Uma nova e detalhada observação de um cometa em desintegração ajudará os astrónomos a prever quão intensa será a chuva de meteoros prevista para 2022. O Cometa 73P/Schwassman-Wachmann 3 ou, simplesmente, SW-3, começou a fragmentar-se em 1995. A rotura acelerou-se nas últimas semanas à medida que o cometa se aproxima do Sol na sua órbita de 5,3 anos.
O Telescópio Espacial Spitzer capturou uma imagem de infravermelho que revela a existência de 3 dezenas de fragmentos para além de um rasto de poeiras de dimensão mais pequena. O material apresenta brilho no infravermelho pois é aquecido pelo Sol.
Em cada órbita em torno do Sol, os cometas deixam o seu rasto de poeiras numa trajectória ligeiramente diferente. O rasto de poeiras alarga-se ao longo do tempo. Quando a Terra passa nos rastos de poeiras, durante a sua órbita anual, dão-se as chuvas de meteoros. No caso deste cometa, as chuvas de meteoros são conhecidas como Tau Herculidas.
Segundo conclusões de um estudo recente, em 2022, a Terra deverá atravessar a zona central dos rastos do cometa, o que poderá causar uma grande "chuva de estrelas", o que só deverá voltar a acontecer em 2049. É possível que a chuva de 2022 venha a ser tão espectacular como algumas Leónidas do passado recente. No entanto, é ainda necessária mais modelação para se obter uma confirmação deste facto.
Para já os astrónomos amadores podem aproveitar os últimos dias para observar o resto da desintegração do cometa.
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Cometa 73P/Schwassman-Wachmann 3:
Gary W. Kronk's Cometography
Seiichi Yoshida
Wikipedia
Efemérides (NEO)
Efemérides (Harvard)
Onde observar o cometa