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ESTUDO REVELA A ESTRELA MAIS PEQUENA
8 de Março de 2005
 


A estrela mais pequena até agora encontrada (OGLE-TR-122b) é um pouco maior que Júpiter.
Crédito: Observatório Europeu do Sul

Segundo um estudo, a estrela mais pequena jamais detectada foi descoberta numa pequisa por planetas extrasolares. Os astrónomos dizem que o achado sublinha a necessidade de cuidadosamente confirmar as detecções de "planetas" em futuras missões espaciais.

A estrela era um dos quase 200 objectos detectados passando em frente - ou transitando - uma companheira estelar mais brilhante durante a busca por planetas OGLE no Chile. Uma vez por semana, o pequeno objecto, chamado OGLE-TR-122b, passa em frente duma estrela do tipo do Sol chamada OGLE-TR-122, diminuindo a quantidade de luz que chega à Terra por 1.5%.

Esta diminuição no brilho permitiu aos astrónomos calcularem com precisão o tamanho do pequeno objecto - é apenas 16% maior que Júpiter. Isto é um tamanho menor que alguns planetas conhecidos para lá do nosso Sistema Solar - ou exoplanetas.

Mas a identidade de 122b como uma estrela só foi revelada quando uma equipa liderada por Frederic Pont do Observatório de Genebra, Suiça, observou 60 destes objectos mais cuidadosamente com o VLT no Chile.

Usaram o telescópio para estudar o espectro da estrela maior, que oscila para trás e para a frente devido ao puxo gravitacional do objecto mais pequeno. O relativamente insignificante corpo tem 96 vezes a massa de Júpiter - acima do limite de 75 massas de Júpiter necessárias para se tornar numa genuína estrela, que também tem que queimar hidrogénio.

"Esta é a primeira vez que encontramos uma estrela com um raio comparável ao de um planeta," diz o membro da equipa Claudio Melo do Observatório Europeu do Sul em Santiago, Chile.

A maioria dos 145 planetas até agora descobertos para lá do nosso Sistema Solar foram encontrados devido às oscilações gravitacionais, uma técnica que providencia uma estimativa das suas massas. Por isso Melo diz que as suas categorias como planetas não estão em dúvida.

Mas as futuras missões espaciais, tal como a Europeia Corot, a ser lançada em 2006, e a missão Kepler da NASA, em 2007, irão procurar exoplanetas simplesmente ao pesquisar trânsitos, ou diminuições de brilho, sem terem em conta a massa.


Impressão de artista do telescópio espacial Corot (COnvection ROtation and planetary Transits).
Crédito: CNES/Active Design, ESA

"Com base apenas nas curvas da luz, não podemos dizer o que estamos a observar," diz Melo. "Quando essas missões espaciais forem lançadas, precisamos de fazer medições espectroscópicas a partir da Terra para confirmar a natureza do objecto em trânsito."

A pequena estrela provavelmente começou a sua vida há uns quantos milhares de milhões de anos - condensando-se a partir de uma relativamente pequena nuvem de gás. Mas não é a estrela menos massiva já encontrada. Esse recorde vai para uma estrela com apenas 93 vezes a massa de Júpiter, que foi anunciado em Janeiro passado por uma equipa liderada por Laird M. Close da Universidade do Arizona, EUA. Mas essa estrela não passa em frente da sua companheira maior, a partir do ponto de vista da Terra, por isso o seu tamanho não é conhecido com precisão.

Mas Melo diz que a Física estabelece um limite - com base no grau com que a matéria pode ser amontoada - para a estrela com o menor tamanho possível. "Não penso que iremos encontrar estrelas cujo raio seja muito mais pequeno que a que estamos a observar agora," acrescenta.

Ele espera que as pesquisas por planetas extrasolares revelem dentro de pouco tempo uma anã castanha em trânsito, um tipo de objecto que preenche a posição entre os planetas e as estrelas. Entre 13 e 75 vezes a massa de Júpiter, as anãs castanhas não são massivas o suficiente para queimar hidrogénio tal como as estrelas, mas algumas observações apontam no sentido de não se formarem como os planetas, a partir dos discos de material em torno das estrelas.

O trânsito de uma anã castanha daria uma medição precisa da sua massa e do seu tamanho físico. Diz Melo: "Seria interessante saber se o nosso conhecimento da estrutura interna das anãs castanhas seria ou não validado pelas observações."

Links:

Notícias relacionadas:
http://www.edpsciences.org/articles/aa/pdf/press-releases/PRAA200505.pdf
http://www.space.com/scienceastronomy/050303_star_small.html
http://www.theregister.co.uk/2005/03/04/smallest_ever_star/
http://u.tv/newsroom/indepth.asp?id=57455&pt=n

Estudo OGLE:
http://bulge.astro.princeton.edu/~ogle/

VLT, ESO:
http://www.eso.org/projects/vlt/

Missão Corot:
http://www.esa.int/esaSC/120372_index_0_m.html

Missão Kepler:
http://www.kepler.arc.nasa.gov/

Anãs castanhas:
http://en.wikipedia.org/wiki/Brown_dwarf

 
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