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Edição n.º 802
11/11 a 14/11/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 11/11: 315.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1572 Tycho Braheobserva uma nova no céu. Isto é uma prova contra a teoria de Aristóteles que os céus são imutáveis.
Em 1966, lançamento da Gemini 12.

Observações: Com a ajuda de binóculos, observe as Plêiades para cima da Lua Cheia. Aldebarã brilha com um tom alaranjado para baixo do nosso único satélite natural.
A partir das 23 horas e até por volta da 01:20 de dia 12, é possível observar a sombra de Europa passar pela atmosfera de Júpiter.

Dia 12/11: 316.º dia do calendário gregoriano.
História: Em  1965, é lançada a sonda Venera 2 (USSR), com objectivo Vénus

Em 1980, a sonda Voyager 1 faz a sua maior aproximação de Saturno.
Em 1981, lançamento STS-2 do vaivém Columbia.  
Observações: Por volta das 22:30, é possível observar telescopicamente a Grande Mancha Vermelha em Júpiter.
Novembro é a altura do ano em que a Ursa Maior descansa horizontalmente na sua mais baixa posição a Norte-Noroeste após o lusco-fusco. Como tal, pode nao a conseguir observar por mergulhar para baixo do horizonte.

Dia 13/11: 317.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1833, deu-se a Grande Chuva de Meteoros Leónidas.

Durante as quatro horas que precederam o nascer-do-dia, os detritos do cometa Tempel-Tuttle iluminaram o céu nocturno, causando pânico a quem os observava. 
Em 1971, programa Mariner: a Mariner 9 chega a Marte, tornando-se na primeira sonda a orbitar outro planeta.
Em 1999, a falha de um quarto giroscópio deixa em maus lençóis o Telescópio Espacial Hubble até que o encontro SM3A (missão STS-103 do vaivém espacial) o repara a 20 de Dezembro de 1999.  
Observações: Por volta das 01:40 da noite de 12 para 13, observe telescopicamente a sombra de Io passar pela atmosfera de Júpiter.
A partir das 22 horas, é também possível observar a Grande Mancha Vermelha.

Dia 14/11: 318.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da Apollo 12 às 11:22 EST do Centro Espacial Kennedy. A segunda aterragem lunar aterrou no Oceano das Tempestades, perto do local de aterragem da Surveyor 3
Em 1999, primeira confirmação de um planeta extrasolar.
Em 2003, os astrónomos Michael E. Brown, Chad Trujillo e David L. Rabinowitz descobrem 9033 Sedna, um objecto trans-Neptuniano.

Observações: A partir das 20:10 e até às 22:15, é possível observar telescopicamente a sombra de Io passar pela atmosfera de Júpiter.

 
CURIOSIDADES


A Via Láctea tem 14 galáxias anãs conhecidas, que interagem como satélites.

 
HUBBLE OBSERVA JOVENS GALÁXIAS ANÃS REPLETAS COM FORMAÇÃO ESTELAR

Usando a sua própria visão infravermelha para observar 9 mil milhões de anos no passado, o Telescópio Espacial Hubble descobriu uma extraordinária população de jovens galáxias anãs repletas de formação estelar. Embora as galáxias anãs sejam o tipo mais comum de galáxias no Universo, a veloz formação estelar observada nestes recém-descobertos exemplos pode forçar os astrónomos a reavaliar o seu conhecimento dos processos de formação galáctica.

As galáxias são em média cem vezes menos massivas que a Via Láctea, mas mesmo assim fabricam estrelas a uma velocidade tão estonteante que o seu conteúdo estelar duplicaria em apenas 10 milhões de anos. Em comparação, a Via Láctea demoraria 10.000 vezes mais a duplicar sua população estelar.

Estima-se que o Universo tenha 13,7 mil milhões de anos, e estas galáxias recém-descobertas são extremas mesmo para o Universo jovem -- quando a maioria das galáxias formava estrelas a maiores velocidades do que hoje em dia. Os astrónomos que usavam os instrumentos do Hubble foram capazes de avistar as galáxias porque a radiação de estrelas jovens e quentes fez com que o oxigénio no gás em redor brilhasse como um letreiro em néon.

Esta imagem revela 18 galáxias pequenas avistadas pelo Hubble. As galáxias anãs, vistas aqui nas pequenas imagens, existiram há 9 mil milhões de anos e borbulham com formação estelar.
Crédito: NASA, ESA, A. van der Wel (Instituto Max Planc para a Astronomia), H. Ferguson e A. Koekemoer (STScI), e equipa CANDELS
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Só recentemente é que os astrónomos foram capazes de observar zonas minúsculas do céu com a sensibilidade necessária para detectar estas galáxias," afirma Arjen van der Wel do Instituto Max Planck para a Astronomia em Heidelberg, Alemanha, autor principal de um artigo a ser publicado na edição online de 14 de Novembro da revista The Astrophysical Journal. "Não estávamos especificamente à procura destas galáxias, mas sobressaíram devido às suas cores invulgares."

As observações faziam parte do CANDELS (Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey), um ambicioso estudo de três anos com o objectivo de analisar as galáxias mais distantes do Universo. O CANDELS é o primeiro censo de galáxias anãs nesta época primordial.

"Além das imagens, o Hubble capturou o espectro, que nos mostra o oxigénio num punhado de galáxias e confirma a sua natureza de extrema formação estelar," afirma a co-autora Amber Straughn do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA. "O espectro é como as impressões digitais. Diz-nos a composição química das galáxias."

As observações resultantes estão um pouco em desacordo com estudos detalhados recentes de galáxias anãs que orbitam como satélites da Via Láctea.

"Estes corpos sugerem que a formação estelar era um processo relativamente lento, esticando-se ao longo de milhares de milhões de anos," explicou Harry Ferguson do Instituto Científico do Telescópio Espacial (STScI) em Baltimore, Maryland, EUA, co-líder do estudo CANDELS. "Os achados do CANDELS da existência de galáxias com aproximadamente o mesmo tamanho que formavam estrelas a velocidades muito rápidas força-nos a reexaminar o que pensávamos acerca da evolução galáctica de anãs."

A equipa CANDELS descobriu as 69 jovens galáxias anãs em imagens perto do infravermelho obtidas com a câmara WFC3 (Wide Field Camera 3) e a câmara ACS (Advanced Camera for Surveys).

As observações sugerem que as galáxias recém-descobertas eram muito comuns há 9 mil milhões de anos atrás. No entanto, é um mistério o porquê destas galáxias anãs fabricarem estrelas a tal estonteante velocidade. As simulações computacionais mostram que a formação estelar em galáxias pequenas pode ser episódica. O gás arrefece e colapsa para formar estrelas. As estrelas por sua vez reaquecem o gás e expelem-no, tal como em explosões de supernova. Após algum tempo, o gás arrefece e colapsa novamente, produzindo nova formação estelar, continuando o ciclo.

"Embora estas previsões teóricas possam providenciar pistas para explicar a formação estelar nestas galáxias recém-descobertas, a formação estelar é muito mais intensa do que as simulações conseguem reproduzir," afirma van der Wel.

O Telescópio Espacial James Webb, um observatório infravermelho com lançamento previsto ainda para esta década, será capaz de estudar estas ténues galáxias, e até numa era anterior, revelar a sua composição química, e proporcionar mais detalhes sobre a sua formação.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Hubble (ESA)
Hubblesite
SPACE.com
Discovery News
Astronomy

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Wikipedia

Galáxias anãs:
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Nos Braços de M83
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Dados de Arquivo do HubbleESANASAProcessamento e imagens adicionais -  Robert Gendler
 
A grande, brilhante e esplêndida galáxia espiral M83 situa-se a uns meros doze milhões de anos-luz de distância, perto da ponta Sudeste da longa constelação de Hidra. Esta ampliação, um mosaico baseado em dados de arquivo do Telescópio Hubble, traça poeira escura e jovens enxames estelares azuis ao longo dos proeminentes braços espirais que dão a M83 a sua alcunha, o Cata-vento do Sul. Normalmente avistado perto dos limites de espessas correntes de poeira, um tesouro de regiões de formação estelar também sugerem outro nome popular para M83, a Galáxia dos Mil Rubis. Dominada pela luz de estrelas mais antigas, o brilhante núcleo amarelado de M83 situa-se perto do canto superior direito. O núcleo também brilha em raios-X e revela uma alta concentração de estrelas de neutrões e buracos negros, restos passados de uma fase de intensa formação estelar. De facto, M83 faz parte de um grupo de galáxias que inclui a galáxia activa Centauro A. O campo de visão cobre cerca de 25.000 anos-luz à distância estimada de M83.
 

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