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AS DESCOBERTAS MAIS RECENTES DO HUBBLE
16 de janeiro de 2018

 

Os astrónomos que se reuniram na 231.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana em National Harbor, Washington, D.C., tiveram a oportunidade de aprender mais sobre investigações inovadoras levadas a cabo pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA. As novas descobertas científicas com o observatório em órbita terrestre vão de regiões de formação estelar próximas, passando pelo coração da nossa própria Via Láctea e estendendo-se até ao horizonte do universo observável. Todos estes achados exploram as extraordinárias capacidades de resolução, sensibilidade e amplitude de onda do telescópio em recolher informações sobre o universo a partir do espaço.

Voo Sem Precedentes Combina Luz Visível e Infravermelha do Hubble e do Spitzer

Ao combinar as capacidades visíveis e infravermelhas dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, os astrónomos e especialistas em visualização do programa "Universe of Learning" da NASA criaram um espetacular voo tridimensional pela magnífica Nebulosa de Orionte, um berçário estelar próximo. Usando dados científicos reais, juntamente com técnicas utilizadas em Hollywood, uma equipa do STScI (Space Telescope Science Institute) em Baltimore, estado norte-americano de Maryland, e do Caltech/IPAC em Pasadena, Califórnia, produziu a melhor e mais detalhada visualização de sempre da Nebulosa de Orionte. O filme de dois minutos permite que os espetadores voem através da pitoresca região de formação estelar e apreciem o Universo de uma nova e excitante maneira.

 

Anãs Castanhas Por Todo o Lado

Num levantamento profundo e sem precedentes em busca de objetos pequenos e fracos na Nebulosa de Orionte, os astrónomos usaram o Hubble para descobrir a maior população, até agora, de anãs castanhas salpicadas entre estrelas recém-nascidas. As anãs castanhas são mais massivas que os planetas, mas demasiado pequenas para produzir energia como as estrelas. As anãs castanhas fornecem pistas importantes para entender como as estrelas e os planetas se formam, e podem estar entre os objetos mais comuns na nossa Galáxia. Os astrónomos usaram o Hubble para as identificar através da presença de água nas suas atmosferas, atmosferas estas tão frias que possibilitam a formação de vapor de água. A água é uma clara assinatura de objetos subestelares. A assinatura da água não pode ser facilmente vista da Terra, devido aos efeitos absorventes do vapor de água na nossa própria atmosfera.

Esta imagem faz parte de um levantamento de estrelas de baixa massa, anãs castanhas e planetas na Nebulosa de Orionte pelo Telescópio Espacial Hubble. Cada símbolo identifica um par de objetos, qu epodem vistos no centro do símbolo como um único ponto de luz. Foram usadas técnicas especiais de processamento para separar a luz estelar em pares de objetos. O círculo interior, mais espesso, representa o corpo primário, e o círculo exterior mais fino indica a companheira. Os círculos vermelhos indicam um planeta; os laranja uma anã castanha e os amarelos uma estrela. Localizado no canto superior esquerdo, um par de planetas sem estrela-mãe. No meio do lado direito está um par de anãs castanhas. A porção da Nebulosa de Orionte mede aproximadamente 4 por 3 anos-luz.
Crédito: NASA, ESA e G. Strampelli (STScI)
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Arqueologia do Bojo Central da Via Láctea

Uma nova análise de aproximadamente 10.000 estrelas normais parecidas com o Sol, nas regiões centrais da Via Láctea, revela que o bojo da nossa Galáxia é um ambiente dinâmico de estrelas de várias idades que se deslocam a diferentes velocidades. Esta conclusão baseia-se em nove anos de dados de arquivo do Hubble. Este estudo do coração complexo e caótico da nossa Via Láctea poderá fornecer novas pistas sobre a evolução da nossa Galáxia e da sua fusão com galáxias satélite mais pequenas. Atualmente, só o Hubble tem resolução suficiente para medir simultaneamente, e ao longo do tempo, os movimentos de milhares de estrelas parecidas com o Sol à distância do Bojo Galáctico. O Hubble fornece uma visão estreita e detalhada do Núcleo Galáctico para revelar milhares de estrelas mais do que aquelas observadas em estudos anteriores.

Uma nova análise de aproximadamente 10.000 estrelas parecidas com o Sol no bojo da Via Láctea revela que a região central da nossa galáxia é um ambiente dinâmico composto por estrelas de várias idades que se deslocam a velocidades diferentes, como viajantes num aeroporto bastante ativo. Só o Hubble tem resolução suficiente para medir simultaneamente os movimentos de milhares de estrelas parecidas com o Sol à distância do Bojo Galáctico.
Crédito: NASA, ESA e T. Brown (STScI)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Lente de Zoom no Espaço Estica Imagem de Uma das Galáxias Mais Distantes Jamais Observadas

Uma investigação intensiva e profunda do Universo, pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, forneceu a proverbial agulha-num-palheiro: a galáxia mais distante alguma vez vista numa imagem esticada e ampliada por um fenómeno chamado lente gravitacional. A galáxia embrionária, chamada SPT0615-JD, existiu quando o Universo tinha apenas 500 milhões de anos. Embora já tenham sido observadas algumas outras galáxias primitivas desta época, parecem-se essencialmente com pontos vermelhos, dado o seu pequeno tamanho e distâncias tremendas. No entanto, neste caso o campo gravitacional de um enxame galáctico massivo, no plano da frente, não só ampliou a luz da galáxia de fundo como também "manchou" a imagem num arco. Nenhum outro candidato a galáxia foi encontrado a uma distância tão grande e que ao mesmo tempo também fornece informações sobre o tamanho e massa do astro embrionário.

Esta imagem do Hubble mostra o enxame galáctico SPT-CL J0615-5746. Embebido na foto, uma estrutura em forma de arco que não só é a imagem ampliada de uma galáxia de fundo, como também uma imagem "manchada" numa forma crescente. Os astrónomos estimam que a galáxia diminutiva tem uma massa não superior a 3 mil milhões de massas solares e um tamanho inferior a 2500 anos-luz.
Crédito: NASA, ESA e B. Salmon (STScI)
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Buraco Negro Cintilante Apanhado pelo Hubble e pelo Chandra

Usando os telescópios espaciais Hubble e Chandra, os astrónomos encontraram um buraco negro supermassivo situado numa galáxia distante a alimentar-se de gás e a "arrotar" luz - não uma, mas duas vezes. A galáxia em estudo, conhecida como J1354, está a mais ou menos 900 milhões de anos-luz da Terra. O buraco negro supermassivo parece ter expelido jatos de luz brilhante do gás que acumula. Tal aconteceu duas vezes nos últimos 100.000 anos. Apesar dos astrónomos já terem previsto que tais objetos possam "piscar" como resultado de eventos de alimentação de gás, esta é a primeira vez que um destes atos foi apanhado convincentemente. O buraco negro está a alimentar-se de material da galáxia companheira. O material rodopia para o centro de J1354 e é então devorado pelo buraco negro supermassivo.

A galáxia J1354.
Crédito: raios-X - NASA/CXC/Universidade do Colorado/J. Comerford et al.; ótico - NASA/STScI
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Nebulosa de Orionte (M42):
Wikipedia
SEDS

Anãs castanhas:
Wikipedia
NASA
Andy Lloyd's Dark Star Theory

Centro Galáctico:
Wikipedia

Lentes gravitacionais:
Wikipedia

Buraco negro supermassivo:
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

Observatório Chandra:
Página oficial (Harvard)
Página oficial (NASA)
Wikipedia

 
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