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Todos os anos 40.000 toneladas de matéria do espaço é acrescentada à massa do planeta Terra. Esta matéria vem do espaço sobre a forma de asteróides, meteoróides, poeira interplanetária e detritos cometários. |
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BURACO NEGRO SUPERMASSIVO DE M87 É O MAIOR CONHECIDO |
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O buraco negro mais massivo descoberto até agora situa-se no coração da relativamente perto galáxia gigante M87.
Um novo modelo mostra que o buraco negro supermassivo tem duas a três vezes mais massa do que se pensava, umas gigantescas 6,4 mil milhões de vezes a massa do Sol. A nova medição sugere que outros buracos negros em grandes galáxias vizinhas possam também ser muito mais pesados que as medições actuais sugerem, e pode ajudar os astrónomos a resolver um puzzle acerca do desenvolvimento galáctico.
"Não estávamos à espera disto," diz o membro da equipa Karl Gebhardt da Universidade do Texas em Austin, EUA.
A descoberta foi anunciada anteontem na 214.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana. O achado é "importante para a relação entre os buracos negros e as galáxias," disse o membro da equipa Jens Thomas do Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre na Alemanha. "Se se muda a massa do buraco negro, muda-se o modo como este se relaciona com a galáxia."
Devido a esta relação, a massa revista pode impactar as teorias dos astrónomos de como as galáxias crescem e formam-se.
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A ilustração mostra a relação entre a massa de um buraco negro central e massa do seu bojo. A nova massa maior, obtida com o modelo computacional do buraco negro de M87, com 6,4 mil milhões de massas solares, poderá mudar esta relação. Os autores usaram um modelo mais completo do que anteriormente. Isto significa que os buracos negros de todas as grandes galáxias vizinhas são mais massivos do que se pensava, assinalando uma mudança no nosso conhecimento da relação entre um buraco negro e a sua galáxia.
Crédito: Tim Jones/UT-Austin após K. Cordes & S. Brown (STScI)
(clique na imagem para ver versão maior) |
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Os buracos negros de grande massa também resolvem um paradoxo das massas de galáxias longínquas e em desenvolvimento denominadas quasares. Estes misteriosos objectos do início do Universo são galáxias em desenvolvimento muito brilhantes, com buracos negros rodeados por gás e poeira, borbulhando de formação estelar. Os quasares são colossais, com cerca de 10 mil milhões de vezes a massa do Sol, "mas nas galáxias locais, nunca vimos buracos negros tão massivos, nem de perto," afirma Gebhardt.
"Suspeitava-se que as massas dos quasares estavam erradas," disse. Mas "se aumentamos a massa de M87 duas ou três vezes, o problema quase que desaparece."
M87 está a 50 milhões de anos-luz de distância. Há quase três décadas atrás, foi uma das primeiras galáxias a ser sugerida a existência de um buraco negro central. Agora os astrónomos pensam que a maioria das grandes galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, têm buracos negros supermassivos nos seus centros.
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Esta composição de dados no visível, no rádio e em raios-X revela a gigante galáxia elíptica M87. Crédito: NASA/CXC/CfA/W. Forman et al./NRAO/AUI/NSF/W. Cotton; ESA/Hubble Heritage Team (STScI/AURA), e R. Gendler. |
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M87 tem também um jacto activo que dispara radiação do núcleo galáctico, criado onde a matéria rodopia mais perto do buraco negro e se aproxima da velocidade da luz, que é então combinado com tremendos campos magnéticos. O material libertado ajuda os astrónomos a compreender como os buracos negros atraem e engolem matéria, um processo estranho no qual não é tudo consumido.
Estes factores fazem de M87 "a âncora para os estudos dos buracos negros supermassivos," salienta Gebhardt.
Embora a nova massa de M87 seja baseada num modelo, as observações recentes com o Telescópio Gemini Norte no Hawaii e com o VLT do ESO no Chile suportam os seus achados.
O estudo da massa de M87 será também detalhado brevemente na revista Astrophysical Journal.
Links:
Notícias relacionadas:
Observatório McDonald (comunicado de imprensa)
SPACE.com
Universe Today
MSNBC
M87:
Wikipedia
SEDS.org
Buracos negros supermassivos:
Wikipedia
Buracos negros:
Wikipedia |
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NOVOS DADOS SOBRE AS EXPLOSÕES DE RAIOS-GAMA "ESCURAS" |
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As explosões de raios-gama (GRBs) são as maiores explosões do Universo, capazes de produzir tanta luz que os telescópios terrestres facilmente a detectam a milhares de milhões de anos-luz. Mesmo assim, durante mais de uma década, os astrónomos questionaram-se acerca da natureza das chamadas explosões escuras, que produzem raios-gama e raios-X mas pouca ou nenhuma luz visível. Constituem aproximadamente metade das explosões detectadas pelo satélite Swift da NASA desde o seu lançamento em 2004.
Na última reunião da Sociedade Astronómica Americana em Pasadena, Califórnia, uma equipa internacional de astronómos anunciou novos dados surpreendentes acerca das explosões escuras. O estudo afirma que a maioria ocorre em galáxias normais detectáveis por grandes telescópios ópticos terrestres.
"Uma explicação possível para as explosões escuras era que estavam a ocorrer tão longe que a sua luz visível extinguia-se completamente," disse Joshua Bloom, professor assistente de Astronomia da Universidade da Califórnia e autor principal do estudo. Graças à expansão do Universo e a um espesso nevoeiro de hidrogénio gasoso a distâncias cósmicas cada vez maiores, os astrónomos não vêm luz visível em objectos a mais de 12,9 mil milhões de anos-luz. Outra possibilidade: as explosões escuras ocorriam em galáxias com quantidades invulgarmente espessas de poeira interestelar, que absorvia a luz de uma explosão mas não a sua radiação mais energética.
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Densos nós de poeira em galáxias comuns atenuam a luz das explosões de raios-gama escuras (centro). A poeira absorve a maioria ou toda a luz visível de uma explosão, mas não os mais energéticos raios-X ou raios-gama.
Crédito: NASA/Swift/Aurore Simonnet
(clique na imagem para ver versão maior) |
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Usando um dos maiores telescópios ópticos do mundo, o telescópio Keck I de 10 metros no Hawaii, a equipa procurou galáxias desconhecidas em 14 locais de explosões escuras descobertas pelo Swift. "Para 11 destas explosões, descobrimos uma galáxia ténue e normal," disse Daniel Perley, estudante da mesma universidade que liderou o estudo. Se estas galáxias estivessem localizadas a distâncias extremas, nem mesmo o Keck as conseguiria ter visto. A maioria das explosões de raios-gama ocorrem quando estrelas massivas ficam sem combustível nuclear. À medida que os seus núcleos colapsam num buraco negro ou numa estrela de neutrões, jactos gasosos -- conduzidos por processos ainda não bem compreendidos -- passam pela estrela e são expelidos para o espaço. Aí, colidem com gases previamente libertados pela estrela e aquecem-nos, o que gera explosões de brilho, curtas e em muitos comprimentos de onda, incluíndo no visível.
O estudo mostra que as explosões escuras parecem ser semelhantes, à excepção das zonas poeirentas na sua galáxia que obscurecem a maioria da luz nas suas explosões.
"O nosso estudo fornece provas compelíveis que uma grande fracção da formação estelar no Universo está escondida por poeira em galáxias que se não fosse isto não pareceriam poeirentas," disse Perley. Pensa-se que as estrelas que explodem em GRBs vivem intensamente e morrem jovens. As explosões escuras podem representar estrelas que nunca se afastaram muito das conchas de poeira que as formaram.
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Mosaico de 11 galáxias de onde foram oriundos os GRBs "escuros", imagens obtidas pelo Observatório Keck no Hawaii. Os círculos indicam a posição da explosão determinada pelo satélite Swift da NASA, ou por observações terrestres ópticas ou infravermelhas e, em todos os casos, contêm uma ténue galáxia. A distâncias de milhares de milhões de anos-luz da Terra, estas galáxias aparecem apenas como ténues pontos desfocados em telescópios terrestres.
Crédito: Daniel Perley, Joshua Bloom/Universidade da Califórnia
(clique na imagem para ver versão maior) |
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As explosões de raios-gama já foram detectadas no infravermelho a distâncias de 13,1 mil milhões de anos-luz. "Se as explosões de raios-gama eram frequentes há 13 mil milhões de anos atrás -- menos de mil milhões de anos após a formação do Universo -- devíamos estar a detectá-las em grandes números," explicou o membro da equipa S. Bradley Cenko, também da Universidade da Califórnia. "Mas isso não acontece, o que indica que as primeiras estrelas se formaram num ritmo menos caótico do que alguns modelos sugerem."
Os astrónomos concluem que menos de aproximadamente 7% das explosões escuras podem estar a ocorrer a tais distâncias, e propõem observações das novas galáxias no rádio e no microondas para melhor compreenderem como as suas regiões poeirentas bloqueiam a luz. O artigo científico sobre o estudo foi submetido à revista Astronomical Journal.
Links:
Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade da Califórnia (comunicado de imprensa)
New Scientist
SPACE.com
Spaceflight Now
PHYSORG.com
Universe Today
National Geographic
MSNBC
GRBs:
NASA
Wikipedia
Caltech
Telescópio Swift:
NASA
Wikipedia
Observatório Keck:
Página oficial
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