ROVER CURIOSITY COMEÇA ACTIVIDADES COM O SEU BRAÇO ROBÓTICO
7 de Setembro de 2012
Após viajar mais do que o comprimento de um campo de futebol desde a sua aterragem, o rover Curiosity da NASA vai passar alguns dias preparando-se para a plena utilização das ferramentas no seu braço robótico.
O Curiosity estendeu o seu braço robótico na Quarta-feira, no primeiro de seis a 10 dias consecutivos de actividades planeadas para testar o braço de 2,1 metros e as ferramentas que manipula.
"O braço vai passar por uma série de movimentos e vai ser colocado em importantes "pontos de ensino" que foram estabelecidos durante os testes na Terra, tais como as posições para a colocação de amostras nas portas dos instrumentos analíticos," afirma Daniel Limonadi do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, engenheiro do sistema científico de amostras do Curiosity. "Estas actividades são importantes para termos um melhor conhecimento de como o braço funciona depois da longa viagem até Marte e em diferentes temperaturas e gravidade marcianas, em comparação com os testes na Terra."
Desde que a nave MSL (Mars Science Laboratory) colocou o Curiosity dentro da Cratera Gale no dia 6 de Agosto, o rover percorreu um total de 109 metros. Os movimentos levaram-no até aproximadamente um-quarto da distância entre o seu local de aterragem, com o nome de Bradbury Landing, até ao local seleccionado como o primeiro grande destino científico da missão, Glenelg.
"Nós sabíamos que em certo ponto precisávamos de parar durante cerca de uma semana para fazer estas actividades," afirma Michael Watkins do JPL, gestor da missão do Curiosity. "Para fazer estes testes, precisamos de girar o rover num ângulo específico em relação ao Sol e ao chão plano. Conseguíamos ver, antes desta última viagem, que este parecia o local ideal para começar estas actividades."
O trabalho nesta localização actual vai preparar o Curiosity e a equipa científica para usar o braço e para colocar dois dos instrumentos científicos em alvos rochosos e no solo. Em adição, as actividades representam os primeiros passos na preparação de recolha de amostras, perfuração de rochas, processamento de amostras recolhidas e colocação das mesmas nos instrumentos analíticos.
Os testes incluem o uso do MAHLI (Mars Hand Lens Imager) para observar o seu alvo de calibração e o espectrómetro canadiano APXS (Alpha Particle X-ray Spectrometer) para ler que elementos químicos estão presentes no alvo de calibração do instrumento.
"Estamos ainda a aprender como usar o rover. É uma máquina muito complexa -- a curva de aprendizagem é inclinada," afirma Joy Crisp do JPL, cientista do projecto MSL, que construiu e opera o Curiosity.
Após a conclusão das actividades de caracterização no local actual, o Curiosity irá viajar durante algumas semanas para Este na direcção de Glenelg. A equipa científica seleccionou esta área como um bom alvo para as primeiras análises do Curiosity no que toca às amostras recolhidas graças à broca que perfura a rocha.
O Curiosity vai no seu primeiro mês da missão principal, com a duração de dois anos. Vai usar os seus 10 instrumentos científicos para determinar se a área seleccionada para estudo já proporcionou condições ambientais favoráveis para a vida microbiana.
O olho esquerdo da Mastcam a bordo do Curiosity capturou esta imagem da câmara no braço robótico do rover, o MAHLI (Mars Hand Lens Imager), durante o 30.º dia marciano, ou sol, da missão (5 de Setembro).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
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Esta cena mostra as redondezas do local onde o Curiosity vai fazer os testes do seu braço robótico. Na imagem podem ser vistas as marcas das rodas do rover.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
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Este mapa mostra o caminho percorrido pelo Curiosity até ao 29.º dia marciano, ou sol, da missão (4 de Setembro).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Univ. do Arizona
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