COMETA SWAN TORNOU-SE SUBITAMENTE VISÍVEL
O cometa SWAN, que apenas tinha sido um modesto cometa visível com binóculos, tornou-se esta semana visível a olho nu.
O cometa Swan fotografado a 25 de Outubro
quando teria uma magnitude de cerca de 4,6.
Crédito: Paolo Candy
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Trata-se de um cometa relativamente fácil de ver à vista desarmada, com a cauda a apresentar alguma diferenciação. Durante a noite da última quinta-feira e até à noite de ontem o cometa pareceu perder já algum do seu brilho, pelo que não é claro o que os astrónomos deverão esperar do cometa.
Este cometa, também catalogado como C/2006 M4, encontra-se neste momento já relativamente alto no céu, na direcção das constelações de Hércules e da Coroa Boreal.
Posição do cometa SWAN no céu no final de Outubro e início de Novembro.
Crédito: SPACE.com
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Os cometas são restos gelados da formação do Sistema Solar. A maioria orbita o Sol em órbitas que passam para além de Neptuno, mas alguns fazem aproximações ao Sol relativamente frequentes. Sempre que um cometa se aproxima do Sol, a radiação solar provoca a sublimação do material gelado da superfície do planeta. A reflexão da luz solar por este material libertado da superfície é o que provoca o brilho do cometa. O cometa brilha mais intensamente nas proximidades do material gelado formando-se uma região em torno dele que se chama a cabeleira (coma) que se espraia para trás numa cauda ou duas. A visualização da cauda no caso do cometa SWAN só pode ser feita com binóculos ou com o auxílio de um pequeno telescópio.
Como acontece com a maior parte dos cometas, este parece-se como uma estrela desfocada. No entanto, de acordo com a SPACE.com, que parafraseia opinião de astrónomos, a coloração esverdeada que possui indica uma grande quantidade de gás cianogénico e carbono diatómico.
O cometa Swan a 11 de Outubro.
Crédito: Richard Miles
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Sam Storch, um astrónomo amador de Nova Iorque, disse que o cometa parece "muito mais verde do que alguma vez viu em qualquer objecto celeste, até mesmo em nebulosas planetárias."
A cerca das suas observações utilizando ampliações superiores os astrónomos italianos F. Montanucci, G. Sostero e E. Guido escreveram, "A cabeleira interior deste cometa revela alterações notáveis. A visibilidade de vários jactos fortaleceu-se com (uma estrutura característica aponta para SE). A condensação central é bastante estranha, com a forma de um amendoim. Várias emissões apontam para a cauda iónica."
O cometa SWAN foi descoberto o ano passado e o nome que lhe foi atribuído está relacionado com o instrumento que o descobriu a câmara Solar Wind ANisotropies que se encontra a bordo da sonda SOHO.
O cometa SWAN fez ontem a sua maior aproximação à Terra. Ninguém sabe ao certo por quanto tempo mais brilhará animando as noites dos astrónomos.
Links:
Fotos e Curva de Brilho Esperada:
Seiichi Hoshida
Outras imagens e dados do cometa
Gary W. Kronks Cometography
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Sky & Telescope
SPACE.com
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