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DESCOBERTA UMA "TERRA" UM "POUCO" MAIOR
17 de Junho de 2005
 

Um grupo de astrónomos anunciou hoje a descoberta do planeta mais pequeno descoberto até agora para além do Sistema Solar. Tendo cerca de sete vezes e meia a massa da Terra e cerca do dobro do diâmetro, este novo planeta extra-solar será provavelmente o primeiro planeta rochoso semelhante ao nosso a ser encontrado orbitando outra estrela.

"Este é o planeta extra-solar mais pequeno jamais detectado e o primeiro de uma nova classe de planetas rochosos do tipo terrestre," disse o membro da equipa Paul Butler do Instituto Carnegie de Washington. "É como um primo maior da Terra."

Actualmente são conhecidos cerca de 150 planetas extra-solares e o número continua a crescer. Mas a maioria destes mundos longínquos são gigantes gasosos como Júpiter. Apenas nos últimos meses têm vindo a ser descobertos planetas sucessivamente mais pequenos.

"Continuamos a aumentar os limites daquilo que é possível detectar e estamos cada vez mais próximo de encontrar Terras," disse o membro da equipa Steven Vogt da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

A descoberta deste "primo" distante da Terra foi anunciada na 3ª feira, dia 14, numa conferência de imprensa dada na National Science Foundation em Arlington, nos Estados Unidos.

O novo planeta orbita Gliese 876 , uma estrela anã do tipo M a 15 anos-luz de distância na constelação de Aquário. A super-Terra não está só, existem mais dois planetas (ambos aproximadamente do tamanho de Júpiter) no mesmo sistema. Este pequeno mundo produz uma pequena oscilação da estrela em torno do centro de massa.

Desta pequena oscilação os cientistas puderam estimar uma massa mínima para o planeta de 5.9 massas terrestres. O planeta orbita a uma distância da estrela de 3.2 milhões de quilómetros (2% da distância da Terra ao Sol) com um período de 1.94 dias.

Orbitando tão próximo do Sol, os cientistas especulam que a temperatura do planeta seja entre 200ºC e 400ºC (recorde-se que Giese 876 é uma anã vermelha muito mais fria que o Sol). Isto é demasiado quente para manter uma atmosfera como a de Júpiter, pelo que o planeta deverá ser rochoso.

"A massa do planeta pemitiria manter facilmente uma atmosfera," disse Gregory Laughlin da UC Santa Cruz. "Continuaria a ser um planeta rochoso provavelmente com um núcleo de ferro e um manto de sílica. Até poderia ter uma camada densa de vapor de água.”

Um artigo em que estes resultados são discutidos com detalhe foi submetido ao Astrophysical Journal .

Links:

UCLA, Santa Cruz :
http://www.ucsc.edu/news_events/press_releases/text.asp?pid=708


Impressão de artista do planeta agora descoberto.
Crédito: Trent Schindler, National Science Foundation
(clique na imagem para ver versão maior)


Impressão de artista do sistema planetário de Gliese 876.
Crédito: NASA e G. Bacon (STScI)
(clique na imagem para ver versão maior)

 
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