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EXPLOSÃO DE ESTRELA BATE RECORDE DE LONGEVIDADE
10 de Março de 2007
 

A explosão final de uma estrela massiva bateu o recorde de longevidade do espectáculo luminoso. Observações feitas com o satélite SWIFT da NASA revelaram uma emissão de raios gama (gamma-ray burst (GRB)) cujo brilho remanescente permaneceu visível durante mais de 125 dias.

Quando uma estrela que tem entre 10 e 25 massas solares morre, pode libertar, em apenas alguns segundos, a mesma quantidade de energia que o Sol vai libertar na sua vida de 10 mil milhões de anos.

Após libertada esta GRB vai excitar o meio interestelar próximo resultando daí um brilho remanescente intenso que pode radiar nos raios-X e a outros comprimentos de onda.

Chamada GRB 060729 devido à data da sua descoberta, esta emissão de raios-gama foi encontrada na constelação do Pintor (Pictor). O telescópio espacial de raios-X SWIFT monitorizou o brilho remanescente até que este desapareceu, um fenómeno que normalmente dura cerca de uma a duas semanas. No entanto o brilho remanescente desta emissão começou de forma tão brilhante e foi-se desvanecendo de forma tão lenta que o telescópio foi capaz de o detectar durante meses até finais de Novembro de 2006.

Um facto que poderá ter contribuído para esta longevidade será eventualmente a proximidade deste GRB à Terra.

Ao invés dos brilhos residuais de outros GRB, este revelou pouca atenuação do brilho ao longo dos 125 dias o que sugere que possa existir um fornecimento contínuo de energia à emissão.

A alimentação da emissão poderá ser devida a um magnetar central com um mega campo magnético. O campo magnético poderá travar a rotação do magnetar, sendo a energia desta travagem convertida energia que alimenta a emissão. Os investigadores estimaram que esta fonte poderia alimentar o brilho residual durante meses.

Este trabalho de investigação foi submetido por uma equipa liderada por Dirk Grupe da Universidade Penn State à revista The Astrophysical Journal.

Links:

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SPACE.com (fonte)

  Exemplo de fotografia e respectiva legenda
No final da contracção associada a uma supernova o núcleo residual transformou-se
num magnetar que alimenta o brilho remanescente nos raios X
Crédito: HST
(clique na imagem para ver maior)
 
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