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NOVO RASTREIO DE EXOPLANETAS DESCOBRE O SEU PRIMEIRO OBJETO
3 de novembro de 2017

 


Imagem artística do planeta NGTS-1b, o primeiro a ser descoberto com o sistema NGTS, instalado no Observatório do Paranal do ESO. Trata-se de um planeta do tipo Júpiter quente, pelo menos tão grande como Júpiter no nosso Sistema Solar, mas com cerca de 20% menos massa. Encontra-se muito próximo da sua estrela — a apenas 3% da distância entre a Terra e o Sol — e orbita a sua estrela a cada 2,6 dias, o que significa que um ano em NGTS-1b dura cerca de 2 dias e meio.
Crédito: Universidade de Warwick/Mark Garlick
(clique na imagem para ver versão maior)

 

A rede NGTS (Next Generation Transit Survey) instalada no Observatório do Paranal do ESO, no norte do Chile, descobriu o seu primeiro exoplaneta, um Júpiter quente em órbita de uma estrela anã do tipo M, à qual se deu o nome de NGTS-1. O planeta chamado NGTS-1b é apenas o terceiro planeta gigante que se observou a transitar uma estrela deste tipo, seguindo-se a Kepler-45b e HATS-6b. NGTS-1b trata-se do maior e o mais massivo dos três, com um raio de 130% e uma massa de 80%, relativamente a Júpiter.

O NGTS é constituído por uma rede de doze telescópios de 20 cm e procura pequenos decréscimos no brilho de uma estrela causados quando um planeta em sua órbita passa à sua frente (o chamado trânsito), bloqueando parte da sua luz. Assim que NGTS-1b foi descoberto, a sua existência foi confirmada por observações de seguimento feitas no Observatório de La Silla do ESO: observações fotométricas obtidas com a EulerCam montada no Telescópio suíço de 1,2 metros Leonhard Euler; e observações espectroscópicas feitas com o instrumento HARPS montado no telescópio de 3,6 metros do ESO.

Planetas pequenos são relativamente comuns em torno de estrelas anãs do tipo M, no entanto gigantes gasosos como NGTS-1b aparecem mais raramente em torno destas estrelas do que em torno de estrelas mais parecidas com o Sol. Este facto é consistente com as atuais teorias da formação planetária, no entanto precisamos de mais observações de estrelas anãs do tipo M antes de termos um conhecimento mais aprofundado do número de planetas gigantes que se encontram em sua órbita. O NGTS foi especificamente concebido para obter dados melhores relativos a planetas em órbita de estrelas anãs do tipo M e, uma vez que estas estrelas correspondem a cerca de 75% de todas as estrelas na Via Láctea, estudá-las ajudará os astrónomos a compreender melhor a principal população de planetas na Galáxia.

O futuro pode revelar-se bem interessante no que respeita a este sistema exoplanetário, uma vez que poderá ser estudado com grande detalhe pelo complemento de instrumentos que serão colocados a bordo do Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA (JWST), o qual deverá ser lançado em 2019.

 


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Imagem artística do planeta NGTS-1b, o primeiro a ser descoberto com o sistema NGTS, instalado no Observatório do Paranal do ESO. Trata-se de um planeta do tipo Júpiter quente, pelo menos tão grande como Júpiter no nosso Sistema Solar, mas com cerca de 20% menos massa. Encontra-se muito próximo da sua estrela — a apenas 3% da distância entre a Terra e o Sol — e orbita a sua estrela a cada 2,6 dias, o que significa que um ano em NGTS-1b dura cerca de 2 dias e meio.
Crédito: Universidade de Warwick/Mark Garlick
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Links:

Notícias relacionadas:
ESO (comunicado de imprensa)
Universidade de Warwick (comunicado de imprensa)
DLR (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
Universe Today
SPACE.com
Science alert
PHYSORG
National Geographic
Popular Mechanics
ars TECHNICA

NGTS-1b:
Exoplanet.eu
Wikipedia

NGTS (Next-Generation Transit Survey):
Página principal
ESO
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
NASA Exoplanet Arquive
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

 
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