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NOTÍCIAS ASTRONÓMICAS - N.º 210
7 de Março de 2006
arrow A NOVA MANCHA VERMELHA DE JÚPITER thingy

Astrónomos amadores, agarrem nos vossos telescópios. Em Júpiter está nascendo uma nova mancha vermelha.

Christopher Go das Filipinas fotografou Júpiter a 27 de Fevereiro usando um telescópio de 11 polegadas e uma câmara CCD:


Manchas vermelhas em Júpiter, fotografadas a 27 de Fevereiro de 2006.
Crédito: Christopher Go
(clique na imagem para ver versão maior)

O nome oficial desta tempestade é "Oval BA", mas "Vermelha Júnior" soa melhor. Tem cerca de metade do tamanho da famosa Grande Mancha Vermelha e é quase da mesma cor.

Oval BA apareceu primeiro no ano 2000 quando três manchas mais pequenas colidiram e se fundiram. Usando o Hubble e outros telescópios, os astrónomos observaram com grande interesse. Uma fusão similar há séculos atrás pode ter criado a Grande Mancha Vermelha original, uma tempestade com o dobro do tamanho da Terra e com pelo menos 300 anos.

Ao início, Oval BA permaneceu branca - a mesma cor que as tempestades combinadas que a criaram. Mas em meses recentes, as coisas começaram a mudar:

"A mancha era branca em Novembro de 2005, lentamente tornou-se castanha em Dezembro, e vermelha há poucas semanas atrás," anuncia Go. "Agora tem a mesma cor que a Grande Manch Vermelha!"

"Uau!" diz o Dr. Glenn Orton, um astrónomo do JPL que é especialista no estudo de tempestades em Júpiter e outros gigantes gasosos. "Esta é uma prova convincente. Temos estudado Júpiter durante anos para ver se Oval BA mudaria para vermelho - e finalmente parece estar a acontecer."

Curiosamente, ninguém sabe precisamente o porquê da própria Grande Mancha ser vermelha. Uma ideia favorita é a de que a tempestade recolhe material das profundezas de Júpiter e fá-lo subir até grandes altitudes onde a radiação solar ultravioleta - através de uma reacção química desconhecida - produz a famosa cor de tijolo.

"A Grande Mancha Vermelha é a mais poderosa tempestade em Júpiter, e em todo o Sistema Solar", diz Orton. O topo da tempestade alcança uma altitude de 8 km acima das nuvens em redor. "É preciso uma poderosa tempestade para fazer subir material tão alto," acrescenta.


Imagens do Hubble contam o nascimento de Oval BA entre 1997 e 2000.
Crédito: NASA

Oval BA pode ter ganho força suficiente para fazer o mesmo. Tal como a Grande Mancha Vermelha, Vermelha Júnior pode estar a trazer material acima das nuvens onde os raios ultravioletas do Sol transformam os "cromóforos" (compostos que mudam de cor) para vermelho. Assim, o vermelho escuro é um sinal que a tempestade está a ganhar intensidade.

"Algumas das ovais brancas de Júpiter já apareceram ligeiramente avermelhadas antes, por exemplo no fim de 1999, mas não regularmente nem por muito tempo," diz o Dr. John Rogers, autor do livro "Júpiter: O Planeta Gigante," que reconta observações telescópicas de Júpiter durante os últimos 100 anos. "Será bem interessante estudar Oval BA, para ver se fica permanentemente vermelha."

Se tiver um telescópio, pode até tentar observá-la no céu. Por volta das 5 da manhã é uma boa altura. Olhe para Sul e bem alto. Júpiter é o ponto mais brilhante. Os telescópios pequenos conseguem discernir as bandas horizontais do planeta e as suas 4 maiores luas. Telescópios com 10 polegadas ou mais e com CCD's são facilmente capazes de seguir a Vermelha Júnior.

Links:

Júpiter:
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
Wikipedia

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No ano em que é lançado o livro branco da astronomia e astrofísica, é importante fazer uma reflexão ao estado actual da astronomia e astrofísica em aspectos onde a Comunicação e a Educação se conjugam.
Esta conferência pretende reunir os diversos agentes envolvidos e contribuir para uma reflexão sobre este tema, apontando caminhos para um incremento da Comunicação e Educação nestes domínios, quer para o público em geral, quer para o público escolar.
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Para saber mais consulte a página oficial

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arrow ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS thingy
     
Foto  
Vénus e o Cometa Pojmanski - Crédito: Tunc Tezel
Brilhando a Este ao amanhecer, Vénus domina o céu nesta imagem de uma paisagem suburbana de Bursa, Turquia. Uma cena familiar para o astrónomo Tunc Tezel, não fosse a visita que registou a 2 de Março: o Cometa Pojmanski. Catalogado como C/2006 A1, o cometa foi descoberto a 2 de Janeiro por Grzegorz Pojmanski do Observatório Astronómico da Universidade de Varsóvia, Polónia. Na altura muito ténue e visível apenas no hemisfério Sul, o cometa moveu-se agora para Norte e aumentou o seu brilho o suficiente para ser observado pelos observadores madrugadores de binóculos. A cauda do cometa também cresceu alguns graus. A sua maior aproximação à Terra foi no passado dia 5, pouco mais que 100 milhões de quilómetros. Para os observadores no hemisfério Norte, a melhor altura para o observar antes do nascer-do-Sol será durante estes dias.
Ver imagem em alta-resolução
     
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  ESPAÇO ABERTO  
 

A próxima observação da iniciativa "Espaço Aberto 2005/2006" estava planeada para o dia 11 de Março. Infelizmente, devido às obras de renovação do espaço do Centro Ciência Viva do Algarve, esta observação não se poderá realizar, ficando a data sem efeito. A próxima observação planeada será então no dia 22 de Abril  de 2006 (por confirmar).

 
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 07/03: 66º dia do  calendário gregoriano.
História: 
Em 1837 nascia Henry Draper, o primeiro a fotografar o espectro estelar. Um importante catálogo de espectros estelares tem o seu nome.
Observações: Por volta das 21:00, a estrela de Primavera, Arcturo, brilha bem baixo a Este-Nordeste. À medida que a noite avança, procure Espiga a nascer à distância de três punhos para a sua direita.

Dia 08/03: 67º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1977 os anéis de Urano eram descobertos durante observações aéreas de ocultações da NASA.
Em 1999, a primeira fase da missão de mapeamento de Marte pela sonda Mars Global Surveyor começa.
Em 2002, o asteróide 2002 EM7, com um tamanho entre 300 e 400 metros, passa a 450,000 quilómetros da Terra. Observadores só o descobriram quatro dias depois, a 12 de Março.

Dia 09/03: 68º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1564 nascia David Fabricius, descobridor da primeira estrela variável (Mira, ou Omicron Ceti).
Em 1974, voo rasante da sonda soviética Mars 7 por Marte.
Observações: A Crescente Lua encontra-se entre Saturno e Pollux e Castor esta noite.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
Número de planetas extra-solares descobertos até agora: 181.
 
 
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