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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 513
De 20/03 a 22/03/2009
 
 
 

Dia 20/03: 79.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1964 era criada a ESRO (European Space Research Organization) percursora da ESA (Agência Espacial Europeia).
Observações: Equinócio da Primavera, às 11:44. Marca o início da Primavera no Hemisfério Norte (Outono no Sul). É quando o Sol atravessa o equador dirigindo-se para Norte durante o ano. O Sol nasce e põe-se quase a Este e a Oeste, e o dia e a noite têm praticamente a mesma duração.

Dia 21/03: 80.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1901 é observada a primeira brilhante nova do século XX.

É também a primeira a ser estudada espectralmente e fotometricamente, atingindo uma magnitude de 0.2 a 23 de Fevereiro. O astrónomo amador T. D. Anderson foi o seu primeiro observador. Durante o declínio do brilho, mais ou menos 100 dias, este flutuou com um período de 4 dias e uma amplitude de magnitude e meia.
Em 1916, era publicada a Teoria da Relatividade Geral na sequência das lectures apresentadas à Academia Prussiana de Ciências a 25 de Novembro de 1915.
Observações: Com o começo da Primavera, a constelação de Inverno, Orionte, encontra-se inclinada a Sudoeste no seu percurso final da estação. Aproveite a noite para ir ter connosco ao Centro Ciência Viva do Algarve, e observar o céu!

Dia 22/03: 81.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1799 nascia F.W.A. Argelander, compilador de catálogos estelares que estudou as estrelas variáveis e criou a primeira organização astronómica internacional.
Em 1995, o cosmonauta Valeryiv Polyakov regressa à Terra depois de quebrar o recorde do maior tempo passado na estação espacial Mir: 438 dias.
Em 1997, o Cometa Hale-Bopp tem a sua maior aproximação da Terra.
Observações: Esta noite procure M45 (Plêiades). Quão cedo consegue avistar este enxame no cada vez mais profundo azul escuro do céu?

 
 
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AIA 2009
 
 
  PALESTRAS AO PÔR-DO-SOL  
 


O Centro Ciência Viva do Algarve, no âmbito do Ano internacional da Astronomia (AIA2009), vai realizar diversas actividades. Nestas inclui-se um Ciclo de palestras intitulado “Palestras ao Pôr-do-sol”. A primeira palestra "Telescópios" por Guilherme de Almeida realiza-se no dia 21 de Março pelas 18:40h no Centro Ciência Viva do Algarve.

 
     
 
 
  NASA PODERÁ ENVIAR FROTA DE SONDAS PARA VÉNUS  
 

De acordo com uma equipa da NASA, dois balões de alta-altitude construídos para pairar em nuvens de ácido sulfúrico poderão ser parte de uma frota futura de sondas a serem enviadas para Vénus.

A missão de múltiplos milhares de milhões de dólares - que está sendo considerada para lançamento daqui a 15 anos - poderá ajudar a revelar mais acerca do efeito de estufa de Vénus, quaisquer oceanos que já possa ter tido, e possíveis sinais de actividade vulcânica actual.

Poderá ser a próxima grande missão planetária, após a missão planeada para Júpiter e suas luas, com lançamento previsto para 2020.

A missão a Vénus poderá custar algures entre os 3 e os 4 mil milhões de dólares, e teria lançamento previsto para algures entre 2020 e 2025, segundo a NASA, que em 2008 ordenou a um grupo de cientistas e engenheiros que formulasse objectivos para a missão.

O estudo da equipa, que será anunciado em Abril, traça um plano geral de estudo do planeta nublado, que tem mais em comum com a Terra do que qualquer outro em termos de distância do Sol, tamanho e massa, mas que evoluíu num mundo inóspito onde as temperaturas à superfície atingem os 450ºC e onde chove ácido sulfúrico.

O conceito da missão da equipa inclui uma sonda orbital, dois balões e dois "landers" com um curto tempo de vida, que seriam todos lançados para o espaço em dois foguetões Atlas V.

"O nosso conhecimento de Vénus é tão pequeno, que precisamos realmente desta armada," diz o cientista planetário Mark Bullock do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder, Colorado, EUA, um dos líderes da equipa.

Num todo, a sonda poderia ajudar a revelar o que aconteceu aos oceanos de Vénus. Os cientistas acreditam que água já poderá ter existido em grandes quantidades, o suficiente para cobrir a totalidade do planeta com uma camada de 100 metros de profundidade.

Mas o clima escaldante de Vénus eventualmente evaporou a maioria desta água, um processo que poderá também ter diminuído a velocidade, e eventualmente parado, a actividade tectónica no planeta.

Os dois "landers", que durariam apenas umas poucas horas sob o calor intenso, poderiam procurar provas de minerais formados pela água. Dado que os minerais hidratados têm um tempo de vida limitado, poderiam revelar quanto tempo duraram os oceanos em Vénus, uma questão que poderá ajudar a determinar se a vida pode ou não ter surgido no planeta.

Os dois balões da missão tranportariam, cada um, um conjunto completo de instrumentos científicos com o objectivo de estudar a atmosfera a uma altitude de 55 quilómetros.

Concepção de artista de um balão flutuando por cima da superfície de Vénus.
Crédito: NASA/JPL
 

Os últimos balões a estudar Vénus, enviados pela União Soviética, desceram para a atmosfera nublada do planeta em 1985. Pensa-se que cada tenha durado uns poucos dias. Mas os balões da NASA poderão ser desenhados para durar um mês, tempo suficiente para cada um circum-navegar o planeta sete vezes.

A missão poderá também revelar mais acerca da origem da actual atmosfera venusiana de dióxido de carbono, que produz enormes pressões superficiais, 90 vezes a da Terra.

É incerto se o planeta já perdeu grande parte da sua atmosfera num impacto cataclísmico, tal como a Terra aquando do impacto que formou a Lua, mais tarde reabastecida graças à actividade vulcânica, ou se permaneceu com a sua atmosfera original.

Os balões e os "landers" poderão estudar esta teoria ao medir isótopos de xénon, um gás inerte relativamente pesado e que por isso permaneceria na atmosfera, impedindo quaisquer impactos violentos. Se os isótopos leves do gás forem relativamente abundantes, isto então poderia sugerir que o planeta manteve grande parte da sua atmosfera original.

Os balões também poderiam testar partículas que poderiam ser usadas para estudar os ventos super-rápidos de Vénus, os quais, por razões ainda desconhecidas, se movem em torno do planeta 60 vezes mais depressa que a sua velocidade de rotação.

A sonda orbital também poderia revelar se a actividade geológica ainda está presente no planeta, ao estudar protuberâncias na superfície que poderiam assinalar actividade vulcânica actual.

Esta actividade tem sido sugerida devido à presença de ácido sulfúrico na atmosfera, mas nunca foi observada. Vénus tem mais vulcões do que qualquer outro planeta no Sistema Solar, e quase 90% da sua superfície está coberta por fluxos de lava basáltica. A descoberta de actividade vulcânica em certos locais ajudaria a explicar o clima extremo do planeta.

Embora tal missão esteja pelo menos a uma década de distância, os trabalhos preliminares precisam de começar agora. "Por esta missão ser um desafio gigantesco, vamos recomendar que a NASA comece a investigar agora a tecnologia necessária," afirma Bullock.

No JPL (Jet Propulsion Laboratory) da NASA, alguma pesquisa está já em andamento, na esperança de eventualmente arranjar fundos para lançar uma missão de apenas um balão para Vénus, de nome VALOR.

Um protótipo do balão de Vénus, no JPL.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O balão é constituído de polímeros muito fortes e contém uma camada de alumínio para deflectir a maioria da radiação solar, que aqueceria o balão e poderia então rebentar. Uma camada de Teflon protege o balão do ácido sulfúrido presente na atmosfera de Vénus.

Ainda este ano, a equipa planeia fazer o primeiro teste do balão. Será usado um helicóptero para levar o protótipo, dobrado, até uma altitude de 2 a 3 km, onde será libertado e enchido com hélio, enquanto cai para a Terra agarrado a um pára-quedas.

Links:

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New Scientist

Vénus:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
     
 
 
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O Sol como uma anã branca (via Universe Today)
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  Cratera Endeavour aproxima-se - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Cornell  
  Foto  
     
 

A câmara panorâmica a bordo do rover Opportunity da NASA capturou um primeiro olhar do horizonte do limite elevado da grande cratera que tem sido o destino a longo-prazo do Opportunity há já seis meses. A Cratera Endeavour, com 22 quilómetros em diâmetro, está ainda a 12 quilómetros do Opportunity, e pelo menos a 30% ainda mais longe em rotas planeadas para evitar ameaças de perigo na planície. O rover já percorreu cerca de 3,2 quilómetros desde que saíu da Cratera Victória em Agosto passado, após aí ter passado dois anos. A Cratera Victória tem menos de 1/20 do tamanho da Endeavour. Do outro lado de Marte, o rover Spirit tem também um destino desafiador, continua a estudar uma região denominada "Home Plate".

 


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