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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 682
De 17/09 a 20/09/2010
 
 
 

Dia 17/09: 260.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1789, William Herschel descobre a Lua de Saturno, Mimas. 

Em 1976, era apresentado pela NASA o primeiro Space Shuttle, Enterprise.
Observações: Urano passa a menos de 0,5º de Júpiter hoje e amanhã à noite. Embora Urano seja visível com binóculos (magnitude 5,7), Júpiter é quase 3000 vezes mais brilhante, a magnitude -2,9. De facto, Urano parece-se mais com uma das quatro luas de Galileu.

Dia 18/09: 261.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959, a Vanguard 3 é lançada para órbita terrestre.

Em 1977, a Voyager 1 tira a primeira fotografia da Terra e da Lua juntas. 
Em 1980, a Soyuz 38 transporta 2 cosmonautas (1 cubano) para a estação espacial Salyut 6.
Observações: Sabemos que o Verão está no fim: ao anoitecer, Cassiopeia a Nordeste já está tão alta quanto a Ursa Maior a Noroeste!

Dia 19/09: 262.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1848, A lua de SaturnoHyperion, é descoberta por William Cranch Bond

Em 1988, Israel lança o seu primeiro satélite.
Observações: Maior elongação Oeste de Mercúrio.

Dia 20/09: 263.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633, Galileu Galileié julgado diante a Congregação da Doutrina da Fé por ensinar que a Terra orbita o Sol.

Em 1999, o Telescópio Espacial de Raios-X Chandra, lançado a 23 de Julho de 1999, revela características ainda não observadas nos restos de três explosões de supernovas. 
Observações: Após o anoitecer, procure Fomalhaut, a Estrela de Outono, a nascer a Sudeste. À mesma altura, Arcturo, a Estrela da Primavera, estará ficando baixa a Oeste. Estarão aproximadamente à mesma altura entre as 21:30 e as 22:00. Quão detalhadamente pode temporizar este evento?

 
 
 
Se tentasse contar as estrelas da nossa Galáxia à velocidade de uma por segundo, levaria cerca de 3.000 anos a contá-las todas.
 
 
 
  MAIOR APROXIMAÇÃO DE JÚPITER ATÉ 2022  
 

Os observadores do céu podem observar Júpiter em qualquer noite limpa de Setembro. O planeta gigante, sempre brilhante, será especialmente difícil de não avistar à medida que alcança a sua maior aproximação da Terra até 2022.

Este mês, Júpiter estará baixo a Este ao anoitecer, movendo-se para cima a Sudeste com o decorrer da noite.

Júpiter fará a sua aproximação máxima da Terra na noite de Segunda-feira, dia 20, quando passar a 594 milhões de quilómetros. Em comparação, o Sol está a 150 milhões de quilómetros. Mas os observadores não precisam desesperar se falharem o espectáculo de dia 20: Júpiter estará praticamente tão perto e brilhante o resto do mês.

A Terra orbita o Sol a cada 365 dias. Mas Júpiter, mais longe, demora 4332 dias terrestres a fazer a mesma viagem. Por isso, a Terra "ultrapassa" Júpiter periodicamente na "pista de dentro". Quando isso acontece, os dois planetas aproximam-se muito mais do que se estivessem em lados opostos do Sol. Dado que as órbitas dos planetas não são círculos perfeitos, algumas passagens são mais próximas que outras.

O seguinte mapa de Júpiter mostra onde olhar para observar o planeta brilhante na noite de 20 de Setembro.

Este mapa mostra a posição de Júpiter no céu, dia 20 de Setembro por volta das 21 horas.
Crédito: Miguel Montes, Stellarium
 

A passagem deste ano deverá ganhar às de outros anos ao proporcionar um espectáculo celeste, com Júpiter aproximando-se da Terra mais do que qualquer altura entre 1963 e 2022. À maior aproximação da sua última passagem pela Terra em Agosto de 2009, por exemplo, Júpiter estava 11,3 milhões de quilómetros mais longe. Isto traduz-se numa diminuição do brilho em 8%, em comparação com a do próximo dia 20.

Júpiter está também uns extra 4% mais brilhante do que o normal porque uma das suas cinturas castanhas nubladas desapareceu.

Há já quase um ano que a Cintura Equatorial Sul do planeta, normalmente fácil de avistar num pequeno telescópio, está escondida por baixo de uma camada de brilhantes e esbranquiçadas nuvens de amónia. Isto faz com que mais luz solar seja reflectida do planeta, aumentando a reflectividade global.

Há mais para ver nos céus do que Júpiter. O planeta gigante está de momento quase perfeitamente alinhado com Urano.

Urano está cinco vezes mais longe e é quase 3000 vezes menos brilhante que Júpiter, por isso é invisível a olho nu. Mas com binóculos ou um telescópio - e recorrendo a um mapa estelar - conseguirá observar Urano a menos de 1º de Júpiter até dia 24.

Do outro lado da escala de brilho, a Lua Cheia junta-se a esta cena celeste por volta da mesma altura, brilhando por cima de Júpiter na noite de dia 22 e para a sua esquerda dia 23.

Também por estes dias, uma das poucas ocasiões que os observadores têm para espreitarem bem Mercúrio. Embora até seja bastante brilhante, a sua proximidade extrema com o Sol implica que o brilho da nossa estrela normalmente subjugue o pequeno planeta rochoso.

Mas duas vezes por ano, uma ao anoitecer e outra ao amanhecer, Mercúrio está o mais alto no céu, proporcionando aos observadores a melhor oportunidade para o avistar. Especificamente, dia 19.

Para avistar Mercúrio, os observadores deverão saír à rua cerca de 30 minutos antes do nascer-do-Sol. Será necessário um horizonte desobstruído a Este. Mercúrio estará visível mesmo para cima da posição do nascer-do-Sol, cerca de 10º acima do horizonte.

Os observadores poderão precisar de binóculos ou de um pequeno telescópio para avistar Mercúrio ao início, mas uma vez descoberto será facilmente visível a olho nu.

Links:

Júpiter:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
     
 
 
     
  Nebulosa do Véu - Crédito: Martin Pugh  
  Foto  
  (clique na imagem para ver versão maior)  
     
 

Delicados na sua aparência, estes filamentos de gás brilhante situam-se na constelação de Cisne e constituem a Nebulosa do Véu. A nebulosa é um grande resto de supernova, uma nuvem em expansão nascida da explosão mortífera de uma estrela massiva. A luz da supernova original provavelmente alcançou a Terra há mais de 5000 anos. A Nebulosa do Véu agora cobre quase 3 graus ou cerca de 6 vezes o diâmetro da Lua Cheia. Isto traduz-se em mais de 70 anos-luz à distância estimada de 1500 anos-luz. De facto, o Véu é tão grande que as suas partes mais brilhantes são reconhecidas como nebulosas separadas, incluíndo a Vassoura da Bruxa (NGC 6960) em baixo na imagem e o Triângulo de Pickering (NGC 6979) à direita. No topo está IC 1340.

 


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