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Edição n.º 953
23/04 a 25/04/2013
 
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26/04/13 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
21:00 - 23:00
Preço: 1€ (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 920/22
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu nocturno com telescópio (dependente da meteorologia favorável)

27/04/13 - DESCOBRINDO O SOL
16:00 - 17:00 (actividade incluída na visita ao Centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro - crianças até 12 anos grátis)
Nesta actividade os participantes poderão observar os fenómenos visíveis na "superfície" do Sol e participar em experiências que ajudam a conhecer melhor o astro-rei. As experiências incluem atividades com fornos e painéis solares.

 
EFEMÉRIDES

Dia 23/04: 113.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1792, nascia John Thomas Romney Robinson, astrónomo irlandês que compilou o catálogo estelar Armagh, fez trabalhos sobre a construção de instrumentos astronómicos e foi também provavelmente o inventor de um aparelho que media a velocidade do vento, o anemómetro de Robinson. A cratera Robinson na Lua tem o seu nome.
Em 1858, nascia Max Planck, físico alemão considerado o fundador da teoria quântica, pela qual recebeu o Prémio Nobel da Física em 1918.

Em 1967, era lançada a missão Soyuz 1 com o Coronel Valentim Komarov a bordo, que viria a morrer no dia seguinte quando a nave se despenhou contra o solo na reentrada.
Em 2009, a explosão de raios-gama GRB 090423 é observada durante 10 segundos, classificada à data como o segundo objecto mais distante e antigo do Universo conhecido.
Observações: A Lua, Espiga e Saturno perfazem uma linha recta no céu. Comece no nosso satélite natural, e prossiga para baixo e para a sua esquerda.

Dia 24/04: 114.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1066, foi observado o cometa Halley
Em 1967, o cosmonauta Vladimir Komarov morre a bordo da Soyuz 1, quando o pára-quedas se recusa a abrir. É o primeiro humano a morrer numa missão espacial.
Em 1970, é lançado o primeiro satélite chinês, o Dong Fang Hong I.
Em 1971, a Soyuz 10 acopla com a Salyut 1. 
Em 1990, STS-31: o telescópio espacial Hubble é lançado a bordo do vaivém Discovery.

Em 2007, Gliese 581 d é descoberto por um observatório chileano, que se acredita ser um planeta extrasolar habitável.
Observações: Perto da Lua quase Cheia está Espiga, a estrela mais brilhante da constelação de Virgem.

Dia 25/04: 115.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1983 a sonda Pioneer 10 passava para além da órbita de Plutão.
Em 1990, astronautas a bordo do Space Shuttle Discovery (STS-31) colocam o Telescópio Espacial Hubble em órbita. 

Observações: Lua Cheia, pelas 20:57. Um eclipse lunar muito parcial pode ser visto mesmo ao caír da noite, enquanto a Lua está baixa a Este-Sudeste.
A "estrela" perto da Lua toda a noite é Saturno, a poucos dias da sua própria oposição.

 
CURIOSIDADES


Com um custo total de 150 mil milhões de dólares, a Estação Espacial Internacional é o objecto mais caro alguma vez construído.

 
HERSCHEL LIGA ÁGUA DE JÚPITER A IMPACTO DE COMETA

O Observatório Espacial Herschel da ESA resolveu um mistério de longa data sobre a origem da água na atmosfera superior de Júpiter, encontrando provas conclusivas de que foi entregue pelo dramático impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Julho de 1994.

Durante a espectacular colisão que durou uma semana, uma série de 21 fragmentos cometários colidiram com o hemisfério sul de Júpiter, deixando cicatrizes escuras na atmosfera do planeta, que persistiu durante várias semanas.

O notável evento foi a primeira observação directa de uma colisão extraterrestre no Sistema Solar. Foi seguida em todo o mundo por astrónomos amadores e profissionais com muitos telescópios terrestres e com o Telescópio Espacial Hubble.

Este mosaico de imagens obtidas pela câmara WFPC-2 do Hubble mostra a evolução do local de impacto G em Júpiter (foi atribuída uma letra a cada dos 21 fragmentos do Shoemaker-Levy 9; G representa o sétimo fragmento a atingir o planeta).
Crédito: R. Evans, J. Trauger, H. Hammel e Equipa Científico do Cometa do HST
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Observatório Espacial Infravermelho (ISO) da ESA foi lançado em 1995 e foi o primeiro a detectar e a estudar a água na atmosfera superior de Júpiter. Foi amplamente especulado que o cometa Shoemaker-Levy 9 podia ter sido a origem desta água, mas faltava provas directas.

Os cientistas foram capazes de excluir uma fonte interna, tal como a água surgindo do interior da atmosfera do planeta, pois não é possível o vapor de água passar através da 'armadilha fria' que separa a estratosfera da camada visível de nuvens na troposfera inferior.

Por isso, a água na estratosfera de Júpiter deve ter sido entregue a partir do exterior. Mas a determinação da sua origem teve que esperar mais de 15 anos, até o Herschel usar os seus sensíveis olhos infravermelhos para mapear a distribuição vertical e horizontal da assinatura química da água.

As observações do Herschel descobriram que havia 2-3 vezes mais água no hemisfério sul de Júpiter do que no hemisfério norte, com a maior parte concentrada em torno dos locais do impacto do cometa em 1994. Além disso, só é encontrada em altas altitudes.

"Só o Herschel foi capaz de fornecer a sensível imagem espectral necessária para encontrar o elo perdido entre a água de Júpiter e o impacto de 1994 do cometa Shoemaker-Levy 9," afirma Thibault Cavalié do Laboratório de Astrofísica de Bordéus, autor principal do artigo publicado na revista Astronomy and Astrophysics.

"De acordo com os nossos modelos, tanto quanto 95% da água na estratosfera é devida ao impacto do cometa."

Distribuição da água na estratosfera de Júpiter, medida pelo observatório espacial Herschel da ESA com o instrumento PACS a 66,4 micrómetros. Os dados foram sobrepostos numa imagem de Júpiter obtida no visível com o Telescópio Hubble.
Crédito: mapa da água: ESA/Herschel/T. Cavalié et al.; Júpiter: NASA/ESA/Reta Beebe (Universidade de Novo México)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Outra fonte possível de água seria uma chuva constante de pequenas partículas de poeira interplanetária em Júpiter. Mas, neste caso, a água deveria ser distribuída uniformemente por todo o planeta e deveria filtrar-se para altitudes mais baixas.

Além disso, uma das luas geladas de Júpiter poderia fornecer água para o planeta por meio de um gigantesco toro de vapor, tal como o Herschel já viu na lua de Saturno, Encelado, mas esta hipótese foi também descartada. Nenhuma das grandes luas de Júpiter está no lugar certo para transportar água para os locais observados.

Finalmente, os cientistas foram capazes de afastar quaisquer contribuições significativas de pequenos impactos recentes avistados por astrónomos amadores em 2009 e 2010, juntamente com variações locais na temperatura da atmosfera de Júpiter.

O Shoemaker-Levy 9 é provavelmente o único culpado.

"Todos os quatro planetas gigantes do Sistema Solar exterior têm água nas suas atmosferas, mas pode haver quatro cenários diferentes para como a obtiveram," afirma Dr. Cavalié. "Para Júpiter, é evidente que o Shoemaker-Levy 9 é, de longe, a fonte dominante, mesmo que outras fontes externas possam também contribuir."

"Graças às observações do Herschel, ligámos agora um impacto cometário único - um que foi seguido em tempo real e que capturou a imaginação do público - à água de Júpiter, finalmente resolvendo um mistério que foi aberto há quase duas décadas," acrescenta Göran Pilbratt, cientista do projecto Herschel da ESA.

As observações feitas neste estudo prenunciam as planeadas para a missão futura da ESA, JUICE (JUpiter ICy moons Explorer) a Júpiter e às suas luas, com lançamento previsto para 2022, que irá mapear a distribuição dos ingredientes atmosféricos de Júpiter em ainda maior detalhe.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)

Astronomy & Astrophysics
Artigo científico (formato PDF)

Júpiter:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Cometa Shoemaker-Levy 9:
NinePlanets.org
Wikipedia

Observatório Espacial Herschel:
ESA (ciência e tecnologia)
ESA (centro científico)
ESA (página de operações)
NASA
Caltech
Wikipedia

ISO:
ESA (página oficial)

Wikipedia

JUICE:
ESA (página oficial)
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Astrónomos sugerem que Sol poderá não acabar como nebulosa planetária (via Universe Today)
Os livros científicos citam regularmente que as nebulosas planetárias representam o estágio final da vida de estrelas de baixa massa. Mas ao mesmo tempo, pesquisas recentes sugerem que a maioria das nebulosas planetárias surgem em sistemas binários. O limite mínimo teórico de massa necessária para formar uma típica nebulosa planetária ronda uma massa solar, e por isso sem uma companheira o Sol poderá não ultrapassar o limite de massa necessário para gerar uma nebulosa normalmente ligada às nebulosas planetárias. Novas pesquisas continuam a questionar o nosso conhecimento original de como a vida do Sol poderá terminar. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Nebulosa Cabeça de Cavalo no Infravermelho
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESA, e Equipa Hubble Heritage (STSci/AURA)
 
Enquanto vagueava pelo cosmos, uma magnífica nuvem de poeira interestelar foi esculpida por ventos estelares e radiação até assumir uma forma reconhecível. Apropriadamente chamada Nebulosa Cabeça de Cavalo, está inserida na vasta e complexa Nebulosa de Orionte (M42). Um objecto potencialmente gratificante, mas difícil de observar, a maravilhosamente detalhada imagem acima foi recentemente obtida no infravermelho pelo Telescópio Espacial Hubble em honra do 23.º aniversário do lançamento do instrumento. A nuvem molecular escura, mais ou menos a 1500 anos-luz de distância, está catalogada como Barnard 33 e é vista acima principalmente porque é iluminada pela grande estrela vizinha Sigma Orionis. A Nebulosa Cabeça de Cavalo vai lentamente mudar de forma aparente ao longo dos próximos milhões de anos e acabará por ser destruída pela luz altamente energética das estrelas.
 

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