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PRIMEIRA EXPLICAÇÃO PARA OS MAGNETARES
4 de Fevereiro de 2005
 

Se um magnetar passasse próximo da Terra a cerca de 100,000 km o campo magnético seria tão intenso que poderia desmagnetizar todos os campos magnéticos. Um magnetar é um objecto que durante duas décadas foi chamado de pulsar anómalo de raios-X, mas que possui um campo magnético muitíssimo mais forte que um pulsar normal.


Magnetar 1E 1048.1-5937
Credit: ATNF/CXC/B. Gaensler (CfA)
(clique aqui para ver maior)

Não é provável que tal venha a ocorrer uma vez que não vemos muitos pulsares aqui nas nossas proximidades. Os postulados mais recentes prevêem que os magnetares sejam devidos à morte de estrelas ultra-massivas, o que pode significar que apenas deverão existir cerca de uma dúzia de magnetares em toda a nossa galáxia.

"A origem destes objectos magnéticos extremamente intensos tem sido um mistério desde a sua descoberta em 1998" disse Bryan Gaensler do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. "Pensamos ter agora resolvido o mistério."

Gaensler e a sua equipa investigaram o gás em torno do magnetar chamado 1E 1048.1-5937, localizado a 9,000 anos-luz na constelação Carina. Encontraram evidências de que a estrela que lhe deu origem teria tido uma massa de 30 a 40 massas solares. Isto significa que são estrelas de vida muito curta (5 a 6 milhões de anos em vez dos 10 mil milhões de anos que se esperam para o nosso Sol).

"Uma estrela deste tamanho é muito rara," disse Gaensler.

Uma massa desta ordem de grandeza ajuda a explicar a diferença entre os magnetares e os seus primos afastados, os pulsares.


Impressão de artista sobre um magnetar.
Crédito: Robert S. Mallozzi (UAH/NASA MSFC)
(clique aqui para ver maior)

Os pulsares são corpos estelares que servem como faróis de rádio. Rodando em torno do seu eixo várias vezes por segundo, emitem flashes de radio no alinhamento dos seus polos magnéticos. Estes flashes são devidos à emissão de sincrotrão que é produzida pelas partículas carregadas que são obrigadas à espiralar a velocidades relativistas em torno nas linhas de campo magnético do pulsar.

Os magnetars são semelhantes, com a diferença de que o seu flash é emitido nos raios-X e a uma velocidade muito inferior (cerca de uma vez em cada 10 segundos). Ocasionalmente também emitem raios gama.

Existem cerca de 1500 pulsares conhecidos mas existem menos de uma dúzia de magnetares confirmados. O que os torna tão especiais é o seu campo magnético, que é milhares de vezes mais forte que o dos pulsares e milhares de milhões de vezes mais forte que o campo magnético da Terra.

"Os magnetars têm os campos magnéticos mais intensos do Universo e nada sequer se aproxima" disse Gaensler.

Estes campos magnéticos podem ser medidos determinando o quão rapidamente ocorre o abrandamento da rotação do magnetar. Quanto maior for o campo maior será a desaceleração. Gaensler estimou que em cerca de 10.000 anos os magnetares conhecidos terão abrandado o suficiente para desligar a sua emissão de raios X.

Os ventos estelares em torno destas estrelas serão também impressionantes: cerca de 25 milhões de vezes a energia envolvida no vento solar.

Os magnetares parecem ser estrelas de neutrões numa fase jovem. No entanto, e tal como referido por Gaensler, com tão poucos resultados como os que se têm até ao momento ainda é um pouco prematuro considerar qualçquer ilacção como definitiva.

Links:

Press Release:
http://cfa-www.harvard.edu/previous/latest.html
http://cfa-www.harvard.edu/press/pr0503.html

 
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