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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 206
21 de Fevereiro de 2006
arrow MARS EXPRESS ESTUDA AURORAS EM MARTE thingy

A sonda europeia Mars Express descobriu mais provas da existência de auroras no lado nocturno de Marte, especialmente sobre áreas da superfície onde foram detectadas variações nas propriedades magnéticas da crosta.


Impressão de artista de como as auroras "verdes" poderão parecer a um observador orbitando o lado nocturno de Marte.
Crédito: M. Holmström (IRF)
(clique na imagem para ver versão maior)

Observações pelo instrumento ASPERA a bordo da sonda da ESA mostraram estruturas (características em V-invertido) de electrões e iões acelerados acima do lado nocturno de Marte, que são quase idênticas àquelas que ocorrem nas auroras da Terra.

As auroras são verdadeiros espectáculos da Natureza, regularmente observados a grandes latitudes na Terra. No nosso planeta, bem como nos gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, ocorrem na base das linhas do campo magnético planetário perto dos pólos, e são produzidos por partículas carregadas - electrões, protões ou iões - que se precipitam ao longo destas linhas.

"As auroras são criadas quandos as partículas energéticas carregadas colidem com a atmosfera superior," diz Rickard Lundin, investigador principal do ASPERA, do Instituto Sueco de Física Espacial (IRF), em Kiruna, Suécia.

"Quando são desaceleradas, a energia é libertada sobre a forma de emissões de luz - as auroras. Durante fortes auroras, as partículas em precipitação são aceleradas e ganham energia, o que gera uma luz mais intensa," disse Lundin.


Uma aurora vista da Terra.
Crédito: ESA

Os cientistas descobriram que o fluxo de energia das partículas em precipitação é grande o suficiente para levar a auroras comparáveis àquelas de fraca ou média intensidade da Terra.

"Marte não possui um forte campo magnético ou dipólo instrísenco, e por isso não temos tido razão para acreditar que as auroras pudessem aí ocorrer," disse Lundin.

Há uns anos atrás foi sugerido que os fenómenos aurorais poderiam também existir em Marte. Esta hipótese foi reforçada pela descoberta da Mars Global Surveyor de "anomalias magnéticas crustais", muito provavelmente os restos de um antigo campo magnético planetário.

Esta descoberta despoletou a especulação de que as auroras também poderiam ocorrer em Marte. Em 2004, o instrumento SPICAM a bordo da Mars Express observou emissões de luz durante uma investigação acerca de anomalias magnéticas - emissões que poderiam ser devidas a partículas energéticas em precipitação.

Os cientistas do ASPERA descobriram agora que as estruturas das partículas aceleradas são de facto associadas com as "anomalias magnéticas crustais" em Marte, mas que a forte aceleração ocorre principalmente numa região perto da meia-noite local.

As emissões precisas de luz que ocorrem ainda têm que ser estudadas, dado que a composição da atmosfera superior no lado nocturno não é ainda bem conhecida. Com base nos modelos atmosféricos, os cientistas especulam que as clássicas linhas de emissão "verdes" do oxigénio poderão estar presentes.

"Mas, dado que vemos Marte sempre iluminado, as auroras no lado nocturno de Marte não podem ser observadas a partir da Terra," acrescentou Lundin.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (press release)
Universe Today

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Mars Express:
ESA
Wikipedia

Auroras:
Wikipedia

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
M51: A Galáxia Cata-vento - Crédito: N. Scoville (Caltech), T. Rector (U. Alaska, NOAO) et al., Hubble Heritage Team, NASA
A Galáxia Cata-vento é uma galáxia espiral clássica. A apenas 30 milhões de anos-luz de distância e com um diâmetro de 60 mil anos-luz, M51, também conhecida como NGC 5194, é uma das mais brilhantes e bonitas galáxias do céu. A imagem do lado é uma combinação digital de uma imagem terrestre do telescópio de 0.9 metros do Observatório Nacional de Kitt Peak e de uma imagem tirada pelo Telescópio Espacial Hubble, realçando as características normalmente demasiado vermelhas para serem observadas. Qualquer pessoa com um bom par de binóculos, no entanto, pode ver a galáxia na direcção da constelação de Cães de Caça. M51 é uma galáxia espiral do tipo Sc e é o membro dominante de um grupo de galáxias. Os astrónomos especulam que a estrutura espiral de M51 é principalmente devida à sua interacção gravitacional com uma galáxia vizinha mais pequena mesmo para o topo desta imagem digital.
Ver imagem em alta-resolução
     
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  ESPAÇO ABERTO  
 

Observação astronómica, dia 11 de Março de 2006, na açoteia do CCVAlg, às 21:30. Acesso pelo portão do jardim. Entrada gratuita.
Observação dependente das condições atmosféricas e das obras no Centro Ciência Viva.

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 21/02: 52º dia do  calendário gregoriano.
História: 
Em 1901 é observada a primeira brilhante nova do século XX. É também a primeira a ser estudada espectralmente e fotometricamente, atingindo uma magnitude de 0.2 a 23 de Fevereiro. O astrónomo amador T. D. Anderson foi o seu primeiro observador. Durante o declínio do brilho, mais ou menos 100 dias, este flutuou com um período de 4 dias e uma amplitude de magnitude e meia.
Observações: Lua em Quarto-Minguante exactamente às 07:17.

Dia 22/02: 53º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1995, o asteróide 1995CR passa a 7.2 milhões de quilómetros da Terra.

Dia 23/02: 54º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1950, descoberta do asteróide (29075) 1950 DA. Foi observado durante 17 dias e depois diminuiu de brilho até não poder ser visto durante meio século. No fim do ano 2000 (31 de Dezembro), um objecto foi reconhecido como sendo o há muito perdido 1950 DA. Observações do objecto descrevem a rocha como tendo 1.1 km de diâmetro e uma rotação de 2.1 horas, a rocha com o período de rotação mais rápido já encontrada no nosso Sistema Solar.
Em 1987, supernova na Grande Nuvem de Magalhães visível a olho nu, resultado de uma explosão da supergigante azul Sanduleak 69. Conhecida como SN1987A, foi a primeira supernova "próxima" dos últimos três séculos.
Em 1999, conjunção de Júpiter com Vénus. As conjunções não são eventos raros. Mas as conjunções planetárias são raramente tão próximas e Vénus e Júpiter são os objectos mais brilhantes do céu, a seguir ao Sol e à Lua.
Observações: Aproveite o início da manhã, para, por volta das 06:00, observar já algumas constelações de Verão. A Sul e Sudeste temos Balança, Escorpião e Sagitário. Júpiter encontra-se na primeira, e a Lua e Vénus na última.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
O primeiro homem no espaço foi o cosmonauta Yuri Gagarin, a 12 de Abril de 1961, 25 dias antes do americano Alan Shepard.
 
 
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