Dia 06/04: 92.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1993, cientistas da NASA, usando o Explorador Ultravioleta Internacional (IUE), descobrem provas directas de que as estrelas supergigantes vermelhas terminam a sua existência em explosões massivas conhecidas como supernovas.

A 12 milhões de anos-luz de distância, na galáxia conhecida como M81, o Tipo II de supernova foi designado SN 1993J, a décima supernova do ano.
Observações: Uma Lua gibosa encontra-se a cerca de 6º para a direita e para baixo de Saturno. (ver esquema).

Dia 07/04: 93.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1991, era activado o Observatório de Raios-Gama Compton.
Em 2001, primeiro voo com êxito do Proton M.
Em 2001 era lançada a sonda Mars Odyssey.

A missão orbital tem como objectivo mapear os elementos marcianos e os minerais, procurar água e analisar o ambiente da radiação. Alcançou a órbita do Planeta Vermelho a 24 de Outubro de 2001, mas os seus instrumentos só foram ligados a 14 de Fevereiro de 2002.
Observações: Sirius, a estrela mais brilhante no céu nocturno, ainda brilha moderadamente alta no céu a Sul-Sudoeste após o anoitecer durante o começo de Abril. A que horas é que a consegue avistar?

Sendo parte do projecto estruturante do Ano Internacional da Astronomia 2009 chamado "100 horas de Astronomia", o ambicioso sub-projecto "Around the World in 80 Telescopes" é um evento único de webcast ao vivo durante 24 horas, que é feito dia e noite, e a partir de todo o mundo, por alguns dos mais avançados observatórios dentro e fora do planeta. Para proporcionar uma recordação de longa duração, desta incrível acção mundial, os observatórios, a nível mundial, estão a divulgar algumas imagens astronómicas maravilhosas nunca anteriormente vistas. Por exemplo, o ESO está a divulgar fotos fantásticas de duas galáxias, observadas com telescópios nos observatórios de La Silla e Paranal.

A primeira delas mostra a galáxia irregular NGC 55, um proeminente membro do grupo de galáxias de Escultor na constelação do mesmo nome do hemisfério Sul. A galáxia tem cerca de 70.000 anos-luz de diâmetro, ou seja, é um pouco menor do que a nossa própria Via Láctea. NGC 55 é efectivamente mais semelhante com uma galáxia vizinha da nossa , a Grande Nuvem Magalhães (LMC), embora a LMC seja vista de topo, enquanto a NGC 55 é visto de perfil.

Esta surpreendente imagem da NGC 55, obtida com o Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros em La Silla, contém uma onda de cor avermelhada de nebulosas criadas por estrelas massivas jovens e quentes. Algumas das maiores não são diferentes das observadas na LMC como, por exemplo, a Nebulosa da Tarântula. A qualidade da imagem é claramente demonstrada pelo notável número de galáxias de fundo vistas, bem como pelo enorme número de estrelas individuais que podem ser contadas dentro de NGC 55.

Ao analisar cerca de 20 nebulosas planetárias nesta imagem, uma equipa de astrónomos verificou que NGC 55 está localizada a cerca de 7,5 milhões de anos-luz de distância. Descobriram ainda que a galáxia pode estar gravitacionalmente ligada formando um par com a galáxia espiral NGC 300. As nebulosas planetárias são o passo final de estrelas como o Sol antes da sua retirada como anãs brancas.

Galáxia Irregular NGC 55 Crédito: ESO (clique na imagem para ver versão maior)

A segunda imagem mostra outra galáxia pertencente ao grupo de Escultor: NGC 7793. Esta galáxia tem uma estrutura espiral caótica, diferente da classe de galáxias espirais a que pertence a nossa Via Láctea . A imagem mostra como é difícil identificar os braços em espiral desta estrutura caótica, embora seja, em geral, possível adivinhar um ritmo rotativo. A NGC 7793 está localizada um pouco mais longe do que a NGC 55, a cerca de 12,5 milhões de anos-luz do Sol, e tem cerca de metade do tamanho da NGC 55.

Galáxia Espiral NGC 7793 Crédito: ESO (clique na imagem para ver versão maior)

A galáxia NGC 7793 foi observada com o instrumento FORS, ligado ao Very Large Telescope (VLT) no Observatório do ESO em Cerro Paranal.

Links:

Fonte:
Press release do ESO

100 Horas de Astronomia:
Página Principal (CAUP)

Ano Internacional da Astronomia:
AIA2009 (Portugal)
AIA 2009 (Página UNESCO/IAU)

Integrado nas "100 horas de Astronomia" do Ano Internacional da Astronomia 2009, decorreu de 2 a 4 de Abril o I Congresso Internacional de Astronomia dos Açores, um Congresso organizado por Beatriz Cachim e Márcia Oliveira, duas professoras da Escola Secundária Domingos Rebelo, que recebeu o apoio do Governo Regional dos Açores através de diversas Direcções Regionais, da Agência Nacional Ciência Viva, da Sociedade Portuguesa de Astronomia, do Ano Internacional da Astronomia 2009, entre outros. O congresso subordinado ao tema “O Universo nos Açores”, teve como temas principais: “Brincando com o Universo”, “Olha, está aí alguém?” e “O Universo nos Açores”.

Poster do Congresso. Crédito: Escola Secundária Domingos Rebelo

Durante os 3 dias em que decorreu o congresso foi possível assistir a uma grande variedade de acções, desde palestras a momentos culturais em que a astronomia surgiu associada à arte, nomeadamente à música e à pintura. Destacaram-se no programa os seguintes momentos de trabalho:

2 de Abril (5ª feira)
Concerto de abertura “Hino ao Cosmos” – Por Horácio Medeiros
Palestra “Arte e Ciência”, por Gilberto Silva e Sakari Ekko
Palestra “2009: Um Ano para celebrar a Astronomia”, Pedro Russo (Vídeo Conferência)
Palestra “A Astronomia como motivação de jovens e adultos para a ciência”, por Ana Noronha

3 de Abril (6ª feira)
Palestra “Curvatura Espaço – tempo”, por Nuno Sá
Palestra “O Big Bang e a Expansão do Universo”, por Paulo Crawford
Palestra “Formação de professores que se irá realizar no âmbito do Ano Internacional de Astronomia”, por Felisbela Martins
Palestra “Lo que hay explicar de Astronomia en el siglo 21”, por Rosa Ros
Palestra “Como estudar a superfície de Marte… em Portugal”, por José Saraiva
Palestra “SETI – Está aí alguém?”, por Rui Agostinho
Workshop “School for sky walkers”, por Veselka Radeva
Workshop “Simuladores del sol, la Luna y estrellas”, por Rosa Ros
Workshop “Changes in the sky - digitally”, por Sakari Ekko
Workshop “O espectro solar e manchas solares”, por Alexandre Costa

4 de Abril (Sábado)

Sessão de apresentação de posters
Sessão de apresentação de fotografias astronómicas, sessão com o(s) autor(s)
Palestra “Ano Internacional da Astronomia em Portugal: um evento de hoje e uma oportunidade para o futuro”, por João Fernandes
Palestra “Eddington e a Expedição à ilha do Príncipe para provar a Relatividade Geral”, por Paulo Crawford
Palestra “Campos magnéticos cósmicos – da teoria à prática”, por Miguel Ferreira e João Porto
Palestra “Detecção automática de meteoros”, por Rui Gonçalves
Palestra “Extinções maciças: a influência dos astros”, por Sérgio Ávila
Workshop  “Searching for Extrasolar Planets”, por Rainer Gaitzsch
Workshop  “Utilização de projectos eTwinning de astronomia como força motriz para o ensino da física e da química”, por Alexandre Costa

Refira-se o notável trabalho realizado pelas docentes Beatriz Cachim e Márcia Oliveira, coadjuvadas por Gilberto Silva, que realizaram um trabalho deveras notável de organização dos eventos , sendo merecidos os parabéns à Escola Secundária Domingos Rebelo por ter apoiado o trabalho por eles desenvolvido.

Links:

Página do Congresso
I Congresso Internacional de Astronomia nos Açores

Ano Internacional da Astronomia:
AIA2009 (Portugal)
AIA 2009 (Página UNESCO/IAU)

O monte Redoubt cria ambiente lunar? (via NASA Science News)
Ao revestir a paisagem com cinzas vulcânicas abrasivas e electrostaticamente carregadas, o Monte Redoubt está a proporcionar aos residentes do Alaska uma inesperada vivência que é semelhante àquela que é esperada quando um dia se conseguir viver na Lua. [Ler fonte]

Colapso da Plataforma de Gelo de Wilkins parece eminente (via ESA)
A Plataforma de Gelo de Wilkins está em risco de se partir parcialmente e separar-se da Peninsula Antárctica já que a ponte de gelo que a liga às ilhas Charcot e Latady parece estar em vias de colapso. O início do que parece ser a decomposição da união começou esta semana quando novos riftes que se formaram ao longo do seu eixo central resultaram num grande bloco de gelo a separar-se. [Ler fonte]

Dissecando uma explosão estelar (via ESA)
O instrumento Integral capturou uma das erupções de raios gama (GRB-gamma-ray bursts) mais intensas que alguma vez foi observada. Uma análise meticulosa dos dados permitiu aos astrónomos investigar as fases iniciais desta explosão estelar gigante, o que levou à ejecção de matéria a velocidades muito próximas da velocidade da luz. Em particular, os astrónomos acreditam que a explosão terá removido uma parte da estrela responsável pela criação do campo magnético. [Ler fonte]

Mínimo solar mais baixo do último século (via NASA)
Não há nada a acontecer na superfície do Sol, pelo menos no que diz respeito a manchas solares. Em 2008 não foram observadas manchas em 266 dias e este ano a frequência ainda é menor. É caso para perguntar: para onde foram as manchas solares? [Ler fonte]

Imagens de duas câmaras diferentes, uma câmara digital SLR and uma câmara CCD astronómica, foram combinadas para se obter este campo de estrelas colorido. Ambas as câmaras fizeram uso do mesmo telescópio na Winter Star Party nas ilhas Florida Keys, criando este retrato da Nebulosa da Gaivota (Seagull Nebula). A imagem cobre uma área de 4º x 3º através do plano da Via Láctea, próximo da direcção de Sírio, a estrela alfa da constelação do Cão Maior (Canis Major).esta região ampla inclui objectos com outras designações de catálogo, nomeadamente a NGC 2327 - uma região de poeira de emissão compacta com estrelas massivas embebidas, que forma a cabeça da gaivota(no centro), e o IC 2177 - que forma o arco das asas da gaivota. Dominada pelo brilho avermelhado do hidrogénio atómico, esta nebulosa espraia-se por cerca de 250 anos-luz a uma distância estimada de cerca de 3.800 anos-luz.