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MARTE, METANO E CIENTISTAS
16 de Novembro de 2004
 

A partir dos últimos dados, os cientistas concluíram que existe metano em Marte. E um grupo teoriza que poderá haver muito mais metano a ser produzido do que anteriormente se pensava.

O metano é de grande interesse porque na Terra, quase todo vem dos seres vivos - quer seja o apodrecimento de plantas ou da flatulência bovina. Mas existem outras possíveis fontes de metano em Marte e nem um cientista do encontro em Louisville, Kentucky, da divisão da Sociedade Astronómica Americana para as Ciências Planetárias, fez deste caso um que envolve a presença de vida.

Mesmo assim, os seus estudos dissiparam o cepticismo inicial encontrado no ano passado pelos primeiros trabalhos sobre esta matéria.

O metano não dura muito na atmosfera do Planeta Vermelho, por isso a fonte deverá ser recente. Uma ideia é que Marte foi atingido há muito pouco tempo por um cometa que continha metano gelado.


A sonda da ESA Mars Express foi uma das fontes da descoberta de metano em Marte.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)

Embora estes impactos sejam relativamente raros, Sushil Atreya da Universidade de Michigan, EUA, calculou que o gás de um cometa com apenas 2% de metano poderá persistir em Marte até um máximo de 2000 anos. Isto poderia produzir níveis atmosféricos de metano comparáveis às 60 partes por milhar de milhão detectadas pelo astrobiolólogo Michael Mumma no Centro Espacial Goddard da NASA, e seus colegas.

Alternativamente, o gás poderá estar enterrado em misturas geladas de metano (em inglês chamadas «clathrates»), talvez estando a ser libertado por água geotermicamente derretida que borbulha até à superfície através de poros e fendas naturais na crosta de Marte. Embora não seja nenhum sinal de vida, isto poderá indicar um local onde a vida poderia sobreviver.

A existência de metano foi maioritariamente detectada por um conjunto de detalhadas observações espectrais de alta-resolução feitas pelo telescópio de 8 metros Gemini, registadas pela equipa de Mumma. Estas claramente identificam duas linhas separadas de metano, tornando este caso muito mais firme que as anteriores detecções de uma única linha, e achados similares de outros dois grupos.

"Existe," diz Stephen Squyres, líder da equipa científica dos dois rovers da NASA. O mais importante agora, é descobrir de onde vem e para onde está a ir.

A juntar à intriga estão novos cálculos que mostram que as tempestades de areia em Marte - que se sabe serem frequentes e intensas - deverão estar a produzir vastas quantidades de peróxido de hidrogénio. Este oxidante altamente reactivo foi teorizado em Marte depois das experiências das sondas Viking em 1976, sendo definitivamente detectado em 2003.


Impressão de artista de uma tempestade de areia em Marte.
Crédito: Frank Hettick
(clique na imagem para ver versão maior)

Todo este oxidante deverá estar a destruír o metano a uma grande velocidade, diz Atreya. Isto poderá explicar a assimétrica distribuição do metano em Marte - observada pela equipa de Mumma e outros - dado que as tempestades são locais e temporárias.

Mas isto também implica que o metano está a ser produzido a um ritmo muito mais acelerado que a sua concentração actual sugere. Assim, as fontes cometárias ou vulcânicas tornam-se ainda mais improváveis, e a ideia de uma fonte orgânica torna-se ligeiramente mais plausível.

Links:

Notícias relacionadas:
http://nwanews.com/story.php?paper=nwat&section=Living&storyid=21800
http://www.kansascity.com/mld/kansascity/news/nation/10157965.htm?1c
http://www.news-leader.com/today/1112-MethaneonM-224665.html
http://www.sciencedaily.com/releases/2004/11/041110000324.htm
http://www.physorg.com/news1879.html
http://www.space.com/businesstechnology/technology/moon_mining_041110.html
http://www.heraldsun.news.com.au/common/story_page/0,5478,11365191%255E663,00.html
http://seattletimes.nwsource.com/html/nationworld/2002088906_mars12.html
http://www.esa.int/export/SPECIALS/Mars_Express/SEMZ0B57ESD_0.html

NASA:
http://www.nasa.gov

Marte:
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/marte.htm

 
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