês (Wikipedia)
Grupo Nórdico (Wikipedia)

Júpiter:
CCVAlg - Astronomia
Wikipedia
Luas de Júpiter (Wikipedia)
Luas de Júpiter (página de Scott S. Sheppard)

Telescópio Subaru:
NAOJ
Wikipedia

 
   
Rover Curiosity encontra um antigo oásis em Marte
 
A rede de fissuras nesta rocha marciana chamada "Old Soaker" pode ter sido formada a partir de uma camada de lama seca há mais de 3 mil milhões de anos. A imagem abrange cerca de 90 centímetros (esquerda para a direita) e combina três imagens obtidas pela câmara MAHLI no braço robótico do rover Curiosity.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
 

Se pudéssemos viajar para o passado, até há 3,5 mil milhões de anos, qual seria o aspeto de Marte? A imagem está a evoluir entre os cientistas que trabalham com o rover Curiosity da NASA.

Imagine lagos que pontilham o chão da Cratera Gale, uma antiga bacia com 150 km de diâmetro que o Curiosity está a explorar. Riachos podem ter decorado as paredes da cratera, correndo em direção à sua base. Ao acelerar o passar do tempo veríamos estas formações líquidas a transbordar e depois a secar, um ciclo que provavelmente se repetiu várias vezes ao longo de milhões de anos.

Esta é a paisagem descrita pelos cientistas do Curiosity num novo artigo científico publicado na revista Nature Geoscience. Os autores interpretam as rochas enriquecidas em sais minerais descobertas pelo rover como evidências de charcos rasos e salgados que passaram por episódios de transbordamento e secagem. Os depósitos servem como uma marca d'água criada pelas flutuações climáticas, à medida que o ambiente marciano passava de húmido para o deserto gelado de hoje.

Os cientistas gostariam de compreender quanto tempo levou esta transição e quando é que exatamente ocorreu. Esta pista mais recente pode ser um sinal de descobertas futuras, à medida que o Curiosity se aproxima de uma região chamada "unidade portadora de sulfato", que se espera ter sido formada num ambiente ainda mais seco. Representa uma diferença gritante da parte inferior da montanha, onde o Curiosity descobriu evidências de lagos persistentes de água doce.

A Cratera Gale é o remanescente antigo de um enorme impacto. Os sedimentos transportados pela água e pelo vento acabaram por preencher o chão da cratera, camada após camada. Depois dos sedimentos terem endurecido, o vento esculpiu a rocha em camadas no imponente Monte Sharp, que o Curiosity está a subir hoje. Agora expostas nas encostas da montanha, cada camada revela uma era diferente da história marciana e contém pistas sobre o ambiente predominante da época.

"Nós fomos à Cratera Gale porque preserva este registo único de um planeta Marte em mudança," disse o autor principal William Rapin de Caltech. "A determinação de quando e como o clima do planeta começou a evoluir é uma peça de outro quebra-cabeças: quando e por quanto tempo é que Marte foi capaz de suportar vida microbiana à superfície?"

Ele e os seus coautores descrevem sais encontrados numa secção de rochas sedimentares com 150 metros de altura de nome "Ilha Sutton", que o Curiosity visitou em 2017. Com base numa série de fissuras de lama num local denominado "Old Soaker", a equipa já sabia que a área teve períodos mais secos e intermitentes. Mas os sais da Ilha Sutton sugerem que a água também se concentrou em salmoura.

Normalmente, quando um lago seca completamente, deixa muitas quantidades de cristais de sal puro para trás. Mas os sais da Ilha Sutton são diferentes: por um lado, são sais minerais, não sal de mesa. Estão também misturados com sedimentos, sugerindo que se cristalizaram num ambiente molhado - possivelmente logo abaixo de charcos rasos e em evaporação, cheios de água salgada.

 
Repleto de lagos salinos, o planalto salgado Quisquiro no Altiplano da América do Sul representa o tipo de paisagem que os cientistas pensam que pode ter existido na Cratera Gale, que o rover Curiosity da NASA está a explorar.
Crédito: Maksym Bocharov
 

Dado que a Terra e Marte eram, nos seus primeiros dias, parecidos, Rapin especulou que a Ilha Sutton pode ter sido parecida com lagos salinos no Altiplano da América do Sul. Riachos e rios que correm das cadeias montanhosas até este planalto a alta altitude levam a bacias fechadas semelhantes à antiga Cratera Gale de Marte. Os lagos do Altiplano são fortemente influenciados pelo clima, da mesma forma que a Cratera Gale.

"Durante períodos mais secos, os lagos do Altiplano tornam-se mais rasos e alguns podem secar completamente," disse Rapin. "O facto de estarem livres de vegetação fá-los parecer um pouco com Marte."

Sinais de um Marte seco

As rochas enriquecidas com sal da Ilha Sutton são apenas uma pista entre as várias que a equipa do rover está a usar para entender como o clima marciano mudou. Olhando para toda a jornada do Curiosity, iniciada em 2012, a equipa de cientistas vê a transição de um ciclo húmido para seco em longas escalas de tempo em Marte.

"Ao escalarmos o Monte Sharp, vemos uma tendência geral de uma paisagem húmida para uma mais seca," disse o cientista do projeto Curiosity Aswhin Vasavada, do JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. O JPL lidera a missão MSL (Mars Science Laboratory) da qual o Curiosity faz parte. "Mas esta tendência não ocorre necessariamente de maneira linear. Mais provavelmente, a transição foi confusa, incluindo períodos mais secos, como o que estamos a ver na Ilha Sutton, seguidos por períodos mais molhados, como o que vemos na "unidade argilosa" que o Curiosity está a explorar. "Até agora, o rover encontrou muitas camadas planas de sedimentos que foram depositadas gentilmente no fundo de um lago. Chris Fedo, membro da equipa, especialista no estudo de camadas sedimentares da Universidade do Tennessee, observou que o Curiosity está atualmente a atravessar grandes estruturas rochosas que podem ter sido formadas apenas num ambiente mais energético, como áreas varridas por ventos ou por riachos.

 
Esta animação demonstra os charcos e riachos salgados que os cientistas pensam terem sido deixados para trás à medida que a Cratera Gale secava com o passar do tempo. A parte de baixo da imagem é o chão da Cratera Gale, com o pico sendo o lado do Monte Sharp.
Crédito: ASU KED (Knowledge Enterprise Development), Michael Nothrop
 

O vento ou água corrente acumulam sedimentos em camadas que gradualmente se inclinam. Quando endurecem em rocha, tornam-se grandes estruturas semelhantes a "Teal Ridge," que o Curiosity investigou no verão passado.

"A descoberta de camadas inclinadas representa uma grande mudança, onde a paisagem já não está completamente debaixo de água," explicou Fedo. "Podemos ter deixado para trás a era dos lagos profundos."

O Curiosity já espiou mais camadas inclinadas na distante unidade portadora de sulfato. A equipa científica planeia ir até lá nos próximos dois anos e investigar as suas muitas estruturas rochosas. Se formadas em condições mais secas que persistiram durante longos períodos, isso poderá significar que a unidade argilosa representa um estágio intermédio - um portal de entrada para uma era diferente da história da água na Cratera Gale.

"Não podemos ainda dizer se estamos a ver depósitos de vento ou de rios na unidade argilosa, mas estamos confortáveis ao dizer que definitivamente não é a mesma coisa que veio antes ou que veio depois," concluiu Fedo.

// NASA (comunicado de imprensa)
// Universidade Estatal do Arizona (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Nature Geoscience)
// Guia para a Cratera Gale (NASA JPL via YouTube)

 


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Cientistas ajudam a descobrir como a água é regenerada nos asteroides
 
Impressão de artista de um asteroide a passar perto da Terra.
 

Os cientistas descobriram como as moléculas de água podem ser regeneradas nos asteroides que se deslocam pelo espaço, num avanço emocionante que pode estender-se a outros corpos como a Lua.

Publicada na revista Nature Astronomy, a nova investigação mostra que a água pode ser reabastecida à superfície dos asteroides caso o vento solar e os impactos de meteoroides se juntem a temperaturas muito baixas.

A principal autora australiana, a Dra. Katarina Mijkovic, do Centro de Ciência e Tecnologia Espacial da Universidade Curtin, disse que pesquisa provou que dois componentes do clima espacial - eletrões e choque térmico - são necessários para manter o abastecimento de moléculas de água nos asteroides, em vez de apenas um, como se pensava anteriormente.

"Este processo complexo para regenerar moléculas de água à superfície também pode ser um mecanismo possível para reabastecer o suprimento de água noutros corpos sem atmosfera como a Lua," disse a Dra Miljkovic.

"O resultado desta investigação tem implicações potencialmente significativas porque todos sabemos que a disponibilidade de água no Sistema Solar é um elemento extremamente importante para a habitabilidade no espaço."

O projeto financiado pela NASA viu a equipa pegar num pedaço do meteorito Murchison, que caiu na Austrália há 50 anos, e simular as condições climáticas de uma cintura de asteroides dentro de uma máquina especialmente construída que imita as condições à superfície de um asteroide.

A equipa então usou eletrões energizados para simular ventos solares e lasers para imitar pequenos meteoroides que atingiam o asteroide, enquanto monitorizava os níveis das moléculas de água à superfície.

Os impactos de meteoroides deram início à reação, e depois o vento solar atingiu a superfície, deixando os átomos de oxigénio e hidrogénio unidos, criando água.

O papel da Dra Miljkovic como especialista em impactos, foi o de validar o uso da ablação laser como substituto do bombardeamento de micrometeoroides.

O artigo foi coescrito por investigadores da Universidade do Hawaii em Mānoa e da Universidade Estatal da Califórnia em San Marcos.

// Universidade de Curtin (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Nature Astronomy)

 
   
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  Prémio Nobel da Física honra exoplanetas, Big Bang (via The Nobel Prize)
A Academia Real das Ciências da Suécia atribuiu o Prémio Nobel da Física a James Peebles (Princeton) e a Michel Mayor e Didier Queloz (ambos da Universidade de Genebra, Suíça). O prémio, que será dividido em dois, honra descobertas de novas perspetivas sobre o nosso local no Universo. Peebles fez importantes contribuições para o Big Bang e matéria escura. Mayor e Queloz vão receber a sua metade do Prémio Nobel pela sua descoberta do primeiro exoplaneta em órbita de uma estrela parecida com o Sol, um Júpiter quente conhecido como 51 Pegasi b. Ler fonte
     
  Liquidificando um exoplaneta rochoso (via Universidade de Berna)
Uma Terra quente e derretida seria cerca de 5% maior do que a sua homóloga rochosa. Este é o resultado de um estudo liderado por investigadores da Universidade de Berna. A diferença entre planetas derretidos e rochosos é importante para a busca por planetas parecidos com a Terra para lá do nosso Sistema Solar e para a compreensão da própria Terra. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - NGC 7714: Surto de Formação Estelar Após Colisão Galáctica
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESAArquivo do Legado do Hubble; Processamento e Direitos de Autor: Rudy Pohl
 
Será que esta galáxia está a saltar através de um anel gigante de estrelas? Provavelmente não. Embora a dinâmica precisa por trás da imagem em destaque ainda não seja clara, o que está claro é que a galáxia retratada, NGC 7714, foi esticada e distorcida por uma colisão recente com uma galáxia vizinha. Pensa-se que este objeto mais pequeno, NGC 7715, situado para a esquerda da imagem, tenha desbravado caminho diretamente através de NGC 7714. As observações indicam que o anel dourado é composto por milhões de estrelas parecidas com o Sol, mas mais antigas, que provavelmente estão a mover-se com as estrelas mais azuis do anterior. Em contraste, o centro brilhante de NGC 7714 parece estar a passar por um surto de nova formação estelar. A imagem foi capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. NGC 7714 está localizada a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Peixes. As interações entre estas duas galáxias começaram provavelmente há aproximadamente 150 milhões de anos e deverão continuar por mais algumas centenas de milhões de anos. Após todo esse tempo, deverá resultar uma única galáxia central.
 
   
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