Figura 2 - Marte tem duas pequenas luas, Phobos e Deimos. Na imagem do lado temos Deimos, a mais pequena. Na realidade, Deimos é uma das mais pequenas luas conhecidas do Sistema Solar, com apenas 15 km de comprimento. Os dois satélites foram descobertos em 1877 por Asaph Hall, um astrónomo americano que trabalhava no Observatório Naval dos EUA em Washington DC. A existência de duas luas de Marte já tinha sido prevista por volta de 1610 por Johannes Kepler, o astrónomo que formulou as leis do movimento planetário. Neste caso, as previsões de Kepler não eram baseadas em princípios científicos, mas os seus escritos e ideias foram tão influenciais que as duas luas marcianas são discutidas em trabalhos de ficção tal como na obra "As Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift, escrito em 1726, mais de 150 anos antes da sua real descoberta.
Crédito: Projecto Viking, JPL, NASA

Figura 3 - O pequeno Deimos é a mais pequena lua das duas de Marte. Com a forma de uma batata e com pouco mais de 12 km, este corpo parecido com um asteróide foi visitado pela sonda Viking 2 em 1977. Esta imagem foi registada quando a sonda se aproximou a 29 km da superfície de Deimos. Uma das mais detalhadas imagens jamais registadas de um corpo celestial por uma sonda em órbita, o campo de visão é menos de 800 metros e característica com cerca de 10 metros são visíveis. Crateras e grandes pedaços de rocha podem ser observados, espalhados na superfície enquanto algumas crateras parecem ser cobertas por uma camada de pó fino ou "regolito".
Crédito: Projecto Viking, JPL, NASA

Figura 4 - A aproximação record de Marte do ano 2003 inspirou muitos a aproveitar a observar telescopicamente o Planeta Vermelho. Mas enquanto Marte era brilhante e difícil de não reparar nele, avistar as suas duas pequenas luas era ainda um bom teste para os observadores com telescópio de abertura média. As luas de Marte foram descobertas em Agosto de 1877 por Asaph Hall usando o refractor Alvan Clark de 26" do Observatório Naval do EUA. Registada a 22 de Agosto de 2003, a lua mais próxima, Phobos, e a mais afastada, Deimos, são vistas aqui contra o brilho do planeta num compósito digital. A imagem consiste de uma longa exposição capturando as ténues luas do tamanho de uma cidade e expondo o disco planetário, combinada com uma boa exposição de Marte, revelando marcas escuras na superfície, bem como a calote polar sul. As imagens foram obtidas pelo astrónomo Johannes Schedler usando um telescópio Schimdt-Cassegrain de 11" no seu observatório no Sudeste da Áustria.
Crédito: Johannes Schedler (Observatório Panther)