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  Arquivo | CCVAlg - Astronomia
Com o apoio do Centro Ciência de Tavira
   
 
  Astroboletim #1684  
  28/04 a 30/04/2020  
     
 
Efemérides

Dia 28/04: 119.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1900, nascia Jan Oort, astrónomo holandês pioneiro no campo da radioastronomia, que quantificou as características da rotação da Via Láctea e propôs um vasto reservatório de cometas em redor do Sol que se estende até quase metade da distância às estrelas mais próximas.

nuvem de Oort tem o seu nome.
Em 1903, M. Wolf descobre o asteroide Iolanda (509).
Em 1906, nascia Bart Bok, astrónomo americano, natural da Holanda, conhecido pelo seu trabalho na estrutura e evolução da Via Láctea e pela descoberta dos glóbulos de Bok
Em 1913, G. Neujmin descobre o asteroide Faïna (751). J. Palisa descobre o asteroide Oskar (750).
Em 1916, M. Wolf descobre o asteroide Henrika (826).
Em 1924, J. Hartmann descobre o asteroide La Plata (1029).
Em 1928, nascia Eugene Shoemaker, geólogo americano e um dos fundadores da ciência planetária. É famoso pela sua descoberta do Cometa Shoemaker-Levy 9, juntamente com a sua esposa Carolyn Shoemaker e David Levy. 
Em 1932, C. Jackson descobre o asteroide Zambesia (1242)
Em 2001, o milionário Dennis Tito torna-se no primeiro turista espacial.
Observações: Olhe para norte ao cair da noite, para bem alto, e encontrará as estrelas-guia, o fim da "frigideira" de Ursa Maior, no meridiano apontando para a Polar mais abaixo. Das estrelas-guia até à Polar vão cerca de três punhos à distância do braço esticado.

Dia 29/04: 120.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1715, John Flamsteed observa Úrano pela sexta vez.

Em 1861, R. Luther descobre o asteroide Leto (68).
Em 1872, nascia Forest Ray Moulton, astrónomo americano que, juntamente com Thomas Chamberlin, formulou a hipótese planetesimal Chamberlin-Moulton, que dizia que os planetas coalesceram a partir de corpos mais pequenos que chamaram planetesimais. A sua hipótese necessitava da passagem de uma outra estrela para despoletar esta condensação, um conceito que já caiu em desuso. Moulton também propôs que alguns dos satélites de Júpiter eram planetesimais capturados. Esta teoria foi bem aceite pelos astrónomos, bem como o termo planetesimal. 
Em 1902, M. Wolf descobre o asteroide Pittsburghia (484).
Em 1921, B. Jekhovsky descobre o asteroide Painleva (953).
Em 1930, C. Jackson descobre o asteroide Libya (1268).
Em 1985, lançamento da missão STS-51-B, do vaivém espacial Challenger
Em 1998 são realizadas as primeiras cirurgias bem-sucedidas no espaço, usando como pacientes ratinhos com três semanas a bordo do vaivém espacial Columbia, na missão STS-90.
Observações: Esta noite, para a direita da Lua, encontram-se as estrelas Pollux e Castor; estão quase como que alinhadas com o nosso satélite natural. Mais longe, mas para baixo e para a esquerda da Lua, encontra-se a estrela Procyon.

Dia 30/04: 121.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1913, Neujmin e Belyavskij descobrem os asteroides Sulamitis (752) e Tiflis (753).
Em 1935, C. Jackson descobre os asteroides Magoeba (1355) e Numidia (1368).
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 21:38. Depois do cair da noite poderá discernir que a Lua encontra-se na direção da constelação de Caranguejo, para baixo e para a direita da "foice" de Leão.

 
     
 
Curiosidades


O Gabinete de Educação da ESA lançou o Expedition: Home, um site completo para crianças e pais fazerem atividades divertidas baseadas no espaço e continuarem a aprender em casa. O mini-site oferece diversas atividades para três faixas etárias: 3-6, 6-12 e 12-18 anos.
A NASA também disponibilizou recursos para o público em geral, no site NASA at Home, como e-books, "tours" virtuais, apps, podcasts, vídeos.

 
 
   
Estrela sobrevive quase-encontro com buraco negro gigante
 
Ilustração do buraco negro e da anã branca.
Crédito: raios-X - NASA/CXO/CSIC-INTA/G.Miniutti et al.; Ilustração - NASA/CXC/M. Weiss
 

Os astrónomos podem ter descoberto um novo tipo de história de sobrevivência: uma estrela que teve um encontro próximo com um buraco negro gigante e sobreviveu para contar a narrativa através de emissões de raios-X.

Dados do Observatório de raios-X da NASA e do XMM-Newton da ESA descobriram a história que começou com uma gigante vermelha que passou demasiado perto de um buraco negro supermassivo numa galáxia a cerca de 250 milhões de anos-luz da Terra. O buraco negro, localizado numa galáxia chamada GSN 069, tem uma massa de cerca de 400.000 vezes a do Sol, colocando-o na extremidade inferior da gama dos buracos negros supermassivos.

Assim que a gigante vermelha foi capturada pela gravidade do buraco negro, as camadas externas da estrela contendo hidrogénio foram arrancadas e levadas para o buraco negro, deixando o núcleo da estrela - conhecido como anã branca - para trás.

"Na minha interpretação dos dados de raios-X, a anã branca sobreviveu, mas não escapou," disse Andrew King, da Universidade de Leicester, Reino Unido, que realizou este estudo. "Agora está presa numa órbita elíptica em torno do buraco negro, completando uma viagem aproximadamente a cada nove horas."

À medida que a anã branca faz quase três órbitas por cada dia terrestre, o buraco negro retira material na sua maior aproximação (a não mais do que 15 vezes o raio do horizonte de eventos - o ponto de não retorno - do buraco negro). O detrito estelar entra num disco em redor do buraco negro e liberta um surto de raios-X que o Chandra e o XMM-Newton podem detetar. Além disso, King prevê que ondas gravitacionais serão emitidas pelo par constituído pelo buraco negro e pela anã branca, especialmente no seu ponto mais próximo.

Qual será o futuro da estrela e da sua órbita? O efeito combinado das ondas gravitacionais e uma mudança no tamanho da estrela à medida que perde massa deverá fazer com que a órbita se torne mais circular e cresça em tamanho. O ritmo de perda de massa diminui constantemente, assim como a distância da anã branca ao buraco negro aumenta.

"Vai esforçar-se para fugir, mas não há escapatória. O buraco negro vai devorar a anã branca cada vez mais lentamente, mas nunca parará," disse King. "Em princípio, esta perda de massa vai continuar até e mesmo depois da anã branca desvanecer até à massa de Júpiter, daqui a um bilião de anos. Esta seria uma maneira notavelmente lenta e complicada do Universo formar um planeta!"

 
Esquema que mostra a órbita da anã branca. Se desenhada à escala, seria demasiado pequena para ver na imagem. O buraco negro é rodeado por um disco de material (representado em laranja e vermelho). A Relatividade Geral provoca um efeito de precessão, mudando o ângulo dos "loops" na órbita cerca de 70º à medida que a anã branca passa pelo buraco negro. A orientação da figura é vista de modo que os diferentes "loops" apareçam quase de lado. Se vistos de face, os "loops" orbitais pareceriam de forma oval, mas não seriam tão estreitos.
Crédito: NASA/CXC/M. Weiss
 

Os astrónomos encontraram muitas estrelas que foram completamente destruídas por encontros com buracos negros (os chamados eventos de perturbação de maré), mas há muito poucos casos relatados de "quase-encontros", onde a estrela provavelmente sobreviveu.

Encontros próximos como este devem ser mais comuns do que colisões diretas, dadas as estatísticas dos padrões de tráfego cósmico, mas podem ser facilmente não observados por várias razões. Primeiro, uma estrela sobrevivente mais massiva pode demorar demasiado tempo a concluir uma órbita em torno do buraco negro para os astrónomos observem surtos repetidos. Outra questão é que os buracos negros supermassivos que são muito mais massivos do que o situado na galáxia GSN 069 podem engolir diretamente uma estrela, em vez desta cair para órbitas onde perde massa periodicamente. Nestes casos, os astrónomos nada observariam.

"Em termos astronómicos, este evento só é visível através dos nossos telescópios atuais por um curto período de tempo - cerca de 2000 anos," disse King. "De modo que a menos que tenhamos uma sorte extraordinária de ter capturado este evento, podem haver muito mais que estejamos a perder. Tais encontros podem ser uma das principais maneiras dos buracos negros do tamanho do buraco negro de GSN 069 crescerem."

King prevê que a anã branca tem uma massa de apenas dois-décimos da massa do Sol. Se a anã branca era o núcleo da gigante vermelha que foi completamente despojada do seu hidrogénio, deverá ser rica em hélio. O hélio teria sido criado pela fusão de átomos de hidrogénio durante a evolução da gigante vermelha.

"É incrível pensar que a órbita, a massa e a composição de uma pequena estrela a 250 milhões de anos-luz de distância podem ser inferidas," disse King.

King fez uma previsão com base no seu cenário. Dado que a anã branca está tão perto do buraco negro, os efeitos da Teoria da Relatividade Geral significam que a direção do eixo da órbita deve oscilar, ou "precessar". Esta oscilação deve repetir-se a cada dois dias e pode ser detetável com observações suficientemente longas.

O artigo que descreve estes resultados foi publicado na edição de março de 2020 da revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e está disponível online.

// Observatório de raios-X Chandra (comunicado de imprensa)
// Universidade de Leiscester (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society)
// Artigo científico (arXiv.org)
// Estrela sobrevive quase-encontro com buraco negro gigante (Chandra via YouTube)

 


Saiba mais

Notícias relacionadas:
SPACE.com
PHYSORG
Futurism

Anãs brancas:
NASA
Wikipedia

Buracos negros:
NASA
Wikipedia

Observatório de raios-X Chandra:
NASA
Universidade de Harvard
Wikipedia

 
   
Instrumento EXPRES olha para os céus de um planeta distante e abrasador
 
O planeta MASCARA-2 b, um gigante gasoso parecido com Júpiter a aproximadamente 457 anos-luz da Terra.
Crédito: Sam Cabot
 

Uma nova tecnologia está a dar aos astrónomos uma visão mais detalhada da atmosfera de um planeta distante, onde o ar é tão quente que vaporiza metais.

O planeta, MASCARA-2 b, fica a 140 parsecs da Terra (aproximadamente 457 anos-luz). É um gigante gasoso, como Júpiter. No entanto, a sua órbita fica 100 vezes mais próximo da sua estrela do que a órbita de Júpiter está do nosso Sol.

A atmosfera de MASCARA-2 b atinge temperaturas superiores a 1720º C, colocando-o no extremo de uma classe de planetas conhecidos como Júpiteres quentes. Os astrónomos estão profundamente interessados em Júpiteres quentes, porque a sua existência era desconhecida até há 25 anos atrás e porque podem fornecer informações sobre a formação de sistemas planetários.

"Os Júpiteres quentes são os melhores laboratórios para o desenvolvimento de técnicas de análise que um dia serão usadas para procurar bioassinaturas em mundos potencialmente habitáveis," disse Debra Fischer, astrónoma de Yale e coautora de um novo estudo aceite para publicação na revista Astronomy & Astrophysics.

Fischer é a força orientadora por trás do instrumento que tornou possível a descoberta: o EXPRES (Extreme PREcision Spectrometer), construído em Yale e instalado no Telescópio Lowell Discovery de 4,3 metros perto de Flagstaff, no estado norte-americano do Arizona.

A missão principal do EXPRES é encontrar planetas semelhantes à Terra com base na leve influência gravitacional que têm nas suas estrelas. Os investigadores disseram que esta precisão também é útil na observação de detalhes atmosféricos de planetas distantes.

 
Impressão de artista da impressão digital da luz que o exoplaneta "filtra" quando passa em frente da estrela, a partir do ponto de vista da Terra.
Crédito: Universidade de Yale, Sam Cabot
 

À medida que MASCARA-2 b atravessa a linha de visão direta entre a sua estrela hospedeira e a Terra, elementos na atmosfera do planeta absorvem a luz da estrela em comprimentos de onda específicos - deixando uma "impressão digital" química. O EXPRES é capaz de captar essas impressões digitais.

Usando o EXPRES, os astrónomos de Yale e colegas do Observatório de Genebra e da Universidade de Berna na Suíça, bem como da Universidade Técnica da Dinamarca, encontraram ferro gasoso, magnésio e crómio na atmosfera de MASCARA-2 b.

"As assinaturas atmosféricas são muito fracas e difíceis de detetar," disse o coautor Sam Cabot, estudante de astronomia em Yale e líder da análise de dados do estudo. "Por acaso, o EXPRES detém esta capacidade, pois precisamos de instrumentos de alta fidelidade para encontrar planetas para lá do nosso próprio Sistema Solar."

O autor principal do estudo, o astrónomo Jens Hoeijmakers do Observatório de Genebra, disse que o EXPRES também encontrou evidências de química diferente entre o lado diurno e noturno de MASCARA-2 b.

"Estas deteções químicas podem não apenas ensinar-nos sobre a composição elementar da atmosfera, mas também sobre a eficiência dos padrões de circulação atmosférica," disse Hoeijmakers.

Juntamente com outros espectrómetros avançados, como o ESPRESSO, construído por astrónomos suíços no Chile, o EXPRES deverá recolher muitos novos dados que podem avançar drasticamente a busca por exoplanetas - planetas que orbitam estrelas que não o nosso próprio Sol.

"A deteção de metais vaporizados na atmosfera de MASCARA-2 b é um dos primeiros resultados científicos interessantes a surgir do EXPRES," disse Fischer. "Mais resultados estão a caminho."

// Universidade de Yale (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

MASCARA-2 b (KELT-20 b):
NASA
Exoplanet.eu
Open Exoplanet Catalogue

Exoplanetas:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

EXPRES (Extreme PREcision Spectrometer):
Universidade de Yale
The Planetary Society
Wikipedia

Observatório Lowell:
Página oficial
Wikipedia
Telescópio Lowell Discovery (Wikipedia)

 
   
Uma abundância de galáxias giratórias
 
Colagem de 21 galáxias fotografadas pelo levantamento ALPINE. As imagens têm por base luz emitida pelo carbono ionizado, ou C+. Estes dados mostram a variedade de estruturas galácticas já em vigor menos de 1,5 mil milhões de anos após o Big Bang (o nosso Universo tem 13,8 mil milhões de anos). Algumas das imagens na verdade contêm galáxias em fusão; por exemplo, o objeto na linha superior, o segundo a contar da esquerda, é na verdade três galáxias em fusão. Outras galáxias parecem ser mais suavemente ordenadas e podem ser espirais; um exemplo claro encontra-se na segunda linha, a primeira galáxia a contar da esquerda. A nossa Via Láctea é mostrada à escala, a fim de ajudar a visualizar os tamanhos pequenos destas galáxias jovens.
Crédito: Michele Ginolfi (colaboração ALPINE); ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC)
 

Novos resultados de um ambicioso levantamento do céu, de nome ALPINE, revelam que galáxias giratórias, em forma de disco, podem ter existido em grandes números mais cedo no Universo do que se pensava anteriormente.

O programa ALPINE, formalmente denominado "ALMA Large Program to Investigate C+ at Early Times," usa dados obtidos a partir de 70 horas de observações do céu com o observatório ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) no Chile, em combinação com dados de observações anteriores de uma série de outros telescópios, incluindo o Observatório W.M. Keck no Hawaii e os telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA. Especificamente, o levantamento analisou uma zona do céu que contém dúzias de galáxias remotas.

"Esta é o primeiro estudo em múltiplos comprimentos de onda, que vai do ultravioleta ao rádio, de galáxias distantes que existiram entre mil milhões de 1,5 mil milhões de anos após o Big Bang," diz Andreas Faisst, cientista do IPAC, um centro de astronomia do Caltech e investigador principal do programa ALPINE, que inclui cientistas de todo o mundo.

Uma das principais funções do ALPINE é usar o ALMA para observar a assinatura de um ião conhecido como C+, que é uma forma de carbono com carga positiva. Quando a radiação ultravioleta das estrelas recém-nascidas atinge nuvens de poeira, cria átomos de C+. Ao medir a assinatura deste átomo, ou "linha de emissão", nas galáxias, os astrónomos podem ver como giram; dado que o gás contém C+ nas galáxias que giram na nossa direção, a sua assinatura de luz muda para comprimentos de onda mais azuis e, à medida que gira para longe de nós, a sua luz desvia-se para comprimentos de onda mais vermelhos. Isto é parecido ao som da sirene de um carro da polícia que se aproxima de nós e depois quando se afasta.

 
Usando o ALMA, os cientistas podem medir a rotação de galáxias no Universo primitivo com uma precisão de várias dezenas de quilómetros por segundo. Isto é possível observando a luz emitida por carbono ionizado nas galáxias, também conhecido como C+. A emissão de C+ das nuvens de poeira que giram na nossa direção é desviada para o azul, comprimentos de onda mais curtos, enquanto as nuvens que giram para longe de nós, emitem luz que é desviada para comprimentos de onda mais longos e avermelhados. Medindo os desvios da luz, os astrónomos podem determinar a velocidade de rotação das galáxias.
Crédito: Andreas Faisst (colaboração ALPINE)
 

A equipa do ALPINE obteve medições de C+ em 118 galáxias remotas para criar um catálogo não apenas das suas velocidades de rotação, mas também de outras características, como a densidade do gás e o número de estrelas formadas.

O levantamento revelou galáxias giratórias e destroçadas que estavam no processo de fusão, além de galáxias aparentemente perfeitamente suaves em forma de espiral. Cerca de 15% das galáxias observadas tinham uma rotação macia e ordenada, o que é esperado para as galáxias espirais. No entanto, realçam os autores, as galáxias podem não ser espirais, mas discos giratórios com aglomerados de material. Observações futuras com a próxima geração de telescópios espaciais vão identificar a estrutura detalhada destas galáxias.

"Estamos a encontrar galáxias giratórias bem ordenadas neste estágio muito precoce e bastante turbulento do nosso Universo," diz Faisst. "Isto significa que devem ter-se formado por um processo de recolha de gás e ainda não colidiram com outras galáxias, como muitas galáxias já o fizeram."

Ao combinar os dados do ALMA com as medições de outros telescópios, incluindo o Spitzer, agora aposentado, que ajudou especificamente a medir as massas das galáxias, os cientistas estão mais aptos a estudar como estas galáxias jovens evoluem ao longo do tempo.

"Como é que as galáxias crescem tão depressa? Quais são os processos internos que permitem com que cresçam tão rapidamente? Estas são perguntas que o ALPINE está a ajudar a responder," diz Faisst. "E com o lançamento do Telescópio Espacial James Webb da NASA, vamos poder fazer observações de acompanhamento destas galáxias para aprender ainda mais."

 
O objeto na imagem é DC-818760, que consiste de três galáxias provavelmente em rota de colisão. Como todas as galáxias no levantamento ALPINE, foi observada por diferentes telescópios. Esta abordagem em vários comprimentos de onda permite com que os astrónomos estudem em detalhe a estrutura destas galáxias. O Telescópio Espacial hubble (azul) revela regiões de formação estelar ativa não obscurecida pela poeira; o agora aposentado Telescópio Espacial Spitzer da NASA (verde) mostra a localização de estrelas mais velhas usadas para medir a massa estelar das galáxias; e o ALMA (vermelho) traça gás e poeira, permitindo que a quantidade de formação estelar escondida pela poeira seja medida. A imagem no topo combina luz de todos os três telescópios. O mapa de velocidade em baixo mostra gás nas galáxias em rotação que se aproxima de nós (azul) e se afasta de nós (vermelho).
Crédito: Gareth Jones e Andreas Faisst (colaboração ALPINE); ALMA(ESO/NAOJ/NRAO); NASA/STScI; JPL-Caltech/IPAC (R. Hurt)
 

// Caltech (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

Notícias relacionadas:
Space Daily
PHYSORG
SpaceRef

Formação estelar:
Wikipedia

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

 
   
Também em destaque
  Investigadores usam dados de "Júpiteres quentes" para "minerar" química exoplanetária (via Universidade de Cornell)
Depois de avistarem um padrão curioso em artigos científicos - que descrevem como os exoplanetas parecem mais frios do que o esperado - astrónomos melhoraram um modelo matemático a fim de medir com precisão as temperaturas de planetas noutros sistemas solares a centenas de anos-luz de distância. Ler fonte
     
  Cientistas lideram estudo dos "mundos de água" da Via Láctea (via Universidade Estatal do Arizona)
Observações astrofísicas mostraram que exoplanetas ricos em água, parecidos a Neptuno, são comuns na nossa Galáxia. Pensa-se que estes "mundos de água" estejam cobertos por uma camada espessa de água, a centenas de quilómetros de profundidade, por cima de um manto rochoso. Embora os exoplanetas ricos em água sejam comuns, a sua composição é muito diferente da da Terra, de modo que existem muitas incógnitas em termos da estrutura, composição e ciclos geoquímicos destes planetas. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - O Recife Cósmico pelo Hubble
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESASTScI
 
Estas cristas brilhantes de gás e poeira interestelar são banhadas por luz estelar energética. Com o seu mar de estrelas jovens, a massiva região de formação estelar NGC 2014 foi apelidada de Recife Cósmico. À deriva na "linha costeira", a mais pequena NGC 2020 é uma estrutura expansiva em tons de azul que surge de uma única estrela central Wolf-Rayet, 200.000 vezes mais brilhante do que o Sol. A paisagem cósmica abrange cerca de 600 anos-luz dentro da Grande Nuvem de Magalhães, a mais ou menos 160.000 anos-luz de distância, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. Um magnífico retrato capturado pelo Telescópio Espacial Hubble, esta imagem foi divulgada a semana passada como parte da celebração que assinala o trigésimo ano do Hubble a explorar o Universo a partir de órbita da Terra.
 
   
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