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Edição n.º 844
06/04 a 09/04/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 06/04: 97.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965, lançamento do Early Bird, o primeiro satélite de telecomunicações a ser colocado em órbita geosíncrona.
Em 1973, lançamento da Pioneer 11.
Em 1993, cientistas da NASA, usando o Explorador Ultravioleta Internacional (IUE), descobrem provas directas de que as estrelas supergigantes vermelhas terminam a sua existência em explosões massivas conhecidas como supernovas.

A 12 milhões de anos-luz de distância, na galáxia conhecida como M81, o Tipo II de supernova foi designado SN 1993J, a décima supernova do ano.
Observações: Lua Cheia, pelas 20:19. Esta noite a Lua brilha a Este-Sudeste com Espiga um pouco para a sua esquerda e para baixo, e Saturno ainda mais distante na mesma direcção - um alinhamento bonito. Para a direita da Lua, procure as quatro estrelas da constelação de Corvo. Ainda bem mais distante para a esquerda da Lua e um pouco para cima, está a brilhante Arcturo, a "estrela da Primavera".

Dia 07/04: 98.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1983, durante a missão STS-6, os astronautas Story Musgrave e Don Peterson fazem primeio passeio espacial do vaivém espacial.
Em 1991, era activado o Observatório de Raios-Gama Compton.
Em 2001, primeiro voo com êxito do Proton M.
Em 2001 era lançada a sonda Mars Odyssey. A missão orbital tem como objectivo mapear os elementos marcianos e os minerais, procurar água e analisar o ambiente da radiação. 

Alcançou a órbita do Planeta Vermelho a 24 de Outubro de 2001, mas os seus instrumentos só foram ligados a 14 de Fevereiro de 2002. 
Observações: A brilhante Lua nasce ao fim do anoitecer, por baixo Saturno e Espiga a Este-Sudeste. Mais tarde, os três astros brilham alto: fazem um triângulo longo e estreito, com a Lua perfazendo o canto de baixo.

Dia 08/04: 99.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1964, lançamento da nave não-tripulada Gemini 1.

A missão terminou depois de 3 órbitas. A nave desintegra-se 3,5 dias a seguir ao lançamento. Todos os objectivos primários e secundários foram atingidos.
Em 1999, maior aproximação da Terra pelo asteróide 1981 Midas (0.490 UA). 
Em 2008, Yi So-Yeon torna-se a primeira coreana e a segunda mulher asiática a ir ao espaço. 
Observações: Arcturo, a "Estrela da Primavera", é o ponto mais brilhante, alto no céu a Este por estas noites. Espere até por volta das 22-22:30 horas para observar Vega, a igualmente brilhante "Estrela do Verão", nascendo a Nordeste.

Dia 09/04: 100.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959, a NASA anuncia a selecção dos primeiros sete astronautas dos Estados Unidos, a quem a comunicação social rapidamente apelida de "Mercury Seven".

Em 1994, lançamento da missão STS-59 do vaivém Endeavour.
Observações: Aproveite a noite para observar Saturno com um telescópio. Quantos satélites consegue observar?

 
CURIOSIDADES


A NASA prolongou a missão do Observatório Kepler até 2016.

 
O CORAÇÃO NEGRO DE UMA COLISÃO CÓSMICA

Observações infravermelhas e em raios-X com dois telescópios espaciais europeus foram combinadas para criar um único olhar sobre eventos violentos dentro da galáxia gigante Centauro A. As observações fortalecem a visão de que a galáxia pode ter sido criada pela colisão cataclísmica de duas galáxias mais antigas.

Centauro A é a galáxia elíptica gigante mais próxima da Terra, a uma distância de mais ou menos 12 milhões de anos-luz. É conhecida por ter um buraco negro massivo no seu núcleo e emitir intensas explosões de ondas de rádio.

Embora imagens anteriores obtidas no visível apontem para uma complexa estrutura interna em Centauro A, a combinação dos dados de dois observatórios da ESA, que trabalham nas pontas quase opostas do espectro electromagnético, revelam esta estrutura invulgar em muito mais detalhe. A galáxia foi observada por Sir John Herschel em 1847 durante o seu estudo dos céus do hemisfério sul. Agora, 160 anos depois, o observatório com o seu nome de família desempenhou um papel único na descoberta de alguns dos seus segredos.

A galáxia peculiar Centauro A no infravermelho distante e em raios-X. As estruturas internas vistas na imagem estão a ajudar os cientistas a compreender os mecanismos e interacções dentro da galáxia, tal como os jactos que se prolongam por milhares de anos-luz desde o buraco negro que se acredita estar no seu coração. Os dados em raios-X combinados na imagem têm cores azuis/púrpura e realçam a região altamente energética dos jactos bem como estruturas que co-alinham com o jacto no infravermelho e em raios-X (topo e esquerda).
Crédito: Infravermelho: ESA/Herschel/PACS/SPIRE/C.D. Wilson, Universidade MacMaster, Canadá; Raios-X: ESA/XMM-Newton/EPIC
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Novas imagens obtidas numa resolução sem precedentes com o observatório espacial Herschel e no infravermelho longínquo, mostram que a gigantesca cicatriz escura de poeira obscurecente, que atravessa o centro de Centauro A, desaparece completamente. As imagens mostram o disco interior achatado de uma galáxia espiral com a forma que os cientistas acreditam ser devida a uma colisão com uma galáxia elíptica durante um passado muito distante.

Os dados do Herschel também revelam evidências de intensa formação estelar no centro da galáxia, bem como dois jactos emanando do núcleo galáctico - um deles com 15.000 anos-luz de comprimento. Nuvens recém-descobertas co-alinhadas com os jactos também podem ser observadas no infravermelho longínquo. "A sensibilidade das observações do Herschel permite-nos não só ver o brilho da poeira dentro e em redor da galáxia, mas também a emissão de electrões nos jactos que espiralam em campos magnéticos a velocidades perto da velocidade da luz," explica Göran Pilbratt, cientista do projecto Herschel.

O observatório de raios-X XMM-Newton registou o brilho altamente energético de um dos jactos, que se prolonga por mais de 12.000 anos-luz a partir do brilho núcleo galáctico. A imagem em raios-X do XMM-Newton mostra não só o modo como o jacto interage com a matéria interestelar em volta, mas também o núcleo intensamente activo da galáxia e o seu enorme halo gasoso.

"O XMM-Newton está bem adequado para detectar a emissão fraca de raios-X, muitas vezes permitindo-nos ver halos em torno de galáxias pela primeira vez," realça Norbert Schartel, cientista do projecto XMM-Newton. Os jactos observados por ambos os satélites são evidência do buraco negro supermassivo - com dez milhões de vezes a massa do nosso Sol - no centro da galáxia.

As imagens utilizadas para fazer a imagem em múltiplos comprimentos de onda de Centauro A.
Crédito: Infravermelho: ESA/Herschel/PACS/SPIRE/C.D. Wilson, Universidade MacMaster, Canadá; Raios-X: ESA/XMM-Newton/EPIC; visível: ESO/telescópio MPG de 2,2 metros em La Silla
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Esta colaboração única, em conjunto com observações terrestres no visível, deram-nos uma nova perspectiva sobre o que se passa em objectos como Centauro A, com um buraco negro, formação estelar e a colisão de duas galáxias distintas.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
NASA (comunicado de imprensa)
PHYSORG
Universe Today
Sci-News.com
Space Daily
ScienceDaily
Science Codex
UPI.com

Centauro A:
Wikipedia
SEDS.org
Imagens do Hubble

Observatório Espacial Herschel:
ESA (ciência e tecnologia)
ESA (centro científico)
ESA (página de operações)
NASA
Caltech
Wikipedia

Observatório XMM-Newton:
ESA
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Vénus e as Irmãs
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Fred Espenak (Observatório Astronómico Bifrost)
 
Após se afastar o máximo possível do Sol no céu, Vénus, a brilhante "estrela da tarde", cruzou-se com o enxame estelar das Plêiades esta semana. A linda conjunção foi apreciada por observadores de todo o mundo. Obtida a 2 de Abril, esta foto do grupo celeste foi capturada a partir de Portal, no estado americano do Arizona. Também conhecida como as Sete Irmãs, até as estrelas do enxame, visíveis a olho nu, parecem muito mais ténues do que Vénus. E embora Vénus e as irmãs tenham um aspecto "pontiagudo", esta aparência é o padrão de difracção provocado na abertura da lente. A última conjunção parecida de Vénus com as Plêiades ocorreu há quase 8 anos atrás. Tal como aconteceu nessa altura, Vénus irá passar novamente no disco do Sol em Junho.
 

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