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BOLETIM ASTRONÓMICO - EDIÇÃO N.º 483
De 10/01 a 11/01/2009
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Como modo de comemorar o Ano Internacional da Astronomia 2009, o Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve passará a enviar não dois, mas três boletins semanais, às Segundas, Quartas e Sextas. O boletim também contará com uma nova secção, intitulada "Astro-curtas". Aqui, estarão breves resumos de outras notícias astronómicas, com o respectivo link que direcciona para a fonte original da notícia (em inglês).
Obrigado porcontinuar a receber o nosso boletim!
 
  IMPORTANTES EVENTOS CELESTES EM 2009
   

Aqui ficam alguns dos mais interessantes eventos celestes que terão lugar este ano. Os eventos que se possam observar de Portugal poderão ter uma maior cobertura por parte do website do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve, à medida que se aproximem.

22-26 de Fevereiro - Trio de planetas. Quem acorde cedo terá a hipótese de ver uma conjunção de Júpiter (magnitude -2,0), Mercúrio (-0,1) e Marte (+1,2), dentro de um círculo com 5 graus. Talvez uma meia-hora antes do nascer-do-Sol poderá observar Júpiter e Mercúrio situados mesmo perto do horizonte a Este-Sudeste. Marte, no entanto, será provavelmente muito mais complicado de observar contra o brilho do amanhecer a não ser que utilize binóculos. O círculo imaginário que contém os três planetas é mais pequeno (3,7º de diâmetro) a 24 de Fevereiro. Nas manhãs de 22 e 23 de Fevereiro, uma finíssima Lua irá interagir com estes três planetas de um modo muito interessante.


Conjunção de Mercúrio, Marte e Júpiter.
Crédito: Miguel Montes, Stellarium

25 de Março - Vénus tanto é a Estrela da Manhã como a Estrela da Tarde (dificilmente observável de Portugal). Vénus atravessa um ciclo de 8 anos, o que significa que o seu comportamento será extremamente parecido ao de 2001, 1993, 1985 e aí por diante. E uma vez por ciclo nós cá no Hemisfério Norte temos uma breve janela de oportunidade para observar Vénus tanto ao nascer como ao pôr-do-Sol do mesmo dia. Isto acontecerá durante alguns dias, centrados a 25 de Março.

22 de Abril - Ocultação do planeta Vénus (não observável de Portugal). A costa Oeste dos EUA poderá observar uma fina Lua (iluminada a 8%) passar em frente de Vénus antes do nascer-do-Sol. Mais para Este, incluindo Portugal, este evento ocorre já durante o dia.

7 de Junho - Ocultação da estrela Antares e de M4. Esta noite, por volta da 1 da manhã, a Lua quase Cheia oculta o enxame globular M4 em Escorpião. Infelizmente, a ocultação de Antares pela Lua dá-se após ambos terem passado para baixo do horizonte.

22 de Julho - "Eclipse do Século" (não observável de Portugal). O eclipse solar total mais longo do século XXI terá lugar hoje, à medida que a sombra escura da Lua toca no Mar Arábico e depois segue para Nordeste ao longo do centro e partes Este da Índia, porções Sudeste do Nepal, a maioria do Butão, Norte do Bangladesh, Sul e Norte do Tibete. A umbra então cortará pelo meio da China, por cima do Este do Mar da China e na direcção das Ilhas Ryukyu (ou Nansei). O melhor local para observar o eclipse será cerca de 325 km Este-Sudeste de Iwo Jima. Para alguns, este será o melhor eclipse do século XXI, pois é o eclipse com maior duração entre 1991 e 2132.

De 10 de Agosto e 4 de Setembro - Saturno sem anéis (não observável de Portugal). Em contraste com 2003, quando o sistema de anéis de Saturno estava inclinado para a Terra no seu máximo de quase 27 graus, os anéis estarão orientados mais ou menos "de lado" para a Terra. Isto é devido à posição relativa de Saturno, da Terra e do Sol. O rápido movimento da Terra na sua órbita muda o nosso ângulo de visão desde uma posição de observação da face Sul dos anéis até à face Norte e durante um intervalo de mais de 3 semanas, os famosos anéis serão virtualmente impossíveis de observar (o máximo acontecerá no dia 4 de Setembro).


Saturno, sem anéis.
Crédito: Miguel Montes, Stellarium

2-3 de Setembro - Júpiter sem satélites (não observável de Portugal). Quem aponta um pequeno telescópio para o planeta Júpiter, vê quase sempre algumas ou todas as famosas luas de Galileu. Normalmente pelo menos dois ou três destes satélites são imediatamente evidentes; por vezes todos os quatro. É muito raro quando apenas uma lua é observável, e mais raro ainda quando não se vê nenhuma. Para o hemisfério Oeste, Júpiter aparecerá sem luas durante quase duas horas.

8 de Outubro - Conjunção de Mercúrio e Saturno. Quando nascerem a Este antes do Sol, Mercúrio estará a apenas a 0,2º de Saturno. Com magnitude -0,7, Mercúrio será quase cinco vezes mais brilhante que Saturno (magnitude +1,0). Na realidade, esta bonita conjunção entre Mercúrio e Saturno será apenas parte de um conjunção alternante que também incluirá Vénus (-3,9). E na manhã de 16 de Outubro, a Lua, muito fina, a menos de dois dias de atingir a sua fase Nova, desliza para o lado dos planetas.


Conjunção de 8 de Outubro.
Crédito: Miguel Montes, Stellarium

17 de Novembro - Chuva de meteoros Leónidas. Está previsto um breve espectáculo de até 500 meteoros por hora, com base nas previsões dos astrónomos do Caltech e da NASA. Espera-se que o máximo tenha lugar entre as 21:34 e as 21:44, hora Universal, o que favorece a Ásia.

13-14 de Dezembro - Chuva de meteoros Geminídeas. Um grande ano para estes fogos-de-artifício celestes pré-natalícios, com a Lua a apenas dois dias da sua fase Nova, e as previsões do número de estrelas cadentes atingirem as 120 por hora.

Links:

Stellarium:
Página oficial

 
 
 
EFEMÉRIDES:

Dia 10/01: 10.º dia do calendário gregoriano.
História: m 1969, lançamento da Venera 6 (USSR). Alcançou Vénus a 17 de Maio de 1969.

A pesquisa atmosférica enviou dados até 11 km da superfície, antes de ser despedaçada pela pressão de Vénus.
Observações: Sirius, a estrela mais brilhante de Cão Maior, agora sobe a Este-Sudeste ao começo da noite. Procure-a para baixo de Orionte.
Saturno está visível de madrugada, perto de Leão. Tente observá-lo com um telescópio.

Dia 11/01: 11.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1787, William Herschel descobre Oberon e Titânia, os maiores satélites de Urano.

Observações: Lua Cheia, pelas 3:28.

 
 
CURIOSIDADES:

Copérnico no seu leito de morte disse que a grande tristeza da sua vida foi nunca ver Mercúrio.
 
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS:

Foto

O Núcleo Galáctico no Infravermelho
Crédito: Hubble: NASA, ESA, & D. Q. Wang (U. Mass, Amherst); Spitzer: NASA, JPL, & S. Stolovy (SSC/Caltech)

O que é que está a acontecer no centro da nossa Via Láctea? Para tentar responder a esta questão, os telescópios espaciais Hubble e Spitzer combinaram esforços para estudar a região num detalhe sem precedentes no infravermelho. A radiação infravermelha é particularmente útil para estudar o centro da nossa Galáxia porque a luz visível é muito mais facilmente obscurecida pela poeira. A foto contém cerca de 2000 imagens tiradas o ano passado pela câmara NICMOS do Hubble. Cobre uma área de 300 por 115 anos-luz com tão alta-resolução que são discerníveis estruturas com apenas 20 vezes o tamanho do nosso Sistema Solar. São visíveis nuvens de gás brilhante e poeira escura, bem como três grandes enxames estelares. Os campos magnéticos podem estar a alimentar plasma ao longo do canto superior esquerdo perto do Enxame dos Arcos, enquanto ventos estelares energéticos esculpem pilares perto do Enxame Quintuplo, no canto inferior direito. O gigantesco Enxame Central de estrelas que rodeia Saggitarius A* encontra-se para baixo e para a direita. O porquê de várias estrelas centrais, massivas e brilhantes parecem não estar associadas com estes enxames não é ainda compreendido.
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Compilado por: Miguel Montes e Alexandre Costa
 
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