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PHOBOS
Phobos é a maior e mais interior das duas luas de Marte. Está mais próximo do planeta do que qualquer outra lua no sistema solar, menos de 6000 km acima da superfície de Marte. É também uma das mais pequenas luas do Sistema Solar.

Na mitologia Grega, Phobos é um dos filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Vénus). "Phobos" é a palavra grega "medo" (daí, "fobia"). Descoberta em 1877 por Hall; fotografada pela Mariner 9 em 1971, pela Viking 1 em 1977, pela Phobos em 1988, pela Mars Express em 2004 e pela Mars Reconnaissance Orbiter.

Phobos orbita abaixo do raio da órbita síncrona de Marte. Nasce a Oeste, move-se muito rapidamente no céu e põe-se a Este, normalmente duas vezes por dia. Está tão perto da superfície que não pode ser visto acima do horizonte de todos os pontos da superfície de Marte. E Phobos está condenado: dado que a sua órbita é tão baixa, as forças das marés estão a fazer com que diminua a sua altitude (à velocidade actual, 1.8 metros por século). Dentro de mais ou menos 50 milhões de anos, irá colidir na superfície de Marte ou (mais provavelmente) partir-se em bocados e formar um anel (este é o efeito oposto que faz subir a órbita da Lua).

Phobos e Deimos podem ser constituídos por rochas ricas em carbono tal como alguns asteróides. Mas as suas densidades são tão baixas que não podem ser rocha pura. São provavelmente constituídos de uma mistura de rocha e gelo. Ambos são muito craterados. Imagens da Mars Global Surveyor indicam que Phobos está coberto por uma camada de pó fino com cerca de um metro de espessura, semelhante ao regolito da Lua.


Figura 1 - Imagem de alta-resolução de Phobos tirada pela sonda Mars Express a 22 de Agosto de 2004. A grande cratera à esquerda chama-se Stickney.
Crédito: G. Neukum (FU Berlim), Mars Express, DLR, ESA
 

Figura 2 - Phobos, com o seu planeta Marte no pano de fundo.
Crédito: Phobos 2
A sonda soviética Phobos 2 detectou uma ejecção pequena mas constante de gás em Phobos. Infelizmente, a Phobos 2 morreu antes de poder determinar a natureza do material; pensa-se que seja água.

A maior característica geográfica de Phobos é a grande cratera Stickney, o nome de solteira da mulher de Hall. Tal como a cratera Herschel em Mimas (numa escala mais pequena), o impacto que criou a cratera Stickney deve ter quase despedaçado Phobos. As falhas e rachas na superfície foram provavelmente criadas pelo impacto.

A maioria dos cientistas pensa que Phobos e Deimos são asteróides capturados. Existe alguma especulação que diz que são originários do Sistema Solar exterior, e não da cintura de asteróides.

 
Estes dois satélites poderão ser um dia úteis como "estações espaciais", em ordem a estudar Marte ou como paragens intermediárias de e para a superfície marciana; especialmente se a presença de gelo for confirmada.
 
GALERIA DE FOTOS

Figura 3 - Porque é Phobos tão escuro? A maior das duas luas de Marte é a lua mais escura do Sistema Solar. A sua órbita e cor irregular indicam que o asteróide capturado é composto por uma mistura de gelo e rocha escura. A imagem do lado foi capturada pela sonda Mars Global Surveyor (MGS) em órbita de Marte. Phobos é uma lua muito craterada e desértica, com a sua maior cratera situando-se no lado negro. A partir de imagens da MGS como esta, determinou-se que Phobos está coberto por uma camada de pó solto provavelmente com 1 metro de altura. Phobos orbita tão perto de Marte que em alguns locais nasce e põe-se duas vezes por dia, e em outro lugares nunca é visível. A órbita de Phobos está continuamente a decaír -- irá provavelmente fragmentar-se em bocados e colidir na superfície de Marte daqui a cerca de 50 milhões de anos.
Crédito: Malin Space Science Systems, MGS, JPL, NASA
Figura 4 - Esta lua está condenada. Marte, o planet vermelho que recebeu o nome do deus Romano da guerra, tem duas pequenas luas, Phobos e Deimos, cujos nomes derivam do Grego Medo e Pânico. Estas luas marcianas podem muito bem ser asteróides capturados originários da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter, ou até talvez dos longínquos confins do Sistema Solar. Em 1978, a sonda Viking 1 registou esta imagem. Phobos tem muitas crateras e tem um aspecto mesmo parecido com os asteróides. Com apenas 27 km de comprimento, Phobos atravessa rapidamente o céu marciano. Na realidade, nasce a Oeste e põe-se a Este, e completa uma órbita em menos de 8 horas. Mas Phobos orbita tão perto de Marte que as forças das marés estão a puxá-lo na direcção da superfície. Em mais ou menos 50 milhões de anos irá provavelmente impactar com Marte ou fragmentar-se devido ao stress causado pela fortes forças das marés, formando um anel em volta do planeta.
Crédito: Projecto Viking, JPL, NASA; mosaico por Edwin V. Bell II (NSSDC/Raytheon ITSS)
Figura 5 - Aterrar na lua de Marte Phobos pode ser mais difícil que o inicialmente previsto. A razão: pó lunar. Fotografias de Phobos indicaram que uma camada de pó fino estima-se que tenha um metro de altura e que cubra a totalidade da superfície. As provas vêm de imagens a infra-vermelho que indicam a rápida velocidade com que a superfície de Phobos arrefece depois do pôr-do-Sol. A imagem em alta-resolução do lado foi tirada pela Mars Global Surveyor em órbita de Marte. A maior das duas luas marcianas, mede 27 km de diâmetro, e orbita tão perto do planeta que a gravidade deverá parti-la dentro de mais ou menos 50 milhões de anos.
Crédito: Projecto Mars Global Surveyor, MSSS, JPL, NASA
Figura 6 - Viajando pelo espaço acima do Planeta Vermelho, a lua em forma de batata Phobos completa uma órbita em volta de Marte em menos de 8 horas. De facto, dado que o seu período orbital é menor que o período de rotação do planeta, um observador que estivesse na superfície veria Phobos nascer a Oeste e a pôr-se a Este - viajando de horizonte a horizonte em menos de 5 horas e meia. Estas três imagens registadas pela sonda Mars Global Surveyor (MGS) mostram a forma oval da sombra de Phobos a viajar na parte Oeste de Xanthe Terra, do dia 26 de Agosto de 1999. A área da imagem é de cerca de 250 km e é vista nos painéis, da esquerda para a direita, nos filtros vermelho, azul e num compósito de cores combinadas. As três manchas escuras vistas facilmente na foto do filtro vermelho são provavelmente pequenos campos de dunas de areia escura no chão das crateras. Se nos encontrássemos no local da sombra de Phobos, veríamos o equivalente marciano a um eclipse solar!
Crédito: Malin Space Science Systems, MGS, JPL, NASA
Figura 7 - Nesta imagem, Phobos foi registado (para baixo e para a esquerda do centro) tendo um grande vulcão como pano de fundo, pela sonda Viking 2 em 1977. A imagem, do ponto de vista da sonda, foi obtida a cerca de 13,000 km acima do vulcão, Ascraeus Mons. Phobos está a aproximadamente 3,700 km abaixo da Viking 2. O Norte é para cima com o Sol iluminando a cena a partir de Sul (os pontos negros são marcas de referência). Em relação a escalas, Ascraeus Mons mede cerca de 320 km na sua base e Phobos apenas 27 de diâmetro. Nesta espectacular imagem, as caldeiras do vulcão (crateras) são visíveis no topo de Ascraeus Mons - enquanto crateras de impacto no lado iluminado da superfície de Phobos pode também ser observados!
Crédito: Projecto Viking, JPL, NASA
 
DESCOBERTA
 
Descoberto por
 
Asaph Hall
 
 
Descoberto a
 
18 de Agosto de 1877
 
CARACTERÍSTICAS ORBITAIS
 
Raio médio
 
9377.2 km
 
 
Circunferência
 
58,915 km
 
 
Excentricidade
 
0.0151
 
 
Periélio
 
9235.6 km
 
 
Afélio
 
9518.8 km
 
 
Período de revolução
 
0.31891023 dias
(7 h 39.2 min)
 
 
Velocidade orbital média
 
2.138 km/s
 
 
Inclinação
 
1.075º
(0.046º do plano de Laplace local)
 
 
É um satélite de
 
Marte
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
 
Diâmetro médio
 
22.2 km (26.8 x 21 x 18.4)
(0.0021 Terras)
 
  Achatamento dos pólos  
0.31-0.12
 
 
Área da superfície
 
6,084 km2
(11.9 µTerras)
 
 
Volume
 
5,422 km3
(5.0 µTerras)
 
 
Massa
 
1.07x1016 kg
(1.8 µTerras)
 
 
Densidade Média
 
1.9 g/cm3
 
 
Gravidade à superfície
 
0.0084-0.0019 m/s2
(84-1.9 mm/s2)
(860-190 µg)
 
 
Velocidade de escape
 
0.011 km/s
(11 m/s)
 
 
Período de rotação
 
síncrono
 
 
Velocidade de rotação
 
11.0 km/h (no eixo maior)
 
 
Inclinação do eixo
 
 
 
Albedo
 
0.07
 
 
Temperatura à superfície
 
~313 K
 
  Pressão atmosférica  
não tem atmosfera
 

LINKS
 

Mais informações (em inglês)
Wikipedia
Solar Views

Vídeos sobre Phobos
Animação de Phobos (562 KB)
Voo por Phobos (615 KB)
Animação em alta-resolução de Phobos (780 KB)
Modelo de Phobos em rotação (101 KB)

 
 
Última actualização: 2012-07-06
 
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