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Edição n.º 924
11/01 a 14/01/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 11/01: 11.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1787, William Herschel descobre Oberon e Titânia, os maiores satélites de Urano.

Em 1996, missão STS-72 do vaivém Endeavour, no seu 10.º voo.
Observações: Ao início da noite por esta altura do ano, o Grande Quadro de Pégaso apoia-se num único canto, alto a Oeste. O vasto complexo das constelações de Andrómeda e Pégaso estendem-se desde perto do zénite (o pé de Andrómeda), passa pelo Grande Quadrado (o corpo de Pégaso) e quase que alcança o horizonte a Oeste (o nariz de Pégaso).
Lua Nova, pelas 19:44.

Dia 12/01: 12.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1820 é fundada a "British Royal Astronomical Society".
Em 2005 é lançada a partir de Cabo Canaveral a sonda Deep Impact.
Em 2007, o cometa C/2006 P1(McNaught) alcança o periélio e torna-se no cometa mais brilhante dos últimos 40 anos.

Observações: À medida que anoitece, olhe para baixo a Noroeste e encontre Vega. Para cima e para a sua esquerda, a dois ou três punhos à distância de um braço esticado, brilha Deneb. Deneb é a cauda da grande constelação de Cisne, que está agora de cabeça para baixo e que dentro de pouco tempo estará quase vertical, apoiado no horizonte a Noroeste (visto a partir de latitudes médias norte).

Dia 13/01: 13.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1610, Galileu Galilei observa pela primeira vez todos os quatro satélites de Júpiter ao mesmo tempo.

Em 1993, lançamento da missão STS-54 do vaivém espacial Endeavour, o seu terceiro voo.
Em 2000, foram descobertos buracos negros solitários à deriva na Galáxia.
Observações: Aproveite a noite para observar Júpiter e os seus satélites galileanos. Dum lado estão Io, Europa e Calisto. Do outro lado do planeta está Ganimedes.

Dia 14/01: 14.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2005 aterrava em Titã a sonda Huygens.

Observações:Pelas 22:50, Europa desaparece em frente de Júpiter. A sua sombra torna-se visível pelas 00:45 (já de dia 15). O satélite reaparece no outro lado do planeta pelas 01:15 e a sombra desaparece pelas 03:10.

 
CURIOSIDADES


Vega foi a primeira estrela do céu nocturno a ser fotografada em 1850, por William Bond e John Whipple.

 
TELESCÓPIOS DESCOBREM EVIDÊNCIAS DE CINTURA DE ASTERÓIDES EM TORNO DE VEGA

Astrónomos descobriram o que parece ser uma grande cintura de asteróides em torno da estrela Vega, uma das estrelas mais brilhantes do céu do Hemisfério Norte. Os cientistas usaram dados do Telescópio Espacial Spitzer da NASA e do Observatório Espacial Herschel da ESA.

A descoberta de uma cintura de asteróides em torno de Vega torna a estrela semelhante a outra chamada Fomalhaut. Os dados são consistentes com ambas as estrelas terem cinturas interiores e quentes, e cinturas exteriores e frias, separadas por uma abertura. Esta arquitectura é semelhante com a cintura de asteróides e a cintura de Kuiper no nosso próprio Sistema Solar.

O que está a manter a abertura entre as cinturas quentes e frias em redor de Vega e Fomalhaut? Os resultados sugerem que a resposta são múltiplos planetas. A cintura de asteróides do nosso Sistema Solar, situada entre Marte e Júpiter, é mantida pela gravidade dos planetas terrestres e dos planetas gigantes, e a cintura de Kuiper é esculpida pelos planetas gigantes.

Esta impressão de artista ilustra uma cintura de asteróides em torno da estrela Vega. Evidências deste anel quente de detritos foram descobertas com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, e com o Observatório Espacial Herschel da ESA.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Os nossos achados reflectem resultados recentes que mostram que os sistemas multi-planetários são comuns para lá do Sol," afirma Kate Su, astrónoma do Observatório Steward da Universidade do Arizona, em Tucson, EUA. Su apresentou os resultados na Terça-feira passada na reunião da Sociedade Astronómica Americana em Long Beach, no estado americano da Califórnia, e é a autora principal de um artigo sobre os achados, aceite para publicação na revista Astrophysical Journal.

Vega e Fomalhaut são semelhantes de outras formas. Ambas têm cerca de duas vezes a massa do Sol e brilham em tons mais azulados e quentes. Ambas as estrelas estão relativamente próximas, a cerca de 25 anos-luz de distância. Pensa-se que as estrelas tenham cerca de 400 milhões de anos, mas Vega pode estar mais perto dos 600 milhões. Fomalhaut tem um único candidato a planeta em órbita, Fomalhaut b, que orbita no limite interior da sua cintura cometária.

Os telescópios Herschel e Spitzer detectaram radiação infravermelha emitida pela poeira quente e fria em bandas discretas ao redor de Vega e Fomalhaut, descobrindo a nova cintura de asteróides em Vega e confirmando a presença de outras cinturas em ambas as estrelas. Os cometas e as colisões de rochas repõem a poeira nestas cinturas. As cinturas interiores destes sistemas não podem ser vistas no visível devido ao enorme brilho das suas estrelas-mãe.

Tanto as cinturas internas como as externas contêm muito mais material do que a nossa cintura de asteróides e de Kuiper. Por duas razões: os sistemas estelares são muito mais jovens do que o nosso, e têm ainda muitas centenas de milhões de anos para "limpar a casa", e os sistemas foram provavelmente formados a partir de uma nuvem de gás e poeira inicialmente mais massiva do que a que formou o nosso Sistema Solar.

Astrónomos descobriram o que parece ser uma grande cintura de asteróides em torno da estrela Vega, como ilustrado aqui à esquerda em castanho.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A abertura entre as cinturas interiores e exteriores de Vega e Fomalhaut também correspondem proporcionalmente à distância entre as cinturas de asteróides e a de Kuiper do Sol. Esta distância funciona a uma proporção de aproximadamente 1:10, com a cintura exterior 10 vezes mais longe da estrela-mãe do que a cintura interior. No que respeita à grande abertura entre as duas cinturas, é provável que existem vários planetas não detectados, com o tamanho de Júpiter ou mais pequenos, criando uma zona livre de poeira entre as duas. Um sistema estelar comparável é HR 8799, que tem quatro planetas conhecidos que varrem o espaço entre dois discos semelhantes de detritos.

"No geral, a grande abertura entre as cinturas quentes e frias é um sinal que aponta para vários planetas que orbitam em torno de Vega e Fomalhaut," afirma Su.

Se estes planetas invisíveis orbitam, de facto, Vega e Fomalhaut, não vão ficar escondidos por muito tempo.

"Novos equipamentos, como o Telescópio Espacial James Webb da NASA, deverão ser capazes de encontrar os planetas," afirma Karl Stapelfeldt, co-autor do artigo e chefe do Laboratório de Astrofísica Exoplanetária e Estelar do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano do Maryland.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade do Arizona (comunicado de imprensa)
PHYSORG
Astronomy Now
SPACE.com
Discovery News

Cintura de asteróides:
Wikipedia
Cintura de Kuiper (Wikipedia)

Vega:
Wikipedia

Fomalhaut:
Wikipedia
Fomalhaut b (Wikipedia)

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - As Balas de Orionte
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Equipa GeMS/GSAOI, Observatório Gemini, AURA 
Processamento: Rodrigo Carrasco (Obs. Gemini), Travis Rector (Univ. do Alaska em Anchorage)
 
"Balas" cósmicas furam os arredores da Nebulosa de Orionte a cerca de 1500 anos-luz de distância nesta nítida ampliação infravermelha. Disparadas por formação estelar energética e massiva, as "balas", nuvens de gás quente, relativamente densas e com cerca de dez vezes o tamanho da órbita de Plutão, são azuis nesta imagem em cores falsas. Brilhando graças aos átomos de ferro ionizado, viajam a velocidades de centenas de quilómetros por segundo, e a sua passagem é traçada pelas marcas alaranjadas do hidrogénio gasoso da nebulosa, aquecido pelo choque. As formas cónicas têm cerca de um-quinto de um ano-luz. A imagem foi criada usando o telescópio Gemini Sul de 8,1 metros no Chile e com um sistema novo de ópticas adaptivas (GeMS). Com um campo de visão maior do que a geração anterior de ópticas adaptivas, o GeMS usa cinco estrelas-guias geradas com laser para ajudar a compensar os efeitos de desfocagem da atmosfera do planeta Terra.
 

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