Todos os cinco planetas que são visíveis a olho nu aparecerão juntos no céu nocturno no final do mês de Março, numa oportunidade que não se repetirá nos próximos 32 anos.

Disposição dos planetas a 27 de Março de 2004
Crédito: Space.com

Indo ao longo do plano da eclíptica de Oeste (ponto cardeal onde o sol se põe) para leste o elenco de planetas visíveis será Mercúrio, Vénus, Marte, Saturno e Júpiter. Mercúrio será, como é normal, o menos visível deles todos, dado que encontrando-se próximo do Sol nunca se afasta muito de modo a ser visível quando já é noite escura. No final de Março atingirá o seu máximo afastamento o que permitirá observá-lo após o pôr-do-sol.

Disposição dos planetas a 27 de Março de 2004, como
poderá ser vista com uma objectiva olho de peixe. Crédito: Space.com
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Os planetas visíveis a olho-nu seguem uma linha imaginária no céu chamada eclíptica, que define também o caminho aparente que é percorrido pelo Sol ao longo do dia. Encontrando-se as órbitas de todos os planetas definida no mesmo plano, visto da Terra esse plano transforma-se numa linha pois a Terra orbita também o Sol nesse plano. A órbita da Lua encontra-se 5º inclinada relativamente ao plano da ecliptica, mas a órbita da Lua intersecta o plano da ecliptica em dois pontos que recebem o nome de nodos. Quando os nodos coincidem no alinhamento da Terra ao Sol dão-se os eclipses, o que dá o nome ao plano da órbita dos planetas.

Para definir o plano da eclíptica basta fazer a união do Sol a um planeta conhecido (por exemplo Vénus) que essa linha define a ecliptica. Basta então prolongá-la por todo o céu e será próximo dessa linha que encontraremos os planetas (como se pode ver na imagem acima). A Lua encontra-se muitas vezes um pouco desviada desta linha, pelas razões explicadas acima.

Links:

Observação Nocturna:
http://www.space.com/spacewatch