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| MIRANDA |
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Miranda é o 11º dos satélites conhecidos de Urano. É o mais interior das grandes luas de Urano.
Descoberto por Kuiper em 1948.
Mirana é a filha do mágico Próspero na obra de Shakespeare "A Tempestade".
A sonda Voyager 2 foi forçada a navegar perto de Urano para receber o impulso que necessitava em ordem a seguir até Neptuno, e devido à orientação do sistema em quase ângulos rectos em relação à eclíptica, apenas Miranda foi observada de perto. Antes da Voyager, claro, pouco se sabia acerca de Miranda e como não é o maior nem em nenhuma outra maneira especial, provavelmente não teria sido escolhido como o alvo principal em Urano. Mas a sorte da Voyager permaneceu, no entanto, e Miranda veio a tornar-se de longe no mais interessante.
Miranda é constituído por metade água gelada e metade material rochoso.
A superfície de Miranda está toda misturada com terreno altamente craterado e interligado com estranhos sulcos, vales e penhascos (um com mais de 5 km de altura).
À primeira vista, as imagens da Voyager 2 foram um mistério. Todos esperavam que os satélites de Urano mostrassem muito pouca história de actividade interna (tal como Calisto). Explicar o até agora bizarro terreno tornou-se um embaraço para os que o tinham que fazer em directo na TV. O seu técnico regular calão impressivo e esotérico acabou e tiveram que auxiliar-se com termos como "chaveirão", "pista de corridas", "bolo com camadas" para descrever as características únicas de Miranda.
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Figura 1 - Imagem de Miranda obtida a 24 de Janeiro de 1986 pela sonda Voyager 2. Esta vista é a do pólo Sul da lua.
Crédito: Projecto Voyager 2, A. Tayfurn Oner, NASA/JPL |
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Figura 2 - Esta imagem adquirida a 24 de Janeiro de 1986, revela a complexa história geológica de Miranda, em que se conseguem observar três tipos diferentes de terreno.
Crédito: Calvin J. Hamilton, Projecto Voyager 2, NASA/JPL |
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A superfície de Miranda está toda misturada com terreno altamente craterado e interligado com estranhos sulcos, vales e penhascos (um com mais de 5 km de altura).
À primeira vista, as imagens da Voyager 2 foram um mistério. Todos esperavam que os satélites de Urano mostrassem muito pouca história de actividade interna (tal como Calisto). Explicar o até agora bizarro terreno tornou-se um embaraço para os que o tinham que fazer em directo na TV. O seu técnico regular calão impressivo e esotérico acabou e tiveram que auxiliar-se com termos como "chaveirão", "pista de corridas", "bolo com camadas" para descrever as características únicas de Miranda.
Inicialmente pensou-se que Miranda tivesse sido completamente destruído e posteriormente agregado por várias vezes na sua história, de cada vez enterrando algumas partes da superfície original e expondo algum do seu interior. Agora, no entanto, uma explicação mais mundana envolvendo a efusão de gelo parcialmente derretido parece ser mais a favor.
A Voyager 2 passou tão perto de Miranda e os níveis de luz são tão baixos aqui (quase a 3 mil milhões de quilómetros do Sol), que medidas especiais tiveram que ser implementadas para evitar "sujar" as imagens. Isto foi conseguido rodando a sonda enquanto o diafragma da câmara estava aberto para compensar o seu movimento. As imagens daqui resultantes têm a melhor resolução de toda a missão.
É possível observar as 4 maiores luas de Urano com um telescópio amador, mas Miranda é um grande desafio. Talvez com um céu muito escuro e um telescópio de 18" (50 cm) de abertura se consiga.
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Figura 3 - Esta imagem da sonda Voyager, tirada a 24 de Janeiro de 1986 (a uma distância de 31,000 quilómetros), mostra uma variedade de fracturas, ranhuras e crateras. Algumas têm vários quilómetros de profundidade. A grande variedade de direcções nas fracturas e as diferentes densidades de crateras de impacto presentes, indicam uma longa e complexa evolução geológica neste satélite de Urano.
Crédito: Projecto Voyager 2, NASA/JPL |
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Figura 4 - Esta imagem de Miranda mostra detalhes com um tamanho mínimo de 600 metros. Foi adquirida pela sonda Voyager 2 a 24 de Janeiro de 1986. A imagem mostra as fracturas claras e escuras. A região no canto superior direito é um terreno uniformemente escuro. A área total coberta é de aproximadamente 150 km.
Crédito: Calvin J. Hamilton, Projecto Voyager 2, NASA/JPL |
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Figura 5 - Miranda é um bizarro mundo com a certeza de um passado tempestuoso. A mais interior das grandes luas de Urano, Miranda mede quase 130,000 km de diâmetro. Examinada de perto pela sonda Voyager 2 em 1986, o distante satélite revelou-se uma surpresa. A cratera na parte de baixo do centro da imagem tem o nome de Alonso.
Crédito: Projecto Voyager 2, NASA/JPL |
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DESCOBERTA |
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Descoberto por |
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Gerard Kuiper |
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Descoberto em |
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1948 |
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CARACTERÍSTICAS ORBITAIS |
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Raio médio |
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129,872 km |
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Excentricidade |
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~0.0013 |
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Período orbital |
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1.413479 d |
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Inclinação |
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4.34º |
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É um satélite de |
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Urano |
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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS |
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Diâmetro médio |
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471.6 km |
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Área da superfície |
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km2 |
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Massa |
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6.59x1019 kg |
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Densidade média |
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1.20 g/cm3 |
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Gravidade à superfície |
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0.079 m/s2 |
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Período de rotação |
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1.413479 dias |
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Inclinação do eixo |
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?º |
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Albedo |
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0.34 |
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Temperatura à superfície |
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86 K |
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Pressão atmosférica |
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0 kPa |
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| Última actualização:
2005-03-31
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