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ISO PROVIDENCIA O PRIMEIRO OLHAR DO NASCIMENTO DE ESTRELAS MONSTRUOSAS
21 de Abril de 2006
 

Um grupo de Astrofísicos do Instituto Max-Planck para a Astronomia assegurou ter observado pela primeira vez o processo de formação de uma estrela que brilhará 100,000 vezes mais que o Sol, graças a imagens recolhidas pelo Observatório Espacial de Infravermelho (ISO) da Agência Espacial Europeia (ESA).

A descoberta permite aos astrónomos começar a investigar o porquê de apenas determinadas regiões promoverem a formação deste tipo de estrelas massivas.

O espaço está polvilhado de nuvens gigantes de gás. Ocasionalmente, regiões no interior destas nuvens colapsam para originar estrelas. Uma das questões mais pertinentes que se levantava era porque é que normalmente só se observa a formação de estrelas de pequena massa.

As condições necessárias para formar estrelas de elevada massa são difíceis de deduzir porque normalmente a sua formação ocorre a grande distância da Terra, e encontram-se escondidas por nuvens de poeiras. Apenas a radiação de comprimento de onda mais longo (a partir do infravermelho) consegue escapar destes casulos de poeira e revelar as baixas temperaturas dos núcleos densos que marcam os locais onde ocorre a formação estelar. Foi exactamente este tipo de radiação que foi captado com a câmara de infravermelho longínquo ISOPHOT da ISO.

Stephan Birkmann, Oliver Krause e Dietrich Lemke do Intituto Max-Planck para a Astronomia em Heidelberg, usaram os dados obtidos pela câmara ISOPHOT, tendo observado dois núcleos densos. O primeiro núcleo denso contém 75 massas solares de matéria e tem uma temperatura de 16,5 K (-256.5º C). Este núcleo apresenta sinais de colapso gravitacional. O segundo núcleo denso tem cerca de 280 massas solares e tem uma temperatura de 12 K (-261º C). Neste núcleo, os sinais de colapso gravitacional são menos evidentes. O grupo encontra-se actualmente a estudar outros núcleos densos.

A ISO operou entre 1995 e 1998, tendo capturado continuamente imagens de infravermelho. Estes dados continuam ainda a ser analisados.

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ESA (Nota de Imprensa)


A região ISOSS J18364--0221 contém massa suficiente para a formação de pelo menos uma estrela massiva.
Crédito: Birkmann/Krause/Lemke (Max-Planck-Insitut für Astronomie)


A massiva região de formação ISOSS J18364--0221 está no centro da imagem.
Crédito: ESA/Birkmann/Krause/Lemke (Max-Planck-Insitut für Astronomie)

 
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