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Edição n.º 906
09/11 a 12/11/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 09/11: 314.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1934 nascia Carl Sagan.

Carl Sagan começou a sua carreira na ciência da vida no Universo como assistente do prémio Nobel da medicina H. J. Muller nos anos 50. Conhecedor, tanto de Astronomia como de Biologia, as suas contribuições para o estudo da ciência planetária são a fundação da pesquisa actual. "Cosmos", a série televisiva, ganhou vários prémios Emmy e Peabody. O livro, foi o livro científico mais vendido de sempre. O seu romance "Contacto" foi trazido para o cinema através da Warner Bros. Teve um papel fundamental nas sondas MarinerViking e Voyager, pelas quais recebeu a medalha de Feito Científico Excepcional da NASA (duas vezes) e a medalha de Notável Seviço Público. Co-fundador da Sociedade Planetária. Dr. Sagan recebeu o prémio Pulitzer, a medalha Oersted e muitos outros prémios - incluindo dezoito graduações de colégios e Universidades americanas - pelas suas contribuições à Ciência, literatura, educação e conservação do ambiente. Sagan teve o título de Professor David Duncan de Astronomia e Ciências Espaciais e foi director do Laboratório de Estudos Planetários na Universidade de Cornell. O prémio Masursky da Sociedade Astronómica Americana cita "as suas extraordinárias contribuições no desenvolvimento da ciência planetária". Morreu a 20 de Dezembro de 1996. Hoje faria 78 anos.
Em 1967, a NASA lança a nave não-tripulada Apollo 4, no topo do primeiro foguetão Saturno V.
Em 2005, lançamento da missão europeia Venus Express
Observações: Por volta das 21:40 e até às 23:50, conseguirá observar telescopicamente a sombra de Io passar pela atmosfera de Júpiter. Ao início do evento e até às 22:15, é ainda possível observar o satélite para o lado do planeta. Io reaparece no lado oposto por volta das 00:25 (já dia 10).

Dia 10/11: 315.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1970 era lançada a sonda lunar Lunokhod 1.

Observações: Por volta das 21:45, é possível observar Io ficar novamente visível após ter passado por trás do planeta Júpiter.
Novembro é a altura do ano em que a Ursa Maior descansa horizontalmente na sua mais baixa posição a Norte-Noroeste após o lusco-fusco. Como tal, pode nao a conseguir observar por mergulhar para baixo do horizonte.

Dia 11/11: 316.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1572 Tycho Brahe observa uma nova no céu. Isto é uma prova contra a teoria de Aristóteles que os céus são imutáveis.
Em 1966, lançamento da Gemini 12.

Observações: A partir das 00:25 (dia 10 para dia 11), Ganimedes é eclipsada pela sombra de Júpiter. Começa a reaparecer por volta das 02:30 e é visível durante uns minutos muito perto da atmosfera, até que 15 minutos depois é ocultada pelo disco do planeta. Reaparece novamente no outro lado do planeta por volta das 04:40.
Antes do amanhecer, olhe para Este-Sudeste e encontrará a Lua perto do horizonte. O ponto brilhante para a sua esquerda é o planeta Vénus.

Dia 12/11: 317.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965, é lançada a sonda Venera 2 (USSR), com objectivo Vénus

Em 1980, a sonda Voyager 1 faz a sua maior aproximação de Saturno.
Em 1981, lançamento STS-2 do vaivém Columbia, marcando a primeira vez que um veículo tripulado é lançado para o espaço duas vezes.
Observações: A partir das 01:20 de dia 11 para 12 e até por volta das 03:45, é possível observar telescopicamente a sombra de Europa passar pela atmosfera de Júpiter. O satélite reaparece de frente do planeta uma hora depois.

 
CURIOSIDADES


Os astrónomos já descobriram até agora centenas de planetas em órbita de outras estlreas, e todos têm "chatos" nomes de catálogo com números e letras. Uma jovem empresa, chamada Uwingu, espera usar métodos inovadores para ajudar a custear a pesquisa do espaço, e para tal o seu primeiro projecto comercial é desafiar as pessoas a criarem um livro de nomes
para planetas extrasolares.

 
CIENTISTAS DESCOBREM PISTAS TANTALIZANTES DE SUPER-TERRA POTENCIALMENTE HABITÁVEL

Astrónomos detectaram um planeta extrasolar que pode ser capaz de suportar vida como a conhecemos - e está muito perto da Terra no esquema cósmico das coisas.

O exoplaneta recém-descoberto, chamado de "super-Terra" HD 40307 g, está localizado dentro da zona habitável da sua estrela, uma gama de distâncias ideais onde a água líquida pode existir à superfície um mundo. E o planeta está situado a uns meros 42 anos-luz da Terra, o que de acordo com os pesquisadores, significa que os telescópios do futuro poderão ser capazes de o observar directamente.

"A órbita mais longa do novo planeta significa que o seu clima e atmosfera podem ser ideais para suportar vida," afirma Hugh Jones, co-autor do estudo, da Universidade de Hertfordshire, Inglaterra. "Este planeta e suas possíveis luas estão numa órbita comparável à da Terra, aumentando a probabilidade que seja habitável."

Esta impressão de artista mostra o recém-descoberto e potencialmente habitável exoplaneta HD 40307 g no pano da frente, com a sua estrela-mãe e outros dois mundos no sistema de seis planetas. A atmosfera e continentes ilustrados não foram detectados nas observações.
Crédito: J. Pinfield, rede RoPACS da Universidade de Hertfordshire
(clique na imagem para ver versão maior)
 

HD 40307 g é um de três mundos recém-descobertos em torno da estrela-mãe, que já era conhecida por albergar outros três exoplanetas. As descobertas aumentam assim a população planetária total do sistema estelar para seis. A estrela HD 40307 é um pouco mais pequena e menos luminosa que o nosso próprio Sol. Os astrónomos já haviam detectado três super-Terras - planetas um pouco mais massivos que o nosso - em torno da estrela, todos eles em órbitas demasiado próximas para suportar água líquida.

No novo estudo, a equipa de pesquisa re-analisou observações do sistema HD 40307 feitas por um instrumento chamado HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher). O HARPS faz parte do telescópio de 3,6 metros do Observatório la Silla do ESO no Chile. O instrumento permite aos astrónomos medirem as oscilações gravitacionais que um planeta em órbita induz na sua estrela-mãe.

As novas técnicas de análise dos cientistas permitiram-lhes identificar mais três super-Terras em torno da estrela, incluindo HD 40307 g, que se pensa ter pelo menos sete vezes a massa do nosso planeta. Mikko Tuomi, também da universidade inglesa, diz que HD 40307 g pode ou não ser um planeta rochoso como a Terra. "Se tivesse que adivinhar, diria 50-50. Mas a verdade é que de momento nós simplesmente não sabemos se este planeta é uma Terra grande ou um pequeno Neptuno quente sem uma superfície sólida."

Representação da zona habitável em torno de HD 40307 g, em comparação com a do Sistema Solar.
Crédito: Tuomi et al. retirado do artigo da equipa
(clique na imagem para ver versão maior)
 

HD 40307 g é o mais exterior dos seis planetas do sistema, orbitando a uma distância média de 90 milhões de quilómetros da estrela (em comparação, a Terra gira em torno do Sol a uma distância de 150 milhões de quilómetros). Os outros dois exoplanetas recém-descobertos são provavelmente demasiado quentes para suportar vida como a conhecemos. Mas HD 40307 g - que oficialmente continua a ser um "candidato a planeta", pendente de confirmação por estudos de acompanhamento - está situado confortavelmente no meio da zona habitável da estrela.

Além disso, a órbita de HD 40307 g é distante o suficiente para que o planeta não esteja bloqueado por forças de marés com a estrela, tal como a Lua está com a Terra. Em vez disso, HD 40307 g provavelmente gira livremente como o nosso planeta, mostrando cada lado de si à estrela no devido tempo. A falta deste bloqueio de marés "aumenta as suas hipóteses de realmente ter condições semelhantes às da Terra," afirma Tuomi. O novo estudo foi aceite para publicação na revista Astronomy & Astrophysics.

Já foram descobertas super-Terras nas zonas habitáveis de outras estrelas. Por exemplo, uma equipa usando o Telescópio Kepler da NASA anunciou a descoberta do mundo potencialmente habitável Kepler-22b em Dezembro de 2011. Kepler-22b fica a 600 anos-luz de distância, o que não é muito longe, considerando que a nossa Via Láctea mede cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro. Mas HD 40307 g está a apenas 42 anos-luz de nós - perto o suficiente para que os futuros instrumentos possam ser capazes de o observar directamente.

"Descobertas como esta são realmente emocionantes, e tais sistemas serão alvos naturais para a próxima geração de grandes telescópios, tanto no solo como no espaço," afirma David Pinfield da Universidade de Hertfordshire, que não esteve envolvido no novo estudo.

Links:

Notícias relacionadas:
Universidade de Göttingen (em alemão)
Artigo científico (formato PDF)
SPACE.com
PHYSORG
Universe Today
Spaceref
Discovery News
Science News
BBC News

HD 40307:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Observatório La Silla:
ESO
Wikipedia

ESO:
Página oficial
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Arp 188 e a Cauda do Girino
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Arquivo de Dados do HubbleESANASAProcessamento Bill Snyder (Observatório Heavens Mirror)
 
Nesta imagem deslumbrante, com base em dados do Arquivo de Dados do Hubble, galáxias distantes formam um fundo dramático para a galáxia espiral perturbada Arp 188, a Galáxia do Girino. O girino cósmico está a uns meros 420 milhões de anos-luz de distância na direcção da constelação de Dragão. A sua atraente cauda mede cerca de 280 mil anos-luz de comprimento e apresenta enormes e brilhantes aglomerados de estrelas azuis. Uma teoria afirma que uma galáxia mais compacta passou em frente de Arp 188 - da direita para a esquerda a partir do ponto de vista da Terra - e ficou pendurada atrás do Girino pela sua atracção gravitacional. Durante a passagem rasante, as forças de marés arrastaram estrelas, gás e poeira da galáxia espiral formando a espectacular cauda. A galáxia intrusa propriamente dita, estimada a 300 mil anos-luz por trás da Galáxia do Girino, pode ser vista através dos braços espirais de primeiro plano no canto superior esquerdo. Fazendo jus ao seu nome, a Galáxia do Girino vai provavelmente perder a sua cauda à medida que envelhece, com os enxames estelares formando galáxias satélite da grande galáxia espiral.
 

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