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BOLETIM ASTRONÓMICO - EDIÇÃO N.º 448
De 10/09 a 12/09/2008
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  PEQUENOS ANIMAIS SÃO OS PRIMEIROS A SOBREVIVER NO ESPAÇO
   

Uma experiência levada a cabo pela Agência Espacial Europeia mostrou que pequenos invertebrados com a alcunha de 'ursos de água' podem sobreviver no vácuo do espaço. Que se saiba, são os primeiros animais capazes de sobreviver a dura combinação de baixas pressões e intensas radiações do espaço.

Com o nome mais técnico de Tardígrados, são famosos na Terra pela sua indestrutibilidade virtual. Estes animais podem sobreviver intensas pressões, grandes doses de radiação e anos de seca.


Os tardígrados são pequenos animais com 8 patas que vivem na água. Os maiores adultos podem alcançar um comprimento de 1,5mm, e o mais pequenos menos de 0,1mm. São incrivelmente robustos, podendo sobreviver nos ambientes mais hostis.
Crédito: Bob Goldstein

Para testar ainda mais a sua robustez, Ingemar Jönsson da Universidade Kristianstad na Suécia e seus colegas lançaram duas espécies de tardígrados do Cazaquistão em Setembro de 2007 a bordo da missão FOTON-M3 da ESA, que transportava uma variedade de experiências científicas.

Após 10 dias de exposição ao espaço, o satélite regressou à Terra. Os tardígrados foram recolhidos e rehidratados para testar como reagiram às condições do espaço, bem como à radiação ultravioleta do Sol e das partículas carregadas do espaço chamadas raios cósmicos.

O próprio vácuo pareceu ter pouco efeito nas criaturas. Mas a radiação ultravioleta, que pode danificar o material celular e o DNA, fez estragos.

Numa das duas espécies testadas, 68% dos espécimes que foram protegidos da radiação mais energética do Sol foram reanimados 30 minutos após a rehidratação. Muitos destes tardígrados posteriormente puseram ovos que nasceram com sucesso.

Mas apenas um punhado destes animais sobreviveram à exposição completa da radiação ultravioleta do Sol, que é 1000 vezes mais forte no espaço do que na superfície da Terra.

Antes desta experiência, apenas se sabia que os líquenes e bactérias conseguiam sobreviver à exposição da combinação entre o vácuo e a radiação espacial.

"Nenhum animal tinha sobrevivido ao espaço até agora," disse o biólogo Bob Goldstein da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, que não fez parte do estudo. "A descoberta que estes animais sobreviveram à rehidratação após 10 dias no espaço - e que também produziram embriões viáveis - é realmente incrível."

Esta capacidade de sobreviver em condições extremas "pode ser importante quando consideramos a habitabilidade de outros corpos no nosso e em outros sistemas solares," diz o astrobiólogo Gerda Horneck do Centro Aeroespacial Alemão. Mas os resultados pouco dizem sobre como os animais se possam desenvolver e reproduzir em ambientes hostis, diz Horneck.

Os autores não sabem com certeza o que faz com que estes animais sejam tão resistentes aos efeitos da radiação ultravioleta. Especulam que a sua robustez possa derivar das mesmas adaptações que permitem com que os tardígrados consigam reanimar-se após períodos de seca.

O artigo científico foi publicado na edição de 8 de Setembro da revista Current Biology.

Links:

Notícias relacionadas:
Current Biology (requer subscrição)
New Scientist
SPACE.com
Scientific American
Science Daily
Wired Science
MSNBC

Tardígrados:
Wikipedia
Blog da experiência TARDIS a bordo da FOTON-M3
Universidade Chapel Hill

 
  ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS
       
  Foto  
M110: Satélite da Galáxia de Andrómeda - Crédito: Jean-Charles Cuillandre (CFHT) & Giovanni Anselmi (Coelum Astronomia), Hawaiian Starlight
A nossa Via Láctea não está sozinha. Faz parte de um conjunto de aproximadamente 25 galáxias conhecidas como Grupo Local. Inclui outros membros como a Grande Galáxia de Andrómeda (M31), M32, M33, a Grande Nuvem de Magalhães, a Pequena Nuvem de Magalhães, Dwingeloo 1, outras pequenas galáxias irregulares, e muitas galáxias anãs, tanto elípticas como esferoidais. Na imagem do lado, para baixo e para a direita, está uma das anãs elípticas: NGC 205. Tal como M32, NGC 205 é uma companheira da maior M31, e pode por vezes ser observada para Sul do centro de M31 em fotografias. A imagem mostra que NGC 205 é invulgar para uma galáxia elíptica, pois contém pelo menos duas nuvens de poeira (às 9 e 2 horas - são visíveis mas difíceis de discernir) e sinais de formação estelar recente. Esta galáxia é por vezes conhecida como M110, embora na realidade não faça parte do catálogo de Messier original.
Ver imagem em alta-resolução
 
 
 
 
 
EFEMÉRIDES:

Dia 10/09: 254.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1985, a sonda ICE (International Cometary Explorer) fez o primeiro voo rasante de um cometa, o cometa Giacobini-Zinner.

Observações: Maior elongação Este de Mercúrio, pelas 19:46.

Dia 11/09: 255.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Vénus passa a cerca de 1/3º Norte (para cima e para a direita) do pequeno Marte após o pôr-do-Sol. Cabem facilmente no campo de visão de um telescópio com 50x de ampliação, embora estejam muito próximos do horizonte.

Dia 12/09: 256.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959, a sonda soviética Luna 2 torna-se no primeiro objecto feito pelo Homem a atingir a Lua.

Observações: A zona da cruz do Cisne é uma das mais ricas da Via Láctea. Faça uma viagem binocular ou telescópica para descobrir algumas das suas melhores jóias.

 
 
CURIOSIDADES:

Agora, com a ajuda de um "plug-in", o Google Earth pode mostrar 13.000 satélites em órbita da Terra. Link para o "plug-in" (requer instalação prévia do Google Earth).
 
 
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