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SISTEMA SOLAR PODE SER EXCEPÇÃO, NÃO A REGRA
6 de Agosto de 2004
 

Embora cada vez mais planetas sejam descobertos fora do nosso Sistema Solar, nenhum deles se parece com algum dos nossos planetas. E é possível que se tenham formado de uma maneira completamente diferente, o que faz do nosso sistema planetário uma jóia única.

No modelo tradicional de formação de planetas, o pó num disco de gás à volta de uma estrela gradualmente se junta para formar rochas, que eventualmente se fundem para formar núcleos planetários. Os núcleos acumulam então atmosferas gasosas. Neste modelo, os gigantes gasosos tal como Júpiter formam-se em regiões relativamente mais frias do sistema.


Impressão de artista de um planeta extra-solar e sua lua.
Crédito: desconhecido

Mas este modelo não explica totalmente a formação dos mais ou menos 110 planetas extrasolares que já foram descobertas na década passada. Habitualmente, estes planetas são muito mais pesados que Júpiter, e muitos são chamados "Júpiteres quentes" porque orbitam mais perto da sua estrela do que a Terra, ou até que Mercúrio.

Alguns astrónomos dizem que estes gigantes formaram-se muito longe da estrela, tal como Júpiter, mas que depois migraram para o interior. No entanto, continua a luta de explicar o porquê dos planetas simplesmente não mergulharem para a estrela.

Existem outras diferenças entre os recém-descobertos planetas e os do nosso Sistema Solar. As órbitas dos planetas extra-solares são muito mais elípticas que as relativamente circulares, tais como a da Terra ou de Júpiter.


Ilustração de um planeta extra-solar.
Crédito: Roland Brodbeck

Os astrónomos já indicaram alguns planetas extra-solares com órbitas quase circulares, mas segundo Martin Beer, um astrofísico na Universidade de Leicester do Reino Unido, até estas órbitas são ligeiramente mais elípticas que a de Júpiter e os planetas encontram-se razoavelmente perto das suas estrelas.

Beer e os seus colegas estão debatendo que os sistemas extra-solares podem não se ter formado da mesma maneira que o nosso. É possível que os sistemas de "Júpiteres quentes" possam ter aparecido quando os discos de pó à volta das estrelas se tornaram instáveis e subitamente se fragmentaram, com os fragmentos individuais colapsando sobre o seu próprio peso para formar planetas. Este processo naturalmente cria órbitas mais elípticas e seria improvável a criação de planetas tipo-Terra.

Irá levar ainda alguns anos até este debate se resolver. A vasta maioria dos planetas extrasolares têm sido detectados medindo a oscilação de uma estrela como resultado da gravidade de um planeta a orbitá-la. Esta técnica é inerentemente sensível aos grandes planetas com curtos períodos orbitais, por isso esses são os que se encontram.

Para observar um planeta tão longe da sua estrela como Júpiter está do Sol, os astrónomos precisariam de a observar pelo menos durante 12 anos.

"Só daqui a mais ou menos 5 anos é que saberemos se o Sistema Solar é na realidade diferente," diz Beer. "Mas se for, teremos que rever as nossas teorias sobre formação planetária, dado que as teorias actuais são largamente baseadas em informação recolhida no Sistema Solar." Pode existir mais do que uma maneira para fazer um mundo.

Links:

Notícias relacionadas:
http://arxiv.org/abs/astro-ph/0407476
http://www.space.com/scienceastronomy/rare_earth_040803.html

Martin Beer:
Bhttp://www.astro.le.ac.uk/~mtfeb1/research/index.html

Planetas extra-solares:
http://www.ga-esec-pinheiro-rosa.rcts.pt/extra_solares/planetas_extra_solares.htm

 
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