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Edição n.º 845
10/04 a 12/04/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 10/04: 101.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 837, maior aproximação do Cometa Halley pela Terra, a cerca de 0,0342 UA.
Em 1981, primeira tentativa de lançamento da missão STS-1 (a primeira missão de um vaivém espacial).

Este falhou no último momento quando os computadores «crasharam». Os astronautas Crippen e Young finalmente levantaram voo a 12 de Abril. À volta de 100 milhões de pessoas viram este evento.
Observações: A brilhante estrela para cima e para a direita de Vénus estas noites é Espiga. Tem a mesma cor amarelo-esbranquiçada, e por isso a mesma temperatura, que o nosso Sol.

Dia 11/04: 102.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1862 nascia William Wallace Campbell, observador pioneiro dos movimentos estelares e das suas velocidades radiais. Director do Observatório Lick entre 1901 e 1930, também foi presidente da Universidade da Califórnia e da Academia Nacional de Ciências.
Em 1905, Albert Einstein revela a sua Teoria da Relatividade(relatividade especial). 
Em 1960, era iniciada a primeira pesquisa no rádio em busca de civilizações extraterrestres, por Frank Drake (Projecto Ozma).
Em 1970, lançamento da Apollo 13.

Em 1986, a 65 milhões de quilómetros, o Cometa Halley faz a sua maior aproximação da Terra durante esta viagem, a 30.ª vez que visita a nossa vizinhança planetária.
Em 2002 morre Yuji Hyakutake, astrónomo amador japonês que em 1996 descobriu o "Cometa Hyakutake", com 51 anos. Descobriu este cometa com um par de binóculos na cidade de Hayato em Kagoshima. 
Observações: Tendo a Lua desaparecido do céu nocturno, é altura de observar novamente objectos de céu-profundo. Observadores de telescópio conhecem o trio de Leão (M65, M66 e NGC 3628), na parte de trás da constelação. Consegue detectar M65 e M66 com binóculos?

Dia 12/04: 103.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633, começa o inquérito formal de Galileu pela Inquisição.
Em 1817, morre o astrónomo francês Charles Messier.
Em 1849, de Gasparis descobre o asteróide Hygiea.
Em 1961, o cosmonauta Yuri Alekseyevich Gagarin torna-se no primeiro homem no espaço. 

Orbita a Terra apenas uma vez a bordo da nave Vostok 1. O voo dura 1 hora e 48 minutos, num percurso elíptico com um apogeu de 327 km e um perigeu de 180 km.
Em 1981, começa a era do Vaivém espacial. Lançamento da missão STS-1 do vaivém Columbia, adiado desde 10 de Abril. O comandante John Young e o piloto Robert Crippen orbitam a Terra 37 vezes durante dois dias antes de regressarem. Os objectivos principais do voo inaugural eram testar os sistemas principais, completar uma ascensão até órbita com sucesso, e regressar à Terra em segurança. 
Observações: Quando a Primavera começou, a Ursa Maior situava-se bem alta a Nordeste, balançando na ponta da sua "pega" após o anoitecer. Agora que é Abril, a Ursa Maior inclina-se para a esquerda. As suas duas estrelas mais altas, que formam a frente da frigideira, apontam para baixo e para a esquerda para a razoavelmente ténue estrela Polar.

 
CURIOSIDADES


Um ser humano sem protecção pode sobreviver até 1,5 minutos no espaço sem danos corporais permanentes.

 
RESOLVIDO MISTÉRIO DE LUA DE SATURNO COM FORMA DE NOZ?

Segundo os investigadores, a cordilheira gigante em torno do meio da lua de Saturno, Jápeto, que faz com que se assemelhe a uma noz espacial, pode ter-se formado essencialmente como um "abraço" de uma lua morta.

Jápeto, a terceira maior das luas de Saturno, possui uma cadeia montanhosa como nenhuma outra no Sistema Solar. Esta enorme cordilheira envolve o equador, chegando a 20 km de altura e 200 km de largura, e rodeia mais de 75% da lua. No total, esta cordilheira pode constituir cerca de um milésimo da massa de Jápeto.

"Adoraria estar na base desta parede de gelo com 20 km de altura que se alonga em qualquer direcção até que desaparece no horizonte," afirma Andrew Dombard, autor principal do estudo e cientista planetário da Universidade de Illinois em Chicago, EUA.

Uma cordilheira que segue o equador da lua de Saturno, Jápeto, dá-lhe o aspecto de uma noz gigante. Fotografada em 2004 pela sonda Cassini, mede em média 100 km de largura e por vezes chega a 20 km de altura. Em comparação, o monte Evereste mede 8,8 km de altura.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute
 

Os cientistas até agora não conseguiam explicar como é que esta cadeia montanhosa se tinha formado. De todos os planetas e luas no nosso Sistema Solar, aparentemente apenas Jápeto tem este tipo de cordilheira - qualquer processo que os cientistas previamente sugeriram para explicar esta formação também teria criado características semelhantes noutros corpos.

Agora, investigadores sugerem que a cordilheira pode ser os restos de uma lua morta. O seu modelo propõe que um impacto gigante expeliu detritos de Jápeto no fim de um período de crescimento planetário há mais de 4,5 mil milhões de anos atrás. Estes pedregulhos podem ter coalescido em torno de Jápeto, tornando-o num "subsatélite", a lua de uma lua.

Neste cenário, o puxo gravitacional que Jápeto exerceu sobre este subsatélite eventualmente quebrou-o em bocados, formando um anel de detritos em torno da lua. A matéria deste anel de detritos então caiu sobre a lua, formando a cordilheira equatorial de Jápeto rapidamente, "provavelmente numa escala de séculos," afirma Dombard.

Os investigadores sugerem que, de todos os planetas e luas no nosso Sistema Solar, apenas Jápeto tem este género de cordilheira global devido à sua órbita única, tão distante de Saturno. Isto fez com que tivesse a sua própria lua mais facilmente - se Jápeto estivesse mais próximo, Saturno teria raptado qualquer das luas de Jápeto, acrescenta Dombard.

Serão precisas mais elaboradas simulações computacionais deste processo, desde o impacto gigante até à chuva de detritos, para testar se o modelo que Dombard e colegas sugerem pode ter realmente formado a cordilheira equatorial de Jápeto. Tal análise também ajudaria a medir com precisão a especificidade da ideia, tal como o tempo que demorou até o subsatélite se quebrar. "A minha intuição pessoal sugere que deve ter demorado entre 500 e 1000 milhões de anos," conclui Dombard.

Links:

Notícias relacionadas:
SPACE.com
UPI.com

Jápeto:
SEDS.org
Wikipedia

Saturno:
Solarviews
Wikipedia

Cassini:
Página oficial (NASA)
Wikipedia

 
HD 10180 PODE TER NOVE PLANETAS
Impressão de artista do sistema planetário em torno da estrela tipo-Sol, HD 10180.
Crédito: ESO/L. Calçada
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O astrónomo Mikko Tuomi da Universidade de Hertfordshire no Reino Unido, após estudar dados do sistema solar que rodeia a estrela HD 10180, descobriu que provavelmente tem nove planetas, o que o torna no sistema planetário mais populoso que se conhece (o nosso tem apenas oito após a despromoção de Plutão). Os seus achados estão detalhados num artigo pré-publicado no site arXiv (em breve será publicado na revista Astronomy & Astrophysics) que descreve como após analisar ligeiras oscilações da estrelas devido à gravidade planetária, descobriu o que acredita ser a confirmação de um sétimo planeta, e evidências de mais dois.

HD 10180 encontra-se a cerca de 130 anos-luz de distância, na direcção da constelação de Hidra e foi tornado célebre pelos astrónomos em 2010. Na altura, pensava-se que o sistema consistia de apenas cinco planetas, embora se tivesse especulado que poderiam haver até sete. Desde aí, outros trabalhos demonstraram a provável existência de seis planetas, cinco dos quais se acredita terem uma massa perto da de Neptuno. O outro parece ter uma massa semelhante à de Saturno. Os investigadores chegam a estas conclusões ao estudar o modo como uma estrela parece oscilar (um efeito Doppler) à medida que responde ao puxo gravitacional de planetas em órbita. Ao examinar estas ligeiras oscilações, os astrónomos podem deduzir não só o tamanho do planeta que a provoca, como também o seu período. Os períodos originalmente estabelecidos variavam entre os 5 e os 2000 dias.

Tuomi não fez observações novas, ao invés estudou novamente os dados originais usando diferentes técnicas de análise estatística. Ao fazê-lo, descobriu evidências de três planetas adicionais, todos muito mais pequenos que os seis originais. Estes novos planetas, que estima ter 1,3, 1,9 e 5,1 vezes o tamanho da Terra, têm períodos de translação bastante mais curtos (1,2, 10 e 68 dias) que os outros planetas, indicando que estão muito perto da estrela, mais perto até que Mercúrio está do nosso Sol, o que significa que são demasiado quentes para serem habitáveis, pelo menos para vida como a conhecemos.

É importante realçar que este trabalho não prova que nenhum dos novos planetas suspeitos em torno de HD 10180 existem realmente, meramente fornece fortes evidências. Além disto, as evidências estatísticas levadas a cabo por Tuomi sugerem que, a existirem de facto planetas, todos parecem ter órbitas estáveis.

Links:

Notícias relacionadas:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg (27/08/2010)
Artigo científico (formato PDF)
PHYSORG.com
Blah blah blah 2

HD 10180:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Io: Lua por Cima de Júpiter
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Equipa de Imagem da CassiniSSIJPLESANASA
 
Qual é o tamanho da lua de Júpiter, Io? O corpo mais vulcânico do Sistema Solar, Io mede 3600 quilómetros em diâmetro, mais ou menos o tamanho do único satélite natural do planeta Terra. Ao passar por Júpiter no virar do milénio, a sonda Cassini capturou esta espectacular imagem do activo Io com o maior gigante gasoso como pano de fundo, proporcionando uma espectacular demonstração do tamanho relativo do planeta. Embora na imagem acima Io pareça estar localizado mesmo em frente das rodopiantes nuvens jovianas, Io roda em torno de Júpiter a cada 42 horas a uma distância de mais ou menos 420.000 quilómetros a partir do centro de Júpiter. Isto coloca Io quase a 350.000 quilómetros por cima do topo das nuvens de Júpiter, o equivalente à distância entre a Terra e a Lua. A sonda Cassini encontrava-se a cerca de 10 milhões de quilómetros de Júpiter quando registou a imagem.
 

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