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SPITZER DESCOBRE PISTAS DE MEGA-SISTEMAS ESTELARES
14 de Fevereiro de 2005
 

De acordo com observações do Telescópio Espacial Spitzer da NASA, discos de poeira parecem rodear duas estrelas de massa extrema que cobrem as suas vizinhanças por uma poderosíssima radiação. Esta descoberta oferece provas que sugerem que os planetas se possam formar nestes ambientes violentos.

Pensa-se que os planetas se formem gradualmente a partir de colisões de aglomerados de poeira em discos de gás e poeira em torno das estrelas. A maioria dos discos de acreção descobertos até agora situam-se em torno de estrelas de tamanho semelhante ao do Sol. Mas agora, cientistas liderados por Joel Kastner do Instituto de Tecnologia Rochester em Nova Iorque, EUA, descobriram discos de poeira que parecem rodear duas estrelas hipergigantes, dúzias de vezes mais massivas que o Sol.

Isto é surpreendente porque a intensa radiação de tais massivas estrelas pensava-se que afastaria qualquer poeira antes de se conseguirem unir para formar planetas, diz a equipa. "Os nossos dados sugerem que o processo de formação planetária pode ser mais forte do que pensávamos," diz Kastner. Isto coincide com cálculos prévios que mostram que a radiação de estrelas massivas pode até ajudar no processo de formação planetária em torno de estrelas pequenas vizinhas.

Os discos em torno de duas estrelas massivas, de nome R66 e R126, têm uma massa 30 e 70 vezes a do Sol, respectivamente. Ambas as estrelas estão situadas na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea.

Ambos os discos contêm partículas tipo-areia, mas o Spitzer não foi capaz de determinar se os discos também possuem corpos maiores, tais como cometas ou planetas. As estrelas são tão massivas, no entanto, que se espera que gastem o seu combustível nuclear e expludam em supernovas daqui a poucos milhões de anos, provavelmente destruíndo quaisquer planetas que lá possam existir.

"Não sabemos se planetas como os do Sistema Solar são capazes de se formar em ambientes altamente energéticos e dinâmicos como os destas estrelas, mas se puderem, a sua existência será curta e bastante excitante," diz o membro da equipa Charles Beichman, do JPL da NASA e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, ambos em Pasadena, EUA.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (press release)
Spitzer (press release)
SPACE.com
Universe Today
PhysOrg.com
EurekAlert!
Artigo do Astrophysical Journal (requer subscrição)
Artigo PDF sobre o Espectro da hipergigante R126

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial
Wikipedia

Hipergigantes:
Wikipedia
Imagem de cima sem texto


Planetas podem estar a formar-se em estrelas até 70 vezes a massa do Sol.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/R. Hyrt/SSC

(clique na imagem para ver versão maior)

 
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