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Edição n.º 765
05/07 a 07/07/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 05/07: 186.º dia do calendário gregoriano.
História:  Em 1687, era publicado o Philosophiae Naturalis Principia Mathematica de Isaac Newton.

Pela primeira vez era dada uma explicação para a causalidade do movimento dos planetas e satélites.
Em 1998, o Japão lança uma sonda para Marte e junta-se à lista de países que participam na exploração espacial. Devido a vários problemas com a Nozomicerca de um ano depois, a missão foi abandonada.
Observações: Esta é a altura do ano em que convém observar a rica mas baixa cauda de Escorpião com telescópio. Explore um verdadeiro ninho de enxames perto do M6.

Dia 06/07: 187.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2003, o radar planetário de Yevpatoria com 70 metros, envia uma mensagem METI para 5 estrelas: Hip 4872, HD 245409, 55 CancriHD 1030747 Ursae Majoris, que chegará em 2036, 2040, 2044 e 2049, respectivamente.

Observações: Desenhe uma linha do brilhante Arcturo, alto a Sudoeste, até Vega, alta a Este. A um terço do caminho está a ténue Coroa Boreal, com a sua estrela moderadamente brilhante, Alphecca, por vezes denominada Gemma. A dois terços do caminho está a constelação de Hércules.

Dia 07/07: 188.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1746 nascia Giuseppe Piazzi, astrónomo italiano que descobriu o planeta-anão Ceres.
Em 1959, Vénus oculta a estrela Régulo. Este evento raro é usado para determinar o diâmetro de Vénus e a estrutura da atmosfera venusiana.
Em 1988, era lançada a sonda soviética Phobos 1

Infelizmente a sonda perdeu-se no caminho até Marte devido a uma má actualização do software a 29/30 de Agosto. Este erro impediu o alinhamento correcto dos painéis solares com o Sol, o que gastou a bateria.
Observações: A Lua forma esta noite um bonito triângulo com Espiga e Saturno por cima.

 
CURIOSIDADES


O cometa McNaught (C/2006 P1), descoberto a 7 de Agosto de 2006, foi o cometa mais brilhante dos últimos 40 anos e o segundo desde 1935. Com uma magnitude máxima estimada em -5,5, foi facilmente observável à vista desarmada no Hemisfério Sul em Janeiro e Fevereiro de 2007. Por volta do periélio, que teve lugar a 12 de Janeiro, era visível até durante o dia.

 
ROVER CURIOSITY PODERÁ SUBIR MONTE COM ALTURA DO KILIMANJARO

No passado dia 24 de Junho, os cientistas da missão Curiosity escolheram os dois possíveis locais de aterragem do rover, de entre uma pequena lista já reduzida para quatro. Num destes locais, o Curiosity terá a difícil tarefa de subir um monte rochoso, tão alto quanto o Monte Kilimanjaro.

Há anos que se debate o local de aterragem do veículo, que custou 2,5 mil milhões de dólares e tem lançamento previsto para Novembro. A NASA vai agora reflectir sobre as recomendações dos cientistas da missão, mas não está obrigada e seguir qualquer uma delas.

Um das opções é a cratera Gale com 150 km de diâmetro, que tem no seu centro um monte com cinco quilómetros de altura. Este monte contém argilas e minerais de sulfato que requerem água para se formar, sugerindo que foram dispostos em camadas sedimentares quando a água encheu a cratera ao longo de um período de poucas centenas de milhões de anos, com início há cerca de 3,8 mil milhões de anos atrás.

"Dado que é uma espécie de tijela, tem recolhido evidências do passado de Marte nos sedimentos," afirma Ray Arvidson da Universidade de Washington em St. Louis, que participou em discussões anteriores acerca dos possíveis locais de aterragem.

Composição colorida da cratera Gale, que tem um monte de sedimentos com cinco quilómetros.
Crédito: NASA/JPL/Malin Space Science Systems
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Curiosity aterraria perto do monte, para então dirigir-se para a sua superfície. Dado que as rochas mais antigas encontram-se na base do monte, à medida que o rover subisse, podia seguir como a química do planeta - e a habitabilidade pontencial - foi sendo alterada ao longo do tempo. Material orgânico, que poderá ser um sinal de vida, pode estar preservado nas rochas.

"Para este estudo, temos literalmente que subir a base de uma montanha," afirma o cientista principal da missão, John Grotzinger do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, EUA.

Os cientistas da missão esperam poder explorar pelo menos as primeiras centenas de metros desta gigantesca formação. Mas se o rover for como o famosíssimo Opportunity, que está ainda em funcionamento sete anos após a sua garantia de três meses ter expirado, pode bem subir muito mais, afirma Grotzinger.

A outra escolha da equipa é outra antiga cratera/lago, Eberswalde, que mostra também sinais de argilas. No passado, desaguava aí um rio, trazendo com ele enormes quantidades de material, sendo depositado no seu chão.

O delta da cratera Eberswalde, visto pela Mars Global Surveyor.
Crédito: NASA/JPL/Malin Space Science Systems
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A ligação com o rio dá aos cientistas uma clara compreensão de como os sedimentos foram depositados. "Um delta é um mecanismo natural pelo qual materiais acumulam-se na sua base," afirma Grotzinger. "Se houvesse matéria orgânica na água transportada, tenderia a ficar acumulada onde agora vemos a assinatura de argilas a partir de órbita."

Os processos que criaram o monte em Gale não são tão óbvios, afirma. O sedimento pode ter sido depositado quando a água na cratera evaporou-se, ou quando o material em volta escorregou para a base, acrescenta Arvidson. A água pode também ter preenchido a cratera intermitentemente - talvez devido a chuvas sazonais, quando Marte tinha climas molhados, ou a partir de águas subterrâneas em épocas temporais subsequentes.

A formação dos sedimentos em Gale é "menos bem definido," afirma Grotzinger. "Em Eberswalde, temos um alvo muito particular - as camadas que vemos pertencem geneticamente ao contexto de um delta."

Mas a Eberswalde está mais longe do equador e é por isso um local mais frio, por isso o rover poderá precisar de mais energia para aí desempenhar as suas funções, avisa Arvidson.

Os cientistas já escolheram um favorito? Não, afirma Grotzinger - para a equipa da missão, são "ambos valiosos".

O facto de haver escolha é até motivo de celebração, salienta. No passado, a tecnologia limitava os locais para onde podíamos enviar um rover. "Penso que os cientistas sempre se sentiram felizardos por obter algo até com metade desta qualidade," afirma Grotzinger. "Agora temos dois locais com uma riqueza indiscritível."

Links:

Notícias relacionadas:
Nature
Popular Science
New Scientist

Cratera Gale:
Wikipedia
Mars Odyssey - Themis

Cratera Eberswalde:
Wikipedia
Artigo científico (formato PDF)
Artigo científico - 2 (formato PDF)

Rover Curiosity (MSL):
NASA
Wikipedia

Rovers marcianos da NASA:
Página oficial
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Alpha Centauri: o Sistema Estelar Mais Próximo
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Telescópio Schmidt de 1-MetroESO
 
O sistema estelar mais próximo do Sol é Alpha Centauri. Das três estrelas no sistema, a mais ténue -- chamada Proxima Centauri -- é na realidade a estrela mais próxima. As brilhantes estrelas Alpha Centauri A e B formam um íntimo binário e estão separadas por apenas 23 vezes a distância Terra-Sol - pouco mais que a distância entre Úrano e o Sol. Na imagem acima, o brilho das estrelas domina por completo a fotografia, provocando a ilusão de grande tamanho, apesar das estrelas serem apenas pequenos pontos de luz. O sistema Alpha Centauri não é visível para a maioria do hemisfério norte. Alpha Centauri A, também conhecida como Rigil Kentaurus, é a estrela mais brilhante da constelação de Centauro e a quarta mais brilhante do céu nocturno. Sirius é a estrela mais brilhante, embora esteja a mais do dobro da distância. Por incrível coincidência, Alpha Centauri A é do mesmo tipo de estrela que o Sol, o que leva muitos a especularem que possa também albergar planetas habitáveis.
 

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